Baixaria tem limite, e nossa paciência também

Quem acompanha as eleições em Joinville neste segundo turno deve estar horrorizado com o que assiste nas inserções diárias e nos programas eleitorais. Impossível não sentir uma rejeição enorme ao que o candidato do ex-PFL, e agora se dizendo Democrata (DEM), Darci de Matos, vem veiculando sobre seu adversário Carlito Merss, do PT. É lógico que o desespero dos ex-pefelistas por conta dos números pífios nas pesquisas, que dão vantagem de 40 pontos percentuais ao candidato petista, deve promover alterações de ânimo de grande escala no comitê mansão.

Mas daí sair atacando tentando colar no petista a imagem de assassino de crianças por supostamente ter se colocado a favor do aborto, já é demais e supera em muito o que se considera aceitável na luta política, na luta pelo poder. Essa polêmica já foi levantada ano passado quando um servidor público nomeado em cargo comissionado pelo Prefeito, em nome de uma associação de moradores, mandou produzir e veicular uma campanha em outdoors contra o deputado Carlito Merss, dizendo exatamente o que tentam dizer hoje: que ele é a favor do aborto. O petista já esclareceu que foi equívoco da reportagem do jornal A Notícia, que considerou a resposta de Carlito ao atual sistema que permite o aborto em casos extremos como estupro com base judicial, como sendo a favor da liberação do aborto. Ou seja, o hoje candidato desmentiu.

Agora, Darci de Matos baixa o nível da campanha de forma reprovável. Não se admite que alguém que queira assumir o maior cargo público da cidade seja capaz de agir assim. A melhor proposta deve prevalecer, e não as mentiras produzidas por pseudo-marketeiros de plantão. A cidade não merece isso. E deve mostrar a reprovação nas urnas. O tiro deve sair pela culatra, e ainda por cima, acertar o pé dos democratas…

Autor: Salvador Neto

Jornalista e escritor. Criador e Editor do Palavra Livre, co-fundador da Associação das Letras com sede no Brasil na cidade de Joinville (SC). Foi criador e apresentador de programas de TV e Rádio como Xeque Mate, Hora do Trabalhador entre outros trabalhos na área. Tem mais de 30 anos de experiência nas áreas de jornalismo, comunicação, marketing e planejamento. É autor dos livros Na Teia da Mídia (2011) e Gente Nossa (2014). Tem vários textos publicados em antologias da Associação Confraria das Letras, onde foi diretor de comunicação.

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