O otimismo dos industriais brasileiros ficou estável em março. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) chegou a 67,7 pontos, 0,1 ponto abaixo do índice registrado em fevereiro. Apesar do leve recuo, o indicador, divulgado nesta quarta-feira (24) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), permanece 8,9 pontos acima da média histórica.
“O otimismo continua elevado e reflete a retomada da atividade industrial após a crise”, avalia o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca. Pela metodologia da pesquisa, o indicador varia de zero a 100. Valores acima de 50 pontos indicam empresários confiantes. A indústria extrativa registrou a quinta alta seguida e teve o índice mais elevado entre os segmentos pesquisados.
O indicador passou de 66,1 pontos para 67,8 pontos em março. Na construção civil, porém, o indicador recuou um ponto e baixou para 67,1 pontos em março. O indicador ficou estável na indústria de transformação, 66,3 pontos, com queda de 0,1 ponto em relação ao registrado em fevereiro. O índice que mede a avaliação dos empresários sobre as atuais condições da economia recuou de 61,3 para 61,0 pontos em março.
Em relação às expectativas dos empresários para os próximos seis meses, o indicador ficou estável em 71 pontos. “Isso aponta para a continuidade do ritmo forte de crescimento nos próximos meses”, explica Fonseca. Em relação à fevereiro, o índice não registrou alteração expressiva na confiança dos empresários em nenhum dos portes de empresas pesquisadas. Entre as de médio porte, o índice cresceu 0,6 ponto e passou de 66,6 para 67,2 pontos. O índice das pequenas empresas caiu de 66,1 para 65,4 pontos.
Entre as grandes empresas, apesar de uma queda de 0,2 ponto, o índice chegou ao patamar mais elevado em 69,7 pontos. Em fevereiro era de 69,9 pontos. A pesquisa de março foi elaborada a partir de entrevistas feitas entre os dias 1 e 22 deste mês com 1.599 empresas (872 de pequeno porte, 496 médias empresas e 231 empresas de grande porte