Uma empresa que não respeita seus trabalhadores e trabalhadoras, atrasando o pagamento de salários há 10 meses, mais décimo-terceiro salário de 2010 e parte do décimo de 2009. Que promete cumprir acordos, e não cumpre nenhum. Que desconta da folha de seus trabalhadores o dinheiro de INSS, IR, benefícios do Sindicato, e não paga o Governo nem Sindicato. E que agora elege poucos para ganhar R$ 80,00 por dia, enquanto deixa milhares a passar necessidades.
Que respeito devem trabalhadores e trabalhadoras à essa empresa e acionistas que burlam a lei, não cumprem com seus deveres, e ainda enrolam seus trabalhadores, convidando poucos a ganhar R$ 80,00 por dia, ilegal e imoralmente, deixando milhares sem salários? Essas são perguntas que o Sindicato faz aos trabalhadores e a sociedade joinvilense, que vê essas barbaridades acontecendo em pleno século 21.
“Essa empresa retrocede no tempo em que o mundo era terra sem lei, que eles podiam fazer tudo, explorando o trabalhador a troco de miseros centavos. Nós já avisamos a eles que não façam mais essa enganação de convidar alguns poucos para trabalhar a troco de R$ 80,00 por dia, alguns poucos privilegiados, chefias ligadas ao patrão, enquanto muitos não recebem. Os trabalhadores que aceitam isso estão sendo cumplices de uma administração falida”, dispara o presidente João Bruggmann.
O presidente faz esse desabafo em relação a atitude da Busscar em chamar por telefone alguns trabalhadores para finalizar alguns ônibus que estão no pátio da empresa, e esses aceitam e comparecem, ajudando a manter a atual situação de desrespeito, descaso, com milhares de famílias. “Nós não concordamos com isso, e ficamos entristecidos com esses que aceitam. Aceitando, ajudam a empresa a continuar enrolando a todos e não percebem! Eles tem de ser mais solidários, não aceitar o convite, e assim eles tem de dar uma decisão final nisso, pagando, vendendo, mas não deixando tudo como está”, destaca João Bruggmann.
Para o Sindicato, esses trabalhadores que aceitam ir trabalhar por diária ajudam a enganar os demais, não são solidários com seus companheiros, e deixam a empresa em situação cômoda, já que ainda consegue entregar os onibus que devem a seus clientes, enquanto não pagam salários atrasados, e mais, ajudam a ter dinheiro para pagar recurso na justiça no valor de R$ 240 mil, para não cumprir com suas obrigações.
“Será que os trabalhadores que aceitam esse pagamento diário acreditam que seus chefes ganham o mesmo que eles? Será que não sabem que eles ganham 70% dos salários para ficar lá todos os dias, chamando os trabalhadores para as diárias? Esses companheiros tem de recusar a oferta e ser solidários com os companheiros que não recebem há meses. Só assim, com ninguém para produzir, é que a coisa vai andar, na pressão”, afirma o presidente João Bruggmann.
O Sindicato está denunciando em todas as esferas de fiscalização, inclusive citando os clientes que se beneficiam dessa enganação, e estuda colocar um posto de informações em frente à empresa para denunciar todas as ações em andamento.
Sindicato dos Mecânicos