A história da Páscoa está repleta de mitos e verdades. O mito está ligado ao folclore, à cultura popular, mantida pela tradição. A verdade está ligada à história, à realidade do fato, que é comprovada pelos livros, pelos historiadores, pelas enciclopédias, e por aqueles que aceitam e creem na verdade das Escrituras Sagradas. O que fazer quando temos os dois: o mito e a verdade?
A tradição do coelho e dos ovos de Páscoa no Brasil, data do início do século XX. Foi trazida em 1913, por imigrantes alemães. Conta a lenda que uma mãe muito pobre, sem ter o que dar para as crianças no dia de Páscoa, resolveu pintar ovos de galinha com cores vivas. Quando as crianças viram os ovos, lindos e coloridos, ficaram muito animadas. A alegria dos meninos assustou um coelho que, saltitando, se afastou do local e fez com que as crianças achassem que aqueles ovos tinham sido botados pelo bichinho. Se perguntarmos a qualquer criança o que ela sabe sobre a Páscoa, ela, provavelmente, nos dirá que é o dia em que ganha ovos de chocolate. Perde-se a verdadeira mensagem pascal.
A festa da Páscoa foi ordenada por Deus para comemorar a saída dos hebreus do Egito. Esse povo amargou 400 anos de cativeiro, porém, Deus, por meio do profeta Moisés, libertou o povo, fazendo-o “passar” da escravidão para a liberdade. A Páscoa lembra essa libertação. Assim como os hebreus passaram do cativeiro para a liberdade, a Páscoa cristã comemora a “passagem” da morte para a vida em Cristo. O apóstolo Paulo disse: “Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós”. (1 Co:5).
A solução não está em proibir ou condenar o ovo de chocolate. O problema está em iludir as crianças, sonegando a verdadeira mensagem da Páscoa. A figura do coelho está ocupando o lugar de Cristo. O ovo de chocolate tem sido dado ao invés do significado da morte e ressurreição de Cristo. “Barriga farta de chocolate, alma carente de Cristo!”.
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