Desmatamento cai, mas degradação florestal aumenta

Novo boletim do Imazon, referente a março de 2011, apontou que houve queda de 39% no desmatamento da Amazônia Legal, em relação ao mesmo período do ano passado. Mas, por outro lado, a degradação florestal na região aumentou cerca de 35%, sobretudo no Mato Grosso

O Imazon – Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia divulgou o boletim do SAD – Sistema de Alerta de Desmatamento da Amazônia Legal referente ao mês de março de 2011, que aponta que houve queda de 39% no desmatamento da região, em comparação com o mesmo período de 2010.

De acordo com o relatório, o SAD detectou 46 km² de desmatamento na Amazônia Legal, contra 76 km², no ano passado. Os Estados onde a prática foi mais comum foram Rondônia e Mato Grosso, onde ocorreu, respectivamente, 69% e 23% do desmatamento registrado em março deste ano. Em seguida, está o Acre, com 4%, e o Pará e Roraima, com 2% cada um.

A tendência de diminuição na prática ilegal se repetiu na comparação do desmatamento acumulativo entre os meses de agosto e março: foram 972 km², em 2010-2011, contra 1.000 km², em 2009-2010. Ou seja, houve uma redução de 3%.

Já com relação à degradação florestal – provocada, entre outras atividades insustentáveis, pela intensa exploração madeireira -, os dados apontados pelo SAD não foram positivos: houve aumento de cerca de 35% na deterioração das florestas da Amazônia Legal. Foram 299 km² degradados, contra 220 km², em março de 2010, sendo que a maior incidência – cerca de 73% – aconteceu no estado do Mato Grosso.

O Imazon alertou que os dados do SAD não são 100% precisos, por conta da cobertura de nuvens na região da Amazônia Legal. O fenômeno dificultou o monitoramento do mês de março em 93% do território do Pará e em 80% da região do Mato Grosso – os dois Estados onde, normalmente, ocorre a maior incidência de desmatamento.

Planeta Sustentável

Autor: Salvador Neto

Jornalista e escritor. Criador e Editor do Palavra Livre, co-fundador da Associação das Letras com sede no Brasil na cidade de Joinville (SC). Foi criador e apresentador de programas de TV e Rádio como Xeque Mate, Hora do Trabalhador entre outros trabalhos na área. Tem mais de 30 anos de experiência nas áreas de jornalismo, comunicação, marketing e planejamento. É autor dos livros Na Teia da Mídia (2011) e Gente Nossa (2014). Tem vários textos publicados em antologias da Associação Confraria das Letras, onde foi diretor de comunicação.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.