Cerca de dez trabalhadoras do Galpão Vigorelli, unidade de separação e reciclagem de lixo da região da Vigorelli, em Joinville, estão passando por dificuldades. O espaço, aberto para estes serviços no início do ano, agora não recebe mais o material da coleta seletiva da Ambiental. Segundo as mulheres, o líder do grupo foi embora com todos os recicláveis que haviam sido separados durante todo o mês de março.
Este material seria vendido e, em seguida, o lucro deveria ser repartido entre todos. O esquema de pagamento funciona bem em todas as Associações de Recicladores, mas neste caso, há oito dias, as trabalhadoras foram surpreendidas com o galpão praticamente vazio. Conhecido como “Márcio”, o líder que desapareceu chegou a ser procurado, mas sem sucesso.
Por conta deste impasse, as mulheres que até então tinham serviço de sobra, agora estão sem condições de trabalho. A Ambiental não envia mais caminhões ao local e o grupo, que tem família para sustentar, precisa lutar para sobreviver.
Recentemente, este galpão foi incluído no Projeto Coleta de Embalagens Metalizadas, por isso, a equipe da Ong Impacto Social visitou o local na manhã desta segunda-feira (9/04) e viu de perto a situação. “Tem mulheres que estão catando papel de bala para ganhar centavos por um quilo, com isso podem levar leite pra casa, pois muitas delas têm criança de colo”, conta a presidente da Ong, Sandra Regina Sievert.
A maior preocupação destas trabalhadoras agora é com a continuidade do trabalho. Elas não sabem se a Ambiental vai voltar a enviar caminhões com os recicláveis. De acordo com o supervisor do setor de Limpeza Pública da Seinfra, Fábio Elling, a situação citada já é conhecida e as mulheres foram orientadas a limpar primeiro o terreno para em seguida voltar a receber o material de separação.
“Recebíamos muitas reclamações de vizinhos por causa do lixo acumulado, por isso a entrega dos recicláveis foi suspensa”, conta ele. A orientação da Seinfra é o grupo efetuar a limpeza da área, pois ainda tem muito lixo orgânico, e procurar o setor de Geração e Renda da Secretaria de Assistência Social: “A Secretaria pode auxiliar na legalização, pois este galpão não tem estatuto, nem nada”, argumenta Fábio.
Para reduzir as dificuldades, medidas paliativas já estão sendo feitas. Procurado pela Ong Impacto Social, o Rotary Clube Leste está se mobilizando e ajudando com alimentos. Um casal do bairro João Costa, Leonor Pedro e Olinda Hammes, também se sensibilizou com a situação e deverá entregar na tarde desta segunda-feira caixas de leite e outros insumos. Se você também quiser ajudar, pode entrar em contato com o telefone (47) 8449 8733, que é o telefone celular da Ong Impacto Social.
Da ONG Impacto Social – Leandro Schmitz
Concordo, e por isso é preciso disseminar esse apelo, para que surjam apoiadores, obrigado por participar!
É necessário achar uma forma de ajudá-los a voltar a serem auto sustentáveis. Vou tentar ver se alguém pode contribuir para isso.