O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), levantados mensalmente pelo IBGE, tiveram crescimento no mês de maio. Para o IPCA, a variação de 0,36% foi inferior tanto à de abril (0,64%) quanto à de maio de 2011 (0,47%).
Considerando os doze últimos 12 meses, o indicador variou 4,99%, o que representa uma desaceleração em relação aos últimos 12 fechados em abril (5,10%). Isto revela que a inflação está se diminuindo em direção à meta estipulada pelo Banco Central, que é de 4,5%.
Já o INPC variou 0,55% em maio, valor inferior aos resultados de abril (0,64%) e de maio de 2011 (0,54%). Considerando os últimos doze meses a variação foi de 4,86%, também menor que os últimos doze meses de abril, onde a variação havia sido de 4,88%.
A Fecomércio vê este atual movimento de queda na inflação como um fenômeno mundial, reflexo principalmente da desaceleração da economia chinesa e da crise na Europa. Isto faz, no Brasil, com que os cortes na taxa Selic (atualmente em 8,5%) não acarretem em risco de inflação – com a ressalva de que não sejam adotadas medidas protecionistas, que restrinjam o repasse dos preços menores do exterior para a economia nacional.
Assim, esta conjuntura torna muito provável a ocorrência de novas quedas na taxa de juros nas próximas reuniões do Copom. Fato que a Fecomércio considera positivo, já que uma das condições necessárias para a recuperação da taxa de investimento da economia brasileira são os juros menores. Isso é extremamente importante no Brasil atual, já que somente com uma taxa de investimento elevada é possível aumentar a produtividade das empresas, para que assim elas possam gerar mais empregos e renda e, consequentemente, o desenvolvimento econômico.
Da Fecomércio