Não podia deixar de publicar aqui no Blog um texto interessantíssimo de José António Baço sobre política, uma comparação inteligente e aguda sobre um personagem que entrou na política joinvilense pela via do novo, e que…. leiam e saibam detalhes:
“O meu texto hoje é sobre o político Rodrigo Coelho. Mas em vez de ser eu a falar, deixo que seja ele próprio a se apresentar ao leitor-eleitor, através de statements ao longo dos últimos meses. O meu trabalho será apenas de “costurar” as fases da sua trajetória política mais recente.
A TRANSIÇÃO – Há uma coisa sintomática na velha política joinvilense. Qualquer observador mais atento percebe que quando um candidato começa a ir demasiadas vezes a certos programas de rádio, então o caldo está entornado. E Rodrigo Coelho foi tanto a um certo programa que mais parecia comentarista residente. Era apenas um sinal de que já se tinha rendido à velha forma (e põe velha nisso) de fazer política na cidade. Todos sabemos o que isso significa.
E chega o momento em que ele claudica. O chamado do poder parece falar mais alto. Há uma espécie de pré-aviso: vai haver uma mudança “estratégica”. Um sacrifício em nome de… sabe-se lá o quê. É o que poderíamos chamar de avanço para trás. Parece uma tentativa de convencer os seus apoiantes de que ele ia se render aos velhos poderes, mas tudo de uma forma calculada e em nome de valores mais elevados. Acredite…
NOVO VELHO – E finalmente um tiro a queima-roupa na coerência. Rodrigo Coelho anuncia que vai ser o vice de Udo Dohler. Ou seja, um feito grandioso que conduziu o seu partido a um novo patamar da política: deixou de ser um puxadinho do PT para ser um puxadinho do PMDB. E de puxadinho em puxadinho, um dia a casa cai. Aliás, parece que tem gente do PDT preferindo ficar no puxadinho do PT.