De 1.500 trabalhadores com contratos suspensos desde julho na fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, 250 – da linha de produção de eixos – retornarão à fábrica na primeira semana de janeiro, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Desde meados do ano, quando a montadora anunciou ter excedente de mão de obra, por causa da queda nas vendas de caminhões, a entidade tem negociado alternativas para preservar os postos de trabalho, como o chamado lay-off (suspensão dos contratos), que atingiu 1.500 dos 13 mil funcionários da unidade.
Outras medidas foram congelamento de reajustes e adoção de semana reduzida (quatro dias em vez de cinco). Aproximadamente 500 funcionários com contrato por prazo determinado, que poderiam ser dispensados, foram mantidos pelo menos até 31 de março.
O presidente da entidade, Rafael Marques – que assumiu o cargo no sábado (1º) –, avalia que o retorno mostra o acerto das negociações com a empresa. “As medidas e ações adotadas pelo governo federal, muitas delas sugeridas pela categoria, para enfrentar a crise econômica internacional e incentivar o consumo interno contribuíram para a manutenção dos postos de trabalho”, afirmou.
“Mas a nossa luta só acabará quando a economia estiver mais robusta e todos os trabalhadores em lay-off tiverem voltado à fábrica”, acrescentou o diretor de Organização do sindicato, Moisés Selerges Jr, membro do Comitê Sindical de Empresa (CSE) da Mercedes.
Do Observatório Social