Plateia passa mal com peça de Wagner ao estilo nazista

teatro-300x168Uma montagem da ópera Tannhaeuser, de Richard Wagner, adaptada a uma temática nazista foi tirada de cartaz depois que espectadores passaram mal com as cenas mostrando homicídios e uma câmara de gás, disse em seu site a companhia responsável pela encenação.

A Deutsche Oper am Rhein, de Duesseldorf, tentou sem sucesso convencer o diretor a fazer mudanças na encenação. Diante da recusa, o restante da temporada será mantido apenas na forma de concerto.
O Tannheuser, do diretor Burkhard C. Kosminski, se passa durante o Holocausto, e provocou escândalo já na sua estreia, no sábado, quando alguns espectadores buscaram atendimento médico após verem cenas fortes, disse a companhia em nota no seu site nesta semana.
A direção da companhia disse que já tinha conhecimento prévio do caráter polêmico da encenação, baseada em uma obra inspirada em lendas nacionais.
– Estamos, no entanto, chocados pelo fato de algumas cenas, especialmente a muito realista cena do tiros, ter causado tamanho estresse psicológico e físico para alguns convidados, a ponto de eles terem precisado de tratamento médico posterior – disse a Deutsche Oper am Rhein, em nota.
– Após considerar todos os argumentos, concluímos que não podemos assumir a responsabilidade por nossa obra artística tendo um efeito tão extremo, então não podemos permitir que essa produção continue sendo apresentada sem alterações – acrescentou a companhia.
A companhia disse que, por razões legais, não pode impor as mudanças a Kosminski, que disse a um jornal alemão estar “chocado” com o cancelamento da temporada.

Autor: Salvador Neto

Jornalista e escritor. Criador e Editor do Palavra Livre, co-fundador da Associação das Letras com sede no Brasil na cidade de Joinville (SC). Foi criador e apresentador de programas de TV e Rádio como Xeque Mate, Hora do Trabalhador entre outros trabalhos na área. Tem mais de 30 anos de experiência nas áreas de jornalismo, comunicação, marketing e planejamento. É autor dos livros Na Teia da Mídia (2011) e Gente Nossa (2014). Tem vários textos publicados em antologias da Associação Confraria das Letras, onde foi diretor de comunicação.

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