Os diretores do Sinsej reuniram-se na manhã de ontem (17/7) com a equipe de governo para o que deveria ser mais um dos encontros da mesa de negociação permanente. Porém, como o prefeito Udo Döhler participou apenas de um curto período da reunião, a maior parte da pauta não teve respostas conclusivas.
Projetos dos acordos de greve
Na reunião, a procuradoria apresentou uma minuta de projeto de lei que estende a gratificação de Pronto Atendimento a todos os servidores destes locais, regulamenta as horas termo dos professores, prevê a penalização da Prefeitura quando há acúmulo de três períodos de férias e permite a liberação de mais dois servidores para dirigir a entidade sindical. Todos estes temas foram agrupados em um só projeto.
Além disso, foram entregues outras duas minutas, prevendo o desconto de 50% na passagem de ônibus para professores do quinto ao nono ano do Ensino Fundamental e concedendo o abono que compensará o parcelamento do reajuste de 2013, a ser pago em 20 de janeiro de 2014.
O Sinsej pediu modificações em alguns artigos e os projetos serão reapresentados em nova reunião agendada para a próxima terça-feira (23/7). Assim que os documentos forem finalizados o sindicato vai disponibilizá-los no site.
Vale-alimentação
O sindicato cobrou ainda o pagamento do valor do vale-alimentação retroativo a maio. A secretária de gestão de pessoas, Rosane Bonessi, afirmou que o entendimento da Prefeitura é que o crédito no final de maio referia-se a abril e, portanto, o reajuste acordado ainda não incidia sobre ele. O sindicato é totalmente contrário a esta interpretação, mas sem a presença do prefeito, nada foi decidido. Na próxima terça-feira, o assunto será novamente pautado.
Adicional noturno
A elevação do adicional noturno é uma das reivindicações prioritárias do setor de saúde da Prefeitura. Com o pagamento dobrado do sétimo dia de trabalho, que está previsto no Estatuto dos Servidores e passou a ser pago depois da greve deste ano, quem cumpre jornada à noite passou a ganhar menos do que quem trabalha de dia. Esta situação é ilógica e desrespeita a própria Constituição Federal. Porém, mesmo reconhecendo a importância do tema, também pela ausência do prefeito na reunião, os secretários presentes não responderam nada.
Além do encontro agendado na próxima terça, que deve tratar prioritariamente da finalização dos projetos do acordo de greve, uma nova rodada de negociação deve acontecer em agosto. O sindicato não abrirá mão de nenhuma das reivindicações elencadas.