A Comissão Estadual da Verdade Paulo Stuart Wright vai ouvir mulheres catarinenses que foram presas políticas na época do regime militar. Os depoimentos serão colhidos durante audiência pública que será realizada nesta quinta-feira, dia 5, às 14h, no Plenarinho da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, em Florianópolis. A audiência integra a programação da Semana Paulo Stuart Wright – 40 anos de seu desaparecimento, organizada pelo Coletivo Catarinense Memória, Verdade e Justiça.
Foram convidadas a prestar informações sobre a experiência na prisão Anne Beck, Anita Maria Silveira Pires, Brigitte Buchele de Souza, Derlei Catarina De Luca, Hildegart Brand, Lígia Giovanella, Marize Lippel, Marlene de Souza Soccas, Rosangela de Souza e Rosemeri Cardoso. De acordo com o coordenador da Comissão Estadual da Verdade, o procurador do Estado Naldi Otávio Teixeira, o objetivo da audiência é coletar dados, informações e prestar esclarecimentos a respeito das violações de direitos humanos praticadas por motivação exclusivamente política no Estado de Santa Catarina.
A Comissão
A Comissão Estadual da Verdade Paulo Stuart Wright (CEV) foi criada em 2013 com o objetivo de examinar violações de direitos humanos ocorridas no período de setembro de1946 aoutubro de 1988, além de subsidiar a Comissão Nacional da Verdade (CNV). As atividades desenvolvidas pela CEV são consideradas públicas, exceto nos casos em que seja necessário manter sigilo para resguardar a intimidade, a vida privada, a honra ou a imagem das pessoas envolvidas.
O nome da Comissão homenageia Paulo Stuart Wright, político catarinense que nasceu em Herval d’Oeste, em 2 de junho de 1933. Quando deputado foi cassado por ato da Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Posteriormente, foi preso em São Paulona primeira semana de setembro de 1973, data a partir da qual não se teve mais notícias do paradeiro dele.