Não vai ter Copa! Opa, pera aí, já foi!
Pois é, após toda aquela onda de manifestações a Copa transcorreu normalmente, apesar de muitas obras que não conseguiram ser terminadas a tempo, uma ponte caiu, enfim, “pequenos detalhes”, mas já que a mídia afirma que a Copa foi um SUCESSO, deve ter sido mesmo…
Ontem acabou a Copa, mas sobraram as contas para pagar, os gastos com a Copa não foram poucos e com certeza a balburdia política das obras sem licitação vai doer no bolso dos brasileiros. Assim como já é de praxe, a conta sempre fica para população pagar.
Mas nem todas as notícias são ruins, a Copa vai acabar, mas as eleições são no dia 3 de Outubro de 2014. Gostaria de fazer minha parte, dar uma pequena contribuição para formação de eleitores mais conscientes, então eu peço aos que lerem este texto, que compartilhem e divulguem, ajudem a informar a população, afinal, é apenas através da informação, do voto consciente, da formação do cidadão politicamente ativo que conseguiremos de fato operar mudanças. Sem isso, de nada adiantam as manifestações.
Dica nº 1: Desconfie sempre, corra atrás de informação, nem tudo que sai na mídia é verdade. A mídia gosta de criar “vilões” e “heróis”. Estes estereótipos podem prejudicar o cidadão na hora de votar, como diz o velho ditado “nem tudo que reluz é ouro”. Um herói criado na atualidade pela mídia é o ministro Joaquim Barbosa, no entanto, poucos sabem, por exemplo, do batalhão de funcionários que Joaquim Barbosa mantêm, obviamente com verbas públicas.
São, pasmem, exatamente QUARENTA E SEIS funcionários, isto mesmo, você não leu errado, não foi erro de digitação, 46 funcionários pagos com seu dinheiro. Mais espantoso ainda se for levar em consideração a baixa produtividade da justiça brasileira. Não te parece estranho que uma pessoa tão ética e preocupada com o bem estar da população admitir uma situação dessas?
Quer uma ferramenta para te ajudar na “investigação” dos candidatos? Então ai vai. Acesse http://www.politicos.org.br/ranking, neste site você poderá consultar o nome do candidato que pretende votar e verificar a participação política dele.
Dica nº2: Descubra a importância do porquê! Por exemplo, por acaso você já se perguntou o por que do governo cobrar tributos da população? Se não, darei um pequeno resumo de sua origem histórica. Na antiguidade clássica, as guerras de conquistas eram feitas com o intuito de subjugar os povos do local e deles cobrar tributos. Estes tributos eram cobrados APENAS dos povos dominados.
Na idade média o sistema vigente mudou, no entanto, os senhores feudais continuavam a cobrar altos impostos do povo. Da mesma forma, os ricos e detentores do poder não precisavam pagar impostos. A cobrança de tributos aqui no Brasil, por consequência, surgiu junto com sua “descoberta” do país pelos portugueses, que cobravam altos impostos do povo. Apenas os coronéis, detentores de títulos e poder não precisavam pagar.
Com o fim da idade média e o início da democracia republicana este tipo de prática já não encontrava mais fundamento, foi ai que decidiram passar a cobrar tributos de toda noção. Entretanto, se estudarmos veremos que a cobrança de tributos ainda não é nada justa, dói muito mais no bolso do cidadão pobre, e de classe média, do que das classes dominantes, estas continuam a se beneficiar com um sistema que tira do pobre para sustentar o rico.
Dica nº3: A obrigação do eleitor não termina quando terminam as eleições, você precisa estar informado o ano todo. Acompanhe a produtividade dos candidatos que você votou, denuncie e divulgue condutas negativas. Você por acaso escolhe uma escola para seu filho estudar e só volta lá para renovar a matricula? Obviamente não, existe a necessidade de ir às reuniões pedagógicas e acompanhar de perto o desenvolvimento da criança. Na política funciona da mesma maneira. Como diz o ditado popular “é o olho do dono que engorda o gado”, neste caso, o dinheiro público vem de nosso bolso, sendo nosso dinheiro, nós é que devemos fiscalizar.
Dica nº4: A última das dicas é a mais simples, ensine através de exemplos, não adianta cobrar que todos sejam igualmente conscientes de suas obrigações políticas. Apenas reclamar não vai adiantar ou fazer com que outras pessoas mudem sua postura. Pessoas aprendem melhor com exemplo do que com críticas.
Por Rebeka Futuro.