Frutos de um trabalho de três anos da fotógrafa Dagma Castro, de 50 anos, as fotos da exposição “Toque-se! Entre o medo e a luz!” em breve estarão nas unidades básicas de saúde de Joinville.
Com o apoio da Secretaria da Saúde de Joinville, as 18 imagens cenográficas foram reduzidas e convertidas em 5.000 cartões postais. No verso, carregam depoimentos de mulheres que lidaram com o câncer de mama. A iniciativa chama a atenção para a importância dos exames preventivos dentro do movimento Outubro Rosa.
Na manhã desta terça-feira (14), Dagma realizou a entrega simbólica dos cartões postais às participantes do projeto no 2º andar do Shopping Mueller, local onde as fotos estarão expostas até amanhã (15). Os relatos nos postais são de integrantes do grupo de apoio Amigas de Lenço. Entre elas, Gleidi Klein Floriani, 50.
Gleidi foi diagnosticada com carcinoma invasivo no seio esquerdo no final de 2013 e começou o tratamento em 2014. Em seu depoimento, conta que sentiu muito medo e insegurança. “Chorei muito, respirei fundo, ergui a cabeça e segui em frente”, disse. Ela está livre do câncer desde setembro. “Com essa troca de experiências, mostramos a outras mulheres que não estão sozinhas nessa luta”, destaca.
A fotógrafa Dagma foi vítima de câncer há dez anos e está curada. Durante o tratamento, sentiu a necessidade de falar de uma forma diferente do câncer de mama. Optou por fotografar mulheres que não tiverem a doença, de forma artística. “São mulheres normais que emprestaram as mamas para falar de medos e emoções”, explica.
A artista teve o apoio do marido, o fotógrafo publicitário Leonel Tedesco, durante a produção. As imagens foram captadas com câmeras digitais, receberam tratamento para preto e branco e foram ampliadas por meio de revelação fotográfica em painéis de 60cm x 85cm. Depois de circular por Balneário Camboriú, a exposição chega a outras cidades, como Joinville.
“Com esta exposição falamos de um assunto de saúde pública que deve ser tratado das mais diversas formas. Em Joinville, tivemos a alegria de contar com o apoio secretaria da Saúde, que entendeu a importância dessa linguagem. Tiramos as obras das galeria de arte e levamos a outros públicos, como postos de saúde e lares. Aí o projeto se torna completo”, avalia Dagma.
Da Secom/PMJ