O ex-gerente da Petrobras que afirmou que o PT recebeu até US$ 200 milhões em propina do esquema de corrupção da Petrobras também contou que participa de desvios na estatal desde 1997, no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Em sua delação premiada, Pedro Barusco disse que, naquela época, recebia mensalmente de US$ 25 mil a US$ 50 mil em propina. Os pagamentos eram feitos, segundo ele, pela empresa holandesa SMB Offshore, fornecedora de navio-plataforma da Petrobras. Barusco confessou ter recebido US$ 22 milhões da SBM até 2010, informa o jornal O Estado de S.Paulo.
Ainda de acordo com o jornal, Barusco revelou ter aberto 19 contas em nove bancos na Suíça para receber propinas. Ele admitiu que tentou fazer transferências em março do ano passado, quando foi deflagrada a Operação Lava Jato. Mas as autoridades suíças bloquearam sua conta por suspeita de irregularidades.
O depoimento do ex-gerente de Tecnologia de Instalações, da diretoria de Exploração e Produção, serviu de base para a nona fase da Lava Jato. Ele admitiu ainda ter recebido propina da empresa holandesa por um contrato de 2007, no governo Lula, da plataforma P57. Barusco disse que recebeu 1% do valor do contrato, que era de R$ 1,2 bilhão.
Pelo acordo que fez com a Justiça para reduzir sua pena, Pedro Barusco se comprometeu a colaborar com as investigações e a devolver cerca de US$ 97 milhões que confessou ter recebido como propina.Leia a reportagem do Estadão.
Com informações do Congresso em Foco