Senador Luiz Henrique da Silveira é sepultado com homenagens e presença de Dilma Rousseff

O corpo do senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) foi sepultado no Cemitério Municipal de Joinville, no Norte de Santa Catarina, por volta das 18h desta segunda-feira (11). O corpo foi colocado em uma área reservada às autoridades da cidade.

Caixão deixou o Centreventos Cau Hausen por volta das 17h (Foto: João Lucas Cardoso/G1)

Antes, um cortejo com o corpo do senador deixou o Centreventos Cau Hansen, onde aconteceu o velório desde a madrugada desta segunda-feira. Moradores e autoridades acompanharam a passagem da viatura dos bombeiros, que passou por ruas centrais do município, até o bairro Atiradores.

Familiares, políticos e moradores aguardaram no cemitério a chegada do corpo desde às 15h. A viatura dos bombeiros chegou ao local às 17h38 e foi retirado da viatura por volta das 17h45. O governador Raimundo Colombo, o prefeito de Joinville Udo Döhler e outras autoridades chegaram ao cemitério junto com o cortejo fúnebre.

O caixão foi retirado da viatura dos bombeiros por um grupo de soldados do corpo de Bombeiros, enquanto a Banda da Polícia Militar tocou a marcha Fúnebre. Antes do sepultamento, o grupo de atiradores da PM fez três salvas de tiros.

Corpo foi colocado em área de autoridades do cemitério municipal (Foto: Cinthia Raash/RBS TV)

Familiares e pessoas mais próximas do político ficaram em uma área isolada do cemitério, para poderem acompanhar o sepultamento. Antes de ser sepultado, o senador foi homenageado novamente e aplaudido pelas pessoas presentes. A filha de Luiz Hentrique da Silveira leu uma homenagem ao pai.

Após o enterro, muitas coroas de flores de amigos, familiares e autoridades foram colocadas no local.

Cortejo

O caixão deixou o Centreventos Cau Hansen por volta das 17h deste domingo. Ele foi levado por um filho, um deputado estadual, o vice-governador de Santa Catarina, o presidente da Federação catarinense de Futebol e outras pessoas até a viatura dos bombeiros. Moradores, que esperavam do lado de fora do Centreventos, aplaudiram bastante quando o corpo do senador era colocado no carro do Corpo de Bombeiros.

Luiz Henrique foi colocado em cima de uma viatura do Corpo de Bombeiros Militar, que seguiu escoltada pela Polícia Militar. Atrás da viatura, quatro veículos levam familiares e políticos. Outras pessoas seguiram logo atrás acompanhando o cortejo fúnebre que passou por ruas centrais do município.

Centenas de pessoas acompanharam o velório no Centreventos Cau Hansen (Foto: Reprodução RBS TV)

Até chegar ao cemitério municipal, o cortejo com o corpo do senador passou pelas ruas Max Colin, Blumenau e Via Gastronômica. Nessas vias, agentes de trânsito monitoraram o fluxo de veículos para a passagem do carro dos bombeiros.

O senador Luiz Henrique da Silveira morreu na tarde de domingo (10) em Joinville, no Norte catarinense, após sofrer um infarto.  O corpo do senador é velado desde o início da madrugada no Centreventos Cau Hansen, em Joinville. O velório foi aberto ao público.

Homenagens
A presidente da República, Dilma Rousseff, cancelou uma viagem a Minas Gerais para acompanhar o velório do senador. Ele chegou ao velório acompanhada do governador do estado, Raimundo Colombo. Ela desembarcou no aeroporto da cidade, acompanhada por uma comitiva de senadaores e ministros, por volta das 15h30.

Ao lado do governador, a presidente seguiu direto para o caixão de Luiz Henrique, onde cumprimentou os familiares do político catarinense. Em seguida, iniciou uma celebração com homenagens ao senador, onde a presidente e o governador permaneceram ao lado.

Uma integrante da equipe do senador iniciou a cerimônia e fez um breve resumo da trajetória política de Luiz henrique da Silveira. O prefeito de Joinville, Udo Döhler também falou sobre a importância de Luiz Henrique para o desenvolvimento da cidade. ele foi prefeito do município mais populoso de Santa Catarina, por três mandatos.

Alunos da Escola Bolshoi homenagearam o senador Luiz Henrique da Silveira (Foto: Reprodução RBS TV)

Alunos e professores da escola da Bolshoi do Brasil, filial da escola russa de dança que chegou ao Brasil com auxílio e intermediação de Luiz Henrique, homenagearam o político catarinense. Uma bailarina dançou a morte do Cisne, do balé o Lago dos Cisnes. Uma sapatilha de balé e a bandeira da escola foram entregues à família.

O vice-governador de Santa Catarina, Eduardo Pinho Moreira, elogiou a tragetória do político e ressaltou a contribuição de Luiz Henrique da Silveira para a política estadual e nacional. Outros políticos e correligionários participaram da cerimônia e fizeram homenagens na cerimônia de despedida do senador.

Raimundo Colombo destacou que Luiz Henrique era um amigo de “todas as horas”. Ele destacou a liderança do senador no desenvolvimento do estado. “Toda Santa Catarina está em lágrimas, com a grande despedida [de Luiz Henrique”.

A presidente Dilma Roussef participa do velório do senador Luiz Henrique da Silveira em Joinville, Santa Catarina (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

A presidente Dilma Rousseff afirmou que “o país se faz de homens como Luiz Henrique da Silveira, “pela capacidade de luta, como senador, governador, ministro. De luta pelo desenvolvimento do seu país”. Ela continuou afirmando que “é muito importante para o Brasil ter exemplos de homens públicos que tenham interesse pelo povo”.

Em seguida, um culto ecumênico com quatro líderes religiosos começou a ser realizado por volta das 16h30. Cada representante religioso fez uma celebração em memória do senador e falou por cerca de 10 minutos.

O Arcebisco de Joinville, Dom Irineu Scherer, encerrou o culto ecumênico. Em seguida, as autoridades saíram do local para que somente a família ficasse no local durante o fechamento do caixão.

Família presta últimas homenagens ao senador Luiz Henrique (Foto: João Lucas Cardoso/G1)

Enterro
O sepultamento de Luiz Henrique da Silveira está marcado para o fim da tarde no Cemitério Municipal de joinville. Às 12h, a Orquestra de Joinville fez uma homenagem ao político.

A escola do Teatro Bolshoi do Brasil, filial da escola russa de dança que chegou ao Brasil com auxílio e intermediação de Luiz Henrique, também presta homenagem ao político catarinense. Em seguida, um culto ecumênico com quatro líderes religiosos será realizado.

Trajetória política
Luiz Henrique da Silveira foi senador, Ministro de Ciência e Tecnologia, deputado estadual e federal, governador de Santa Catarina por dois mandatos, e prefeito de Joinville, três vezes. Ele começou a vida política em 1971, quando assumiu a presidência do Diretório do MDB de Joinville. Atualmente, ele era senador por Santa Catarina desde 2011.

Natural de Blumenau, Luiz Henrique da Silveira nasceu em 25 de fevereiro de 1940. Formado em direito pela Universidade Federal de Santa Catarina, iniciou sua vida pública em 1971, quando foi eleito presidente do Diretório Municipal do MDB de Joinville.

De 1987 a 1988, ele assumiu o Ministério de Estado da Ciência e Tecnologia. Entre 1993 e 1996 foi presidente do Diretório Nacional do PMDB.

De acordo com seu site oficial, o político foi deputado estadual entre 1973 e 1975. Assumiu o cargo de deputado federal durante cinco mandatos: 1973 a 1975, 1983 a 1987, 1987 a 1991, 1991 a 1995, 1995 a 1997.

Também foi prefeito de Joinville por três mandatos. O primeiro foi entre 1977 e 1982. A segunda eleição como chefe do Executivo municipal ocorreu em 1997, quando foi reeleito ao segundo mandato entre 2001 e 2004.

Luiz Henrique da Silveira assumiu duas vezes como governador de Santa Catarina: entre 2003 e 2006 e de 2007 a 2010. Depois disso, em 2011, ele passou a exercer o cargo de senador, no qual ficaria até 2019.

Com informações ao G1

Autor: Salvador Neto

Jornalista e escritor. Criador e Editor do Palavra Livre, co-fundador da Associação das Letras com sede no Brasil na cidade de Joinville (SC). Foi criador e apresentador de programas de TV e Rádio como Xeque Mate, Hora do Trabalhador entre outros trabalhos na área. Tem mais de 30 anos de experiência nas áreas de jornalismo, comunicação, marketing e planejamento. É autor dos livros Na Teia da Mídia (2011) e Gente Nossa (2014). Tem vários textos publicados em antologias da Associação Confraria das Letras, onde foi diretor de comunicação.

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