Santa Catarina começa a dar sinais que vai, assim como Brasília, passar a priorizar a disputa política em detrimento da união de esforços contra o inimigo comum, o Covid-19, o famoso coronavírus. É o que se depreende das mais novas manifestações de deputados estaduais contra as ações do Governo de Carlos Moisés (PSL). Agora a bola da vez e que pode incendiar o parquinho em hora imprópria é o investimento em um Hospital de Campanha a ser instalado em Itajaí (SC).
Segundo as denúncias, o valor estaria super dimensionado em relação ao que o Governo Federal propõe em outros estados como Goiás. Há muitas diferenças entre os modelos, e isso deve ser sim acompanhado e fiscalizado. É papel dos deputados. Nos bastidores, o que se comenta é que há na verdade um alvo a ser abatido, o homem forte do governo Moisés, o secretário da Casa Civil, Douglas Borba (PSL). Essa fogueira estava com fogo baixo, mas sopros de fogo amigo fizeram as chamas se elevarem neste momento em que as cifras milionárias começam a aparecer. Afinal, há muito o que se fazer para que Santa Catarina possa ter leitos, equipamentos, profissionais, UTIs, para atender ao que vem aí, muita gente infectada, e pior, acamada a necessitar de cuidados especiais.
Isso custa muito dinheiro não só em SC, mas no país, e no mundo. Os preços aumentaram, e a escassez de equipamentos, máscaras e insumos atrapalham o acompanhamento de preços, se super dimensionados, ou não. O fato é que é possível se fiscalizar e cobrar atitudes, desde que com bom senso e evitando deixar a população em último lugar, e a fogueira das vaidades em primeiro lugar visando objetivos políticos. Agora é hora de união contra o vírus. As disputas pelo poder podem esperar, e a cobrança por erros ou atos nada republicanos, acontecerão em momento próprio.