Caiu o Secretário da Saúde. Caiu o Secretário da Casa Civil. Força tarefa do MPSC, Polícias civil e militar, TCE e atém quem sabe, a Polícia Federal, vasculham a operação suspeita dos respiradores no Governo de SC. A Assembleia Legislativa de SC abriu uma CPI que pode apear do cargo o governador Carlos Moisés. Além da pandemia, o pandemônio apavora um governo que se dilui tal qual castelos de areia construídos a beira da praia.
Soberba, incapacidade de diálogo, falta de gestores qualificados e competentes tanto administrativa quanto politicamente levam o Governo Carlos Moisés (PSL) a um redemoinho de erros que pode lhe custar o cargo. De forma até amadora, buscou se sobrepor aos demais poderes, chegando até a usar a imagem de todos em movimentos políticos que desejou mostrar como de “união”, e apoio. Calejados de tanta indiferença, todos deixaram de estender a mão, e não só a recolheram como ficaram desconfiados do que havia de fato no Governo.
Em meio ao crescimento da contaminação do Covid-19, Santa Catarina não precisaria de tamanho quadro de instabilidade a pressionar quem deveria liderar. Na área da saúde, Carlos Moisés trocou seis por meia dúzia. Na Casa Civil acaba de colocar no lugar do suspeito Douglas Borba, antes um super primeiro-ministro, coloca outro nome que não dá a mínima sustentação e força ao seu governo. Com respeito ao indicado, não devolve a credibilidade perdida, e tampouco dá garantias aos deputados estaduais e demais líderes das demais instituições de que não serão mais “usados”, e até enganados.
Os próximos capítulos não parecem ser de alegrias. A força-tarefa avançou firmemente na investigação da operação suspeita dos respiradores. Encontrou o fio da meada, e vai até o final. A CPI vai começar a ouvir os envolvidos de perto, e de longe. Vamos ver até onde este governo castelo de areia vai ficar de pé.