Fundamas sem professores? Lei que impede concurso público?

Fiquei estarrecido hoje ao ler na página 3 do jornal Notícias do Dia de Joinville (SC) a matéria sobre a Fundamas, entidade da Prefeitura para formação de mão de obra, que vai suspender cinco cursos noturnos porque faltam recursos (?) e uma legislação impede concursos públicos (?), e assim ficamos. As perguntas que ficam sem respostas são: se faltam recursos, o que a atual gestão fez para buscá-los? E qual lei é essa que impede a contratação?

Primeiro, entendo que qualquer gestor, esteja ele na área pública ou privada, deve se nortear por planejamento, execução do mesmo, avaliação, e assim sucessivamente. O que fez a gestão da Fundamas para antever essa falta de recursos? Não houve planejamento, não se constatou que a partir de tal mês ou ano faltariam recursos para tocar os cursos? Que fez a equipe para superar isso? Nada?

Outra pergunta que a reportagem não responde é a tal da lei que impede a contratação de professores por concurso público. Existe isso? Desde quando, qual a lei? Tudo bem que o governo anterior seguia a linha neoliberal tal qual o governo de FHC que criou lei impedindo a expansão das universidades públicas federais e das escolas técnicas federais, mas o atual governo é do PT! Gostaria de saber que lei é essa. Sinto no ar que faltou é trabalho na Fundamas, mesmo que fosse a revogação dessa lei.

A Fundamas faz uma formação importante para os dias de hoje, que é a educação para o trabalho via empreendorismo. Cursos como modista, informática básica, pintura em porcelana, marcenaria, servem para que a pessoa rapidamente tenha acesso ao trabalho e renda. Aliás, até essa busca por novos cursos sintonizados com as necessidades atuais da população – estamos na era da tecnologia – a Fundamas poderia fazer, reformulando alguns cursos, oferecendo outros. Que tal? Mas ainda espero conseguir as respostas para as questões do post. Alguém poderia responder?

Autor: Salvador Neto

Jornalista e escritor. Criador e Editor do Palavra Livre, co-fundador da Associação das Letras com sede no Brasil na cidade de Joinville (SC). Foi criador e apresentador de programas de TV e Rádio como Xeque Mate, Hora do Trabalhador entre outros trabalhos na área. Tem mais de 30 anos de experiência nas áreas de jornalismo, comunicação, marketing e planejamento. É autor dos livros Na Teia da Mídia (2011) e Gente Nossa (2014). Tem vários textos publicados em antologias da Associação Confraria das Letras, onde foi diretor de comunicação.

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