Reviravolta entre os pré-candidatos a Prefeitura de Joinville, maior cidade de SC. Dalmo Claro, ex-deputado estadual e ex-secretário de Estado da Saúde se filiou ao PSL, partido do governador Carlos Moisés, no limite definido pelo TSE e será a aposta do PSL e Governo do Estado nas eleições deste ano. O Palavra Livre apurou que o médico assinou ficha no PSL no dia 3 de abril, desgostoso com o quadro de inchaço de candidatos no PSDB, partido ao qual estaria filiado para ser candidato tucano.
A fila no PSDB de Joinville estava meio vazia. O ex-senador Paulo Bauer estava motivando o partido para a disputa, colocando o nome a disposição. Dalmo foi convidado e teria aceitado e até assinado ficha. Na mesma época, o também médico Valdir Steglich deveria ter se filiado, mas declinou. Em seguida o veterano vereador Odir Nunes anunciou que disputaria a indicação no ninho tucano. E mais recentemente o vereador Rodrigo Fachini aterrissou no partido vindo do MDB, e já se posicionando como pré-candidato a Prefeito. Meio quieto, o candidato derrotado ao Governo em 2018, ex-deputado estadual e ex-presidente da Assembleia, Gelson Merisio, também estava mirando a vaga. Tudo isso parece ter motivado Dalmo Claro a sequer ingressar no PSDB.
Hoje mesmo outra novidade, a saída de Rodrigo Bornholdt, ex-vice Prefeito de Joinville, advogado, que há poucas semanas agitou os bastidores da política local ao anunciar a desfiliação do PDT, onde era militante histórico, para entrar no mesmo PSL aonde Dalmo Claro chega agora. Com uma posição no mínimo estranha, Bornholdt enviou nota a imprensa informando da sua saída do partido ao qual mal tinha chegado. Coisas da política que o povo não entende. Difícil entender mesmo.
As fontes ligadas ao PSL da Ilha dizem que Dalmo Claro chega como grande aposta do partido para a disputa, e até que ele assume o comando partidário, com carta branca para organizar a nominata e articular as alianças. O presidente do PSL estadual, deputado federal Fabio Schiochet, deu o aval para os próximos passos. Parece que há um vírus que chegou a política e também vem bagunçando os cenários. O MDB, que já contava com o apoio do PSL ao seu candidato em Joinville e outras cidades, já sentiu o golpe e tem se colocado cada vez mais opositor ao governo de Carlos Moisés. Fernando Krelling, deputado pelo MDB, já fez até movimentos e vídeos que pressionam o governador para a abertura de academias em meio a pandemia do coronavírus.
Dalmo Claro no PSL pode promover um rearranjo nas alianças e articulações que já estavam quase fechadas em Joinville. A crise na saúde com a pandemia do Covid-19 (coronavírus) que será duradoura pode ajudar o médico na corrida eleitoral. A aposta do PSL na experiência de Dalmo na área da saúde pode ser a estratégia sonhada. Vamos acompanhar os próximos passos. Como já dizia o falecido político joinvilense do mítico bairro Itaum da zona sul, João Pessoa Machado: “em política só não vi boi voar”.