O ex-deputado federal Carlito Merss lutou anos para chegar à Prefeitura de Joinville, e construiu essa chegada triunfal quando a população cansou do modelo e das figuras conhecidas da política e que comandaram a cidade por décadas, e nesses casos estão embutidos DEM, PSDB e PMDB, maiores partidos da cidade. Entre os candidatos de 2008, Carlito representava a mudança, e o povo votou e o colocou no comando da cidade.
Passados mais de dois anos, o desgaste de tantos desenganos, desastres administrativos e políticos, erros infantis, e falta de ação política e administrativa visível para a população, Carlito chega ao auge de impopularidade, inclusive entre a base aliada na Câmara de Vereadores. O PMDB, maior partido aliado, já avisou que desembarca da administração após o bate-cabeça sobre IPTU. Com essa má fase na reta final, sem uma agenda positiva, o governo petista terá enormes dificuldades em reagir para conquistar a reeleição.
São tantos erros desde o início de seu governo que chega-se a desconfiar de que seu governo foi tomado por adversários travestidos de companheiros. Quem não se lembra da dívida astronômica de R$ 100 milhões que tentaram colocar nas costas do ex-prefeito Marco Tebaldi, e que ao final ajudou a elegê-lo deputado federal? E o problema da contabilidade e da informática? A falta de pagamentos aos fornecedores, escolas cheias de problemas estruturais. Derrota na eleição da mesa diretora da Câmara de Vereadores, e finalmente o famigerado aumento da alíquota do IPTU que pegou justamente o seu eleitorado, de baixa renda?
Não se nega que Carlito seja uma pessoa de boa índole, sério, mas fica claro que lhe falta comando, rapidez nas mudanças que já teriam de ter sido feitas do secretariado, inoperante nas regionais, lento nas centrais, e com falta do centroavante matador no comando da Prefeitura, tudo fica perdido. O fato é que faltam poucos meses para encerrar o ciclo Carlito Merss, e nada se vê de novo para que a esperança de 2008 continue acesa, flamejante para 2012.