Começou hoje (5) nas escolas da rede pública do Brasil uma campanha coordenada pelos ministérios da Saúde e da Educação direcionada a combater a obesidade em crianças e adolescentes. A campanha, que deve durar o ano todo, começa com uma semana de mobilização do Programa Saúde na Escola. A expectativa é alcançar 10 milhões de alunos entre 5 e 19 anos, em 55 mil escolas públicas de 2.500 mil municípios que aderiram à iniciativa,
“A obesidade em crianças e adolescentes é um problema de saúde pública. Dados do IBGE revelam que a cada três crianças de 5 a 9 anos de idade, uma está acima do peso recomendado”, informou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Ainda de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, houve um aumento de quase sete vezes na proporção de obesidade infantil detectada entre meninos e rapazes nas últimas três décadas e meia. Eram 3,7% os jovens com a massa corporal acima do ideal entre 1974-75; em 2008-09 esse contingente chegou a 21,7%. No público feminino, o crescimento foi menor, de 7,6% para 19,4%.
Em inserções da campanha no rádio e na TV, o ministro Padilha cita estudos médicos para alertar que “uma criança obesa tem grande chance de se tornar um adulto obeso, com maior possibilidade de desenvolver doenças como diabetes e hipertensão”. A campanha pretende ainda estimular a participação dos pais na reeducação alimentar dentro e fora de casa.
O Programa Saúde na Escola existe desde 2008 e abrange ações integradas dos ministérios da Saúde e da Educação nas escolas públicas e no Sistema Único de Saúde.
Ações
A cerimônia de lançamento da Semana de Mobilização Saúde na Escola acontece em Belo Horizonte (MG). Segundo o serviço do ministério da Saúde na internet, uma das ações realizada durante a semana é a avaliação nutricional dos estudantes, quando os profissionais das equipes do Programa Saúde da Família vão pesar e medir os alunos e calcular seus Índices de Massa Corpórea (IMC).
Além de orientações nutricionais, os profissionais encaminharão os estudantes que estiverem com excesso de peso para as Unidades Básicas de Saúde. “Sabemos que é mais fácil tratar a obesidade nas crianças e adolescentes, por isso a intervenção nessa fase é extremamente importante para que essas crianças se tornem adultos saudáveis”, afirma o secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães.
As famílias também visitarão as Unidades Básicas de Saúde (UBS) para conhecerem os serviços ofertados. Afirma o ministério que as UBSs são capazes de resolver até 80% dos problemas de saúde das pessoas daquele território do qual ela é responsável, desafogando dessa maneira os hospitais de referência da região.
Rede Brasil Atual