Caso sério e de atenção urgente das famílias e das autoridades públicas brasileiras são os acidentes com os idosos. O peso da idade, a falta de acessibilidade nas cidades, prédios e casas oferecem as oportunidades para que os nossos velhinhos sem machuquem, sejam internados, e não só as famílias sofrem: os cofres públicos também. Que tal as Prefeitura utilizarem os agentes comunitários de saúde espalhados por esse Brasil afora para conscientizar e trabalhar a prevenção? A matéria abaixo, da Agência Saúde assinada pela repórter Carolina Valadares, mostra o que custa para todos essas fraturas em nossos idosos:
“As quedas e suas conseqüências para as pessoas idosas no Brasil têm assumido dimensão de epidemia. Os custos para a pessoa idosa que cai e faz uma fratura são incalculáveis. E o pior, atinge toda a família na medida em que a pessoa idosa que fratura um osso acaba hospitalizada e frequentemente é submetida a tratamento cirúrgico. Os custos para o sistema de saúde também são altos.
A cada ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem gastos crescentes com tratamentos de fraturas em pessoas idosas. Em 2006 foram R$ 49.884.326 com internações de idosos por fratura de fêmur e R$ 20 milhões com medicamentos para tratamento da osteoporose. Para promover a saúde do grupo populacional o Ministério da Saúde chamou as secretarias estaduais e municipais de saúde a realizarem esforços conjuntos para redução das taxas de internação por fratura do fêmur na população idosa.
As capitais Rio de Janeiro e São Paulo são as que mais tiveram internações de idosos por fratura de fêmur em 2006. Em São Paulo foram 2.388 e no Rio de Janeiro, 1.178. A terceira cidade é Porto Alegre com 479.
“Esses são os estados com a maior população de idosos e onde as pessoas têm mais facilidade de acesso à rede de saúde”, comenta o coordenador da área técnica de saúde do idoso do Ministério da Saúde, José Luiz Telles.
Ele alerta que a queda em idosos pode causar sérios prejuízos à qualidade de vida desse grupo populacional, podendo acarretar a imobilidade, a dependência dos familiares, sem falar no índice de mortalidade pós-cirúrgico.
O levantamento também traz um histórico das internações por fratura de fêmur em idosos de 2001 a 2006. A quantidade de internações aumenta a cada ano e as mulheres são as mais atingidas“.