O aplicativo “Tubby”, que avalia mulheres, está proibido em todo o páis. A decisão é do juiz de Direito Rinaldo Kennedy Silva, da 15ª vara Criminal de BH, que expediu liminar para impedir a disponibilização do software, que estava previsto para ser lançado nesta quarta-feira, 4.
A decisão atende a pedido de medida cautelar feito por grupos femininos que, com base nalei Maria da Penha, alegaram que o aplicativopromovia a violência contra a mulher.
Para o juiz, a tese exposta é plausível. De acordo com seu entendimento, “há também fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, uma vez que depois de ofendida a honra de uma mulher por intermédio do mencionado aplicativo, não haverá como repará-la“.
Na decisão, Rinaldo Kennedy Silva proibiu o Facebook, a equipe do próprio “Tubby”, e as lojas de aplicativos do Google e da Apple de permitir a veiculação do aplicativo, sob a pena de multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.
Tubby x Lulu
O “Tubby”, cujo nome faz referência ao personagem Bolinha, é um aplicativo para homens avaliarem o comportamento e o desempenho sexual de mulheres.
Criado em resposta ao “Lulu”, que permite que apenas as mulheres, usuárias da rede social, façam, anonimamente, inúmeras avaliações dos homens, inclusive atribuindo notas sobre diversos aspectos pessoais como desempenho sexual, caráter e forma de interagir com as mulheres em relações íntimas, o software estava previsto para ser lançado nesta quarta-feira, 4, data que foi adiada para sexta, 6.
Apesar da determinação do juiz, a contagem regressiva continua correndo no site do aplicativo.
#arregou
Desde sua criação, o site do “Tubby” permitia o descadastro de mulheres que não quisessem ser avaliadas. Ao selecionar esta opção, a mensagem “arregou e não faz mais parte do Tubby” aparecia na tela.
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Processo: 3846204-55.2013.8.13.0024