A convivência pede palavrinhas mágicas

Conheça todos os benefícios que a convivência tranquila com o outro proporciona à vida.

Preciso de um abraço!”

Quem tem filhos adolescentes sabe o quanto é difícil receber deles alguma manifestação de carinho. Às vezes, o maridão também pode relutar em demonstrar sua fragilidade e admitir que está precisando de ajuda. Quebre essa barreira invertendo os papéis. Peça você um abraço. É muito mais fácil para eles corresponder a esse carinho do que tomar a iniciativa. Mas o importante é que, usando essa frase, todos vocês vão ficar mais próximos!
Nas relações de amizade a frase também vale. Afinal, nada melhor do que um abraço amigo, nas horas boas e ruins.

“Em que será que você está pensando?”

Perguntas diretas como “Em que você está pensando?” ou “O que você está me escondendo?” costumam colocar as pessoas na defensiva e até fazer com que se sintam invadidos. Se você quer mesmo saber o que está angustiando alguém, suavize a pergunta com a fórmula “Em que será…”. Isso deixa a pergunta menos direta e dá ao outro a sensação de que pode escolher entre abrir ou não seu coração. Mais à vontade, a pessoa provavelmente se abrirá!

“Nós podemos!”

Em vez de dizer “você precisa reclamar do aumento do aluguel na imobiliária” para o marido ou “eu vou te colocar na aula particular” para o filho, prefira usar o pronome “nós” (“nós vamos resolver isso!”). Essa mudança reduz as brigas e promove o espírito de equipe na família.

“Eu te amo!”

Não é preciso esperar nenhuma ocasião especial para dizer “eu te amo”. Ao contrário, ouvir isso inesperadamente nos faz sentir que a frase é espontânea e sincera. Sempre que puder, diga isso aos seus familiares queridos. Eles vão ficar tocados. Afinal, nunca é demais ouvir que somos especiais para alguém. Então, a partir de hoje, inclua ou utilize mais essa frase no repertório da sua família!

“Você escolhe!”

Na convivência com crianças é bom que elas exercitem a habilidade de tomar decisões. Portanto, deixe-as começar por decisões pequenas, como opinar sobre o que querem vestir ou sobre o que pensam fazer a respeito de uma desobediência. Assim, você envia a mensagem de que confia nela. Estudos mostram que isso estimula a autoconfiança delas e as incentiva a fazer escolhas responsáveis.

“Puxa, muito obrigada!”

Pesquisadores da Universidade da Califórnia descobriram que elogiar e agradecer até os mínimos favores estimula as crianças a repeti-los para agradar os pais. Mas é importante saber que ela não se reduz somente a essa relação. Agradeça sempre! “E usar uma expressão de exclamação como ‘puxa!’ ou ‘nossa’ reforça ainda mais o seu agradecimento”, garante a escritora B. J. Gallagher, autora do livro O Sim Vive na Terra do Não. Por isso, não economize no incentivo. 

Mdemulher

Perfis: Heitor Júnior mantém viva a memória do pai na Ratinho Sports

Esse é um dos perfis que mais me emocionou, não só porque a história é comovente, mas pela amizade que uniu a este jornalista e Heitor em nossa juventude. Rever o amigo, recuperado da tragédia, e poder contar seu renascimento muito me orgulhou. Abraço amigo Heitor, siga em frente sempre com alegria, você merece! E aos leitores, boa leitura e comentários!

“Ele não foi craque como Pelé, Garrincha, Cruyff, Maradona, Ronaldo, mas driblou como ninguém o pior marcador dos campos da vida: a tragédia da perda. É certo que não foi fácil, não é fácil porque esse jogador é persistente, duro e teima em não desgarrar do jogador que, mesmo perseguido, correu para vencer mais uma batalha e continuar no jogo da vida. Esse é Heitor Martinho de Souza Júnior, o Ratinho, ou somente Heitor, Dego para os íntimos, 42 anos, filho do craque Heitor Martinho de Souza, o Ratinho, grande jogador nascido no Itaum e formado no celeiro de craques do Fluminense, clube emblemático do bairro da zona sul de Joinville.

Heitor é comerciante de material esportivo e mantém viva a memória do pai mantendo a tradicional loja Ratinho Sports, onde gerações já compraram chuteiras, camisas de clubes, troféus, medalhas, meiões para seus craques, ou mesmo para bater bola pelos campos e quadras. Há 35 anos o pai Ratinho, quando veio encerrar a brilhante carreira de jogador de futebol como campeão pelo Joinville Esporte Clube, abriu a loja na rua do Príncipe em frente à Caixa Econômica Federal. Heitor já acompanhava o pai. “Fui o mascote do Jec na final, e vi meu pai chorar muito com a vitória”, lembra com os olhos marejados de lágrimas.

O sentimento é justificado. Há dez anos Ratinho pai, a esposa Emídia, a mulher Maria e suas três filhas foram sacados do time por obra de um Gol irregular, e só Heitor ficou jogando por aqui. Obra do destino? Um acidente na estrada que leva à Barra do Sul ceifou a vida de tudo que ele mais amava em um instante. Só ele sobreviveu. “Perdi tudo que tinha, que mais amava. Eles morreram e eu fiquei vivo, mas morto”, revela com amargura. A cidade ficou comovida. Heitor só saiu do hospital após dois meses, sem saber que todos tinham falecido. A loja ficou esse tempo todo fechada. Contas e mais contas vencidas, e mais ninguém para chorar junto ou buscar saídas.

Mesmo triste, Heitor encarou o retorno aos gramados da Ratinho Sports. Passou por um problema, dois tres, varios. A clientela torcia e comparecia. Matando no peito e colcoando a bola no chao, ele venceu e agora está firme jogando na rua Max Colin, 150 sempre com clientes entrando e saindo da loja, ou ligando para o fone que também nao é mudado há 35 anos. Como o pai que jogou no Fluminense do Itaum, Marcílio Dias, Portuguesa de Desportos (SP), São Paulo, Seleção Paulista – esteve também entre os 40 que poderiam ir à Copa de 1970 – e Jec, Heitor também jogou no Joinville, Atlético Mineiro, Ponte Preta, mas deixou o futebol para casar e trabalhar com o pai. Só jogou no futebol amador joinvilense no Caxias, América, 25 de Agosto, Fluminense e Krona, onde parou em 2006.

Entre a atençao a um e outro cliente que chega na loja, Heitor fala sobre o novo momento após o longo filme de terror, que chega a um final feliz. “Estou em uma fase nova, boa. Encontrei uma nova companheira, a Lara, casamos há dois anos, e ela está grávida de tres meses. É uma ressureição”, conta sorridente. Lara é prima do ex-jogador Toto, e trabalha em Jaraguá do Sul. Heitor cuida da sua estamparia e da loja com carinho. “É o nome do meu pai, tenho muito orgulho de ser filho dele, uma pessoa que todo mundo gostava. Aprendi com o que passei que temos de deixar em vida é o caráter, a bondade, simpatia. Nenhum bem material é maior que isso”, destaca. Mais um cliente entra, e lá vai ele, pronto para o jogo. Toca a bola e segue em frente na vida Heitor, a torcida quer mais um golaço!”

* Publicado na seção Perfil do Jornal Notícias do Dia de Joinville (SC) em junho de 2011.

 

Perfis: Luiz Carlos Sales, comércio e solidariedade no sangue

Todos os dias da semana a Kombi lotada de refrigerantes e bebidas achocolatadas estaciona no centro de Joinville às sete da manhã, e dali sai somente após atender ao último cliente da região. Há 20 anos essa é a rotina diária do comerciante Luiz Carlos Sales, 54 anos, mais conhecido como Sales pelos bares, restaurantes e mercadinhos da cidade. Sempre bem alinhado, ele e o sobrinho mantém o atendimento no horário marcado, e se atrasam, os clientes já ligam. “Se a gente não chega naquela hora, o telefone já toca”, comenta ele, que na luta pela vida venceu o alcoolismo e tem ação dedicada na Pastoral Antialcoólica de Joinville, que fundou em 1994.

Natural de Garuva, Sales é o mais velho de uma família de dez irmãos. Cansado de passar necessidades, um dia disse ao pai que ia ganhar a vida. “Eu disse a ele: pai eu não quero mais passar fome. Vou atrás de trabalho, nem que seja pela comida”, conta. A família vivia de trabalhos na agricultura, e a alimentação era na base de banana verde cozida, com farinha, e café amargo com polenta, segundo ele. Pensou em ir a Curitiba trabalhar de garçom, mas ao chegar no Posto Bem Bem, encontrou o tio que trabalhava em uma borracharia, e aí o rumo mudou. Convidado, ia negar alegando não conhecer do ramo. “Aí ele me perguntou: sim, mas o que você sabe fazer? Topei e fiquei uns cinco anos por lá”, relembra Sales.

Após esse tempo, trocou Garuva por Joinville para trabalhar na Engepasa, onde ficou apenas seis meses como borracheiro. A convite de amigos que trabalhavam na Batavo conseguiu uma vaga de motorista vendedor sonhada há tempos, e lá permaneceu por 12 anos e meio em duas passagens intercaladas por breve passagem pelo Café Urú. Vendeu iogurte, frios, frango e outros em uma região enorme que ia de São Francisco do Sul, Guaramirim, Jaraguá do Sul até Canoinhas no planalto norte. Bom vendedor, atendeu também Criciúma e região e Lages. Cansado de ficar longe da família, e com o álcool tomando conta da sua vida, ele pediu para ficar com a praça de Joinville, que foi negada. Por isso saiu e trabalhou com café, mas logo retornou à empresa.

A bebida foi sua amiga por 12 anos, e quase acabou com família, trabalho e saúde. “As amizades me levaram a beber, e como já tinha pré-disposiçao ao alcool, fui um pulo para me afundar”, revela. Cachaça e cerveja eram consumidas aos borbotoes. Família era colocada em último plano, e os amigos de bar e jogos ganhavam destaque. “Tinha garrafões em casa, bebia no almoço, e principalmente depois do serviço. Apaguei várias vezes sem saber onde estava, ou como chegava em casa. A Nina (esposa) foi muito forte”, elogia Sales à companheira com quem vive há 33 anos e cuja uniao gerou quatro filhos e cinco netos. Um dia, depois de outra discussão familiar, fez uma promessa de nunca mais beber. “Dia 17 de junho comemoramos meus 20 anos de sobriedade com a Pastoral”, conta feliz.

Ao mesmo tempo Sales iniciava com seu negócio próprio, vendendo chocomilk, laranjinha, em uma kombi marrom, famosa por muitos anos. Hoje vende chocoleite e laranjinha Água da Serra, e mantém depósito em sua casa no bairro Fátima. Simples, religioso e muito família, o comerciante comemora o resultado do trabalho em vendas que amealhou milhares de amizades, e a atividade na Pastoral Antialcoolica, que o realiza. “Atendo a todos igualmente, sem distinguir cargo, idade, classe, e isso ajudou no sucesso dos negócios. Já na Pastoral é maravilhoso ajudar pessoas e famílias que são atingidas pelo álcool. Temos site, vamos construir a nossa sede, e isso me faz bem. Acho que puxei essa veia solidária da minha mae”, afirma o vendedor vencedor.

* Publicado na seção Perfil do Jornal Notícias do Dia Joinville (SC) em junho de 2011

Perfil: Luiz Carlos Sales – Comércio e solidariedade no sangue

Todos os dias da semana a Kombi lotada de refrigerantes e bebidas achocolatadas estaciona no centro de Joinville às sete da manhã, e dali sai somente após atender ao último cliente da região. Há 20 anos essa é a rotina diária do comerciante Luiz Carlos Sales, 54 anos, mais conhecido como Sales pelos bares, restaurantes e mercadinhos da cidade. Sempre bem alinhado, ele e o sobrinho mantém o atendimento no horário marcado, e se atrasam, os clientes já ligam. “Se a gente não chega naquela hora, o telefone já toca”, comenta ele, que na luta pela vida venceu o alcoolismo e tem ação dedicada na Pastoral Antialcoólica de Joinville, que fundou em 1994.

Natural de Garuva, Sales é o mais velho de uma família de dez irmãos. Cansado de passar necessidades, um dia disse ao pai que ia ganhar a vida. “Eu disse a ele: pai eu não quero mais passar fome. Vou atrás de trabalho, nem que seja pela comida”, conta. A família vivia de trabalhos na agricultura, e a alimentação era na base de banana verde cozida, com farinha, e café amargo com polenta, segundo ele. Pensou em ir a Curitiba trabalhar de garçom, mas ao chegar no Posto Bem Bem, encontrou o tio que trabalhava em uma borracharia, e aí o rumo mudou. Convidado, ia negar alegando não conhecer do ramo. “Aí ele me perguntou: sim, mas o que você sabe fazer? Topei e fiquei uns cinco anos por lá”, relembra Sales.

Após esse tempo, trocou Garuva por Joinville para trabalhar na Engepasa, onde ficou apenas seis meses como borracheiro. A convite de amigos que trabalhavam na Batavo conseguiu uma vaga de motorista vendedor sonhada há tempos, e lá permaneceu por 12 anos e meio em duas passagens intercaladas por breve passagem pelo Café Urú. Vendeu iogurte, frios, frango e outros em uma região enorme que ia de São Francisco do Sul, Guaramirim, Jaraguá do Sul até Canoinhas no planalto norte. Bom vendedor, atendeu também Criciúma e região e Lages. Cansado de ficar longe da família, e com o álcool tomando conta da sua vida, ele pediu para ficar com a praça de Joinville, que foi negada. Por isso saiu e trabalhou com café, mas logo retornou à empresa.

A bebida foi sua amiga por 12 anos, e quase acabou com família, trabalho e saúde. “As amizades me levaram a beber, e como já tinha pré-disposiçao ao alcool, fui um pulo para me afundar”, revela. Cachaça e cerveja eram consumidas aos borbotoes. Família era colocada em último plano, e os amigos de bar e jogos ganhavam destaque. “Tinha garrafões em casa, bebia no almoço, e principalmente depois do serviço. Apaguei várias vezes sem saber onde estava, ou como chegava em casa. A Nina (esposa) foi muito forte”, elogia Sales à companheira com quem vive há 33 anos e cuja uniao gerou quatro filhos e cinco netos. Um dia, depois de outra discussão familiar, fez uma promessa de nunca mais beber. “Dia 17 de junho comemoramos meus 20 anos de sobriedade com a Pastoral”, conta feliz.

Ao mesmo tempo Sales iniciava com seu negócio próprio, vendendo chocomilk, laranjinha, em uma kombi marrom, famosa por muitos anos. Hoje vende chocoleite e laranjinha Água da Serra, e mantém depósito em sua casa no bairro Fátima. Simples, religioso e muito família, o comerciante comemora o resultado do trabalho em vendas que amealhou milhares de amizades, e a atividade na Pastoral Antialcoolica, que o realiza. “Atendo a todos igualmente, sem distinguir cargo, idade, classe, e isso ajudou no sucesso dos negócios. Já na Pastoral é maravilhoso ajudar pessoas e famílias que são atingidas pelo álcool. Temos site, vamos construir a nossa sede, e isso me faz bem. Acho que puxei essa veia solidária da minha mae”, afirma o vendedor vencedor.

* publicado na seção Perfil do Jornal Notícias do Dia de Joinville (SC) em junho de 2011

 

Hora do Trabalhador está no ar – Obrigado a todos e todas!

Iniciei hoje uma nova fase em minha carreira na comunicação, agora produzindo e apresentando, junto com Gi Rabello, o programa Hora do Trabalhador na Rádio Clube AM 1590 em Joinville (SC) – www.radioclubejoinville.com.br – tratando de assuntos do trabalhador, seus direitos, sua saúde, oportunidades de empregos, profissões, entrevistas com lideranças, informações do mundo do trabalho para quem trabalha.

Veiculado de segunda a sexta-feira das 13:30 horas às 14 horas, a Hora do Trabalhador estreou com uma entrevista do presidente do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região, João Bruggmann, que falou sobre sindicalismo, a luta pelos direitos trabalhistas e deu alguns dados da Busscar, que não paga salários há 16 meses. Na segunda fase do programa várias notícias sobre as categorias, esporte, direitos da mulher receber o salário maternidade mesmo desempregada formaram o primeiro programa de uma série que desejamos seja longa.

Nos próximos dias, além do Sindicato dos Mecânicos e do Sindicato da Saúde, outros sindicatos vão aderir ao projeto que visa bem informar os trabalhadores da maior cidade catarinense e região norte/nordeste, já que até hoje não havia um programa de rádio informativo com essa abrangência, feito com muita produção e profissionalismo. Você leitor do Blog também pode participar da produção do programa Hora do Trabalhador.

Escreve para o email horatrabalhador@gmail.com e nos dê suas sugestões, críticas, denúncias ou comente nossas matérias. Pelo twitter você pode nos seguir pelo endereço @Horatrabalhador, aumentando nossa interação com os ouvintes. Também pelo Facebook você pode acompanhar as pautas e o programa bastando digitar Hora do Trabalhador, e adicionar a seus amigos. É assim que pretendemos a cada dia fazer um programa leve, informativo e orientador para os ouvintes.

Finalmente, agradecimentos especiais à minha amada Gi Rabello, incansável na motivação deste jornalista para que encampasse o projeto, dedicada a dar o seu melhor na produção do programa – ela já dá apoio decisivo no Blog e nos demais trabalhos -, minha luz de todos os dias. Aos presidentes dos Sindicatos dos Mecânicos e da Saúde, João Bruggmann e Lourival Pisetta, que já apóiam a iniciativa e ajudam a construir o projeto. Aos amigos do Facebook, Twitter, e demais redes sociais pelo incentivo em tempo real.

Enfim, a todos que perto ou longe, se comunicando por diversos meios, ou mandando suas energias e força  para que tudo dê certo, minha eterna gratidão. Sem vocês todos apoiando e acreditando, faltaria o essencial: a presença ativa que a tudo faz prosperar. Força, saúde e paz a todos e todas! Conto com todos vocês no dia a dia do programa Hora do Trabalhador e neste Blog. Abraços!

Toninho, da Tata, visita que ilumina a vida da gente!

Assim como o dia iluminado, recebi hoje uma visita importante e também luminosa: o meu amigo de infância, de brincadeiras, das pipas, pandorgas, futebol de botão, o Antonio Ribeiro Filho, Toninho, filho da minha segunda mãe querida e amorosa, Alcina Ribeiro, a quem dei o apelido de Táta quando era bebê. E faz tempo…

Toninho é hoje pai de duas crianças, a Luiza e o Antonio Ribeiro Neto – em homenagem ao seu pai – e sempre tem um sorriso, uma fala alegre, uma presença de paz. Conversou comigo, minha mãe que conviveu muitos anos com a Táta na vizinhança de muro, com a Rayssa e até com minha amada Gi, pela janela.

Assim como a Táta, Toninho tem aquele jeito especial e acolhedor. Rayssa logo se encantou e a conversa foi longe. Lembramos velhos tempos, até foto minha quando guri ainda existe nas mãos dele e da sua irmã, a também querida Alcione Ribeiro. Coisa boa, de luz e presença das melhores energias positivas. Bons sinais.

Um abraço a ele via internet também, avisando que um dia escreverei sobre aquele ser humano solidário e maravilhoso que nos deixou há quase 20 anos, a Táta. Vocês não perdem por esperar.

Programa Hora do Trabalho vai ao ar segunda, dia 8 de agosto na Rádio Clube AM 1590

Programa informativo e jornalístico para os trabalhadores, tudo sobre o mundo do trabalho

Compartilho com os leitores do Blog e torcedores deste jornalista que mais um desafio me aguarda para a próxima semana: o início do programa de rádio Hora do Trabalhador que será apresentado por este que vos escreve a partir de segunda-feira (8/8) das 13:30 às 14 horas na potente Rádio Clube AM 1590 de Joinville (SC).

O conteúdo será formado por notícias, informações e dicas aos trabalhadores sobre seus direitos, sua saúde, empregos, profissões, entrevistas, cultura, lazer e esclarecimentos sobre tudo que ronda o mundo do trabalho. Com apoio de sindicatos de trabalhadores, especialmente do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região, a Hora do Trabalho vem preencher uma lacuna no radiojornalismo voltado aos trabalhadores.

Será minha primeira experiência solitária no meio rádio, já que apresentei anos atrás um programa de entrevistas que girava sobre economia e empreendedorismo na Rádio Difusora AM. Acredito na proposta, tenho apoio de muitas pessoas, lideranças e amigos para enfrentar e dar o meu melhor para um bom programa, informativo e de fácil entendimento.

Conto com vocês, leitores, para sugestão de pautas, notícias, eventos, cultura, empregos e tudo o mais que vier a qualificar o conteúdo do Hora do Trabalhador, um programa feito para você que trabalha como eu e não recebe todas as informações possíveis dos outros meios. Aliás, coisa impossível de acontecer em um só meio de comunicação.

Mandem tudo o que quiserem para os emails horatrabalhador@gmail.com, ou imprensa@salvadorneto.com.br. Já existem também os perfis no Facebook e Twitter, busquem, aceitem-nos. Esperamos notícias quentes, e sua audiência. Anote aí: segunda-feira, 13:30 horas, Rádio Clube AM 1590 de Joinville (SC), programa Hora do Trabalhador.

Comece bem a semana. Sorria e agradeça!

“Algumas vezes, apesar do cheiro bom, ao provar o café sentimos um gosto amargo…
Então, depois da careta, olhamos o fundo da xícara. E o que enxergamos? O açúcar, que estava o tempo todo lá, bem no fundo. Bastava mexer para ele adoçar sua bebida.
Assim é nossa vida. Quando sentimos um ‘gosto amargo’, ao invés de fazer careta ou reclamar, é preciso observar a situação, refletir, ir bem fundo e ‘revirar’ as coisas boas que há dentro de você. Torne a sua vida tão gostosa quanto as melhores delícias que já provou”.
Comece bem a semana esquecendo o velho ditado ‘de amarga basta a vida’. Faça o seu dito: grite aos quatro ventos que a vida é doce e se torna ainda mais deliciosa à medida que sorrimos.

Uma ótima semana!

Fim da parceria, obrigado Mauro Mariani

Momento de descontração na campanha à Prefeitura em 2008

Comunico a todos os colegas de imprensa e amigos do Blog que chega ao fim a parceria entre este jornalista e o deputado federal Mauro Mariani (PMDB/SC), iniciada em abril de 2008 no início da campanha eleitoral para a Prefeitura de Joinville, depois em seu mandato como deputado federal, Secretário de Estado da Infraestrutura de Santa Catarina, campanha eleitoral de 2010 quando se sagrou o parlamentar mais votado da história política catarinense em pleitos proporcionais, e agora em início de seu segundo mandato em Brasília.

Neste período tive a honra de contribuir para uma boa campanha à Prefeitura, a ampliação da sua comunicação via Secretaria de Infraestrutura como tocador de obras por todo o estado, implantação de sua comunicação na internet e redes sociais com site, twitter, Orkut, Facebook, blog e boletins eletrônicos semanais, e o grande resultado de todas as ações desenvolvidas com os mais de 186 mil votos que marcaram história em 2010, além da assessoria de imprensa que ampliou e muito o seu relacionamento com a mídia, entre outros trabalhos.

Deixo o comando da comunicação do seu mandato com o sentimento do dever cumprido, agradecendo as oportunidades que Mariani me ofereceu. Além do compromisso profissional, fica uma sólida amizade. Fico na torcida para que seus projetos políticos e pessoais se consolidem e virem realidade, assim como ele deseja sucesso em meus projetos profissionais que passo a realizar a partir de agora.

Finalmente aviso aos colegas que estarei apoiando a transição do meu trabalho para com a assessoria de Brasília com a jornalista Mélani Schmidt durante o mês de agosto, quando me desligo oficialmente. Mais uma vez agradeço aos colegas de imprensa que sempre receberam meu trabalho com profissionalismo, e me apoiaram até aqui. Continuo a atender meus clientes e serviços voluntários que faço habitualmente. Meus dados profissionais, celular e outros continuam os mesmos.

Perfil: Mateus Carlos Moreira, seu Neuzo – O último “picareta” de carros do Século 20

Ele não consegue ficar parado. Acorda por volta de cinco horas da manhã, assoviando, falando com os pássaros que chegam ao quintal da sua casa no Bucarein. Todos os dias é assim na vida de Mateus Carlos Moreira, o seu Neuzo, 86 anos e muita história de vida. Da roça onde morava com a família no Morro Grande em São Francisco do Sul, vendendo lenha, leite, aipim, palmito, e outros produtos, tudo de carroça e de casa em casa, até a afirmação em Joinville vendendo automóveis e comerciando de tudo, a vida de seu Neuzo e família foi uma luta renhida. “Fiz de tudo na vida”, anuncia ao lado da filha mais nova, Marli de 59 anos, e da esposa Ruth, 82 anos e 66 de união que gerou cinco filhas e dois filhos, um morto ao nascer.

Trabalhou no porto, como estivador. “Era tudo trapiche de madeira. Carreguei muita madeira, erva-mate, banha. Tudo no muque (mão)! Virava a noite para ganhar dinheiro”, conta. Daquele tempo lembra com alegria dos amigos, todos já falecidos. “A gente olhava pela boca da escotilha e via as pessoas, mulher trocando de roupa, de tudo”, relembra sorridente. A família passou muita dificuldade quando ele sofreu acidente no trabalho e foi internado em Florianópolis no Hospital de Caridade. Quando voltou tempos depois, vendeu peixe e outras mercadorias, até quando teve a sorte de ganhar na loteria. “Nunca me esqueço do número: 10.910. Com esse dinheirinho fiz a mudança para Joinville. Eles (filhos e mulher) vieram no caminhão, e eu de bicicleta”, relata Neuzo.

Até caixão o homem fez. Certa vez, já cansado de produzir até de madrugada, resolveu pregar uma peça e soltou toda a produçao de caixoes rio abaixo em uma maré alta, assustando os moradores da pacata Sao Francisco do Sul do início do século passado. “Foi uma coisa, morria muita gente de Tifo, e aquilo assustou. Nunca contei que fui eu”, fala às gargalhadas. Por volta de 1950 conheceu o comerciante Jacó Zattar que vendia tecidos na famosa Loja A Vencedora, e também automóveis na avenida Getúlio Vargas. Ali a vida mudou para melhor. Bom comerciante, bom papo, Neuzo vendia muito e sempre viajavam à Curitiba para comprar carros e trazer para revender na cidade. “A gente saia pelas seis da manhã e só chega lá às três da tarde. Era tudo banhado na estrada”, conta.

No final da década de 1950 resolveu vender carros por sua conta. Já existiam as revendas da Chevrolet, Ford e Douat. “Vendi 12 DKW em um dia só. Não tinha carro que chegasse. A gente era conhecido como picareta de carro, depois é que ficou vendedor”, afirma. Seu local de venda ficava na esquina das ruas São Paulo e Coronel Francisco Gomes, bem em frente ao estádio Ernesto Schlemm Sobrinho do Caxias. Neuzo, não contente, também ganhava dinheiro com outras atividades. “Desmanchava casas, vendia as telhas, tijolos. Construí umas dez casas pela cidade, algumas ainda existem. Também tive churrascaria”, relata. Era a Churrascaria Bons Amigos que funcionou até a década de 1970 na rua São Paulo onde hoje funciona o supermercado Compre Forte. Jogadores do Caxias como Jairo, Mickey, Norberto Hoppe comiam no restaurante.

Dona Ruth ajudava muito e assava as carnes até encontrarem um bom assador. Ele vendeu a churrascaria e continuou no ramo de carros até o início de 1980, quando foi ajudar o filho em seu comércio, a já extinta Romafer na avenida Getúlio Vargas, e depois na Maferville, ainda ativa na mesma região. Com avançada idade, a família pediu que ele parasse de trabalhar. “Elas ficavam com medo de eu atravessar as ruas. Aí parei, e agora passo os dias jogando dominó na praça Nereu Ramos, batendo papo com os amigos e cuidando da Ruth”, explica Neuzo mostrando sua propriedade.

Há três anos ele sofreu um AVC, e foi recomendado que fizesse uma atividade que o mantivesse ativo. Por isso o dominó virou seu passatempo. “Disputei o campeonato na praça, ganhei uma mesa. Gosto de ir lá, aprendi a jogar no porto. Sei até quando puxam a pedra, qual jogo eles tem na mão”, finaliza o octogenário sobrevivente dos tempos românticos da maior cidade catarinense.

* publicado na seção Perfil do jornal Notícias do Dia de Joinville em junho 2011