Desordens mentais e ocupacionais entram na lista da OIT

medoNo último dia 25, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) aprovou uma nova listagem de doenças ocupacionais. Essa lista substitui o anexo anterior da Recomendação sobre a Lista de Doenças Ocupacionais e Registo e Notificação de Acidentes e Doenças, adotada desde 2002. O objetivo da Lista é guiar os esforços de registro, prevenção, notificação e, quando for o caso, compensação financeira para doenças causadas pelo trabalho.

A lista aprovada pela OIT inclui uma série de doenças ocupacionais reconhecidas internacionalmente, desde as causadas por agentes químicos, físicos e biológicos, passando por doenças respiratórias e de pele, disfunções ósseas e musculares e câncer de origem ocupacional. Pela primeira vez, doenças de ordem mental e comportamental foram incluídas na lista da OIT. O stress pós-traumático passa a fazer parte da relação, e há espaço para a inclusão futura de outras desordens semelhantes.

Itens em aberto estão presentes nessa e em todas as outras seções do documento, permitindo que as origens ocupacionais de enfermidades não especificadas na lista sejam mais facilmente identificadas e reconhecidas. Na medida em que sejam estabelecidas ligações entre situações de risco e as desordens contraídas pelo trabalhador, essas novas doenças poderão ser consideradas parte da lista, mesmo que não constem nela originalmente.

A nova lista é resultado de um grande esforço técnico e político, que inclui consultas com o Conselho Tripartite da Organização, além de troca de ideias com os Estados Membros da OIT. Foram analisados fatores de risco emergentes em novos ramos de atividade, e foram levados em conta tanto a capacidade de cada país para reconhecer as doenças ocupacionais, quanto o desenvolvimento científico internacional capaz de oferecer ferramentas para essa identificação.

Entre os critérios usados para decidir quais doenças seriam consideradas na lista atualizada estão: o contato direto com um agente ou processo; a conexão direta com o ambiente de trabalho ou com tarefas específicas; a incidência entre grupos restritos de trabalhadores em uma frequência maior do que a média da população; e evidências científicas de um padrão, levando em conta o grau de exposição e as causas plausíveis para a doença.

A lista pode ser obtida em formato pdf, com versões em inglês, espanhol e francês, pelo link: http://www.ilo.org/safework/info/meetingdocs/lang–en/docName–WCMS_125137/index.htm

Com informações da OIT

Para a reflexão dos leitores – O Pensamento

Da colega e amiga Lê Farias recebo outro texto interessante sobre a força do pensamento em nossas vidas. Agradeço mais uma vez a participação importante da Lê, aficcionada sobre questões de auto-ajuda, de temas humanitários e solidários. Para a reflexão dos leitores do blog…

Nós somos o que pensamos. Tudo o que somos emerge com os nossos pensamentos.
Com os pensamentos fazemos o mundo.
Se falares ou agires com um espírito impuro, os problemas seguir-te-ão
como a roda segue o boi que puxa a carroça.
Nós somos o que pensamos.
Tudo o que somos emerge com os nossos pensamentos.
Com os nossos pensamentos fazemos o mundo.
Se falares ou agires com um espírito puro, a felicidade seguir-te-á
como a tua sombra, constantemente.
Como pode um espírito perturbado compreender o caminho?
O vosso pior inimigo não vos pode magoar tanto, quanto os vossos pensamentos descontrolados.
Mas uma vez dominados,
ninguém vos ajudará tanto como eles,
nem mesmo o vosso pai ou a vossa mãe.”

Fernando Pessoa vivo como nunca aqui no blog

Sou admirador do grande poeta Fernando Pessoa. Suas poesias são maravilhosas, e suas frases um tesouro para quem deseja entender um pouco mais o que acontece em nossas vidas. Com vocês um pensamento de Pessoa:

“Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!”

Não reclamar da vida, uma mensagem enviada pela colaboradora Lê Farias

Da leitora e colaboradora do blog, Lenira Farias, ou somente Lê Farias, colega de trabalho, recebo material com mensagem de auto-ajuda para os companheiros que nos acompanham diariamente. Fala de como devemos nos portar diante das diferenças, nunca reclamando daquilo que Deus nos concede. Obrigado Lê pela participação!!

“Não reclamar da vida

Conta-se que um rei foi certa manhã ao seu jardim e encontrou as plantas murchando e morrendo. Perguntou ao carvalho que ficava junto ao portão o que significava aquilo. Descobriu que a árvore estava cansada de viver porque não era alta e elegante como o pinheiro. O pinheiro, por sua vez, estava desconsolado porque não produzia uvas como a videira. A videira ia desistir da vida porque não podia ficar ereta e nem produzir frutos delicados como o pessegueiro. O gerânio estava agastado porque não era alto e cheiroso como o lírio. O mesmo acontecia com todo o jardim.

Chegando-se ao amor-perfeito, encontrou sua corola brilhante e erguida alegremente como sempre. “Muito bem meu amor-perfeito, alegro-me de encontrar no meio de tanto desânimo uma florzinha corajosa e feliz. Você não parece nem um pouco desanimado”. “Não, não estou! Eu não sou de muita importância, não sou grande nem forte, não tenho beleza ou perfume, mas apenas achei que se no meu lugar nosso Deus quisesse um enorme carvalho, um pinheiro, um pessegueiro ou um lírio, Ele teria plantado um deles; mas sabendo que o Senhor Deus queria um amor-perfeito, estou resolvido a ser o melhor amor-perfeito que posso”.

(COWMAN, Lettie)

Lições na tragédia de Santo André

autoamor.JPGDa colega jornalista Claudia Mota recebo um texto de Divaldo Pereira Franco sobre o egoísmo e o autoamor, que cabe bem a esta tragédia que tirou a vida da menina Eloah, vítima do ex-namorado Lindemberg por conta de um pseudo amor não reconhecido. Essas histórias se repetem em todos os lugares do mundo, tudo por que a sociedade em que vivemos se esmera na individualidade, no ter antes do ser. Essa lógica que antes parecia só estar presente nos temas econômicos, aparece também na vida pessoal, onde um quer ser dono do outro, mandar no outro, impor sua vontade de qualquer forma, a qualquer preço. Leiam e ajudem a construir no dia a dia uma outra sociedade.

“Egoísmo x Autoamor – Palavras de Divaldo Pereira Franco”

Quando nós falamos sobre o autoamor, as pessoas menos avisadas confundem com o egoísmo. O egoísmo é querer coisas para si, querer pessoas para si, sem nenhum mecanismo de evolução. O autoamor é o despertar da consciência para eleger o melhor para si. Não se tornando uma posse, mas uma proposta evolutiva. Quando o indivíduo se autoama ele trabalha pela seu aprimoramento moral. Ele estuda. Ele cresce intelectual, moralmente, desenvolve-se socialmente. Evita os vícios. Isto é autoamar-se.Os indivíduos egoístas não se amam. Eles amam a posse. Gostam das coisas e das pessoas.

Para atender as suas paixões e necessidades desequilibradas. Daí o autoamor é um mecanismo de evolução. Nós podemos constatar isso na proposta triangular de Jesus: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como se ama a si mesmo. Quem não se ama não ama a ninguém. Porque se eu não cuido de mim que me conheço. Se eu não trabalho pelo meu engrandecimento moral como eu poderei amar a outrem. Em verdade, eu não amarei a outrem eu terei paixões, terei interesses, eu desejarei. Por isso que nesse decantado Amar e não ser correspondido está embutido o egoísmo. Porque a pessoa não deseja amar, deseja negociar o amor. Eu amo você e você não me paga.No autoamor, nós, é claro, ficamos gratificado quando temos resposta. Mas não é fundamental. A nossa felicidade é ver a pessoa amada feliz. Se não com a gente, com quem for. Vê-la feliz é o amor não egoísta. Porque no egoísmo desejamos que o ser seja feliz conosco sob os nossos caprichos. Por isso o autoamor é de grande importância.

Trabalhar esse ângulo da nossa individualidade para mudarmos o comportamento. Quando eu planto uma couve eu espero colhê-la dentro de dois meses. Quando eu planto uma mangueira eu não sei quando eu vou colhê-la. Mas o importante é plantá-la não importa quem venha a colher as mangas mais tarde. Por quanto, se eu assim fizer e deixar. Alguém também terá plantado adiante e deixará. Provavelmente eu não colherei na árvore que plantei, mas colherei noutra que eu encontrarei pelo caminho. O autoamor é semeadura. Nós vamos espalhando e a vida vai nos dando a grande alegria de ser semeador.

Sobre canários e sabiás

sabiá

Outra participação importante de um leitor do blog, Fernando Finder, ressalta o valor da liberdade de vôos próprios em busca da felicidade. Creio que o colega Finder esteja vivendo essa fase dos sabiás, a qual o autor do texto, o ex-executivo de multinacionais e agora também blogueiro Luciano Pires (www.lucianopires.com.br), resolveu viver e repassar a outras pessoas. A leitura serve como reflexão e motivação. Obrigado Fernando, valeu a participação. Continue participando e comentando nossas notícias e notas! 

Algum tempo atrás comentei com um amigo sobre minha carreira como executivo e a intenção de um dia partir para vôo solo. Esse amigo então me falou de canários e sabiás. Disse que o canário canário passa a vida numa gaiola maravilhosa, com comida e água em abundância, veterinário e todos os cuidados necessários para cumprir sua nobre função: ser bonito de ver e melhor ainda de ouvir. O canário canta e encanta. Onde existe um canário a vida é mais alegre. E eles são lindos, em vários tons de amarelo, branco, laranja…Já os sabiás não servem para ser criados em gaiolas. Sabiás não são tão bonitos, as penas não são tão coloridas e seu canto não chega aos pés dos canários. Sabiás não são graciosos como os canários. E precisam lutar pela sobrevivência. Em compensação, sabiás voam. Voam alto, pousam nas árvores que querem, vão para onde querem e levam a vida em total liberdade.

Um amigo disse que eu vivia a fase de canário e que um dia partiria atrás da liberdade do sabiá. Achei o conceito muito apropriado. E com o tempo fui percebendo como é verdadeiro. Os jovens – canários – têm energia, saco e curiosidade para suportar a gaiola, a rotina do dia-a-dia, a obrigação de cantar sempre. Para o jovem canário, cantar é o objetivo da vida. E, quanto mais alto e mais melodioso for o canto, mais valioso ele será. Não importa se numa gaiolinha, gaiolão ou viveiro, eu quero é cantar!¼br /> Canto, portanto sou feliz.

Mas a maturidade traz outras prioridades. Cantar alto e melodioso deixa de ser objetivo para ser conseqüência. Sou feliz, portanto canto. A maturidade mostra que, por mais técnicos e hábeis que sejamos, cantamos melhor quando estamos felizes. E a felicidade só é plena quando existe liberdade. Liberdade de pensar, de realizar. Liberdade de ser você mesmo sem precisar seguir os roteiros e padrões da comédia corporativa.

Para algumas pessoas – eu, por exemplo – o atributo mais importante que desaparece com a maturidade no ambiente profissional é a paciência. Quanto mais experiência, menos paciência. O tempo passa a ser valioso demais para ser desperdiçado com os rituais exigidos pelo mundo corporativo. Queremos resultados. Queremos voar. Ver o mundo de cima. Queremos prazer. Queremos crescer. Queremos ousar.
¼br /> A segurança da gaiola, os alimentos fartos, os cuidados médicos passam a ter um custo altíssimo: a liberdade.Pois bem. Estou deixando de ser canário para virar sabiá.
Depois de 26 anos trabalhando numa multinacional, abro a porta da gaiola para enfrentar o mundo lá fora. Meu vôo solo.

A primeira coisa que chega é aquele frio no estômago, sabe? Mistura de ansiedade com medo. Felizmente minhas aventuras pela vida me ensinaram a transformar esse frio em energia para fazer acontecer.

Em seguida vêm outros canários (e até alguns sabiás meio castigados) dizendo: cuidado! Lá fora é perigoso demais! Outros sabiás, experientes e grandes voadores, me acolhem alegremente. Mas todos dizem: não é fácil! No entanto, não tenho escolha. Meu destino é voar. Levei 26 anos para preparar o vôo, aprendendo a navegar, a planejar, a surpreender, a observar, a criticar, a inspirar.

Reforcei as asas. E fiz minha cabeça. Dentro de segundos lanço-me no espaço. Inebriado com a liberdade é provável que eu dê umas cabeçadas nos muros. Ou trombe com outros pássaros. Quem sabe passarei fome e frio até aprender a encontrar comida e abrigo.

Mas de uma coisa tenho certeza: quando eu estiver em pleno vôo, lá no alto, olhando o horizonte e as copas das árvores com o vento no rosto e o calor do sol em minhas costas, sei o que passará por minha cabeça: –  Preciso contar pros canários!