Roberta Mendes e seu Batom com Pimenta nas noites de quinta na TV

Ela é polêmica, audaciosa, corajosa, não tem freio na língua na hora de perguntar sobre temas mais duros, seja quem for o entrevistado. Por essa postura arrumou muitos inimigos desde seus tempos de rádio em Joinville (SC). Dona de uma voz poderosa, de raciocínio rápido, Roberta Mendes retornou há poucas semanas ao vídeo da TV Brasil Esperança, canal 11 na tv aberta da maior cidade do estado. Com seu programa “Batom com Pimenta” veiculado ao vivo todas as quintas-feiras a partir das 20:30 horas, ela arrebata uma grande audiência.

“O povo quer que você seja a voz dele. Que cobre atitudes dos governantes, dos políticos, para que melhorem a vida do povo mais humilde e esquecido”, diz ela a quem quiser ouvir. Em uma cidade onde não existe radiojornalismo – acreditem, em Joinville não existe radiojornalismo, apenas alguns programas matutinos opinativos – Roberta Mendes faz a diferença na hora de expor os graves e grandes problemas sociais e estruturais existentes. Pena que sua voz esteja restrita ao vídeo. Sei que ela está a procura de espaço nas rádios. E torço para que ela consiga alcançar o seu espaço.

Porque além da competência, do talento, da experiência, Roberta tem na sua essência o que nos falta e muito a todos: solidariedade e amor ao próximo. Parabéns guerreira, continue o seu trabalho importante para a sociedade. Seja no vídeo, seja no rádio, sua presença é fundamental para a qualidade da comunicação em Joinville.

Educação, amigos, educação é tudo mesmo

Vejam só que grande notícia para impulsionar as pessoas a estudar para se desenvolver profissionalmente, além de culturalmente é claro. Nessa notícia da Agência Brasil, a demonstração de que, diferente do que pensam os magistrados do STF ao acabar com a exigencia de diploma para exercer o jornalismo, é importante sim perseguir a conquista do diploma de ensino superior, buscar a dignidade de uma profissão.

“Na maioria dos 30 países-membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a conclusão do ensino superior aumenta em 50% a renda dos trabalhadores. No Brasil, os ganhos excedem 100%. É o que aponta o relatório Panorama da Educação, divulgado hoje (8) pelo órgão.

O relatório destaca que, diante da crise econômica mundial, investimentos em educação podem ajudar os países a se recuperar. Os dados são referentes aos anos de 2006 e 2007. Participaram do estudo os membros da OCDE e um grupo de países associados que inclui, além do Brasil, Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Coreia do Sul, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Japão, Chile e México.

Os ganhos para aqueles que concluem a educação secundária, equivalente ao ensino médio brasileiro, aumentam em 50% em 17 dos 28 países. Percentual semelhante é registrado no Brasil.

O relatório aponta ainda que as taxas de conclusão da educação secundária entre os adultos (de 25 a 64 anos) na maioria dos países analisados é de 60%. O número é bem inferior ao verificado no Brasil, onde 63% da população na mesma faixa etária não concluiu esse nível de ensino.

Em média, 34% da população jovem – entre 25 e 34 anos – dos países membros e parceiros concluiu o ensino superior. O relatório aponta que no Brasil esse índice é bastante inferior: apenas 10% dos jovens terminam a etapa.

Pessoas com deficiência e mercado de trabalho – Participação do leitor

O amigo Mario Cézar e sua esposa Célia são grandes lutadores pela causa das pessoas com deficiência. Há tempos postei uma nota sobre a dificuldade da empregabilidade dessas pessoas no mercado de trabalho. Agora, meses depois, ele visita o blog e me reenvia sua participação que publico abaixo para reflexão de todos nós.

“Gostei muito de você ter abordado este tema. Gostaria que houvesse um aprofundamento da discussão, mas explorando as dificuldades (alegadas) das empresas no cumprimento das referidas “cotas” (êta termo segregativo), a que se refere a lei 8213. Que tal viajar um pouco pelas realidades sociais, culturais, dos paradigmas, da visão mercantilista, da responsabilidade social, etc.

Com certeza é um debate profícuo, com muitas vertentes. Não falo simplesmente em defesa da “pessoa com deficiência”, mas na defesa de uma sociedade responsável e evoluída, que possa perceber que construir o mundo usando a “pessoa com deficiência” como parâmetro de dificuldade para alcançar a plenitude da cidadania, é um benefício que alcança a todos, chegando até o idoso, que, afinal, queremos chegar a ser.

Abraços,
Mário Cezar”

Trabalho escravo… pode?

Do site do Instituto Observatório Social transcrevo a seguir parte de reportagem que mostra uma aberração ainda existente no Brasil: o trabalho escravo ou forçado.

“Parte dos 32 libertados de condições semelhantes à escravidão estava há 12 anos na Fazenda Barbosa, em Minaçu (GO), a 520 km da capital Goiânia. Faziam parte do grupo dois adolescentes de 16 anos, que trabalhavam desde os 12. A operação foi realizada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Góias (SRTE/GO) em 18 de agosto, com participação do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A propriedade flagrada pertence a Agenor Ferreira Nick Barbosa. Segundo Roberto Mendes, fiscal do trabalho que coordenou a ação, o fazendeiro é um grande pecuarista da região, dono de várias fazendas às margens da represa do Rio Tocantins construída para a Usina Hidrelétrica (UHE) Cana Brava”.

Trabalho escravo em nosso país… isso não pode ser admissível quando vivemos em pleno século 21, cercados de uma parafernália tecnológica, grandes cidades, uma legislação trabalhista dura, Governo Federal, Câmara dos Deputados, Senado, Assembléias Legislativas, Governos Estaduais, Câmaras de Vereadores e Prefeituras espalhadas por esse país continental!

Como pode alguém com tanta riqueza deixar pessoas como ele, seres humanos, exploradas, morando em varandas, barracas, sem higiene, salários, comida – quando tinha – de péssima qualidade? Até quando vamos conviver com essa barbárie rural? Com a palavra, os líderes políticos desse país…

Concertos didáticos nas escolas acerta no alvo

Essa semana ao conversar com meu filho Gabriel, descobri que as escolas municipais estão, algumas delas aliás, recebendo a visita de músicos da cidade. Eles se apresentam com os projetos musicais “Concertos Didáticos sobre a MPB” e “Recitais Comentados”, levando a história da MPB para os estudantes. Os músicos são Alysson Reinert, Cássio Aurélio Menin, Eduardo Mercuri, Lucas Baumer e Rodrigo Mendes.

Os músicos do projeto “Concertos Didáticos” vão contar a história da MPB com a interpretação de composições que marcam o gênero. As apresentações serão realizadas em três horários: às 10h30, 14h30 e 16 horas. O projeto é voltado para os alunos da rede municipal e gratuito. Para saber mais sobre o projeto, acesse concertosmpb.blogspot.com.

O projeto “Recitais Comentados” são realizadas pelo regente, pianista e professor Mário Klemann. O regente aborda a história da música nos gêneros barroco, clássico, romântico e MPB, relacionando compositores e suas obras. O projeto é voltado para alunos da 3ª e 4ª série do ensino fundamental. Estes projetos musicais foram aprovados no Edital 2009 do Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura (Simdec) da Fundação Cultural de Joinville (FCJ).

Ações como essa merecem o aplauso da sociedade, porque ao levar a cultura para esses estudantes, formamos cidadãos melhores, mais ligados a todas as formas de arte e, quem sabe, não descobrimos ou motivamos novos talentos? A música é um meio maravilhoso de reflexão e mudança. Parabéns a todos os envolvidos nesta atividade, e que ela se repita por muitos anos.

Com informações da FCJ 

Piso Salarial de Santa Catarina avança na Assembléia

A implantação do Piso Salarial no Estado de Santa Catarina, luta dos movimentos sindicais, avançou mais uma etapa na tarde de ontem, quarta-feira (2/9), quando a Comissão de Economia da Assembléia Legislativa aprovou por 5 votos a 2, o Projeto de Lei que institui o piso salarial para SC. O projeto sofreu algumas emendas, e por isso, deverá ser aprovado novamente na Comissão de Constituição e Justiça. Após esta tramitação, o debate passa por outra comissão, a do Trabalho. Se aprovada, seguirá para votação em Plenário.

O debate nas duas comissões retornará na próxima semana (terça, 8 – 9 horas). Segundo informações dos movimentos sindicais e parlamentares, a votação do Projeto deve acontecer já na quarta-feira (9) a partir das 14 horas. Os sindicalistas estão organizando caravanas para acompanhar essa importante votação que vai ampliar a distribuição de renda em Santa Catarina, já que eleva o salário mínimo pago em todas as áreas.

Alguns ajustes foram feitos com emendas a valores de alguns setores, mas nada que impeça a aprovação até o momento. O Estado era o único do sul do país que não havia instituído um Piso Salarial. Após grande pressão dos movimentos sindicais, o Governo do Estado enviou o projeto ao Legislativo. Um avanço para os trabalhadores catarinenses.

Imprensa estrangeira destaca uso do Pré-Sal para redução da pobreza

midia-df.jpgDo site do PT Nacional extraio matéria que destaca a importância do novo marco regulatório a partir do pré-sal para a imprensa estrangeira, que destoa muito da cobertura que a mídia nacional deu ao fato, considerando as medidas enviadas pelo Governo ao Congresso como estatizantes. Penso que as riquezas naturais de um país devem ser controladas pelo Estado para que sua soberania seja preservada. Com vocês, a matéria:

“Ao contrário da maior parte da mídia brasileira, que atribuiu um viés estatizante nas regras do pré-sal enviadas ao Congresso pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a imprensa estrangeira enfatizou a importância das mudanças para garantir a independência do País e a implementação de ações de combate à pobreza.O jornal britânico The Guardian relata em sua reportagem desta terça-feira (1º) que Lula “prometeu injetar bilhões de petrodólares na guerra contra a pobreza após as maiores descobertas de petróleo da década”. E acrescenta que a nova legislação permitirá que os lucros sejam usados para “cuidar” da educação e da pobreza de uma vez por todas”.

O The Guardian comenta que a descoberta dos novos campos de petróleo a partir de novembro de 2007 levaram o Brasil a suspender os leilões de concessão de novos blocos para a exploração de petróleo “para dar ao governo uma parcela maior dos lucros”. Ao mesmo tempo, afirma que as companhias petrolíferas do mundo reagiram de forma “nervosa” ao anúncio do marco regulatório.

O Wall Street Journal realçou as promessas de riqueza e desenvolvimento feitas por Lula, mas afirma que o País terá que superar as dificuldades encontradas por gerações de governantes sul-americanos: “transformar a riqueza de vastos recursos naturais em uma máquina de desenvolvimento”. “O Brasil, com alguns dos maiores estoques do mundo de minério de ferro e prata, tem uma das maiores diferenças entre os ricos e os pobres”, diz a reportagem.

Já o The New York Times enfatizou a “mudança nacionalista” do País, que fortalece a atuação estatal da Petrobras na exploração da camada. “O governo brasileiro propôs mudanças às leis existentes na segunda-feira para dar o papel principal no desenvolvimento das reservas-chave de petróleo em águas profundas para a gigante estatal da energia, a Petrobras, em detrimento das rivais estrangeiras”, observa o diário.

“O novo marco regulatório do País representa uma virada nacionalista para o Brasil”, diz a reportagem, que comenta que os campos descobertos nos últimos dois anos podem transformar o Brasil em uma grande potência mundial de energia.”

Censo 2010 será totalmente informatizado

Para acompanhar as mudanças ocorridas na sociedade brasileira nos últimos dez anos, o Censo Demográfico 2010 trará novas perguntas à população. Dentre as novidades estão perguntas sobre a posse do registro de nascimento, união entre pessoas do mesmo sexo, computadores domiciliares com acesso à internet, emigração internacional, acesso a programas de transferência de renda do governo.

Outra novidade é que este será o primeiro censo totalmente informatizado: os cerca de 230 mil recenseadores vão contar com um computador de mão e GPS para trabalhar. Eles vão visitar aproximadamente 58 milhões de domicílios nos 5.565 municípios do país.

As novidades foram anunciadas hoje (1º), na sede do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro. O presidente do instituto, Eduardo Pereira Nunes, disse que a informatização não será útil apenas na apuração dos dados, mas também na disseminação da informação.

Alguns cidadãos vão ter a opção de responder ao questionário pela internet. Para isso é necessário receber as devidas instruções e o código de acesso fornecido pelo recenseador do IBGE.

O questionário básico terá 16 perguntas e será aplicado em todos os domicílios brasileiros. O questionário da amostra terá 81 perguntas e será respondido por parte da população. O orçamento previsto é da ordem de R$ 1,4 bilhão.

O Censo 2010 está previsto para começar em 1º de agosto de 2010. Agora, em 21 de setembro começam as contratações dos agentes censitários e na primeira quinzena de março de 2010, dos recenseadores. O IBGE irá divulgar os resultados em dezembro de 2010.

O Censo é realizado a cada dez anos. O primeiro censo foi feito em 1872, quando o Brasil tinha cerca de 10 milhões de habitantes. Hoje, o país tem cerca de 190 milhões de habitantes.

Com informações da Agência Brasil

Agressões nas escolas é resultado de descaso geral

Está estampado hoje nos principais jornais de Santa Catarina e inúmeros blogs e sites noticiosos a agressão covarde a uma estudante dentro da sala de aula em Joinville. A violência foi tamanha que a garota teve traumatismo craniano, e isso que foram meninas, isso mesmo, mulheres que a agrediram e a mais uma colega. Não foi a primeira vez, nem será a última, em que estudantes brigam por qualquer coisa. A adolescência é uma fase difícil, complicada, onde a autoafirmação perante os demais é latente. Mas o que não se pode admitir é a omissão da direção escolar e das autoridades responsáveis pela educação, neste caso, do estado.

Após ser agredida, a menina procurou ajuda, mas pouco ou quase nada foi feito. Pior, ela teve de ser hospitalizada, enquanto suas agressoras retornaram à sala de aula tranquilamente. Ou seja, o crime compensa. Um empurrou para o outro a responsabilidade, e ninguém age para que essas situações não aconteçam mais, pelo menos na frequência em que ocorrem. Outra coisa que está faltando é o comando dos pais sobre seus filhos. Há um permissividade enorme aos costumes e ações dos filhos. Eles podem tudo em nome da nova forma de educar. Um erro grave que implica em uma sociedade em que o respeito é lixo, e onde a violência é a ferramenta para se resolver diferenças pessoais ou profissionais.

Está na hora de se rediscutir a forma como a sociedade deve tratar a sua juventude. Senão veremos mais violência, mortes e tristezas. É isso que queremos? 

É por essas e outras que a política cai em descrédito – 2

Falta aos nobres líderes políticos voltar a ter coragem de enfrentar suas contradições. Assumir o que prometeram, explicar porque não é possível cumprir, ou pelo menos, quando se poderá cumprir. A simples e inaceitável, para dizer pouco, negação da palavra empenhada é prática das mais nefastas para a cidadania, empobrece a democracia. Tanto o prefeito Carlito Merss, que após 20 anos tentando assumir a cadeira no Executivo conseguiu vencer, quanto o deputado Kennedy Nunes, que tem o eterno sonho de administrar a maior cidade do estado, podem ter sepultado suas carreiras políticas.

Carlito por que defendia a Joinville de toda a sua gente, que arrebatou multidões com suas propostas de mudanças, e que agora mostra que vai defender mesmo é a Joinville da gente de sempre, quanto Kennedy, que se aliou quando o interesse era vencer, gostou quando ocupou cargos importantes na estrutura da Prefeitura, mas ao ver seu nome queimar rapidamente como folha de papel, tenta sair do fogo como herói dos oprimidos, se dizendo enganado. Enganado? Ou enganou pensando que tudo passaria como brancas nuvens no céu? Francamente senhores.

Por outro lado, essa peça de péssimo gosto que encenam para os joinvilenses pode ter servido para sepultar também, esperamos, a prática política da promessa fácil, da venda de ilusões, dos chavões populistas, da demagogia barata que utiliza os meios de comunicação social. As próximas eleições vão nos dizer isso. E que esse fato político possa servir para que uma legislação mais forte quanto a promessas não cumpridas possa emergir, ou melhor, entrar em cena no lugar desse teatro do absurdo.