Fapesc abre inscrições para bolsas de pesquisa e inovação em órgãos públicos

A Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc) lançou quatro editais em parceria com órgãos do Estado para contratação de bolsistas para atuar em pesquisa e inovação no serviço público. Ao todo, são 27 vagas para diferentes áreas. As inscrições vão até 11 de janeiro, diretamente na plataforma da fundação.

Há oportunidades para atuar na Controladoria-Geral do Estado, na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável (SDE) e no Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC). O valor da bolsa varia de R$ 3 mil a 4 mil.

Segundo o presidente da Fapesc, Fábio Zabot Holthausen, essas chamadas fazem parte de um amplo programa para levar a ciência, a tecnologia e a inovação para dentro do Governo do Estado. “A seleção de recursos humanos se dá para gerar a ampliação de oportunidades para pesquisadores e profissionais, bem como para a geração de conhecimento e metodologia aplicada aos problemas da sociedade”, explica.

Na mesma linha, a gerente de Eventos em Ciência, Tecnologia e Inovação, Ana Paula Netto Carneiro, também responsável pelos editais de bolsa, destaca o esforço feito na fundação para garantir essa parceria. “A Fapesc, no final deste ano tão conturbado que foi 2020 e em meio às demandas geradas pela pandemia de Covid-19, conseguiu lançar chamadas públicas para atender às necessidades dos órgãos do Estado com pesquisadores capacitados”, destaca.

Descrição das bolsas

A CGE lançou dois editais em parceria com a Fapesc para contratação de quatro bolsistas. Esses pesquisadores atuarão para criar metodologias para auditoria na folha de pagamento do Governo do Estado e desenvolvimento de tecnologia para transparência e dados abertos. Podem se inscrever profissionais formados nas áreas de Ciências Contábeis, Tecnologia da Informação, Administração, Administração Pública, Gestão de Projetos e Tecnologia em Processos Gerenciais. O valor da bolsa é de R$ 4 mil.

O Corpo de Bombeiros Militar lançou um edital com duas vagas. As oportunidades são direcionadas a engenheiros civis e arquitetos que queiram atuar no Programa de Pesquisa e Inovação em Projetos Preventivos (PPCI). A remuneração dos bolsistas é de R$ 3 mil.

A SDE está selecionando 21 bolsistas para atuar no Programa de Pesquisa e Inovação em Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) e Gerenciamento Costeiro (GERCO) de Santa Catarina. O valor da bolsa varia entre R$ 3 mil e R$ 4 mil. Para saber quais profissões podem participar da seleção, acesse www.fapesc.sc.gov.br.

Parceria com o poder público

O lançamento dos quatro editais para seleção de bolsistas faz parte do programa desenvolvido pela Fapesc para aproximar o Governo do Estado do ecossistema de ciência, tecnologia e inovação de Santa Catarina. O #Fapesc@Gov+Pesquisa&Inovação ganhou força neste ano com lançamento de editais e o credenciamento dos órgãos públicos interessados em participar. A ideia é expandir essas parcerias ao longo de 2021.

Além dos editais para bolsas, a Fapesc também atuou na intermediação entre a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Defesa Civil para elaboração do Plano Estadual de Proteção e Defesa Civil do Estado. Também foram contratados bolsistas para atuar no Escritório de Gestão de Projetos do Governo do Estado (Eproj) e do Programa de Consolidação do Pacto Nacional pela Gestão das Águas (Progestão), feito em parceria com a SDE.

A Fapesc também publicou editais para mapeamento de pesquisas e tecnologia para o setor de agricultura e incentivou soluções tecnológicas para o setor de turismo. Essas chamadas públicas foram lançadas em parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural (SAR) e com a Agência de Desenvolvimento do Turismo de Santa Catarina (Santur), respectivamente.

Também foram credenciados para parcerias futuras a Epagri, a Fundação Catarinense de Cultura (FCC), o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), a Secretaria de Estado da Administração (SEA), a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).

Fiocruz quer iniciar a vacinação contra a Covid-19 ainda em janeiro

Desde o início da pandemia, a Fiocruz vem promovendo esforços para salvar vidas e contribuir para a vacinação o mais breve possível. A busca por doses prontas da vacina contra a Covid-19 sempre esteve na pauta das tratativas com a farmacêutica Astrazeneca. Em reunião realizada recentemente com o Ministério da Saúde e a Fiocruz, a Astrazeneca apresentou o cenário atual e a viabilidade de entregar ao governo brasileiro doses prontas, com a finalidade de antecipar o início da vacinação e reduzir os graves problemas causados pela pandemia.

O registro da vacina no Reino Unido, no dia 30 de dezembro de 2020, abriu caminho para o registro em outros países, como Argentina e Índia, e para a aprovação do pedido de importação excepcional de dois milhões de doses prontas feitos pela Fiocruz à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além do pedido de autorização para seu uso emergencial, que será formalizado, também à Anvisa, nesta semana. A Fiocruz irá adquirir as vacinas prontas do Instituto Serum, da Índia, um dos centros de produção da vacina. 

A estratégia é contribuir com o início da vacinação, ainda em janeiro, com as doses importadas, de acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, e, ao mesmo tempo, dar início à produção, conforme cronograma já amplamente divulgado. O pedido de registro definitivo está mantido para 15 de janeiro e a chegada dos primeiros lotes do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) está prevista para janeiro.

Até julho de 2021, a instituição entregará 110,4 milhões de doses ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, sendo a primeira entrega, de um milhão de doses, na semana de 8 a 12 de fevereiro. Com a incorporação da tecnologia concluída, a Fiocruz terá a capacidade de produzir mais 110 milhões ao longo do segundo semestre de 2021. Dessa forma, a Fiocruz reafirma seu compromisso com a saúde pública e com o Sistema Único de Saúde (SUS).

Eleitor com deficiência visual poderá ouvir o nome do candidato na urna

Nas Eleições 2020, pela primeira vez, os eleitores com deficiência visual poderão ouvir o nome do candidato após digitar o número correspondente na urna eletrônica. Trata-se do recurso de sintetização de voz, tecnologia que transforma texto em som e simula como se a máquina fizesse o papel de uma pessoa lendo o conteúdo de algum documento.

Até as últimas eleições, a urna emitia mensagens gravadas que indicavam ao eleitor com esse tipo de deficiência o número digitado, o cargo para o qual estava votando e as instruções sobre as teclas “Confirma”, “Corrige” e “Branco”. Eram mensagens pré-gravadas, instaladas no equipamento para melhorar a experiência desses votantes.

Mas, pelo fato de as mensagens serem gravadas previamente em estúdio, havia uma limitação: como em um pleito concorrem milhares de candidatos e, ao longo do processo eleitoral, muitos deles são substituídos, seria inviável gravar os nomes de todos os concorrentes.

Além disso, “se adicionássemos uma tela ou funcionalidade nova durante a votação, isso teria de ser gravado também, então era bastante limitado”, afirma Rodrigo Coimbra, chefe da Seção de Voto Informatizado da Secretaria de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

De acordo com Coimbra, a partir de muita pesquisa e após o descarte das urnas mais antigas, dos modelos 2006 e 2008, o TSE teve condições técnicas para implementar a sintetização de voz para as Eleições 2020.

“Utilizamos uma solução toda baseada em software livre. Então, não houve nenhum custo para o Tribunal, que não precisou gastar absolutamente nada para implementar essa tecnologia. A novidade traz uma confiança muito maior para o eleitor, naturalmente, sobre o voto que ele está depositando na urna”, enfatiza.

Passo a passo
Para utilizar a novidade, o eleitor precisa informar o mesário sobre sua deficiência visual, para que o colaborador da Justiça Eleitoral habilite o recurso e entregue fones de ouvido, necessários para garantir o sigilo do voto.

Mesmo habilitada, a urna não iniciará a votação de imediato, permanecendo estática em uma tela com orientações sobre como votar. Além disso, enquanto a votação não for iniciada, o eleitor terá a possibilidade de fazer a regulagem do áudio, sendo permitido aumentar ou diminuir o volume, para tornar a experiência de votar mais agradável.

A sintetização de voz também é capaz de fazer flexibilização de gênero ao emitir a fala de confirmação do concorrente escolhido. Isso significa que, por meio da ferramenta, a urna “falará” que o eleitor está votando em um candidato ou em uma candidata, de acordo com o gênero do postulante que está recebendo o voto.


Teste presencial
Na semana passada a equipe de Tecnologia do TSE recebeu dois eleitores com deficiência para testar os recursos e experimentar a urna com todas essas novidades.

O aposentado Edinaldo de Almeida e a massoterapeuta Zozimeire dos Santos deram sugestões de melhorias e evoluções, inclusive de pequenos ajustes que podem ser feitos ainda este ano.

“O importante é que a gente conseguiu ter um contato mais próximo com as pessoas que são o público-alvo dessa grande novidade, e isso foi muito bom, porque vamos usar esse retorno deles para aperfeiçoar ainda mais os sistemas”, garante Coimbra.

Todo o processo de adaptação desse software para a urna levou em torno de quatro meses, tendo início ainda em 2019 e sendo finalizado no início deste ano.

Telemedicina – Pesquisadores catarinenses desenvolvem sistema para consultas médicas a distância

Imagine pegar o seu celular, clicar em um aplicativo e começar uma transmissão online com um médico. Isso parecia algo improvável há alguns meses, mas a pandemia causada pelo novo coronavírus levou o setor da saúde a buscar soluções para evitar a contaminação. Além de proteger as pessoas, o uso da tecnologia pode ampliar a oferta de serviços e ainda reduzir custos.

É o que defende uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que desenvolve um sistema de teleatendimento para a rede pública de saúde. Todos os municípios catarinenses poderão contar com a plataforma, que tem previsão de ser finalizada até novembro deste ano. O projeto foi apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc), que destinou R$ 97 mil para o grupo. O desenvolvimento do sistema deveria durar um ano, mas os pesquisadores vão antecipar a conclusão para disponibilizar a plataforma o quanto antes para a Secretaria de Estado da Saúde.

Segundo o professor Douglas Dyllon Jeronimo de Macedo, do Departamento de Ciência da Informação da UFSC e coordenador do projeto, a proposta pode melhorar significativamente os níveis de saúde dos pacientes, além de dar mais agilidade no atendimento. “Imagine pessoas que estão em condição enferma em casa, doentes tendo que sair de casa, muitas vezes tendo que pegar conduções públicas. Nesse momento nem está tendo condução para chegar de fato ao local que está dando assistência à saúde. Imagine conseguir fazer a consulta de casa”, explica o professor.

Santa Catarina já é destaque no país no desenvolvimento de tecnologias para a saúde, mas não havia um sistema semelhante porque a legislação não permitia. Até então os gestores públicos não imaginavam uma crise mundial sanitária e a necessidade de atendimento remoto. A pandemia causada pelo novo coronavírus veio mudar esse cenário. Um projeto de lei federal já foi aprovado e sancionado, permitindo as consultas a distância durante o período da pandemia, cenário que poderá ser mantido com regulamentação específica.  

O professor Douglas reforça que o sistema de teleatendimento desenvolvido na UFSC não é só uma videoconferência como se tem visto no mercado. Há um rigoroso trabalho para garantir a privacidade dos profissionais de saúde e dos pacientes, além da geração de dados para abastecer os prontuários eletrônicos e garantir acesso às informações durante o tratamento. “Há toda uma tarefa de gestão até esse paciente chegar numa sala virtual em que o médico esteja esperando ele”, destaca.

Essa gestão inclui a criação de um fluxo para que a pessoa receba a informação sobre a consulta, saiba como acessar a sala virtual e tenha todo o atendimento necessário, o que não exclui a consulta presencial. Pelo contrário, o sistema de teleatendimento será um complemento ao serviço já disponível, ampliando as ferramentas de acompanhamento do paciente.

O projeto coordenado pelo professor Douglas se propõe a pensar tudo isso de forma segura e dentro dos procedimentos adotados pelo Ministério da Saúde e na realidade da saúde pública catarinense e do país. Mas para que o sistema faça parte do dia a dia dos profissionais e dos pacientes, vai passar por validações técnicas além de aprovação dos governos, que serão os responsáveis pela gestão da plataforma. “Nosso projeto é completamente focado na rede pública. Quem vai avaliar essa viabilidade e de fato fazer a oferta são o Estado e os municípios. Na nossa avaliação, isso implicaria numa melhora significativa nos níveis de saúde para os pacientes”, defende.

O projeto-piloto deve estar pronto em setembro, quando passará por melhorias. Já em outubro serão feitas as validações para entregar ao Estado em novembro, na metade do prazo inicial que seria de um ano. “É uma meta muito ousada. Mas a gente precisa responder isso para a sociedade. É muito importante que isso seja feito dessa forma”, destaca o professor.

Telemedicina já desenvolvida no Estado

Não é a primeira vez que a tecnologia é uma aliada da rede de saúde em Santa Catarina. O Estado já conta com um robusto sistema de telediagnóstico responsável hoje por mais de 80 mil exames por mês. A rede começou a ser desenvolvida em 2004 para reduzir o transporte de pacientes dos pequenos municípios para as grandes cidades para fazer desde exames simples até os mais complexos.

De lá para cá, a rede foi se expandindo e hoje está presente em todos os 295 municípios catarinenses. Conta com 650 instituições de saúde conectadas, desde unidades básicas até hospitais de alta complexidade. São aproximadamente 35 mil profissionais da saúde operando o sistema. Com essa integração foi possível realizar 9,5 milhões de exames desde 2005.

Segundo o coordenador do Sistema de Telemedicina e Telessaúde (STT) da UFSC, o professor Aldo von Wangenheim, só foi possível desenvolver essa rede tecnológica pela parceria da universidade com o Governo do Estado. “Hoje o STT é provavelmente a maior rede de telemedicina que existe no hemisfério sul. Nós realizamos em média 80 mil exames por mês. São 80 mil pacientes que deixam de pegar a estrada para fazer um exame, para serem atendidos, para ter um resultado. Isso é uma revolução na saúde do Estado”, destaca.

Além da parceria com a Secretaria Estadual da Saúde, o projeto contou com apoio da Fapesc para desenvolvimento de pontos específicos da plataforma. Um exemplo foi a teledermatologia, que permitiu a realização a distância de exames dermatológicos. Essa parte do projeto foi aprovada no Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS), também da fundação e que está agora com inscrições abertas até 5 de outubro.

Já em operação, o serviço de teledermatologia está disponível em 300 pontos espalhados por todo o Estado, o que colaborou para reduzir o tempo de espera de exame dermatológicos de seis meses para 72 horas. “Com isso, uma quantidade enorme de filas de pessoas que estavam esperando pelo atendimento médico se eliminou. É impensável hoje você imaginar o Estado de Santa Catarina sem a telemedicina”, confirma o professor Aldo.

Segundo o presidente da Fapesc, Fábio Zabot Holthausen, o uso da tecnologia, da ciência e da inovação sempre fez parte das ações relacionadas à saúde, desde os equipamentos para exames até estruturas para realização de cirurgias, por exemplo. “O teleatendimento é mais uma aplicação da tecnologia na área da saúde, onde o profissional especializado numa das áreas da medicina pode atender diversos casos em várias regiões, reduzindo tempo e custo. A Fapesc é apoiadora de estudos ligados à telemedicina desde seus primeiros projetos no Estado de Santa Catarina e continuaremos na vanguarda”, reforça.

Já a gerente de Ciência e Pesquisa da Fapesc, Deborah Bernett, destaca o quanto o projeto do STT é um exemplo de sucesso em pesquisa com resultados aplicados diretamente na sociedade. “O projeto está subdividido em diferentes etapas e metas que se estendem a atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em tecnologias móveis distribuídas na área da saúde, todas apoiadas pela fundação em programas de apoio específicos” comenta.

Live sobre as novas tecnologias

O coordenador do projeto do teleatendimento, o professor Douglas Dyllon Jeronimo de Macedo, participará junto com o professor Aldo von Wangenheim de uma live para falar sobre os projetos de teleatendimento e telemedicina. A transmissão contará com a participação do presidente da fundação, Fábio Zabot Holthausen, junto com a gerente de Ciência e Pesquisa, Deborah Bernett.

Quem quiser acompanhar, basta acessar na próxima quinta-feira, 10, às 17h, o canal do YouTube da Fapesc ou a página do Facebook.

  • com informações da Ascom/Fapesc

UDESC está novamente entre as melhores universidades do mundo

Pelo segundo ano seguido, a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) foi classificada entre as melhores universidades do mundo no ranking da organização Times Higher Education (THE). A lista de 2020 avaliou 1.527 universidades de 93 países. Acesse o ranking.

“A presença da Udesc no ranking global da THE pelo segundo ano consecutivo é um excelente indicativo de que nossa universidade está se firmando cada vez mais no cenário internacional”, destaca o reitor, Dilmar Baretta.

“Para avançarmos nesse contexto, pretendemos reforçar, por exemplo, nossas ações de ensino, pesquisa, extensão, inovação e intercâmbio em parceria com diversas instituições de outros países”, afirma. 

Universidades brasileiras

Liderada pela britânica Universidade de Oxford pelo quinto ano seguido, a nova lista tem 52 universidades brasileiras, seis a mais do que no ano passado. Após escalar do nono ao sétimo lugar em 2019, o Brasil subiu mais uma posição e é o sexto país com maior número de instituições no ranking, na frente de Itália e Espanha.

A Udesc foi classificada na faixa de mais de 1.001, mesmo resultado obtido do ano passado (a partir da posição 200, a classificação é feita em grupos). Dentre as 52 universidades brasileiras ranqueadas – sendo 35 federais, 11 estaduais e seis particulares – a Udesc está na 14ª posição. 

Dimensões avaliadas

O levantamento da THE é elaborado a partir de 13 indicadores que abordam cinco dimensões: ensino, pesquisa, citações de artigos científicos, transferência de tecnologia e internacionalização.

Para o ranking deste ano, foram analisadas mais de 80 milhões de citações em mais de 13 milhões de publicações científicas e aplicados questionários com 22 mil acadêmicos em todo o mundo.

Outros rankings

A Udesc também ganhou destaque neste ano em dois outros rankings elaborados pela THE: no Latin American University Ranking, levantamento de melhores instituições de ensino superior da América Latina, a universidade estadual foi classificada na 92ª colocação, melhorando sua posição em relação ao ano anterior. A lista foi divulgada em julho.

Já no Golden Age University Rankings, que avalia instituições entre 50 e 75 anos de existência, a Udesc foi classificada no estrato 250-300. Foi a primeira vez que a instituição figurou na lista, divulgada em junho. No mês seguinte, a Udesc recebeu uma moção de aplauso dos deputados da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc) pela conquista. Saiba mais no site da THE.

  • com informações da Ascom/Udesc

Energia – Mercado livre de energia deve ter um crescimento acima da média

A Vektor Energia, que atende o mercado livre de energia em todo o Estado de Santa Catarina, prevê um salto de 40% na migração de empresas para o mercado livre de energia ainda este ano e até 2021. Esse crescimento se deve especialmente aos efeitos da pandemia do coronavírus, que derrubou o PIB e, por consequência, também o consumo de energia elétrica no Brasil.

O mercado livre de energia se tornou uma boa opção para os empresários, especialmente durante a pandemia, por gerar redução nos gastos com a conta de conta de luz, que pode variar entre 15% a 40%. Esse modelo se apresenta como uma alternativa viável e muito mais acessível em relação ao mercado tradicional de energia elétrica, atualmente operado pela Celesc em Santa Catarina.

A diminuição de preços pode ser explicada pelas próprias particularidades de cada mercado: enquanto no mercado livre o consumidor pode escolher livremente o seu fornecedor de energia; no mercado cativo (ou regulado), a contratação ocorre de forma exclusiva e compulsória com a distribuidora local. Todos os consumidores residenciais estão nesse mercado cativo, assim como a maioria do comércio, pequenas indústrias e consumidores rurais.

Além da redução nos gastos com eletricidade, o mercado livre de energia permite ao próprio consumidor negociar livremente todas as condições de contratação da energia que irá consumir: o fornecedor de quem irá adquirir, o período de contratação, o preço praticado, o percentual de reajuste e como ele será feito e o volume de consumo (se será linear ou em quantidades diferentes, no caso de ramos sazonais).

Essa liberdade na contratação dá a ele o benefício de prever todos os custos que a empresa terá com energia elétrica ao longo do período de contratação do serviço, permitindo direcionar o orçamento a outros setores. Além disso, também o protege das variações de preços, muito comuns no mercado cativo: não há surpresas na conta, nem riscos de revisão repentina nas tarifas de energia.

No mercado cativo, o consumidor é atendido pela concessionária de distribuição que possui monopólio de serviço. No caso, quando o contrato é feito com a distribuidora, é como se o consumidor custeasse dois produtos de naturezas distintas: o transporte da energia (que é o papel principal dessas concessionárias) e a compra da energia propriamente dita (que ela oferece em complemento à distribuição). Nesta modalidade, a distribuidora não possui qualquer controle sobre as tarifas praticadas ao usuário, já que elas são reguladas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) – e, portanto, estão sujeitas à volatilidade do mercado.

Migração deve ser a maior dos últimos anos
O mercado livre de energia está em crescimento no Brasil e a nova onda de migração prevista para este momento é a maior nos últimos cinco anos – desde a recessão econômica ocorrida entre 2015 e 2016. Atualmente, a modalidade representa 31% do volume total de energia consumida no Brasil.

O maior público a migrar neste momento deve ser as empresas de médio porte que tenham um custo mensal de energia acima de R$ 35 mil mensais e que possuam uma demanda contratada acima de 500 kW junto à Celesc. Esse montante que pode ser oriundo de uma única unidade ou, então, de um grupo de empresas com o mesmo CNPJ. Neste caso, para fazer a migração, basta apenas fazer uma somatória das demandas até que o limite mínimo permitido por lei seja atingido.

“Estamos diante de um grande ponto de inflexão no mercado livre de energia. A pandemia abriu uma janela de oportunidade capaz de oferecer diferenciais extremamente competitivos para as empresas que exercerem o direito de escolha em ser livre ”, explica o diretor da Vektor, Sandro Bittencourt de Souza. A Vektor Energia faz parte do Grupo Ascensus, de Joinville. 

Só em julho de 2020, o mercado livre de energia recebeu 1.434 novos consumidores, o que representa um aumento de 23% nos últimos 12 meses. Em 10 anos, esta modalidade já cresceu oito vezes no país. Em 2010, 940 empresas já haviam migrado para o mercado livre, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Em 2020, esse número já está em 7.689.

No setor industrial, o mercado livre de energia já é uma realidade quase unânime: 85% da energia consumida por elas no país é proveniente dessa modalidade. E a Vektor estima que, até 2028, ela irá representar mais de 70% de toda energia consumida no Brasil. Ou seja: há muito espaço para conquistar.

O Brasil caminha ainda para uma expansão ainda maior o mercado livre de energia. Há dois projetos de lei em tramitação no Congresso para prever a adoção de uma portabilidade generalizada, permitindo que todos os brasileiros possam escolher o seu fornecedor de energia, independente do montante contratado.

Além disso, a Aneel e a CCEE têm prazo até 31 de janeiro de 2022 para apresentar um estudo sobre as medidas regulatórias necessárias para permitir essa abertura do mercado livre para todos os consumidores. A ideia é que isso aconteça já a partir de 1º de janeiro de 2024.

Como funciona o mercado livre de energia
O mercado livre de energia significa exatamente o que diz o nome da modalidade: o consumidor pode escolher livremente o seu fornecedor de energia. Quando há interesse em fazer a migração do mercado tradicional para o mercado livre, empresas como a Vektor tem o papel de ajudar o cliente a verificar se ele está apto para adentrar nesta nova modalidade. O passo seguinte é dar início a uma análise técnica pormenorizada e gratuita para levantar a viabilidade econômica e os benefícios que uma eventual migração poderia oferecer à empresa.

O que acontece, então, é uma portabilidade da conta de luz, em que o consumidor migra do mercado tradicional para o fornecedor que ele escolheu. A princípio não há qualquer custo com a migração. Um eventual investimento só vai ser necessário caso o consumidor não esteja com os medidores dentro do padrão especificado pela concessionária de distribuição – que, neste caso, vai exigir adequação. Se houver benefícios, é feita a portabilidade: é preciso comunicar a Celesc da rescisão contratual com 6 meses de antecedência de sua renovação.

Todas as condições para compra e consumo de energia são negociadas entre a empresa e o fornecedor de energia, incluindo o preço cobrado, o reajuste anual e o volume de energia fornecida. No caso de utilizar menos que o contratado, é possível vender a energia que sobrou a outro consumidor dentro do mercado livre.

Já no caso de ser necessário uma quantidade maior que a contratada, o consumidor continua utilizando o serviço normalmente e, ao fim daquele período, faz um pagamento extra correspondente ao excesso. Portanto, não há qualquer chance do consumidor ficar sem o fornecimento de energia: o risco disso acontecer é o mesmo do mercado cativo, já que a energia vem do mesmo lugar em ambas as modalidades. 

Ciser lança sua “loja on line”, iniciativa inédita no seu segmento

A Ciser — maior fabricante de fixadores da América Latina, que atua no fornecimento de soluções industriais para diversos segmentos, contando também com um portfólio completo em fixadores, produtos para o segmento da construção civil e correlatos — lança sua loja online, uma ferramenta inédita na indústria de fixação, desenvolvida exclusivamente para os seus clientes de todo o Brasil.

A iniciativa reforça o posicionamento da marca — já reconhecida pela inovação de seus produtos e, agora, em processos  —, ao ser a primeira empresa do segmento de fixadores a oferecer um canal digital para compras online. O planejamento da Loja Ciser se iniciou no final de 2019 e tinha previsão para conclusão em dezembro deste ano. Porém, com a mudança de hábitos de consumo e comportamentos dos clientes, devido à Covid-19, a empresa decidiu acelerar o processo e antecipar o lançamento do canal. A loja online faz parte do planejamento estratégico digital da Ciser, rumo à indústria 4.0. 

“Aproveitamos a mudança no comportamento das pessoas para antecipar algo que já estava latente em nossa estratégia de canais de vendas, que é a ampliação para o ambiente digital”, destaca Renato Fiore, gerente geral de Vendas e Marketing da Ciser. “Estar presente no meio digital é essencial para manter a Ciser como referência no mercado e expandir nossos negócios. Foi e tem sido um desafio transformador para a companhia. Atuar neste ambiente é fundamental para Ciser continuar sendo referência e líder no seu segmento”, frisa.

Como funciona
A nova ferramenta tem como objetivo facilitar a vida dos clientes, simplificando processos e reduzindo tempo de cotação e compra. A partir do acesso ao endereço online, o sistema permite que, independentemente da localização ou do tipo de dispositivo utilizado, o cliente consiga colocar pedidos ou consultar informações sobre os produtos de uma forma ágil, intuitiva e inteligente. Com total segurança e sigilo das informações fornecidas, o canal fica disponível 24 horas, nos sete dias da semana. Nele, também é possível realizar consulta de preços e tributos online, em tempo real, uma vez que a plataforma está integrada ao SAP, sistema integrado de gestão empresarial (ERP) da Ciser.

Estrutura e tecnologia
Para que o lançamento fosse antecipado, reforços foram contratados e um time focado foi estruturado. A tecnologia escolhida pela Ciser foi a SAP Hybris Commerce, implantada em parceria com a empresa de tecnologia FH Consulting e a agência de comunicação BriviaDez. Desenvolvido em conjunto com as áreas de marketing, vendas e tecnologia da informação da Ciser, o modelo de plataforma é utilizado também por outras grandes marcas como Arezzo, Leroy Merlin, Carrefour, Hering, Etna, entre outras.

Como acessar
Para visualizar o catálogo de produtos oferecidos na loja, o cliente precisa entrar no endereço loja.ciser.com.br. É possível navegar, preencher o carrinho e enviar uma cotação sem a necessidade de login. A visualização de preços e implantação de pedidos é liberada após a efetivação do cadastro do cliente. Para os clientes Ciser, será disponibilizada uma lista de espera e, após a configuração da conta do cliente, o acesso será liberado. Para os clientes novos, o cadastro precisa ser aprovado para realizar a primeira compra.

Com login e senha ativos, é possível realizar os pedidos em qualquer data e horário, ou seja, também fora do horário comercial, sem comprometer a rotina — tudo de forma autônoma e em poucos cliques. Em breve a plataforma também será disponibilizada para os clientes que atuam em outros países.

A Ciser tem capacidade produtiva de 6 mil toneladas/mês e portfólio de 27 mil produtos divididos em 500 linhas, para atender clientes em mais de 20 países. Mais de 1.500 colaboradores estão divididos entre as unidades de Araquari/SC e Sarzedo/MG. As instalações se completam com o centro de distribuição e o centro administrativo, situados em Joinville/SC.

A companhia, que completou 60 anos em 2019, segue investindo fortemente em inovação tecnológica e conduz ações de responsabilidade socioambiental. Ao longo de seis décadas de investimentos, aquisições e ampliação dos segmentos em que atua, a Ciser se tornou uma das maiores empresas de Santa Catarina. Seus produtos cobrem diversos segmentos, como agronegócio, energia solar, moveleiro, metalmecânico, construção civil, estruturas metálicas, automotivo, linhas branca e marrom, petróleo e gás, eletrônica e varejo da construção civil.

Covid-19: Novo teste rápido, mais seguro, está em desenvolvimento em SC

A estudante Rahisa Scussel iniciou o doutorado em 2020 com um grande desafio: desenvolver um teste rápido mais seguro para detectar Covid-19, doença que impactou o mundo todo. A jovem pesquisadora sai de casa todos os dias, de segunda a sexta-feira, para ir até o laboratório da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc). Faz as análises, ainda em computador, com ajuda do orientador e professor Ricardo Andrez Machado de Avila. Todo esse esforço é para garantir até setembro um importante avanço: encontrar moléculas que vão permitir identificar de maneira rápida e eficiente o vírus em pacientes contaminados.

Com esse resultado em mãos, será possível iniciar as análises clínicas e comprovar na prática o que está sendo testado usando a bioinformática, tecnologia que permite analisar e interpretar dados biológicos. O recurso tem sido usado frequente nos estudos de Covid-19 para entender com profundidade a composição do novo vírus. Já a etapa que inclui análises clínicas contará com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc), que destinou R$ 100 mil para a pesquisa via edital para combate à Covid-19 e seus efeitos em Santa Catarina.

Os recursos serão usados para compra de materiais e insumos, além de cobrir os custos de transporte, armazenamento e a análise de amostras realizadas em vários cantos do país. O estudo envolve, além da Unesc, as universidades federais do Amazonas, de Minas Gerais, de Santa Catarina e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O presidente da Fapesc, Fábio Zabot Holthausen, destaca que o apoio financeiro é primordial para o avanço das pesquisas de Covid-19 em Santa Catarina. “Vamos continuar apoiando os pesquisadores e instituições catarinenses na busca de soluções para esta pandemia e para outros desafios futuros”, confirma.

Como funciona a pesquisa
O objetivo da pesquisa de Rahisa, realizada no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, é desenvolver uma plataforma que seja ultrassensível e rápida. Para isso, vai detectar aminoácidos pontuais do novo coronavírus que se ligam aos anticorpos da pessoa infectada. “Queremos então selecionar essa região específica para que não tenha uma reatividade cruzada com outras doenças, com outros vírus. Isso vai garantir a especificidade no nosso teste. A gente vai conseguir então diferenciar os indivíduos com a Covid-19 de outros tipos de enfermidades, como a influenza (gripe), por exemplo”, explica.

Para chegar a esse resultado, a pesquisadora está analisando as proteínas do novo coronavírus que participam do processo invasivo das células hospedeiras ou que fazem parte da replicação viral. O método usado por Rahisa também é diferenciado, com uso de nanomateriais magnéticos, comum no grupo de pesquisa em que participa. “Comparando com teste de ELISA tradicional (para detecção de anticorpos), por exemplo, com o de nanomaterial magnético, a gente notou que tende a apresentar maior sensibilidade e uma maior precisão dos resultados em um espaço de tempo menor”, confirma.

O professor Ricardo, também coordenador do projeto aprovado pela Fapesc, tem sua carreira voltada para o desenvolvimento de sorodiagnóstico usando os nanomateriais magnéticos. Até então, vinha pesquisando sobre doença de Chagas, leishmaniose, malária ou mesmo venenos de animais peçonhentos. Agora, o foco dele é garantir os dados para Covid-19 o mais rápido possível. Se tudo der certo, a partir de dezembro será possível ter um teste laboratorial com resultado em menos tempo e um teste rápido mais eficiente. “Vamos baratear o teste sorológico e dar mais segurança no resultado do teste rápido”, confirma o professor.

O modelo que está sendo desenvolvido no Fisiopat da Unesc poderá ser usado futuramente em caso de novas pandemias ou mesmo para fazer o diagnósticos de outras doenças. Rahisa, que segue os estudos envolvendo o novo coronavírus até pelo menos 2023, trabalhará em um segundo momento com possibilidade de desenvolver tratamentos a partir dos resultados obtidos nessa primeira etapa. Para o futuro, a jovem pesquisadora quer continuar na área de sorodiagnóstico. “Talvez me especializar nessa pesquisa de bioinformática e na estruturação de plataformas de diagnóstico”, finaliza.

Desenvolvimento de mais um teste
Pesquisadores do Centro Agroveterinário (CAV) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) Lages também desenvolveram uma nova tecnologia para realização de testes rápidos. Na prática, a equipe criou uma molécula que reconhece o vírus e se liga a ele. Essas estruturas emitem uma luz que se apaga em contato com o novo coronavírus, confirmando o resultado positivo.

Além da eficiência, esse teste permite uma análise mais rápida. “É um peptídeo (bloco de aminoácidos) totalmente nacional, com produção barata e teremos a possibilidade de realizar testes em massa”, afirma a professora Maria de Lourdes Borba Magalhães, coordenadora do projeto. O teste foi desenvolvido em parceria com a startup Scienco Biotech, criada pela professora Maria de Lourdes, que hoje está no Órion Parque de Lages. A empresa foi contemplada no edital da Fapesc Tecnova II e vai receber R$ 150 mil da fundação para desenvolver tecnologia da imunodiagnóstico aviário. Já a pesquisadora Maria de foi contemplada na última edição do Prêmio Inovação Catarinense, também da Fapesc, na categoria Agente Inovador.

Maria de Lourdes estará na próxima quarta-feira, 26, junto com o professor Ricardo e Rahisa em uma live organizada pela Fapesc. A transmissão começa às 17h para mostrar o desenvolvimento desses testes e como isso irá impactar no controle da pandemia. Para acompanhar, basta acessar a página do Facebook ou canal do YouTube.

Investimentos em ações contra Covid-19
A Fapesc lançou três editais de apoio a pesquisas e produtos para combater a pandemia e seus efeitos. O edital 06/2020 aprovou cinco projetos de pesquisa, incluindo o estudo de Rahisa e do professor Ricardo, além de ativação de laboratórios para realização de teste e criação de sistema de teleatendimento. Já o edital 07/2020 apoiou o desenvolvimento de cinco produtos, como tecidos pulmonar in vitro, uso de luz ultravioleta para higienização de ambientes e um painel para doação de recursos para projetos sociais.

Por fim, a fundação destinou bolsas de mestrado e pós-doutorado aos seis projetos catarinenses selecionados no edital do Governo Federal, que incluem desde desenvolvimento de vacina até estudos sobre o impacto da doença no organismo dos pacientes infectados. Para saber mais informações sobre esses projetos, acesse www.fapesc.sc.gov.br.

  • com informações da Ascom/Fapesc-Gisele Krama

Tecnologia – Telegram passa a ter a opção de chamadas por vídeo

A mais nova atualização para a versão beta do Telegram trouxe uma das novidades mais esperadas pelos usuários do mensageiro: a possibilidade de fazer chamadas em vídeo. A opção está disponível na versão 7.0.0 do aplicativo, que inclui ainda novas bolhas de notificação para quem tem um celular com Android 11.

As chamadas em vídeo estão disponíveis na versão beta do aplicativo para Android, iOS e macOS. Para começar uma chamada, basta abrir o menu de três pontinhos no canto superior direito de qualquer conversa e tocar em “Chamada de vídeo”. Já as bolhas de notificação funcionam de forma semelhante às conversas do Messenger, permitindo que você responda alguém rapidamente, sem precisar parar o que está fazendo para abrir o Telegram.

Ainda não há muitos detalhes sobre o funcionamento dessas ferramentas porque elas não foram anunciadas oficialmente pelo Telegram, o que deve acontecer no dia do lançamento para a versão estável do aplicativo. Vale apontar que o recurso, ainda em fase de testes, também não está disponível para todos os usuários da versão Beta.

Novidade anunciada

As chamadas em vídeo surgem na versão beta apenas quatro meses após a empresa ter revelado que trabalhava na função e pretendia lançá-la ainda em 2020, após muitos pedidos dos usuários. O curioso é que esse será um caso raro em que o Telegram sai atrás do seu principal concorrente, o WhatsApp, ao lançar uma função que já existe no mensageiro há um bom tempo.

Não há data prevista para quando veremos as chamadas em vídeo na versão estável do Telegram, mas novidades que aparecem na versão beta costumam levar apenas algumas semanas até serem levadas para todos os usuários.

* Com informações de CanalTech e Olhar Digital, Telegram

Educação é tema de ebook que trata das práticas educacionais na pandemia

Mestre em Educação, o professor da Sustentare Escola de Negócios, George Stein, é um dos autores do livro (digital): “De Wuhan a Perdizes. Trajetos Educativos”, organizado por pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Educação: Curriculo da PUC-SP. Stein contribuiu com o texto:  “Novos contextos e caminhos para o currículo escolar na Educação com COVID-19”.

“Trata-se de uma coletânea, em forma ebook, elaborada em emergência análoga à da crise que nos revirou, que traz reflexões, análises e práticas da Educação com a Covid19”, explica Alípio Casali, Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo da PUC-SP.  “Imperdível para quem se interessa por Educação!”, complementa Stein.

De acordo com o coordenador, o programa é fruto da mobilização de mestrandos, doutorandos e docentes-pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo da PUC-SP. São textos que se distribuem, aproximadamente, em quatro vertentes: 

1) Descrição analítica das novas práticas emergentes que puseram em funcionamento os dispositivos tecnológicos necessários à boa continuidade do Currículo; 

2) Análise dos alcances e limites no uso das TIC nesse contexto; 

3) Avanços conceituais e prático-pedagógicos em novas frentes sociais, políticas e culturais do Currículo; 

4) Proposição de novos conceitos e práticas de desenhos curriculares, antevendo-se problemas sociais mundiais, que tenderão a se agravar no pós-pandemia

“Além disso, estou iniciando um grupo de troca, reflexão, análise e ação para construirmos o futuro de nossas práticas educativas nessa nova realidade de maneira coletiva e efetiva para transformar a Educação”, antecipa o professor George Stein.

Estas mudanças que a pandemia trouxe em todos os setores da vida merecem estudos cada vez mais profundos para uma nova realidade que está posta. A educação, já um tema central para o desenvolvimento da humanidade, precisa ainda mais de atenção para que possamos manter a formação das pessoas em novos meios e formatos.

Acesse o ebook gratuitamente no site: 

Apresentação da obra
“Em tempos sombrios, os livros podem trazer luz! Há livros que levam anos para serem produzidos; pesquisas, análises, profundas reflexões… Com De Wuhan a Perdizes: trajetos educativos foi diferente. Ele foi produzido dentro da pandemia para refletir a própria pandemia.

Esse foi o empenho realizado em 90 dias com intensos esforços, operados por meios digitais, que envolveram todos os professores do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: Currículo da PUC-SP.

Em uma sociedade marcada pela velocidade de divulgação do bem e de coisas más, a velocidade de organização de um livro faz parte dessa batalha pelo bem. Este livro, publicado pelos professores e por 18 alunos da PUC-SP, venceu na batalha do tempo. E temos, hoje, o relato da criação de condições de transformação de cursos presenciais para os 120 alunos em aulas remotas por meio de diferentes plataformas. Os conteúdos dos cursos, assim como as reflexões produzidas a partir das aulas e de pesquisas, estão nele retratados.

São alguns de seus temas: a história de outras epidemias e de como as tecnologias contribuíram e a sociedade se esquivou delas…, assim como as competências de articulação entre alunos e professores brotadas das aulas. Mas o teor do livro enfatiza, sobretudo, o papel da educação na compreensão das pandemias, de suas dimensões éticas e de seus impactos sociais no currículo escolar e na educação não formal.

De Wuhan a Perdizes mostra que ideias podem viajar tão rapidamente quanto a Covid-19 e nos auxiliar a enfrentar o vírus com conhecimento e sabedoria. E a Educ – Editora da PUC-SP, por meio da publicação deste livro de temática tão atual, busca contribuir para atravessarmos juntos esse momento crucial que a humanidade está vivendo.”