A Ong Impacto Social vai fazer um grande evento, no dia 9 de dezembro, às 18h, na Sociedade Alvorada. Será celebrado o primeiro repasse de verba obtida com a venda das embalagens metalizadas, desde junho deste ano. Até o momento, já foram contabilizados cerca de R$4,5 mil e quem comprou todo este material foi uma empresa de São Paulo, formada por vários fabricantes de bolachas, salgadinhos e a maioria dos produtos que contém embalagem com uma parte metalizada.
O projeto, em andamento na cidade há cinco meses, já evitou que mais de duas toneladas deste tipo de lixo fosse parar do aterro sanitário municipal. De acordo com a presidente da Ong, Sandra Regina Sievert, o objetivo do projeto sempre foi a preservação ambiental: “É maravilhoso poder aumentar a renda das associações de separadores e, ao mesmo tempo, preservar o aterro sanitário, que tem uma curta vida útil”.
Em pouco tempo, a embalagem metalizada tornou-se o produto que mais rende às três associações participantes: Recipar, Cooperanti e Assecrejo I. É como explica Loreni Rabel, presidente da Recipar: “O peso deste material é menor, mas rende um valor maior. Então esse projeto veio em boa hora, pois nós conseguimos juntar um fundo para a Associação e com isso vamos fazer melhorias na nossa infraestrutura”.
No próximo dia 9, devem estar presentes o prefeito de Joinville, Carlito Merss, a Fundema, alguns secretários regionais e também municipais. Além das autoridades, são esperadas cerca de 180 pessoas, entre separadores de lixo e seus familiares, que vão conferir de perto o recebimento da quantia, fruto do trabalho que só tende a aumentar no decorrer de 2012.
Ao final, serão distribuídas cestas básicas às famílias das Associações de Separadores.
Categoria: Ciência
Brasil vai fabricar equipamento que detecta aids e mais quatro doenças com apenas uma gota de sangue
O Brasil vai produzir e utilizar na rede pública um aparelho para teste rápido de HIV, rubéola, sífilis, toxoplasmose e hepatite B em gestantes com apenas uma gota de sangue. O acordo para fabricação do equipamento foi assinado nesta quinta (17) entre o Instituto Carlos Chagas, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Paraná, e a empresa de equipamentos médicos e hospitalares Lifemed.
Criado pela Universidade Federal do Paraná, o kit, que inclui o aparelho e os materiais necessários aos exames, pode diagnosticar as doenças em até 30 minutos. Atualmente, o resultado dos exames leva semanas para ficar pronto. Por ser portátil, o equipamento pode ser levado a áreas de difícil acesso, à periferia das grandes cidades e à zona rural.
O kit nacional chegará ao Sistema Único de Saúde (SUS) somente em 2014. Com ele, o Ministério da Saúde espera, entre outros objetivos, reduzir a taxa de prevalência das doenças entre grávidas a partir do diagnóstico rápido e precoce no pré-natal, uma das metas do Programa Rede Cegonha, lançado este ano pela presidenta Dilma Rousseff. A cada ano são registrados, por exemplo, 19 mil casos de sífilis congênita no país.
“Esse equipamento, com o tempo, pode incorporar o diagnóstico de outras doenças infecciosas e podemos ampliar [o uso] não somente para o pré-natal, mas para toda a rede básica”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Segundo o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, o aparelho tem potencial para diagnosticar 100 tipos diferentes de doenças. Cada kit pode ser usado por até 100 pacientes.
O ministério irá gastar cerca de R$ 950 milhões com a compra gradual das unidades no período de cinco anos. A economia para os cofres públicos é estimada em R$ 177 milhões de reais com a redução de importações e outros custos. Em 2014, serão comprados 2 milhões de kits. Em 2019, o montante será elevado para 10 milhões de unidades. De acordo com Padilha, em cinco anos, os kits nacionais serão suficientes para abastecer a rede pública em todo o país. Cada kit vai custar R$ 30,40 no primeiro lote de compras, em 2014. Com o aumento das encomendas, o preço de cada equipamento deve cair para R$ 21,50 em 2019, segundo estimativa do próprio governo. (ABr)
Jornal Girassol
Crack: Governo Federal deve lançar novo plano de combate
O governo federal deve lançar na próxima semana um novo plano de enfrentamento ao crack, de acordo com o diretor de Assuntos Internacionais e Projetos Estratégicos da Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad), Vladimir Stempliuk, que participou hoje (30) de seminário sobre políticas públicas sobre drogas, na capital paulista. Ele disse que o novo plano federal de combate ao crack e outras drogas está em fase final de elaboração. Segundo ele, o anúncio oficial está previsto para a próxima terça-feira (6), mas ainda pode ser alterado.
O diretor da Senad explicou que o novo plano é uma atualização do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, criado por decreto em maio de 2010. Pouco mais de um ano após a implantação desse plano, o governo federal já identificou falhas que precisam ser corrigidas e melhorias que devem ser contempladas pela nova ação.
Uma dessas melhorias, segundo Stempliuk, será na área de atenção aos usuários. “O plano passa pela ampliação da rede de atenção: mais leitos, mais equipamentos. A cobertura hoje ainda deixa a desejar”, disse. Segundo ele, uma alternativa que está em estudo é a inclusão do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no atendimento aos dependentes. “É uma intenção nossa. Mas não sei se vai ser anunciado agora como uma ação.”
Ele disse ainda que o novo plano dará mais atenção à capacitação de pessoas que trabalham no tratamento de usuários de drogas, sejam elas funcionárias da rede pública de saúde ou colaboradoras de clínicas privadas. Outro ponto incluído no novo plano será o reforço no combate ao tráfico de drogas. “A ideia é também reforçar as ações de repressão ao tráfico”, disse.
O coordenador de Políticas sobre Drogas do Estado de São Paulo, Luiz Alberto Chaves de Oliveira, afirmou que o governo paulista apoia qualquer iniciativa do governo federal para melhorar o atendimento a usuários de drogas. Ele, entretanto, lamentou o fato de representantes de São Paulo não terem sido ouvidos ou chamados para participar da elaboração do novo plano federal. “Nós temos muito especialistas aqui no estado e também muita gente que precisa de ajuda. Poderíamos colaborar muito”, observou.
Oliveira disse ainda que São Paulo está comprometido em combater o problema das drogas. A Coordenadoria de Políticas sobre Drogas do Estado (Coed) tem treinado assistentes sociais e funcionários da rede de saúde, inclusive, em cidades do interior, para o atendimento de usuários. Na semana que vem, uma equipe da Coed vai à região do Pontal do Paranapanema capacitar servidores que atuam em assentos rurais da região. Segundo Oliveira, nesses assentamentos, há casos de uso abusivo de álcool e começam a surgir casos de dependência do crack.
Da Ag. Brasil
Começa a 14a. Conferência Nacional de Saúde em Brasília
Tem início nesta quinta-feira (01/12) a 14ª. Conferência Nacional de Saúde, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. A 14ª CNS é considerada o maior evento brasileiro na área da saúde com mais de quatro mil pessoas, entre delegados e convidados. Os delegados foram eleitos em conferências estaduais e municipais, nas quais foram retiradas propostas.
Confira o hotsite da 14ª Conferência Nacional de Saúde
Os participantes vão debater os desafios e as perspectivas do Sistema Único de Saúde (SUS) e aprovar propostas de melhorias. Embora, a abertura ocorra somente amanhã, as atividades começaram hoje (30/11), com um ato de Defesa do SUS, promovido pelos Movimentos Sociais e Mesa sobre documentário O veneno está na Mesa do cineasta Silvio Tendler, a partir das 20 horas.
Depois da abertura, na quinta-feira (dia 1/12), o presidente da 14ª. CNS, Alexandre Padilha, coordenará a Mesa Central Acesso e Acolhimento com qualidade: um desafio para o SUS. Logo depois, serão realizados ainda 11 diálogos temáticos, em que serão discutidos os desafios para efetivar a participação social, a seguridade social, o acesso universal e as políticas públicas, a relação público x privado, entre outros temas.
Durante o último dia da 14ª CNS (04/12) acontece a Plenária Final com a votação de diretrizes e propostas que devem nortear as políticas públicas para o Sistema Único de Saúde nos próximos anos.
Conferências mobilizaram gestores em todo o país
Durante sete meses municípios e estados de todo o Brasil se mobilizaram e debateram propostas para a melhoria do SUS. Ao todo 4.347 conferências municipais e 27 estaduais foram realizadas, com envolvimento de mais de 26 mil pessoas na etapa estadual.
Dentre as cinco regiões do país, a Nordeste saiu na frente em número de conferências realizadas com 92% dos municípios atingidos, sendo que Alagoas, Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte alcançaram todos os municípios de seus estados. Em segundo lugar, ficou a região Sul com 90% de conferências registradas. Já a região Norte ganhou a terceira posição por ter conseguido atingir nos estados do Acre, Amapá e Tocantins 100% dos municípios. No geral, os sete estados da região totalizaram um percentual de 86% de eventos efetivados.
No caso dos 466 municípios de toda a região Centro-Oeste, 367 contaram com conferências de saúde, o que representa 79% desse total. O número garantiu o quarto lugar para a região, sendo que Distrito Federal, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul registraram o resultado de 100% de cidades satélites e municípios atingidos.
A região Sudeste, no entanto, contou com percentuais divididos. No Espírito Santo e Rio de Janeiro, os dados são de 100% e 99%, respectivamente. Já em Minas Gerais, esse valor caiu pela metade com um registro de 50% das conferências de saúde realizadas. Em São Paulo, o resultado foi de 44%. Dos 1668 municípios de todo o Sudeste, 878 contaram com a efetivação dos eventos representando um percentual de 53% das conferências programadas.
História começou há 70 anos
As Conferências Nacionais de Saúde acontecem há 70 anos. No entanto, no início o espaço era voltado somente às esferas intergovernamentais. Isso permaneceu até o reconhecimento da saúde na Constituição Federal de 1988, como um direito de todos e dever do Estado, e com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS).
Hoje, as Conferências ocorrem a cada quatro anos e os debates giram em torno dos desafios para a legitimação do Sistema como política pública universal e para a garantia de acesso aos serviços com equidade, integralidade e melhor qualidade. A ampliação das práticas de controle social e a disposição de processos democráticos e participativos de entidades e movimentos sociais também estão no foco das discussões atuais.
Serviço
14ª Conferência Nacional de Saúde
Data: 30/11 a 04/12
Horário das 9h às 21h
Local: Centro de Convenções Ulysses Guimarães – Brasília
SUS trata 97% dos diagnosticados com Aids
O tratamento antirretroviral pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é oferecido a 97% dos brasileiros diagnosticados com Aids. O dado integra o último relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/Aids (Unaids), divulgado no último dia 21 de novembro. Neste documento, os investimentos e as práticas do governo brasileiro no tratamento da Aids são destacados.
A Unaids aponta o modelo do Brasil de prevenção do HIV e assistência como um dos melhores do mundo, especialmente em relação a populações mais vulneráveis. Para o diretor do Unaids no Brasil, Pedro Chequer, o resultado se deve às ações relacionadas à Aids serem políticas de Estado. O SUS tem investido na prevenção e ampliação da testagem, do acesso ao tratamento antirretroviral, além de capacitar profissionais de saúde, o que mantém sob controle a epidemia de aids no Brasil.
Teste
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destaca o “Fique Sabendo”, uma estratégia do SUS para estimular e facilitar a realização do teste de Aids pela população. “Estamos investindo na expansão do teste rápida para garantir que o diagnóstico seja o mais breve possível, com ações do Fique Sabendo. Quanto mais cedo o vírus é descoberto, mais cedo tem início o tratamento, proporcionando qualidade de vida para quem vive com a doença”, explicou.
Cai número de novos casos e de morte entre crianças até cinco anos
O Boletim Epidemiológico Aids/DST 2011, divulgado na segunda-feira, 28, revela que a taxa de transmissão da mãe infectada para a criança diminuiu em 41% nos últimos 12 anos. Já o coeficiente de mortalidade nesta faixa etária caiu em 62,5%.
A estimativa de pessoas infectadas pelo HIV continua estável em cerca de 0,6% da população. Já o número de novos casos notificados teve uma pequena redução: em 2009, a taxa era de 18.8/100 mil habitantes e caiu para 17,9/100 mil, em 2010. Essa queda, em números absolutos, mostra que no ano passado foram 34,2 mil novos casos de Aids, ante 35,9 mil em 2009. De 1980 a junho de 2011, 608.230 pessoas foram infectadas.
No ano passado, o número de pessoas que morreram em decorrência da doença foi de 11.965, um pouco menor que em 2009, quando morreram 12.097. O total de pessoas vítimas da Aids desde 1980, em todo o País, é 241.469.
Nos últimos 12 anos, a porcentagem de casos na população de 15 a 24 anos caiu, mas não igualmente. Entre os homossexuais nesta faixa etária houve aumento de 10,1%. No ano passado, para cada 16 homossexuais de 15 a 24 anos vivendo com Aids, havia 10 heterossexuais. Essa relação, em 1998, era de 12 para 10. Este público será priorizado pelo ministério na Campanha do Dia Mundial de Luta
Afastamentos por doenças mentais disparam no país
O mercado de trabalho tornou-se um foco de doenças como depressão e estresse. A tendência já se reflete em forte aumento no número de brasileiros afastados pelo INSS por esse tipo de problema de saúde, informa reportagem de Érica Fraga e Venscelau Borlina Filho publicada na Folha desta sexta-feira.
As concessões de auxílio-doença acidentário –que têm relação com o trabalho– para casos de transtornos mentais e comportamentais cresceram 19,6% no primeiro semestre de 2011 em relação ao mesmo período do ano passado.
Esse aumento foi quatro vezes o da expansão no número total de novos afastamentos autorizados pelo INSS.
Nenhum outro grupo de doença provocou crescimento tão forte na quantidade de benefícios de auxílio-doença concedidos entre janeiro e junho deste ano.
“Há ondas de doenças de trabalho. A onda atual é a da saúde mental”, diz Thiago Pavin, psicólogo do Fleury.
Mudanças adotadas pelo Ministério da Previdência Social em 2007 facilitaram o diagnóstico de doenças causadas pelo ambiente de trabalho. Isso levou a um forte aumento nas concessões de benefícios acidentários para todos os tipos de doença em 2007 e 2008.
Os afastamentos provocados por casos de transtornos mentais e comportamentais, por exemplo, saltaram de apenas 612 em 2006 para 12.818 em 2008. Mas, depois desse ajuste inicial, tinham subido apenas 5% em 2009 e recuado 10% em 2010.
Da Folha Online
Saúde da pessoa com deficiência terá R$ 1,4 bilhão
O Ministério da Saúde é um dos 15 órgãos envolvidos nas ações do Viver Sem Limite – Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, lançado nesta quinta-feira (17) pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto.
O programa, coordenado pela Secretaria de Direitos Humanos, visa a atender os cerca de 45 milhões de brasileiros – 23,9% da população – que possuem algum tipo de deficiência.“É preciso que olhemos para as pessoas com deficiência de outro modo, fortalecendo o seu protagonismo, promovendo a sua autonomia e eliminando barreiras”, disse, emocionada, a presidenta Dilma.
Por meio de ações estratégicas em educação, saúde, inclusão social e acessibilidade, o Plano tem o objetivo de promover a cidadania e o fortalecimento da participação da pessoa com deficiência na sociedade, promovendo sua autonomia, eliminando barreiras e permitindo o acesso e o usufruto, em bases iguais, aos bens e serviços disponíveis a toda a população.
Para garantir o cumprimento eficaz das propostas, o ministro Alexandre Padilha assinou ontem portaria que institui o Comitê Nacional de Assessoramento e Apoio às Ações de Saúde do Plano Nacional para Pessoas com Deficiência. A portaria foi publicada hoje no Diário Oficial da União.
Com investimento de R$ 1,4 bilhão, de um total de R$ 7,6 bilhões, o eixo da saúde ampliará ações de prevenção às deficiências, criação de um sistema nacional para o monitoramento e a busca ativa da triagem neonatal, com um maior número de exames no Teste do Pezinho.
O ministério também está estruturando a Rede de Atenção à Saúde Pessoa com DeficiênciaSUS, que será um conjunto de serviços, ações e estratégias de saúde com o objetivo de garantir a assistência integral a toda população que necessita deste tipo de atendimento.
“Pela primeira vez uma rede desse porte é estruturada. Queremos que todos os estados tenham um centro de referência com os quatro atendimentos específicos (visual, física, intelectual e auditiva) para as pessoas com deficiência. Por isso, fizemos parceria com os centros de excelência e reabilitação”, afirmou o ministro Padilha.
A rede de reabilitação do SUS é composta por diversos serviços especializados em deficiência física, visual, auditiva e intelectual, oficinas ortopédicas, unidades básicas de saúde e hospitais, voltados para o enfrentamento de problemas das pessoas com deficiência.
Dentro dessa rede, estão os Centros Especializados de Reabilitação (CER), que serão implantados a partir de 2012. Os CERs são serviços que agregam tecnologia para atender às várias modalidades de cuidado específicas para os diferentes tipos de deficiência, com qualidade e efetividade no cuidado.
Até 2012, está prevista a criação de 45 novos CER, bem como a qualificação dos serviços já existentes. Para facilitar o acesso da pessoa com deficiência aos locais de reabilitação, serão distribuídos 88 veículos adaptados para o transporte de pessoas com deficiência.
Do valor investido pelo Ministério da Saúde, R$ 949 milhões serão destinados ao fornecimento de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção, procedimentos de manutenção e materiais especiais.O valor será investido no período de 2012 e 2014.
Inédito no SUS, o investimento na manutenção das órteses e próteses permitirá aos usuários constante conservação do material. Além disso, o ministério promoverá, a cada dois anos, a atualização da lista de itens oferecidos para evitar sua defasagem do material oferecido.
Cadeiras de rodas –Visando a melhor qualidade de vida dos mais de 75 mil cadeirantes no Brasil, o Ministério da Saúde pretende adaptar as cadeiras de rodas dos mais de 75 mil brasileiros a partir do ano que vem. A medida terá um investimento de R$ 42,5 milhões.
O Ministério da Saúde e a AACD, por meio de parceria e cooperação técnica, realizam a concessão e adaptação de cadeira de rodas a 3.891 pessoas que hoje estão em fila de espera da instituição. Destas, 3.736 terão adaptação convencional e 155, adaptação digital. Isto significa um investimento de aproximadamente R$ 5 milhões ainda neste ano.
As cadeiras adaptadas auxiliam na manutenção da postura desses pacientes, minimizando o estresse ósseo e dos tecidos moles, garantindo maior conforto pela maior distribuição da área de contato. Corrigindo a postura, previnem-se deformidades, contraturas, lesões de pele (como as úlceras de decúbito). Há melhora também nas condições de acessibilidade, transporte e mobilidade dos deficientes, de forma dependente ou independente.
Haverá ainda expressivo fortalecimento das ações de habilitação e reabilitação, atendimento odontológico, ampliação das redes de produção e acesso a órtese e prótese. Também terão reforço as ações clínicas e terapêuticas, com a elaboração e publicação de protocolos e diretrizes de várias patologias associadas à deficiência.
Comitê – O Comitê Nacional de Assessoramento e Apoio às Ações de Saúde do Plano Nacional de para Pessoas com Deficiência estabelecerá os padrões de qualidade dos serviços, definirá os critérios de organização e funcionamento, apoiará sua qualificação e a capacitação de seus profissionais. O Comitê será formado por representantes das secretarias do Ministério da Saúde, seus órgãos vinculados, além de instituições em excelência.
Fonte: Ministério da Saúde
Estudo sustenta que planos de saúde se recusam a pagar tratamentos caros
Quimioterapia e radioterapia, procedimentos de combate ao câncer, e tratamentos contra doenças circulatórias e do coração são os mais recusados pelas operadoras de planos de saúde. O dado é da pesquisa Judicialização da assistência médica suplementar, do pesquisador Mário Scheffer, da Faculdade de Medicina da USP. Ele analisou 782 decisões judiciais em segunda instância, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, no anos de 2009 e 2010.
Os tratamentos anticâncer com cobertura recusada correspondem a 36,57% das ações judiciais. Em seguida vem aqueles usados contra doenças cardiovasculares, as que mais matam no Brasil, com 19,46%
No que se refere a insumos médicos, órteses, próteses, exames diagnósticos e medicamentos foram os mais excluídos pelos planos de saúde.
Segundo a pesquisa, o que chega à Justiça é apenas a ponta do problema. Antes disso, muitos doentes e seus familiares já tentaram solução junto ao plano de saúde, à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e institutos de defesa do consumidor.
Como esses tratamentos são prescritos para casos graves e urgentes, a atitude mais comum diante da negativa do plano é a família arcar com os custos particulares ou buscar atendimento na rede pública, o que sobrecarrega e onera o Sistema Único de Saúde (SUS).
O estudo demonstrou que, em 88% dos casos, a Justiça, em segunda instância, foi favorável ao usuário, obrigando o plano de saúde a oferecer a cobertura negada. Em apenas 7,5% das decisões o juiz foi a favor do plano de saúde, negando a cobertura total ou parcial dos gastos.
A maioria das decisões dos processos analisados, conforme a pesquisa, foi fundamentada no Código de Defesa do Consumidor, seguido da Lei dos Planos de Saúde (Lei 9.656/98) e da Constituição Federal.
Entre as surpresas do levantamento, está o número de ações movidas devido à recusa do custeio do tratamento da Aids. De 1999 a 2004, a doença era a terceira mais excluída pelas operadoras. Porém, agora aparece em apenas duas das ações judiciais analisadas – o que reforça a tese de que os planos excluem tratamentos de custo mais alto. Atualmente, a Aids tem tratamento 100% garantido pelo SUS. Conforme a pesquisa, os pacientes adoecem e são internados com uma frequência muito menor, restando aos planos de saúde cobrir poucos exames e consultas.
Outro dado inesperado é o aumento da recusa no atendimento de pacientes em casos de obesidade mórbida. A alegação é que se trata de cirurgia estética e não de um problema que gera graves riscos à saúde. Entre as causas dos abusos dos planos estariam a omissão da Agência Nacional de Saúde, que não cumpre o seu papel de reguladora e fiscalizadora dos planos de saúde.
Rede Brasil Atual
Ecoeficiência de sacolas depende do comportamento do consumidor
Em tempos de ecoeficiência, há quem acredite que as sacolas retornáveis são a melhor opção na hora de fazer compras.
Mas, de acordo com um estudo inédito, realizado pela Fundação Espaço ECO e Instituto Akatu, não é tão simples assim dizer que as sacolas retornáveis são melhores para o meio ambiente.
O estudo concluiu que a a ecoeficiência de cada tipo de sacola depende do hábito do consumidor.
Ciclo de vida das sacolas plásticas
Os pesquisadores analisaram o chamado “ciclo de vida” de oito opções de sacolas disponíveis no mercado brasileiro.
Isso incluiu sacolas descartáveis (de polietileno tradicional, de polietileno de cana-de-açúcar e as aditivadas com promotor de oxibiodegradação) e algumas retornáveis (papel, ráfia, tecido e TNT – tecido não-tecido).
Todas foram avaliadas para um período de um ano.
Foram considerados vários cenários, envolvendo maior ou menor volume de compras, maior ou menor frequência de idas ao supermercado e de descarte do lixo, matéria-prima utilizada na produção das sacolas, capacidade de carga, custo de cada uma, número de vezes em que é utilizada, reutilização ou não da sacola como saco de lixo e envio ou não para reciclagem.
“Percebemos que cada material tem um desempenho mais adequado dependendo da função e da maneira como é empregado”, explica o gerente de ecoeficiência da Fundação Espaço ECO, Emiliano Graziano.
Vantagens e desvantagens de cada tipo de sacola
Segundo o pesquisador, a relação entre o número de idas do consumidor ao supermercado, o número de vezes que ele dispõe seu lixo em sacolas plásticas e o tamanho de sua compra definem quais sacolas são mais eficientes do ponto de vista da preservação ambiental.
Segundo os pesquisadores, as sacolas descartáveis são vantajosas em um cenário considerado de poucas compras (até duas idas ao supermercado por semana).
Já em situações de mais compras (mais de três visitas semanais ao supermercado), as sacolas descartáveis só seriam vantajosas se usadas no descarte de lixo ao menos três vezes por semana.
As sacolas de papel não se mostraram vantajosas em relação às demais em nenhum tipo de cenário. O motivo é a baixa capacidade de carga, reúso e reciclagem.
“O papel, por ter ficado como alternativa mais impactante no caso base do estudo, não significa que será sempre pior nas situações em que pode ser substituído pelo plástico. Ou seja, o desempenho da sacola de papel, como também ocorre nas outras alternativas, está diretamente ligada ao seu eco design (forma, estrutura, quantidade de matéria-prima empregada) e à sua condição de uso e durabilidade,” esclarece Graziano.
A sacola oxidegradável também não apresentou desempenho ambiental melhor do que a sacolca descartável tradicional.
Inovação Tecnologica
“A mente e o corpo”, por Jana Costa falando sobre sua vida com o diabetes
Fico feliz quando os leitores e admiradores deste Blog participam com suas produções. Trocam experiências, talentos, histórias de vida, projetos e tantos outros. Pois então, agora recebo mais uma participação da Jana Costa, agora abrindo para todos nós a sua história com uma doença silenciosa, sorrateira, que é o diabetes. Mas nem por isso ela deixou de viver, saudavelmente, e nos passa isso em seu artigo que segue logo abaixo, exclusivamente aqui no Palavra Livre. Obrigado Jana!
“A mente e o corpo”
Você acredita naquele ditado que diz, “mente sã, corpo são”? Pois é, é assim mesmo que nosso corpo funciona. Quando a nossa mente está sã, o nosso corpo também está são. A nossa mente nada mais é do que uma energia consciente e criativa que mantém sã ou não as células do nosso corpo. Antoine Lavoisier, considerado o pai da química, deduziu a célebre lei da conversação da matéria no século XVII, “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. E o que eu quero dizer com isso tudo? Bem, o que eu escrevo hoje para vocês é um testemunho da minha convivência com Diabetes Tipo 1, doença essa que descobri aos 15 anos de idade e convivo com ela à 17 anos.
Descobri esse problema de uma forma um pouco trágica, meu pai havia falecido em dezembro de 1994 e no início de 1995 eu comecei a sentir os sintomas da doença. Em março de 95 eu comecei a sentir uma fome excessiva e a perder peso, muito peso. No café da manhã eu comia sozinha 7 pães francês ou d’água (tipo de pão joinvillense). No almoço minha mãe cozinhava uma panela de arroz somente para mim e outra para a família, e no jantar eu comia uma pizza média sozinha. Eu sentia muita sede e de cinco em cinco minutos tinha de ir ao banheiro, pois a quantidade de água que eu bebia tinha de sair por algum lugar. Sem falar das câimbras horríveis na panturrilha e o cansaço extremo, eu não tinha vontade de fazer nada porque não tinha energia para tanto. Aos 15 anos eu media 1,70 m, pesava 44 kilos e minha mãe não entendia aonde iria parar tanta comida.
A preocupação com a minha saúde afetou também o pessoal onde eu trabalhava, que vendo a minha situação decidiu marcar uma consulta médica para mim. Fui à consulta, fiz os exames e o resultado não podia ser diferente, Diabetes Tipo 1, insulino- dependente. Aquele momento foi um choque para mim, eu era adolescente, chocólatra, adorava qualquer tipo de doce, morria de medo de injeção, e muito menos podia imaginar que algum dia eu mesma teria de fazer as aplicações no meu próprio corpo. O período de adaptação durou 3 meses e logo depois comecei a levar a vida normalmente tomando insulina todos os dias. O que mais os médicos me parabenizavam na época era que eu tinha descoberto cedo uma doença que costuma levar pessoas ao coma antes mesmo que seja diagnosticado o problema.
Desde que descobri ter Diabetes eu tenho ciência das minhas limitações, mas eu não penso que sou uma pessoa doente, e por isso mesmo que tenho saúde. Nesses 17 anos eu nunca fui internada por problemas decorrentes da doença e nem fiquei muito tempo com exames alterados. Minha endocrinologista costume me usar como exemplo para outros pacientes, modéstia à parte, (risos) ela também diz que sou sua melhor paciente! Você quer saber o segredo? Mente sã, alimentação saudável e exercícios. O conjunto é o segredo, e a mente sã é o mais importante de todos eles porque com ela você consegue atingir os outros itens. O que você mentaliza é o que você adquire!
Jana Costa – Administradora de Empresas e Agente Autônoma de Investimentos certificada pela ANCOR/CVM desde 2007
Email: janayna.eloterio@gmail.com