Fundamas sem professores? Lei que impede concurso público?

Fiquei estarrecido hoje ao ler na página 3 do jornal Notícias do Dia de Joinville (SC) a matéria sobre a Fundamas, entidade da Prefeitura para formação de mão de obra, que vai suspender cinco cursos noturnos porque faltam recursos (?) e uma legislação impede concursos públicos (?), e assim ficamos. As perguntas que ficam sem respostas são: se faltam recursos, o que a atual gestão fez para buscá-los? E qual lei é essa que impede a contratação?

Primeiro, entendo que qualquer gestor, esteja ele na área pública ou privada, deve se nortear por planejamento, execução do mesmo, avaliação, e assim sucessivamente. O que fez a gestão da Fundamas para antever essa falta de recursos? Não houve planejamento, não se constatou que a partir de tal mês ou ano faltariam recursos para tocar os cursos? Que fez a equipe para superar isso? Nada?

Outra pergunta que a reportagem não responde é a tal da lei que impede a contratação de professores por concurso público. Existe isso? Desde quando, qual a lei? Tudo bem que o governo anterior seguia a linha neoliberal tal qual o governo de FHC que criou lei impedindo a expansão das universidades públicas federais e das escolas técnicas federais, mas o atual governo é do PT! Gostaria de saber que lei é essa. Sinto no ar que faltou é trabalho na Fundamas, mesmo que fosse a revogação dessa lei.

A Fundamas faz uma formação importante para os dias de hoje, que é a educação para o trabalho via empreendorismo. Cursos como modista, informática básica, pintura em porcelana, marcenaria, servem para que a pessoa rapidamente tenha acesso ao trabalho e renda. Aliás, até essa busca por novos cursos sintonizados com as necessidades atuais da população – estamos na era da tecnologia – a Fundamas poderia fazer, reformulando alguns cursos, oferecendo outros. Que tal? Mas ainda espero conseguir as respostas para as questões do post. Alguém poderia responder?

PROUNI

prouniNo debate da TV Record, a candidata Dilma Rousseff questionou o adversário para saber se ele pedirá ao seu principal aliado, o DEM, para que retire a Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal contra o Programa Universidade para Todos (Prouni). Mas ele não respondeu e preferiu dizer que o DEM não questiona o programa.

O DEM, aliado de José Serra, ingressou em 2004 com a ação no Supremo. Ou seja, o DEM é contra que os jovens de baixa renda tenham acesso ao Ensino Superior. Até agora, mais de 700 mil estudantes em todo Brasil já se beneficiaram do Prouni. Sem ele, todos não teriam acesso à universidade.

Tempo demais na TV ou computador prejudica crianças apesar de exercício

criancas e tvElas ficam mais hiperativas, têm mais dificuldades em se relacionar e mais problemas emocionais

Crianças que passam muitas horas por dia na frente de uma tela têm mais risco de sofrer problemas psicológicos, mesmo que mantenham atividade física intensa, indicou um estudo publicado nesta segunda-feira pelo jornal americano Pediatrics.

Pesquisadores da universidade de Bristol, na Grã-Bretanha, perguntaram a 1.013 crianças de 10 e 11 anos quanto tempo passam por dia jogando video-games ou assistindo televisão. As respostas variaram entre zero e cinco horas.

As crianças também responderam a um questionário para determinar seu estado psicológico. Além disso, receberam um aparelho, que deveriam usar durante uma semana na cintura para medir a intensidade da atividade física realizada.

De acordo com os pesquisadores, as crianças que passavam duas ou mais horas por dia na frente de uma tela eram mais hiperativas, tinham mais dificuldades em se relacionar socialmente e mais problemas emocionais do que aquelas que passavam menos tempo – embora fossem fisicamente mais ativos.

Até agora, estudos demonstravam que as crianças fisicamente mais ativam compensavam os efeitos negativos das horas passadas em frente a uma tela, e muitos pais acreditam que os filhos podem passar o tempo que quiserem vendo TV ou jogando, desde que compensem se exercitando, destacou o jornal médico.

Veja, Abril

Estudantes de baixa renda não precisarão mais de fiador para o Fies

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) não terá mais a exigência de fiador para alunos de baixa renda ou de cursos de licenciatura. A medida, que será anunciada nesta quarta-feira (20) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, passa a valer imediatamente para os próximos contratos firmados.

O Fies financia a mensalidade de alunos que não podem pagar pela formação em cursos superiores de instituições privadas. A figura do fiador será substituída pelo Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (FGEDUC). Esse fundo será mantido pelo Tesouro Nacional e pelas instituições de ensino que quiserem aderir ao projeto. Elas terão que repassar para o FGEDUC parte do que recebem do Ministério da Educação pelos alunos matriculados no Fies.

O estudante deverá optar pela modalidade sem fiador no momento em que se inscrever para participar do programa, o que é feito pelo SisFies. O benefício só vai valer para aqueles que cursarem licenciaturas ou tiverem renda familiar de até um salário mínimo e meio per capita. Também podem pedir dispensa do fiador os bolsistas parciais do Programa Universidade para Todos (ProUni) que queiram financiar o restante da mensalide.

Outra mudança é a renegociação do prazo de pagamento dos contratos antigos. Quem aderiu ao Fies antes de 14 de janeiro de 2010 poderá estender o período de pagamento da dívida para até três vezes o período de utilização do financiamento, mais doze meses. Um estudantes de um curso com duração de quatro anos, por exemplo, poderá pagar a dívida em até 13 anos, contados a partir da formatura. Essa medida já está sendo aplicada para todos os contratos firmados a partir de 2010.

Os estudantes interessados na renegociação podem fazer uma simulação a partir de um sistema que estará disponível a partir de hoje no SISFies, por onde também deve solicitar a revisão. Em seguida, interessado deve procurar a agência onde contratou o financiamento para apresentar a documentação necessária e formalizar a renegociação. O benefício poderá ser solicitado por estudantes que tenham prestação superior a R$ 100 mensais.

Desde abril deste ano, não há mais um período de inscrições para o Fies. O estudante pode aderir ao programa a qualquer momento e pedir reembolso das parcelas já pagas naquele semestre. Outra mudança foi a redução dos juros de 6,5% para 3,5% ao ano e o aumento do prazo de amortização. Com essas medidas, cresceu o número de contratos: foram 58 mil de janeiro a setembro de 2010, contra 32 mil firmados em 2009.

Rede Brasil Atual

Santidade na política não existe

É preocupante ver a quantas anda a campanha eleitoral de segundo turno nas eleições presidenciais. Como diz o Paulo Henrique Amorim em seu Conversa Afiada, o Zé Baixaria abriu seu baú de maldades para ganhar ou ganhar a eleição, e para isso até juras de amor religioso são repetidas à exaustão. E algumas lideranças religiosas resolveram trocar a batina, os paramentos, os púlpitos, pela panfletagem criminosa, partidária.

Certamente seus seguidores não aprovam essa atitude. A entrada da igreja católica na política desse ano, e dessa forma, relembra os tempos anteriores à instalação da ditadura. As lembranças não são nada boas, e há quem tenha saudade, uma lástima. Está na hora de não só fazer uma reforma política e tributária, mas quem sabe religiosa não é? E abrir os porões dessas manifestações contrárias a A ou B, que certamente dariam arrepios aos menos avisados.

Ainda há tempo para que a razão volte a dominar o cenário eleitoral. Do jeito que está, o feitiço do Zé Baixaria pode virar contra o feiticeiro, irremediavelmente não para esta eleição, mas para todas as que poderão vir.

Dia do Consumidor Consciente destaca redução do consumo de sacolas plásticas

sacolaO Ministério do Meio Ambiente promove hoje (15), Dia do Consumidor Consciente, uma série de atividades para estimular o uso da sacola retornável e reduzir o consumo das sacos plásticos que prejudicam o meio ambiente. Neste ano a campanha Saco é um Saco pergunta às pessoas “Onde está a sua ecobag”. No ano passado, a campanha lançou o Um dia sem Sacolas Plásticas. O Ministério do Meio Ambiente informou em nota que em um ano de campanha foi possível evitar o consumo de cerca de 1 bilhão de sacolas plásticas.

O Rio de Janeiro foi o primeiro estado no Brasil a implementar uma lei, em vigor desde 16 de julho, que visa à redução do consumo de sacolas plásticas. Segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), em todo o estado são usadas aproximadamente 200 milhões de sacolas plásticas por mês.

De acordo com o presidente do órgão, Luiz Firmino, a legislação que visa a reduzir o consumo de sacolas plásticas no Rio ainda é mal interpretada pelos consumidores. Segundo ele, as pessoas não estão proibidas de usar a sacola plástica. Ele salienta, porém, que o futuro da questão ambiental vai estar diretamente associado à consciência ecológica do consumidor.

“Não há dúvida que o futuro da questão ambiental vai estar diretamente associada à consciência ecológica que o consumidor tiver. Se o consumidor demandar produtos de uma origem que ele sabe que foi feito de uma forma ecologicamente correta ou sustentável, ele mesmo tem o poder de regular esse mercado. Com o Dia do consumidor, a gente tem que pensar nessas práticas, para mudar e ver o poder que ele [consumidor] tem para colaborar para a preservação e conservação do nosso planeta”, destacou Firmino.

Para lembrar a data, quatro mil fitinhas com mensagens de conscientização do consumo serão distribuídas em Brasília e no Rio de Janeiro. Operadoras de celular também vão enviar mensagens sobre consumo consciente aos seus mais de 40 mil usuários. A campanha Saco é um Saco será divulgada ainda em 150 mil marcadores de livro em uma livraria carioca. No Jardim Botânico, será lançado pelo Ministério do Ambiente o 2º CineAmbiente, no qual serão premiados dez projetos no valor de R$ 20 mil para produções de um minuto sobre o tema Consumo sustentável e Biodiversidade.

Agência Brasil

A puberdade vem mais cedo. E a infância fica mais curta

maquiagemFenômeno da antecipação do desenvolvimento das crianças é observado pela ciência. E, segundo especialistas, é caminho sem volta

A puberdade está chegando mais cedo, segundo a ciência. Se antes as mudanças no corpo e no comportamento típicas dessa fase ocorriam por volta dos 13 anos, hoje as transformações começam em torno dos 9 para as meninas e dos 10 para os meninos, antes mesmo da chegada da adolescência.

Pesquisas sobre o assunto não faltam. Estudo publicado recentemente mostra que as meninas são mais propensas agora a desenvolver seios e a menstruar entre os 7 e 8 anos de idade. A pesquisa é apenas a mais nova de uma enxurrada de relatórios que elevaram o acalorado debate sobre o ritmo acelerado de desenvolvimento infantil.

A puberdade é o período do desenvolvimento em que acontecem mudanças biológicas, fisiológicas e psicológicas. O indivíduo se torna mais maduro e com capacidade para se reproduzir. Nesse período, glândulas desencadeiam a produção de hormônios sexuais. As consequências no corpo se tornam evidente: as meninas ganham formas mais arredondadas, os seios e o quadril aumentam e os pêlos pubianos surgem. Nos meninos, a voz engrossa, os ombros e o tronco se alargam e o esqueleto se alonga.

A antecipação desse período tem sido registrada nos periódicos médicos e também é constatada por profissionais da área. “Há cerca de uma década, as meninas menstruavam aos 13,7 anos, em média. Hoje, essa idade caiu para 12,6 anos. E a tendência é que nos próximos anos esse estatística caia ainda mais”, conta Felisbela Soares de Holanda, ginecologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

As razões para esse fenômeno são diversas. Entre elas, está a alimentação, mais rica em gordura, maior exposição à radiação solar e o stress da vida urbana, que afetam diretamente as crianças. Os estímulos aos quais são expostas influenciam o amadurecimento precoce. A erotização, por sua vez, também é alimentada por filmes, telenovelas e pela publicidade.

As consequências, é claro, cobraram seu preço. Além das implicações médicas que o turbilhão de hormônios pode trazer, a vida pode ser mais complicada para os garotos que têm a mente de uma criança, mas o corpo e comportamento de um adolescente. Eles podem não estar prontos para lidar com os avanços sexuais ou controlar suas próprias emoções e impulsos enriquecidos pelos hormônios e estímulos.

O desempenho escolar também exige cuidados. “A precocidade da puberdade pode trazer a diminuição das competências intelectuais”, explica Silvana Martani, psicóloga e autora do livro Manual Teen. “Qualquer aspecto precoce produz um déficit de rendimento. O corpo está num processo e a mente, em outro. A precocidade pode trazer consigo um décifit maior de atenção, de concentração, das habilidades de reter conhecimento e realizar tarefas escolares.” Os pais e professores devem estar atentos.

Veja

Um anônimo é um covarde; o repassador é cúmplice

anonimosSempre acreditei, e acredito, que você tem de encarar seus problemas de frente. E quando você diverge de algo ou alguém sobre o que for, deve discutir isso francamente com bases em ideias, e mais, frente à frente, ou então assumindo seu comentário, sua ideia, sua origem e quem sabe o seu objetivo.

O que estamos vendo a todo momento na campanha eleitoral é o envio de tudo quanto é informação maldosa por emails sobre a candidata Dilma Roussef. Pior do que o envio porém, anônimo, é o repasse do mesmo adiante, sem qualquer aceite da outra parte. Minha caixa amanhece a anoitece cheia dessas bobagens. Uma vergonha.

Creio que essa prática corriqueira a cada eleição têm de ser revista, sob pena de entrarmos em um processo beligerante entre forças políticas, entidades civis, religiosas, partidárias por conta da covardia de anônimos que insistem em macular os outros sem mostrar a cara. Pior que o anônimo é o repassador cúmplice desse ato tenebroso, que afasta as pessoas e promove o mal.

Ao receber mensagens maldosas, replique com o bem, e corte relações a quem lhe enviou, só o liberando para uma nova relação de comunicação após um novo processo elevado de troca de notícias. Cobrar do outro uma postura mais evoluída é o mínimo que devemos e podemos fazer.

Como estimular seu filho a ler

ler11Saiba como ajudar as crianças a gostarem de português e fazer da leitura uma atividade prazerosa

Você AMA livros e gostaria que seu filho também manifestasse esta paixão? Alguns pequenos detalhes podem lhe ajudar nesta tarefa. Siga nossas 9 dicas e boa leitura!!

1. Converse sobre os temas
Fique por dentro das leituras pedidas pela escola e pergunte sobre interesses, preferências e curiosidades.

2. Estimule o olhar crítico
Peça para a criança ler livros para os irmãos mais novos e comentar as histórias. Isso estimula o pensamento crítico.

3. Tenha livros à vista
Deixe os livros num móvel acessível. “Eles devem ficar ao alcance da mão, para que não seja necessário pedir a um adulto quando der vontade de ler”, diz a professora Heloisa Cerri Ramos.

4. Frequente livrarias
Sempre que puder, leve seu filho a livrarias e espaços culturais. Nesses locais, autores lançam livros em eventos com contação de histórias, rodas literárias e sessões de autógrafos.

5. Conheça os gostos dele
Esteja atento às preferências do seu filho. Para os maiores, os diários são espaços divertidos para escrever e treinar o português. Já as crianças menores gostam de criar poemas e pequenos livros.

6. Brinquem com as palavras
Jogos que envolvam leitura de textos, composição de palavras e formação de frases ajudam a aumentar o vocabulário e o treino da linguagem. Divirtam-se juntos.

7. Leiam juntos na cama
Heloisa sugere diminuir o tempo diante da televisão antes de dormir – e escolher um livro de cabeceira para que pais e filhos leiam juntos, um pouquinho por dia.

8. Mostre obras cinematográficas
Alguns dos filmes que seu filho adorou, como Harry Potter, As Crônicas de Nárnia ou O Senhor dos Anéis, foram adaptados de obras literárias. Ofereça os textos originais.

9. Dê livros de presente
Ao presentear as crianças da família, procure dar livros interessantes. O exemplo dos adultos em relação à leitura influencia muito na formação de bons leitores.

Editora Abril

Meta de redução do analfabetismo mundial ainda está longe da realidade

analfabetosA meta da ONU, de reduzir pela metade o analfabetismo no mundo até 2015, está longe de ser alcançada. Entre os 53 países que estão distantes do objetivo, está o Brasil.

Educação para todos: há dez anos, no Fórum Mundial de Educação, em Dacar, 164 países assumiram o compromisso de garantir o acesso de mais pessoas ao mundo das letras. Mas o último relatório da Unesco revelou que há muito o que ser feito: existem ainda 760 milhões de analfabetos no mundo.

Segundo o estudo, a África, o Oeste e o Sul Asiático concentram o maior número de pessoas que não sabem ler e escrever. Quase a metade dos analfabetos do mundo vive nos quatro países mais populosos, como Bangladesh, China, Índia e Paquistão. Diante desses dados, é possível dizer que houve avanços nos últimos dez anos?

Para Katja Römer, do escritório alemão da Unesco, em Bonn, não restam dúvidas de que houve progresso. Desde 2000, houve uma diminuição em 103 milhões no número de analfabetos. A taxa de adultos alfabetizados, por exemplo, subiu em 10% no mundo todo, chegando a 85%.

Os avanços mais notáveis foram registrados no Leste Asiático e na região do Pacífico. A China, por exemplo, alfabetizou mais de 100 milhões de cidadãos em duas décadas. Por outro lado, o Sudeste Asiático continua sendo uma das regiões mais problemáticas – o crescimento da população praticamente anulou os progressos alcançados. Outras regiões como a África subsaariana e os países árabes registraram uma queda na taxa de alfabetização.

Falta vontade

As Nações Unidas ainda estão distantes do objetivo proposto: reduzir pela metade a taxa de analfabetismo entre os adultos. O principal motivo para esse prognóstico, segundo Römer, é a falta de vontade política: “Muitos governos não consideram que os esforços em alfabetização possam contribuir também para o aumento da produtividade e para a prosperidade em alguns países.”

As pessoas que não sabem ler e escrever pertencem às camadas mais pobres da população e, geralmente, precisam lutar diariamente para sobreviver. No entanto, esse círculo vicioso da pobreza poderia ser rompido por meio de políticas e investimentos em educação, defende Caroline Pearce, da ONG Oxfam. “A longo prazo, os investimentos em educação para o crescimento econômico de um país e para sua estabilidade são três vezes mais importantes do que os investimentos em infraestrutura.”

E as mulheres correspondem a 66% dos analfabetos em todo o mundo. “As mulheres são marginalizadas em muitas sociedades. Isso se reflete certamente nas taxas de alfabetização”, diz Katja Römer. O número de mulheres que não lêem ou escrevem é especialmente alto nos países árabes, na região subsaariana e no Sudoeste Africano.

No Brasil

Segundo a Unesco, o Brasil está entre os 53 países que ainda não atingiram e nem estão perto de atingir os objetivos do programa Educação para Todos até 2015. A organização destaca, no entanto, que foram registrados importantes avanços ao longo das duas últimas décadas.

Ainda assim, a taxa de analfabetismo no Brasil reduziu lentamente: 2,9% em sete anos. Numericamente, os analfabetos representavam, em 2006, 10,5% da população. A maioria vive em zonas rurais (24,2%) e na região Nordeste (20,8%).

Problema também dos países ricos

O analfabetismo não é apenas um problema nos países em desenvolvimento: as nações ricas também têm alguns pontos fracos. No Reino Unido, por exemplo, 15% da população escrevem e lêem como um escolar de 11 anos.

Os dados da Unesco também mostram que, nos Estados Unidos, 14% da população adulta não conseguem compreender artigos de jornais ou um manual de instruções. E na Alemanha também é verificada uma tendência semelhante, embora não haja números precisos.

A Índia é um dos países onde o analfabetismo foi combatido com mais sucesso. Ainda em meados dos anos 1980, mais da metade dos cidadãos eram analfabetos. De lá para cá, o número de pessoas capazes de ler e escrever subiu para quase 70% da população.

“Isso se deve aos intensos esforços do governo, segundo a porta-voz da Unesco. A chamada ‘missão nacional de alfabetização’ em muitos estados se voltou exatamente para aqueles que eram mais atingidos pelo analfabetismo e para qual público deveria ser abordado. As medidas adotadas então provocaram esse efeito”, explica Katja Römer, que vê no caso indiano a confirmação de seu argumento. “Vontade política, como foi mostrada nesse caso, é realmente essencial quando se fala em redução do analfabetismo.”

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