A poesia no Blog com Vinícius de Moraes – “A felicidade”

Essa poesia de Vinícius virou música, sambinha do bom, cantada por muitos da MPB. No ano quem que faria 100 anos, o Blog Palavra Livre vai publicar muitas produções do nosso poeta, começando por “A felicidade”, confiram, curtam:

“Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar

A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranqüila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor

A felicidade é uma coisa boa
E tão delicada também
Tem flores e amores
De todas as cores
Tem ninhos de passarinhos
Tudo de bom ela tem
E é por ela ser assim tão delicada
Que eu trato dela sempre muito bem

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite, passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Pra que ela acorde alegre com o dia
Oferecendo beijos de amor”

Rádio comemora dia mundial e chega a 88% das residências do país

Apesar do avanço de novas mídias e da expansão do acesso à internet, o rádio continua sendo um dos principais veículos de informação dos brasileiros. Segundo a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert),o rádio – que comemora hoje seu dia mundial – está presente em 88,1% dos domicílios do país, perdendo apenas para a televisão, que tem penetração de cerca de 97%.

O país tem aproximadamente 9,4 mil emissoras de rádio em funcionamento, incluindo emissoras comerciais AM e FM e rádios comunitárias. O número é mais que o dobro do registrado há dez anos, segundo dados do Ministério das Comunicações. Nos estados de São Paulo e Minas Gerais estão concentrados os maiores números de emissoras, com 1,4 mil e 1,3 mil, respectivamente.

O número de aparelhos de rádio convencionais passa de 200 milhões no Brasil, além de 23,9 milhões de receptores em automóveis e do acesso por aparelhos celulares, que somam  cerca de 90 milhões. Isso sem falar no acesso às emissoras pela internet, por meio de computadores e smartphones. Aproximadamente 80% das emissoras do país já transmitem sua programação pela rede mundial de computadores.

O presidente da Abert, Daniel Slaviero, destaca que o rádio está se adaptando às novas tecnologias para disputar o mercado altamente competitivo da informação e do entretenimento. “Acreditamos no futuro do rádio, não como nossos pais e avós o conheceram, mas inovador, ágil, interativo e com a mesma importância social, eficiência comunicativa e proximidade com as comunidades e os ouvintes. Aos 90 anos, não há dúvida de que o rádio está em plena reinvenção”, avalia.

Para o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o rádio faz parte da cultura dos brasileiros e não perderá espaço porque está acompanhando a evolução do setor. “Neste momento especial de transformações tecnológicas e do aparecimento de outras mídias, o rádio segue firme no nosso dia a dia porque também se transformou. Hoje é comum, corriqueiro, ouvirmos a transmissão da programação também pela internet, direto das redações das emissoras”, diz. O ministro garante que o governo trabalha para dar à radiodifusão a flexibilidade e pujança necessárias para continuar a crescer.

 

Emissoras de rádio no Brasil

Rádio FM Comunitárias Ondas Médias (AM) Ondas Tropicais Ondas Curtas FM Educativa
Outorgas 2.664 4.421 1.785 74 66 469

 


Fonte: Ministério das Comunicações – dezembro 2012

A minha poesia no Blog – “Desabafo”

Sou por natureza uma pessoa otimista. Conheço de berço o que é preconceito, a não aceitação em família, a luta pelo carinho e amor em família, ou fora dela. Aprendi também desde pequeno, que há pessoas muito boas, que te acolhem sem você saber porque, e para quê naqueles dias. Crescendo a gente aprende os porquês, e sente na pele que a indiferença e a maldade estão muito mais nas pessoas do que parece. E há pessoas que jamais serão felizes, elas preferem a escuridão, o rancor, a raiva, o ódio, e fazer algo contra o outro dá mais prazer que amar, na concepção desses seres… humanos?

E aí você também aprende que é preciso sabedoria, tolerância, paciência, mesmo com traições e perdas sem explicação! E para sanar muito dessas dores, sim porque somos fortes à primeira vista, mas somos humanos, também choramos, sentimos e daí…. precisamos desabafar. Ontem por conta de algumas notícias, respostas, lembranças e saudades, escrevi esse poema em alguns minutos no Facebook. Sem nome, apenas palavras vindas do fundo da alma dolorida, cansada, que precisa jogar suas mazelas em algo, e então que seja no papel, ou na tela de computador, compartilhando sentimentos. Assim nasceu mais um poema, a que dei o nome agora de “Desabafo”, porque é isso mesmo, há que se desabafar às vezes, sem perder a ternura….

Espero que gostem, curtam, compartilhem, com vocês o desabafo…

Desabafo

Se saudade fosse veneno,
Há tempos que viria morrendo,
Pois aos poucos me dosam
Da torpe traição que me dão!

Eis que sigo em frente
Mas lá vem ela, a maldade
Sorrateira, voraz, inteira
Tentar acabar com minha vida, que besteira!

Não te cansas, não te esgotas?
De esconder-te por trás das portas?
Do uso do juízo, como faca
Apunhalando-me, como sempre, pelas costas?

Não, não vencerás não!
Porque tenho comigo a força e a razão
Vais embora saudade venenosa
Porque é vida que me espera, toda fogosa

É chão, é pó, é paixão
Combustíveis que movem meu coração
E não é a ingratidão, o fel, a língua maledicente
Que vão me ver por terra, demente!

Programa Xeque Mate começa nova temporada

Bastidores de gravações do Xeque Mate na TV Babitonga - foto Gi Rabello/2012

Há quase um ano aceitei o desafio de fazer televisão. Proposta feita pelo amigo Roger Santos, que iniciava a TV Babitonga Canal 9 da NET Digital para a região de Joinville (SC), foi aceita e desde então tentamos realizar todas as segundas e quintas-feiras às 21 horas, o melhor programa de entrevistas. O programa Xeque Mate ousa pelo seu formato diferenciado, frente a frente entrevistado e entrevistador, buscando a informação mais precisa, aquilo que o telespectador quer saber, mas não pode perguntar.

Após uma parada de descanso, voltamos hoje com novas entrevistas, porque até então a TV Babitonga estava reexibindo alguns dos programas realizados em 2012. Na entrevista desta noite, 21 horas, vamos saber mais sobre o Museu da Bicicleta de Joinville, o MUBI, que esteve fechado por quase dois anos. Era o único existente na América Latina e um dos poucos existentes no mundo. A promessa é de volta agora em março, nos festejos de aniversário da cidade. O idealizador e amante da história da bicicleta, Valter Bustos, é o entrevistado. Historiador, jornalista free-lance, Valter é também um polemizador do meio urbano, da falta de mobilidade.

Na próxima quinta-feira, 7 de fevereiro, o tema será a pequena e microempresa. Mulher empreendedora, advogada e agora presidente da Ajorpeme, maios associação empresarial do país com sede em Joinville, Cristiane Schramm vai nos brindar com sua história profissional, falar sobre a entidade que reúne o motor da economia nacional. Se você quiser participar com a gente, mande suas sugestões de pautas, entrevistas, temas interessantes. Ajude a fazer o Xeque Mate, com sua ajuda fica tudo mais fácil!

Vamos ver o que sairá deste “xeque-mate” de hoje? Conto com vocês, 21 horas na TV Babitonga Canal 9 da NET Digital em Joinville. Quem não tiver NET, ou não tenha ainda o sistema digital, pode assistir pela internet em www.babitonga.tv.net. Até mais!

 

 

“O bálsamo do labor da cigarra”, crônica do amigo Donald Malschitzky

Com a anuência do amigo, escritor, poeta e confrade das letras, Donald Malschitzky, reproduzo aqui uma de suas crônicas, que publica em jornais de Joinville e de São Bento do Sul, falando de incompreensões, etc…. Sempre eloquente, Donald sempre nos passa toda a crueza da vida em linhas suaves…. Confiram abaixo:

Escrever tem dessas coisas. Mencionei a posição dúbia do papa para com o ecumenismo; leitora escreveu-me que se o papa não aprovava “esse tal de ecumenismo”, coisa boa não era! Obviamente, não tinha a menor noção de seu significado, que vem de “aldeia”, um lugar onde as pessoas convivem e se aceitam sem se acharem superiores às outras. Da outra, disse que o “workalcolic” tinha uma doença que deveria ser tratada. Antes de fazê-lo, pesquisei no são Google e em livros e indaguei especialista. A reação não foi das melhores!

Em “Fogo Pálido”, Vladimir Nabokov (para ajudar: autor de “Lolita”) escreveu: “La Fontaine errou: morta a mandíbula, a canção perdura”. Não foi La Fontaine o autor da fábula, foi Esopo, mas o francês a colocou num poema que todo mundo que um dia estudou a língua teve de aprender. Bilac inventou outra fábula, enaltecendo a canção, e Khalil Gibran chamou de limitado o pensamento que coloca o labor da formiga acima da música da cigarra. Nabokov foi perfeito: a mandíbula um dia para; a canção é perene. Não só a canção: a arte.

Quem montou o primeiro tanque de guerra? E quem compôs a Nona Sinfonia? Quantos sabem a resposta para a primeira pergunta? E para a segunda? Em uma religião, o que vem antes, o templo ou a palavra? Quando os bens acumulados se vão, o assobio não fica guardado e um dia se manifesta e faz carinho no coração? Se, da contemplação da beleza, aparente ou oculta, não nascessem quadros, esculturas, poemas, acordes, seríamos mais ou menos felizes?

O conceito de que fazer arte não é trabalhar tem várias origens, todas elas burras; quem faz arte, normalmente, tem outra visão das coisas, não gosta de caretice, não vê sentido em regras sem sentido e por aí vai, mas trabalha, e muito. Ou pintar a Capela Sistina foi um descanso para Michelangelo? E como podemos classificar o esforço de Beethoven, surdo, mandando cortar as pernas do piano para, pela vibração no solo, melhor identificar as notas? E o escritor que passa dez horas por dia escrevendo e mais um tempo pesquisando? Quantos anos de duro aprendizado precisa a bailarina e, depois, quantas horas de ensaio para minutos de aplausos? Cigarras, sim, que trabalham para que o suor seja mais agradável. E gostam do que fazem. Talvez esteja aí a razão do preconceito”.

De volta para alegria de uns e desespero de outros… é a vida!

Olá amigos e amigas, leitores e leitoras do Palavra Livre, que este ano seja o melhor ano de suas vidas, com muita saúde, paz, sucesso, oportunidades, bons amigos, bons livros, bons teatros, cinemas, vida a dois, enfim, com tudo o que a vida trouxer a cada um e cada uma que nos acompanha há quase cinco anos. Cinco anos! Sério, em abril completam-se cinco anos dessa aventura de escrever e divulgar informações relevantes para as pessoas.

Quem atua no jornalismo sabe o quanto é dura a vida de quem busca espaço para mostrar seu trabalho. Poucos jornais, e estes poucos nas mãos de poucos, assim como tvs, rádios, etc. Para além disso, imposições de ordem política, econômica, salários baixos, e toda ordem de coisas que impedem, ou dificultam muito, o exercício da profissão. Por isso a internet é uma dádiva, um meio que veio para democratizar de vez a disseminação de informações sem bloqueios, censuras, impedimentos.

A situação de manter um órgão informativo alternativo, seja ele impresso, ou em mídia eletrônica, é a mesma: faltam recursos. Patrocinadores se repetem em órgãos já antigos, conservadores, de grandes grupos midiáticos. Lá despejam milhões. Sobram para os loucos blogueiros como eu o apoio de amigos, de leitores que acreditam no trabalho sério que faço aqui no Blog Palavra Livre, e também no programa Xeque Mate da TV Babitonga Canal 9 da NET Digital da região de Joinville (SC), onde estou desde junho de 2012.

Mas, como conheço um pouco o caminho das pedras, e como desviar de algumas para se chegar ao objetivo final, tenho conseguido altos índices de leitura e compartilhamento do que divulgo, opino e informo aqui e acolá. Por isso me sinto feliz e reconfortado, sempre acreditando e perseverando naquilo que acredito. Porque somos o que sonhamos, e portanto, se somos do tamanho de nossos sonhos, devemos sonhar grande, muito grande, e perseverar muito, acreditar, lutar, trabalhar. Porque o Criador apoia quem trabalha, quem dá o seu melhor e não desiste nunca! Por isso, vamos em frente?

Conto com vocês para fazer um Palavra Livre ainda melhor, mais completo, mais participativo que nunca. Obrigado mais uma vez a todos que acompanham, acreditam e compartilham das palavras que por aqui buscam seus sentidos, e com eles, um mundo mais justo, solidário e feliz. Como já disse no título, estamos de volta para alegria de uns, e muito desespero de outros… Abraços a todos e todas!