Alinhamento incondicional de entidades ao Governo Udo pode provocar racha em Joinville (SC)

O Palavra Livre recebe centenas de informações das fontes mais diversas. E sobre inúmeros temas e assuntos. Esta informação de que empresários da maior cidade de Santa Catarina estão em crescente descontentamento com a inércia e falta de posicionamento das Entidades Empresariais frente aos recentes decretos e decisões da Prefeitura de Joinville, indica um racha de proporções imprevisíveis caso a situação perdure.

As fontes ouvidas pelo Palavra Livre dizem a razão do imenso descontentamento: o comprometimento exacerbado das diretorias dessas entidades com Udo Döhler, o atual prefeito em fim de mandato. Este grupo importante de empresários diz que este posicionamento engessa qualquer tentativa de pressão para mudanças em favor de empresários que passam por enormes dificuldades. Este movimento – sim, é um movimento já – está pressionando por um posicionamento das Associações que os representam.

Na sexta-feira (31/8), após a notícia de que a Prefeitura estaria enviando projeto de lei para contemplar as empresas de transporte coletivo Transtusa e Gidion com R$ 7,5 milhões para “ajudar” ambas a enfrentar a crise foi a gota d’água em um copo que transborda há bastante tempo. Apenas a Ajorpeme lançou nota contra a última decisão do prefeito Udo Döhler (MDB) em dar subsídios para as empresas de ônibus. Após intensa repercussão negativa na população, o projeto de lei foi retirado, não sem colocar a culpa no “não entendimento do projeto por parte da sociedade”.

Até comunicados em nome das entidades empresariais a favor de decretos de combate à pandemia – considerados ineficazes e tímidos por parte deste movimento empresarial descontente – são duramente criticados. Eles não se consideram ouvidos, sentem-se abandonados por este grupo que está sempre alinhado ao prefeito Udo, sem contestações. O que já era uma epidemia no associativismo de Joinville (SC) deve passar ao estágio de pandemia, causando mudanças drásticas e importantes nestas asssociações empresariais como ACIJ, CDL, Convention Bureau e outros. “Novos tempos virão”, avisam os empresários.

João Martinelli nega que irá assumir cargo no Governo do Estado

Após a visita do Governador Carlos Moisés (PSL) a Joinville esta semana, boatos começaram a circular. Entre eles, o de que o Presidente da Associação Empresarial de Joinville (ACIJ) iria assumir a Secretaria de Articulação Internacional no lugar do também joinvilense, Derian Campos, ou ainda na Secretaria do Desenvolvimento Econômico na vaga deixada por Lucas Esmeraldino. Consultado pelo Palavra Livre, ele nega enfaticamente, e enviou nota via assessoria, que reproduzimos abaixo. “É fake”, afirma.

“O presidente da Associação Empresarial de Joinville (ACIJ), João Joaquim
Martinelli, disse que “não há a menor possibilidade” de ele assumir a
secretaria executiva de Articulação Internacional no Governo do Estado
de Santa Catarina. “É fake”, reitera. Também é mentira a informação de ele assumir a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, conforme informação publicada ontem em um portal de notícias de Joinville”.

Especialista em acessibilidade critica Acij por escolha de local inadequado para homenagem a Udo Döhler

Recebi, assim como creio que todos os jornalistas, email do especialista em acessibilidade e Coordenador da Comissão Permanente de Acessibilidade do Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência – COMDE, Mário Cezar da Silveira, criticando a postura da Associação Empresarial de Joinville, a ACIJ, pela escolha da Harmonia Lyra como palco de um jantar em homenagem ao prefeito eleito, Udo Döhler, que será realizado nesta terça-feira (4/12). Hoje, dia 3, é o dia Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência.

Segundo Mário Cezar, a repetição do erro não é mais cabível por conta da total falta de acessibilidade do local do jantar. O Blog Palavra Livre se solidariza e entende a posição do especialista, até porque existe lei vigente que exige as normas de acessibilidade em todos os prédios, públicos ou privados. E no caso em questão, a ACIJ poderia sim ter demonstrado mais sensibilidade e habilidade com as pessoas com deficiência. Existem outros espaços, sem demérito da Lyra, onde esse evento poderia acontecer com respeito as pessoas com deficiência.

Os tempos são outros, e uma demonstração de interesse por bandeira tão nobre e necessária, marcaria positivamente. Até porque Udo Döhler é empresário, foi presidente da ACIJ várias vezes, e agora já não é mais apenas um membro da entidade, mas sim, futuro Prefeito de Joinville.

Segue a íntegra da carta enviado por email:

Dia 3 de dezembro, comemoraremos, em evento na Câmara de Vereadores, das 9:00 às 11:00 horas, o DIA INTERNACIONAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA. E, no dia 4 em total contrasenso, a ACIJ vai homenagear Udo Döhler na Lira. Mais uma vez demonstram total desrespeito às pessoas com deficiência.

A diretoria da ACIJ não entendeu que agora Udo Döhler não é mais só um cidadão comum, é o Prefeito eleito, e que portanto, a população e a mídia dão mais abrangência à sua imagem, atividades e atitudes. Como o jantar é por adesão, qualquer pessoa que pagar R$150,00, tem direito de participar, mas se for cadeirante ou tiver qualquer limitação maior de locomoção, terá como impedimento as “maravilhosas escadarias” da Harmonia Lira.

No último evento na Lira, a ACIJ ofereceu carregar os cadeirantes no colo pelos Bombeiros. Muito romântico, mas muito constrangedor.

Atenciosamente,

Mário Cezar da Silveira
Especialista em acessibilidade
Coordenador da Comissão Permanente de Acessibilidade do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência – COMDE

Unidos pelos bombeiros, e por que não pela saúde?

Cadê a união de Joinville pela saúde, como fizeram com o caso dos Bombeiros Voluntários?

Joinville é uma cidade com muitos contrastes. Alguns a cantam como a maior de Santa Catarina, maior PIB, maior em eleitores, em população, etc. Por outro lado, longe da pujança que alguns tentam vender, talvez para ganho de auto-estima, ou mesmo para amainar corações angustiados que sofrem, há falta de mobilidade urbana, de saúde melhor, de escolas de pé e funcionando. Joinville consegue mobilizar lideranças políticas, comunitárias, empresariais, religiosas, de todos os matizes, para defender o trabalho meritório dos Bombeiros Voluntários com direito à várias páginas e capas de jornais. Mas não se mobiliza para por fim ao abandono da saúde – vide caso do Hospital Regional de Joinville – que o Governo do Estado impõe à cidade. Para não falar da educação pública, esse tema fica para outra reflexão.

Dá pena ver um homem público como o médico Renato Castro dar um depoimento emocionado, e de forte teor político, de denúncia, ao relatar a falta de médicos, enfermeiros, funcionários enfim, para dar atendimento decente às pessoas, e principalmente para defender a vida de pacientes na UTI. Enquanto isso o secretário Dalmo Claro só pensa “naquilo”, ou seja, a implantação da gestão por uma organização social, a famosa OS para gerir o Regional. Porque tanta insistência nesse modelo? Temos uma OS administrando o Hospital Infantil na cidade, que já tratou de se desfazer da ala de queimados, por pasmem “falta de demanda”! Que é isso gente, tratar saúde como demanda, como se fosse algo comercial? Não cabe discutir demanda em saúde pública! Cabe sim é dar todas as condições para que a saúde seja oferecida em bom nível para a população. Dizem que agora ensaiam o fim da maternidade ali também. Então, pergunto, para quê OS? Para deixar a carne de pescoço para os hospitais públicos e ficar com o filé mignon?

Pergunta que não quer calar: quantas OS administram hospitais em Florianópolis? Ou em Lages, terra do governador Raimundo Colombo? Porque lá tudo pode ser público, há atendimento, verbas e contratações andam com mais celeridade? Por que Joinville sempre se ajoelha diante de interesses da Ilha? Temos deputados estaduais, Nilson Gonçalves, Kennedy Nunes e Darci de Matos, todos governistas. Temos dois senadores, Luiz Henrique e Paulo Bauer (esse dizem que não, mas…). Temos dois deputados federais, Marco Tebaldi e Mauro Mariani. Todos se unem para defender, repito com toda a razão, os Bombeiros Voluntários. E porque o movimento não acontece para exigir atenção à Joinville, à sua saúde! Para que trabalham nossos representantes eleitos gente?

A cidade jamais será grande se continuar subserviente aos interesses políticos da capital. Já tivemos governador eleito com base na quinta roda da carroça, com apelo ao fortalecimento de Joinville, mas continuamos sendo a quinta roda! Joinville tem de aprender a se unir sempre, políticos, empresários, comunidade, trabalhadores, em um só bloco para exigir ações efetivas, aí sim, de acordo com a pujança que representa para a economia, o desenvolvimento geral de todo o estado catarinense. Nossos políticos eleitos não podem se acovardar de defender a cidade que os elegeu porque há “entendimentos” individuais com o Governo do Estado! Só seremos respeitados quando o mesmo movimento que fez a Assembleia Legislativa votar a favor dos Bombeiros aconteça também para a saúde, educação, infraestrutura!

Até quando a população será ludibriada? Até quando veremos pessoas sofrerem, e até morrerem, por falta de atitude para resolver os problemas da saúde da maior cidade catarinense? Queremos ver urgentemente a mesma união na defesa aos Bombeiros para conquistar melhorias na saúde e em outras áreas! ACIJ, CDL, Acomac, Ajorpeme e lideranças todas unidas, fazendo coro pela cidade, até que os olhares se voltem verdadeiramente para a atenção aos mais de 600 mil cidadãos que aqui residem! E não só nas eleições, discursando temas vazios, levando nossos votos para nos deixar à mercê de todos os problemas. Compromisso com a saúde, quando vamos nos unir! Cadê o movimento de união agora senhores? Ou jamais seremos respeitados, ficando eternamento ligados aos aparelhos da UTI!

Duplicação da Santos Dumont em Joinville (SC), anuncia Colombo: alguém acredita?

O governador Raimundo Colombo autorizou na noite de segunda-feira, 18, em Joinville, o início dos trabalhos de avaliação e adequação do projeto de duplicação da avenida Santos Dumont. O termo foi assinado durante a cerimônia de posse da nova presidência da Associação Empresarial de Joinville (Acij). A obra será incluída no financiamento de R$ 3 milhões que o Estado irá contratar junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) como forma de compensar as perdas em arrecadações por conta da Resolução 72. “Trata-se de uma reivindicação muito esperada pelo município e é um prazer para o Governo poder contribuir no desenvolvimento desta região”, garantiu Colombo.

A duplicação de oito quilômetros da via está orçada em R$ 50 milhões, mas o projeto de engenharia elaborado pela Prefeitura de Joinville ainda será analisado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura para a atualização de valores. “Vamos agilizar os estudos que possamos licitar a obra no menor prazo possível”, afirmou o secretário de Estado de Infraestrutura, Valdir Cobalchini.

Além dos custos com a duplicação da avenida, também estarão inseridos no empréstimo os investimentos com as desapropriações de imóveis. O Governo do Estado encaminhará à Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) um projeto de lei para estadualizar a via municipal. A previsão de gastos com indenizações aos proprietários é de R$ 25 milhões.

A duplicação da Santos Dumont é um pleito antigo dos moradores e da classe empresarial da cidade, e está entre as prioridades do Plano Plurianual (PPA) Regionalizado – 2012/ 2015. O projeto elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisa e Planejamento (Ippuj) visa melhorar o fluxo de trânsito na avenida, proporcionando mais agilidade no tráfego.

Além do secretário de Estado de Infraestrutura, Valdir Cobalchini, também acompanharam o governador na cerimônia o secretário de Estado de Comunicação, Ênio Branco, o secretário de Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira e o secretário regional, Braulio Barbosa. O evento contou ainda com a presença de senadores, deputados federais e estaduais e demais autoridades.

Perfil: Hildegarde Schlupp – “Para ela a educação profissional é projeto de vida”

Hildegarde Schlupp é uma daquelas pessoas que desde muito cedo já definiram seu objetivo de vida, a missão a cumprir na vida. Reservada, estudiosa, empreendedora e gestora de mão cheia, dona Hilde como é chamada por todos no Senai e fora dele, comanda a instituição desde 1992. De lá para cá as matrículas saltaram de 700 para 11 mil em 2011, e em seus planos o Senai já se prepara para duplicar essa marca. “Eu acredito na educação profissional para que as pessoas possam melhorar de vida. Quem estuda e conquista uma profissão modifica a vida para muito melhor, ganha dignidade”, afirma essa taioense de nascimento que adotou Joinville para viver em 1975.

A trajetória profissional de dona Hilde, como é carinhosa e respeitosamente chamada pelos corredores, começou na antiga Acaresc, que hoje é a Epagri, empresa de pesquisa agropecuária e extensão rural do estado. Depois já em Joinville trabalhou na Tupy no serviço social da área de recursos humanos, depois emprestou sua energia a Fundamas, até conseguir ingressar no Senai por processo seletivo em 1982. Pedagoga formada pela ACE, Hilde não parou de estudar. Fez pós-graduação em gestão de recursos humanos, mestrado em engenharia da produção, e inúmeros aperfeiçoamentos no país e no exterior. “Estudar sempre, praia, e ler muito são algumas das minhas paixões”, diz a gestora.

Hilde começou sua carreira no Senai como orientadora educacional. “Desde que pensei no que fazer profissionalmente, me fixei na educação profissional como meu projeto de vida. Isso, aliar a tua vida ao que você gosta e quer fazer, deixa tudo melhor”, ensina. Na sua gestão foram implantados os cursos técnicos, hoje em número de 15, a faculdade (2002) com quatro cursos e três pós-graduações, o ensino médio articulado com o curso técnico (2003), e também a incubadora tecnológica Midiville, que já apoiou 21 projetos. “Trabalhamos com muita força na área tecnológica, apoiando projetos que já são referencia no mercado”, comenta Hilde.

Dedicada ao trabalho no Senai, que engloba as unidades norte, sul e outra próxima ao Senai norte, a comandante ainda encontra tempo para levar a excelência da instituição a cidades vizinhas, e também participar de projetos de interesse da cidade. “Fui uma das fundadoras do Núcleo de Escolas Profissionais da Acij em 1993, do qual ainda participo, e ajudei também a realizar o Congresso Sul-Brasileiro de Educação por 12 anos, enfim, acredito na educação e nada mais justo que debater o tema sempre, em todos os lugares”, destaca Hilde. Ela ressalta que essas realizações acontecem porque a equipe Senai – cerca de 320 profissionais – é muito boa, unida e também dedicada.

Casada e mãe de um filho, advogado, a diretora Hilde não tem projetos de aposentadoria para tao cedo. “Tenho muitos projetos para realizar aqui ainda. Isso me motiva muito, porque é bom ver as coisas acontecendo, funcionando, servindo a tantas pessoas”, explica. Feliz com o reconhecimento do trabalho que aparece nas conquistas de prêmios na educação profissional, e principalmente pelos resultados que aparecem nas conquistas dos alunos em olimpíadas internacionais de inovação tecnológica, dona Hilde acredita que é preciso entusiasmo para vencer. “É uma motivação que vem da gente mesmo, e que nos impulsiona a fazer as coisas. Na nossa visão, estimulamos os valores, as habilidades pessoais e as atitudes. Acho que estamos no caminho certo”, finaliza a mestre.

* Publicado na seção Perfil do Jornal Notícias do Dia de Joinville (SC) em janeiro de 2012.

Gasolina será vendida a R$ 1,70 em Joinville (SC) nesta quinta-feira (31/5)

Para conscientizar a população da alta carga tributária paga pelos cidadãos brasileiros e para mostrar que o empresário apenas repassa o valor aos cofres públicos, a CDL Jovem de Joinville mais uma vez promove o Dia da Liberdade de Impostos (DLI). A venda de combustíveis começará às 8h30min, no Auto Posto Angeloni, na rua Visconde de Taunay, 1240 (localizado em frente do Supermercado Angeloni), em Joinville.

Neste dia, será comercializada gasolina sem a incidência dos impostos, para os 200 primeiros veículos. A gasolina comum estará sendo vendida a R$ 1,70 o litro. De acordo com o vice-coordenador da CDL Jovem e coordenador do Dia da Liberdade de Impostos, Rodrigo Coelho, a intenção é mostrar que o brasileiro trabalha cinco meses num ano para pagar impostos e taxas. “Neste ano, foram cinco dias a mais em comparação ao ano passado, somente para pagar os impostos”, argumenta o coordenador.

Esta idéia do Dia da Liberdade de Impostos surgiu em 2007 de um grupo de jovens empreendedores de Belo Horizonte, que realiza ação semelhante há cinco anos.

Feirão do Imposto
Na loja de conveniências do Auto Posto Angeloni, os integrantes do Núcleo de Jovens Empresários da ACIJ estarão realizando o tradicional Feirão do Imposto. Esta ação indica o percentual de impostos inserido em cada produto. A finalidade do Feirão é esclarecer as pessoas sobre o  peso da carga tributária nos produtos e serviços que consumimos no dia a dia. O  Feirão do Imposto iniciou em 2003 na cidade de Joinville, através do Núcleo de Jovens Empresários da ACIJ, e ganhou destaque em todo o Brasil pela forma de conscientização.