Alckmin e Aécio são vaiados em ato contra o governo na Avenida Paulista

PalavraLivre-vaias-aecio-alckmin-avenida-paulistaDiversos políticos e parlamentares de partidos de oposição estiveram presentes neste domingo (13) na Avenida Paulista, região central da capital, no ato em favor do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O principal ponto de encontro das lideranças oposicionistas foi o palco montado pelo Movimento Brasil Livre, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp).

Ao se aproximarem do local, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foram vaiados pelos manifestantes. “Nós estamos aqui como cidadãos, respeitando a pluralidade nessa sociedade tão múltipla como a nossa e na busca daquilo que nos une, o fim desse governo”, disse o senador.

Perguntado sobre as menções de seu nome na Operação Lava Jato, o senador mineiro se defendeu das suspeitas que têm surgido sobre seu envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. “Acho que todas as citações têm que ser investigadas e elas estão se desmontando porque são falsas”, enfatizou.

Alckmin destacou o caráter pacífico do protesto. “Acho que São Paulo está dando uma grande demonstração de civismo. Uma festa democrática pacífica, sem briga, com uma grande participação popular. Acho que é o momento de cada um de nós ajudar o Brasil a virar essa página e retomar o crescimento”, disse o governador, que após ser hostilizado deixou o ato rapidamente.

Ao microfone, o deputado federal Onix Lorenzoni (DEM-RS) criticou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por incentivar a militância a defender o mandato de Dilma. “Que líder é esse que joga brasileiro contra brasileiro?”, disse para o público que se aglomerava em frente ao Masp. O ex-presidente, em muitos momentos, era o alvo principal dos gritos de ordem dos manifestantes e dos oradores dos carros de som que pediam a prisão do líder petista.

Outro tema recorrente foi os impostos, lembrados pelo pato inflável montado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em frene à sede da entidade. Também foram distribuídos balões da campanha que critica a carga tributária brasileira.

Multidão

Em diversos pontos da avenida era difícil andar em meio à multidão devido a grande concentração de pessoas. Apesar de o ato estar marcado para o meio da tarde, no final da manhã diversos manifestantes já chegavam à região. Além dos carros de som, foram inflados dois bonecos gigantes de Dilma e Lula.

Tudo foi acompanhado por um grande contingente da Polícia Militar (PM), que espalhou veículos blindados por diversos pontos da avenida. Segundo a PM, uma mulher foi presa por desacato depois de jogar uma garrafa de água contra policiais.

Para um dos líderes do MBL Kim Kataguiri, a divulgação de trechos da suposta delação do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) foi um dos fatores que ajudou a impulsionar a manifestação. “A delação do Delcídio do Amaral foi o que mais contou”, ressaltou.

Na avaliação dele, algumas figuras politicas só aderiram ao movimento pela destituição de Dilma pela pressão dos protestos. “A gente vinha criticando a oposição por não comparecerem, por não apoiarem o impeachment. Agora, houve essa mudança de postura, talvez não por convicção pessoal, mas por terem sido empurrados pelas manifestações”, disse, ao comentar as vaias dadas ao senador Aécio e ao governador Alckmin.

A manifestação vai, na opinião do senador Ronaldo Caiado, (DEM-GO), líder do DEM no Senado, ajudar a pressionar o Congresso a aprovar o impedimento de Dilma. “Não tem como agora a classe política não responder a essa reação da população brasileira. Seria negar a função do Congresso Nacional de ser representante do povo brasileiro”.

Com informações da EBC

TSE reabre ação eleitoral contra campanha de Dilma e Temer

A maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu ontem (6) reabrir ação de investigação eleitoral em que o PSDB pleiteia a cassação dos mandatos da presidenta Dilma Rousseff e do vice-presidente Michel Temer.

Os ministros não entraram no mérito da questão para analisar se houve irregularidades na campanha. A corte analisou apenas o prosseguimento da ação.

Com a abertura do processo, a Justiça Eleitoral procederá à investigação das questões levantadas pelo partido e, após a análise das alegações da acusação e da defesa, o caso será julgado no mérito pelo plenário da corte.

O placar da votação ficou em 5 votos a 2 pela reabertura da ação. Em fevereiro, a ministra Maria Thereza de Assis Moura arquivou o processo, por entender que não havia provas suficientes para o prosseguimento da ação.

No entanto, o TSE voltou a julgar o caso, devido a um recurso protocolado pela Coligação Muda Brasil, do candidato derrotado à Presidência da República Aécio Neves, do PSDB. A legenda alegou que há irregularidades fiscais na campanha relacionadas a doações de empresas investigadas na Operação Lava Jato.

O julgamento foi interrompido no dia 25 de agosto, após pedido de vista da ministra Luciana Lossio, e foi retomado hoje com o voto da ministra e do presidente da corte, Dias Toffoli, que acompanhou a maioria.

Em seu voto, a ministra rejeitou a reabertura da ação, por entender que o partido não apresentou provas concretas sobre as suspeitas levantadas contra a campanha presidencial. Além disso, Luciana defendeu a estabilidade do resultado das eleições.

“É preciso garantir a viabilidade do exercício do cargo, evitando que administração do país seja perturbada por uma infinidade de demandas que não guardam relação com o exercício do mandato”, disse.

Antes da retomada do julgamento, os ministros Gilmar Mendes, João Otávio de Noronha, Luiz Fux e Henrique Neves haviam votado a favor do prosseguimento da ação.

No processo, o PT sustenta que todas as doações que o partido recebeu foram feitas estritamente dentro dos parâmetros legais e posteriormente declaradas à Justiça Eleitoral.

As contas eleitorais da presidenta foram aprovadas pelo plenário do TSE em dezembro do ano passado por unanimidade.

Com informações da Ag. Brasil

Dilma conquista uma vitória maiúscula, a maior da história política do país

Ela aguentou e venceu a tortura nos anos de chumbo que o Brasil ainda tenta esquecer. Assumiu cargos importantes na gestão pública na área de energia, e venceu todos os obstáculos.

Com sua participação política, ajudou Lula a vencer em 2002 e foi sua ministra de Minas e Energia, depois da Casa Civil. A “Coração Valente” teve mais uma pedra no caminho: o câncer. Encarou, e também venceu.

Escolhida por Lula para ser sua candidata à Presidente em 2010, ela venceu o conservador tucano José Serra, ex-ministro, ex-prefeito e governador de SP.

Diante de ataques sistemáticos da oposição, gente que viveu por longos anos das benesses do período da ditadura militar e que hoje se abrigam em partidos tidos como defensores da democracia, e também da grande mídia que desde sempre defende candidatos do capital financeiro internacional, Dilma Rousseff acaba de protagonizar a maior vitória eleitoral e política da história contemporânea brasileira. Não há, na história recente do Brasil, alguém que tenha derrotado tantos de uma só vez.

Ela derrotou no primeiro turno a candidata Marina Silva, ex-PT, ex-PV, ex-Sustentabilidade, e possivelmente ex-PSB. Derrotou também os candidatos ultraconservadores Pastor Everaldo, Levi Fidelix, Eymael.

Derrotou Eduardo Jorge do PV. Derrotou Luciana Genro, ex-PT e da extrema esquerda do Psol. Derrotou também o tucano Aécio Neves, que superou Marina na corrida para estar no segundo turno.

Dilma, apesar dos resultados excepcionais do seu governo e do antecessor, Lula, não conseguiu ganhar em primeiro turno porque a grande mídia apoiou o discurso oposicionista de corrupção na Petrobras. A última tacada foi a “reportagem” da revista Veja, que inclusive antecipou sua circulação, tudo para tentar derrotar a candidatura petista.

A Presidenta entrou no segundo turno em desvantagem política e numérica nas pesquisas. Exceto Luciana Genro, todos os demais candidatos, Marina Silva, Pastor Everaldo, Eduardo Jorge, Levi Fidelix, Eymael abraçaram a candidatura tucana de Aécio Neves.

As pesquisas a colocaram em segundo lugar, a poucos pontos de Aécio, mas atrás na corrida pelo Planalto. Dilma não esmoreceu diante do franco golpe midiático que passou a sofrer com as criminosas publicações de boatos e vazamentos de possíveis depoimentos de delatores no caso Petrobras.

Além desses nomes todos, Dilma venceu toda a tucanada reunida, as aves mais emplumadas do PSDB que são FHC, Geraldo Alckmin e José Serra que, eleitos, caíram de cabeça na campanha de Aécio.

Dilma enfrentou todos esses entraves, e a maior bagagem política e de retórica de Aécio Neves. Muito técnica, com estilo eminentemente gerencial, ela se superou também neste quesito, buscando ao máximo melhorar. E indiscutivelmente venceu a todos, como nunca antes em outras eleições do país após a democratização.

O ódio e a raiva disseminados durante esta campanha eleitoral, a intolerância que chegou ao limite da decência, tendo até resvalado para atos de vandalismo, devem encerrar agora, porque a vitória de Dilma é inconteste. Cabe agora à oposição ter a grandeza de se reinventar, e de se colocar como a população a colocou: como fiscalizadora do governo federal.

A todos os brasileiros e brasileiras, cabe o compromisso de cobrar de Dilma as propostas e promessas da campanha eleitoral, fiscalizando e acompanhando a ação do Governo. E desejar a ela, a primeira mulher a ser eleita, e agora reeleita, Presidenta da República, muito sucesso.

Porque da ação positiva e competente do seu novo governo dependerá também o sucesso do Brasil. Que ela possa encampar definitivamente a transformação do país, para valer, com a reforma política que acabe com a orgia política atual, institua eleições gerais de seis em seis anos, fim das coligações, financiamento público, voto distrital.

Que ela regulamente imediatamente o capitulo das comunicações no país, acabando com a farra de poucas famílias com concessões de TV e rádio país afora, democratizando o segmento para que todos possam saber mais sobre suas culturas e noticias, e não só o que os poderosos querem, e também que amplie exponencialmente a entrada de jovens nas universidades, faculdades, cursos técnicos, investindo muito na educação em todos os níveis, e também na cultura.

Assim, teremos um dia um país em paz, sem violência, e sem as ainda persistentes desigualdades sociais que há séculos perduram. Parabéns Dilma Rousseff, coração valente, a maior vencedora da história política do Brasil. E viva a nossa democracia e a liberdade!

Datafolha: Dilma tem 46% e Aécio, 43% das intenções de voto

Pesquisa Datafolha divulgada ontem (20) mostra a candidata do PT, Dilma Rousseff, com 46% das intenções de votos. Aécio Neves, do PSDB, tem 43%. Dada a margem de erro de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, os dois seguem empatados tecnicamente. Esta é, no entanto, a primeira vez, no segundo turno, que Dilma aparece numericamente à frente de Aécio no levantamento.

Na pesquisa anterior, Dilma tinha 43% e Aécio, 45%. Votos brancos e nulos somam 5%. Não souberam ou não responderam, 6%. Considerados os votos válidos, excluindo-se os votos brancos, nulos e indecisos, mesmo procedimento utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial, Dilma tem 52% e Aécio, 48%.

Quanto à avaliação do governo de Dilma, 42% julgaram a administração boa ou ótima, 37% consideraram regular e 20% ruim ou péssimo. O Datafolha ouviu 4.389 eleitores nesta segunda-feira, em 257 municípios. O nível de confiança é 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-01140/2014.

No primeiro turno, Dilma Rousseff obteve 41,59% dos votos válidos e Aécio Neves, recebeu 33,55%. A votação será no dia 26 deste mês.

Da EBC

Eleições 2014: No debate da Band, Aécio não explica nepotismo, desvios e publicidade milionária

O candidato tucano Aécio Neves saiu do debate na TV Bandeirantes, na madrugada desta quarta-feira, com assuntos pendentes junto à opinião pública.

Acusado de nepotismo e de promover uma onda de censura à imprensa em Minas Gerais, Estado que governou ao longo de oito anos, AécioNeves também não respondeu à denúncia da adversária petista, Dilma Rousseff, de desvios na área da Saúde, que somam R$ 7,6 bilhões, e transferências milionárias de recursos públicos para rádios da família Neves.

Sobre a questão do nepotismo, Neves saiu-se com uma evasiva, sem admitir, como já havia feito anteriormente, ter sido contratado para trabalhar na Câmara dos Deputados, que fica em Brasília, mesmo enquanto ainda morava no Rio de Janeiro, em 1980. Na época, tinha 19 anos.

Em nota recente, o tucano disse que cuidava da agenda do deputado Aécio Ferreira da Cunha – seu pai – que exercia mandato no Partido Democrático Nacional (PDS), sigla sucessora da Arena, legenda criada pela ditadura militar.

De acordo com a nota emitida pela assessoria de imprensa de Aécio, não havia qualquer irregularidade no fato de ele estudar no Rio e trabalhar para o gabinete do papai. Os ocupantes de cargos na Câmara só passaram a ter que atuar em Brasília a partir de 2010, segundo o texto.

A questão do nepotismo, porém, pareceu inexpressiva para o atual candidato à Presidência da República. Em sua biografia oficial, porém, Aécio Neves omite o período em que trabalhou remotamente para o mandato paterno.

Rádios milionárias
No debate, Dilma pediu que o adversário esclarecesse quanto pagou, em dinheiro público, aos meios de comunicação que sua família controla do Estado de Minas Gerais.

Nem ele, nem o atual governo mineiro, no entanto, divulgam informações precisas sobre despesas que o então governador realizou na veiculação de publicidade oficial em três rádios e um jornal de seus parente, entre 2003 a 2010, período em que esteve à frente da máquina pública.

Em relatório, divulgado no início da semana, o atual governo reconhece que as empresas da família Neves receberam repasses milionários, em publicidade, no período em que ocupava o Palácio da Liberdade. Mas recusa-se a dizer, exatamente, quanto pagou.

A família do presidenciável tucano controla a Rádio Arco Íris, retransmissora da Jovem Pan em Belo Horizonte, e as rádios São João e Colonial, de São João del Rei, além do semanário Gazeta de São João del Rei.

Aécio é sócio da Arco Íris com a irmã mais velha, Andrea, e a mãe, Inês Maria Neves Faria. Quando o irmão era governador, Andrea Neves era coordenadora do grupo de assessoramento do governo que tinha como atribuições “estabelecer diretrizes para a política de comunicação” e “manifestar-se previamente sobre a relação de despesas com publicidade”, de acordo com o decreto que o regulamentou.

Em 2011, a pedido do PT, o Ministério Público de Minas Gerais apurou, junto ao governo, que a rádio Arco Íris recebera R$ 210.693 no ano anterior e aguardava um levantamento detalhado sobre os gastos desde 2003, mas esses dados, até agora, permanecem sigilosos.

Procurada, a assessoria da campanha do candidato tucano preferiu não se manifestar. Na véspera, o candidato do PSDB à Presidência já havia tangenciado a questão e afirmou a jornalistas que “não tem ciência” dos números sobre o quanto o governo de Minas Gerais transferiu, em forma de publicidade, às rádios e ao jornal da família.

Neves mostrou-se irritado com as perguntas dos repórteres e disse apenas que a pergunta devia ser feita ao governador de Minas – Alberto Pinto Coelho, do PP, seu aliado.

– Não tenho ciência destes números, mas estimulo o governo que os dê. Tem que perguntar ao governador de Minas. Não sou governador – disse Neves, de forma ríspida, em rápida coletiva na capital paulista.

A propriedade da rádio por Aécio, a irmã Andrea Neves e a mãe, Inês Maria Neves Faria, veio a público em abril de 2011, quando o senador teve a carteira de habilitação apreendida durante uma blitz da Lei Seca no Rio. Ele dirigia um Land Rover, comprado no ano anterior em nome da emissora.

Aécio tornou-se sócio da Arco Íris em dezembro de 2010 quando já tinha deixado o governo. No período em que Aécio era governador, Andrea Neves já integrava o Núcleo de Comunicação Social do Governo – que tratava da publicidade do Executivo.

Irmã poderosa
A jornalista Andrea Neves chegou a receber a alcunha de “primeira irmã da república das Gerais”. Ela, segundo a Wikipedia “fez parte do Grupo Técnico de Comunicação do Governo de Minas Gerais.

Trata-se de um núcleo de trabalho que reúne os responsáveis pelas áreas de comunicação dos órgãos da administração direta e empresas públicas, entre outros, para estabelecer as diretrizes e a execução das políticas de prestação de contas do governo estadual à população. O grupo atua de forma colegiada e tem caráter consultivo e de assessoramento”.

“À frente do Grupo Técnico de Comunicação do Governo, Andrea despertou som e fúria, dependendo do gosto e do partido do freguês. Aos olhos da situação, ela teve papel fundamental na construção da imagem de Aécio como gestor competente que saneou as finanças do Estado”, acrescenta o jornalista Luiz Carlos Azenha, em seu blog.

Ainda segundo reportagem publicada no blog do Azenha, a principal tarefa da irmã de Aécio Neves era servir como um “tentáculo do irmão esticado em direção à mídia, que se valeu dos mais variados instrumentos para afagar ou sufocar veículos de comunicação.

Durante o governo de Aécio Neves, Andrea foi acusada de manejar as verbas de publicidade do Estado de acordo com os interesses políticos de Aécio e de influir na imprensa mineira, a ponto, inclusive, de provocar a queda de jornalistas pouco simpáticos ao governo.

Deputados da oposição chegaram a apresentar denúncias formais contra Andrea, imputando a ela e ao irmão desvio de recursos da área de comunicação do governo”.

O vídeo intitulado Liberdade, essa palavra, foi veiculado com depoimentos de comunicadores censurados:

Liberdade, essa palavra – Parte 1.

Liberdade, essa palavra – Parte 2.

Citada no vídeo, Heloísa Neves – mencionada por Marco Nascimento (na Parte 1) era assessora do governador, subordinada a Andrea Neves. Trata-se da ex-mulher do jornalista e publicitário Eduardo Guedes, que por sua vez assessora Aécio Neves – e é um dos réus do mensalão tucano, acusado de desviar R$ 3,5 milhões para a empresa de Marcos Valério.

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, Andrea Neves é a responsável por comandar a comunicação da campanha do tucano à Presidência.

Do Correio do Brasil

Dilma e Aécio continuam empatados tecnicamente, segundo o Vox Populi

Pesquisa feita pelo instituto de consultoria Vox Populi, a pedido do grupo Record, mostra empate técnico entre o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, e a candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT). Segundo o levantamento, Dilma é a preferida de 45% dos eleitores consultados e Aécio, de 44%.

Os entrevistados que responderam que votarão em branco e os que anularão os votos correspondem, respectivamente, a 5% do total. É o mesmo percentual dos que disseram estar indecisos.

Descontados os brancos, nulos e indecisos, o percentual de votos em Dilma sobe para 51% e em Aécio, para 49%. Como a margem de erro é 2 pontos, os resultados significam, na prática, empate técnico. Dilma Rousseff se sai melhor entre os eleitores da Região Nordeste. Aécio lidera no Sul e no Sudeste e os dois empatam nas regiões Norte e Centro-Oeste.

Dois mil eleitores de 147 cidades de todas as regiões do país foram ouvidos no sábado (11) e no domingo (12). O empate técnico já havia sido apontado em pesquisas divulgadas peloDatafolha e pelo Ibope, na sexta-feira (9).

Da EBC

Pesquisas eleitorais do segundo turno mostram empate técnico entre Aécio e Dilma

Na primeira pesquisa do segundo turno das eleições presidenciais feita pelo Ibope, o candidato do PSDB, Aécio Neves, apareceu na frente da candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff. Aécio tem 46% das intenções de voto e Dilma, 44%. Considerando a margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, os dois candidatos estão em empate técnico.

Datafolha: Aécio tem 46% e Dilma 44% das intenções de voto no segundo turno

Votos brancos, nulos ou indecisos somam 6%. Já os eleitores que responderam que ainda não sabem em quem votar são 4%. Se considerados apenas os votos válidos, a disputa fica ainda mais apertada. Nesse caso, Aécio tem 51% das intenções de voto e Dilma, 49%.

O Ibope ouviu  3.010 pessoas entre os dias 7 e 8 de outubro para fazer a pesquisa, encomendada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-01071/014.

No primeiro turno, Dilma Rousseff obteve 41,59% dos votos válidos e Aécio Neves, 33,55%. Enquanto a candidata do PT ganhou em 15 estados, o candidato do PSDB foi vencedor em dez.

Da Ag. Brasil

Opinião: Na arena política 2014

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Além da Copa do Mundo, observar a política é decidir consciente

Enquanto se aproxima o grande circo, a realização da Copa do Mundo no Brasil, evento privado que suga bilhões de dinheiro público que faz muita falta para o nosso povo, os lances do jogo político começam a ser exibidos na grande mídia. A começar por superdimensionar a morte do cinegrafista da Band e criminalizar jovens manifestantes que cometeram o erro de soltar o rojão, passando pelos “graves” conflitos na Venezuela, que tentam nos vender como uma revolta gigantesca contra um governo de doidos. Isso tudo é fumaça para os olhos. A verdade é que está em jogo o poder.

Ministro sem independência?
Vamos aos fatos. Em nível federal, a arena política mostra o recrudescimento antecipado da luta eleitoral. Após o julgamento açodado, midiático e eivado de manobras sem provas, e a condenação de petistas, pepistas, petebistas e outros, e da prisão dos líderes petistas ao final de 2013, eis que ressurge o eminente ministro do STF, Gilmar Mendes, que deveria ser o mais silencioso dos julgadores por serem eles os últimos a julgar as demandas da sociedade, acusando os militantes do partido do governo, PT, de ao buscarem contribuições para pagar as multas dos apenados, ludibriar a Justiça. Como assim?

O que se quer mais?
Os julgados foram condenados. Estão presos. Deviam a multa. A multa foi e outras pelo que se vê, serão pagas. O que mais falta ser feito? Não queriam condenar, prender e fazer pagar? Isso não está ocorrendo? O que se quer mais? Torturar até a morte? Impedir qualquer ação destas pessoas, e de uma militância ativa de um partido? Gilmar Mendes, o homem que preside um Instituto que recebe dinheiro público de Tribunais para criar eventos jurídicos; homem que concede habeas corpus a Daniel Dantas como se dá bala para criança; um juiz da alta corte que acusa grampos sem provas, e fica impune? Não passa de jogo duro, e midiático, para criar um clima antigovernista.

Mensalão Tucano no tribunal
Agora veio a decisão do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, indiciando o tucano Eduardo Azeredo, deputado, aliás, ex-deputado federal pelo PSDB/MG já que renunciou na noite de ontem (quarta, 19), por desvios de dinheiro público, improbidade, no conhecido mensalão mineiro, a origem de todos os mensalões do Brasil recente. E agora? Na mesma panela mensaleira temos PT, PMDB, PTB, PP, PSDB, DEM, etc. Preparem-se amigos, porque esta eleição promete momentos fervilhantes! Teremos Dilma (PT) buscando a reeleição, Aécio Neves (PSDB) tentando ser o salvador do país, Eduardo Campos (PSB) que ainda não sabe bem em que barco por os pés, e outros menos cotados de partidos nanicos.

Observar é preciso
Na verdade, nesta arena federal, o que nos cabe como cidadãos, é observar sempre os movimentos reais, midiáticos, e conversar mais sobre o cenário. Diferente dos partidos que buscam o poder, nós cidadãos temos o dever de buscar a melhor decisão. A decisão do voto que faça a nossa vida ficar melhor, com mais oportunidades a nós e nossos filhos e netos. O voto que nos dará a estabilidade que precisamos para construir nossas vidas. Porque ao entrar na arena dos políticos, nosso erro pode ser fatal aos nossos desejos. Na eleição à Presidência do país, é fundamental um olhar muito apurado da realidade, do passado, e do cotidiano.

Em Santa Catarina
Já em Santa Catarina, nossa terra, encontramos a geléia geral iniciada por Luiz Henrique da Silveira, ex-governador e hoje senador, tentando se manter consistente rumo a mais quatro anos de comando do governo. De um lado, Raimundo Colombo circulando pelos municípios a distribuir verbas do Pacto por Santa Catarina, amarrando apoios de prefeitos e deputados que podem estar se bandeando para a candidatura própria do PMDB/SC, ainda o maior partido catarinense. Colombo faz um governo sofrível, lento, com quase nada de obras para a maior cidade que é Joinville.

No PMDB, Mauro Mariani, deputado federal mais votado em 2010, e Edson Piriquito, prefeito de Balneário Camboriú, colocam os pezinhos vermelhos de fora bradando pela candidatura própria do partido. As bases parecem querer, mas os comandantes… Via colunistas da grande mídia, o grupo de Eduardo Moreira, atual vice-governador, e de LHS, mandam recadinhos intimidadores. Os comandantes do Manda Brasa negociam nos bastidores para um lado, do PSD, e no discurso falam em unidade partidária, decisão dos companheiros, etc. Que coisa!

Se houver prévias, pode ate ser que o PMDB decida lançar candidatura própria. Mas para lançar terá que ter mais que a militância, terá que ter os recursos… Será que dará certo? Já o PT renovado no comando com o ex-deputado federal Claudio Vignatti, mobiliza seus militantes para ter o candidato próprio e nominata fechada para assembleia e câmara federal. Nunca antes o partido esteve tão fragilizado, com o mensalão a manchar a estrela, e com Dilma acenando mais a Colombo do que aos companheiros. Uma união PT/PMDB seria o desenho ideal para ambos, mas será que os poderosos querem isso? Hummmm….

Tucanos à vontade
No PSDB, Paulo Bauer ensaia o voo que embala sua recondução logo mais a frente ao mesmo Senado. Com nada a perder, pois tem mais quatro anos de mandato pela frente, Bauer vai moldando seu caminho no horizonte de ajudar Aécio Neves com palanque por aqui. Com apoio da cúpula nacional tucana, seguirá para a arena firme. Mas, dependendo das circunstancias, pode se aliar ao PSD e PP caso o PMDB siga sozinho ou com o PT. Portanto, até noiva cobiçada poderá ser. Dependerá das nuvens que virão até junho. Já o PP de Esperidião Amin e Ângela, João Pizzolatti e Joares Ponticelli, sonham em voltar ao governo. Ou com Colombo (PSD) e PMDB junto, o que seria o nascimento de uma nova alquimia catarinense jamais vista, ou com PSD e PP, voltando ao antigo Arenão da ditadura. Alguém duvida?

E nós? Bom, nós temos de observar de perto os interesses verdadeiros por trás dos discursos vagos e pela grandeza do Estado. Acompanhar de perto as formas antiéticas de negociar deixando companheiros de partido à margem em favor de projetos com outro partido, e que escondem os interesses pessoais guardados a muitas chaves. A observar, para não errar o voto, a coerência, retidão, defesa partidária, projetos claros de poder e governo, e o histórico dos candidatos. E isso vale também para a escolha de deputados estaduais, federais, senador. Vamos tentar acertar?

Por Salvador Neto