“Leonor e Benjamim” é um projeto de longa-metragem de animação de Humberto Santana e Pedro Brito que se passa em 1506.
A história de dois adolescentes apaixonados em 1506, ano em que morreram milhares de judeus em Lisboa, vai ser contada numa longa-metragem de animação por Humberto Santana e Pedro Brito, revelou à Lusa o produtor Nuno Beato.
“Leonor e Benjamim” é um projeto de longa-metragem de animação das produtoras Sardinha em Lata e Animanostra e conta com um milhão de euros de apoio financeiro pelo Instituto do Cinema e Audiovisual.
Segundo o produtor de A Sardinha em Lata, a ação de “Leonor e Benjamim” desenrola-se “nos trágicos acontecimentos ocorridos em Lisboa, em abril de 1506, quando, durante três dias, foram barbaramente massacrados mais de três mil homens, mulheres e crianças de origem judaica”.
Na história de Humberto Santana e Pedro Brito, os protagonistas são dois adolescentes apaixonados: “Ela, de uma família tradicional, ele, de uma família de cristãos-novos, de origem judaica”, mas cujo romance vai ser “ceifado na devastação”.
O filme remete para o episódio trágico ocorrido em abril de 1506, em Lisboa, no qual milhares de cristão-novos (judeus forçados a converter-se ao Cristianismo) foram mortos de forma indiscriminada por multidões descontroladas.
Nuno Beato explicou que o projeto da longa-metragem de animação está ainda em desenvolvimento e que está a ser preparada uma apresentação em mercados internacionais, “numa tentativa na pesquisa de outros financiamentos e coprodutores”.
Em paralelo ao trabalho de financiamento, as duas produtoras vão iniciar em 2024 o trabalho de pré-produção, nomeadamente nas vertentes de investigação e sobre o grafismo.
“Leonor e Benjamim” será a primeira longa-metragem de animação tanto para Humberto Santana como para Pedro Brito, dois nomes com larga experiência no cinema de animação em Portugal.
Ao abrigo do programa bienal do Instituto do Cinema e Audiovisual, de um milhão de euros para a produção de uma longa-metragem de animação, foi já atribuído apoio financeiro aos projetos “Nayola”, de José Miguel Ribeiro, “Os demónios do meu avô”, de Nuno Beato – ambos já estreados em sala -, “Dom Fradique”, de Zepe, e “Una”, de Vasco Sá e David Doutel.
- com apoio de Sapo.pt