Vice-Presidente da BMW abre a Semana das Engenharias na Udesc Joinville (SC)

Começa na próxima segunda-feira, 19, a 13ª Semana das Engenharias da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em Joinville. A abertura do evento conta com a palestra do vice-presidente da BMW, Gerald Degen. O palestrante vai trazer detalhes da vinda da fábrica da montadora alemã para o Estado de Santa Catarina, as metas da empresa para a região e as medidas que serão adotadas com relação aos impactos ambientais.

O início das obras está previsto para novembro e da produção da fábrica para setembro de 2014. A unidade será construída na cidade de Araquari, mas um centro de treinamento ficará em Joinville, no Perini Business Park. A palestra de Degen está marcada para 10h, no Joinville Square Garten.

Programação

Até 24 de agosto, a Semana das Engenharias reunirá mais de 60 palestras e minicursos gratuitos voltados às áreas de Elétrica, Civil, Mecânica e Produção e Sistemas. Todas as atividades são abertas à comunidade em geral e ocorrem no campus da universidade, localizado na rua Paulo Malschitzki, s/n, na Zona Industrial Norte.

Um dos destaques do evento é a palestra com os engenheiros Sérgio Doniak e Jeferson Luiz Andrade, que projetaram alguns dos estádios que irão sediar a Copa do Mundo 2014. Os profissionais falarão ao público na sexta-feira (23), às 15h, na sala H05.

A semana contará ainda com palestras do Sebrae e de empresas como Embraco, Romaço, General Motors, Embraer, Eletrosul, WEG, Whirlpool, entre outras. A programação completa (por engenharia) pode ser conferida no endereço: http://semanadasengenharias.joinville.udesc.br.

Eventos paralelos

Paralelamente a 13ª Semana das Engenharias, ocorre também o evento “O Desafio”, promovido pelo Centro Acadêmico Livre da Civil (Calc). A competição consiste na construção e teste de carga de uma ponte treliçada, utilizando palitos de picolé e cola. O objetivo é fazer com que os estudantes apliquem conhecimentos básicos de Mecânica, Análise Estrutural e Resistência dos Materiais, para resolver problemas de Engenharia e projetar sistemas estruturais simples. O Desafio ocorrerá no sábado (24) às 8h30, no ginásio de esportes do campus.

Outro evento que deve movimentar a universidade é o 4º Campeonato de Robótica Móvel, que ocorrerá na quinta-feira, 22, às 14h, também no ginásio de esportes. O campeonato consiste em uma corrida de carros autônomos, desenvolvidos pelos próprios competidores, que devem utilizar a linha-piloto da pista como guia do percurso. O carro deverá ter sensores para identificar a linha, e microcontrolador. Ganha o campeonato, o robô que completar o percurso em menor tempo.

Da Ass. Impr. da Udesc Jlle

Artigo: BMW, Busscar – noticiosas especulações da produção automobilística em SC, por Eduardo Guerini

gueriniO mestre em sociologia política, professor Eduardo Guerini, volta a oferecer aos leitores do Blog Palavra Livre o seu olhar atento ao cotidiano, aos fatos que saltam aos olhos de quem verdadeiramente vê. Confira mais esse artigo que faz pensar sobre essas vindas de multinacionais… Confira:

Em seu retiro límbico, criando os pangarés para os barnabés provincianos que se vangloriam de  trocar 5.000 postos de trabalho de empresa nacional contra  1.500 empregos de corporação  transnacional…

Na comemoração do auspicioso mês de abril de 2013 na província catarinense,com a presença de inúmeras personalidades governamentais de todas as esferas, marcaram presença   todos os envolvidos em nova especulação para o lançamento da “pedra fundamental” de nova planta  automobilística na cidade de Araquari (SC),  na região metropolitana de Joinville , nordeste catarinense.

A terra do trabalho, sede de empreendedores criativos e dinâmicos,inserida no padrão automotivo implementado pelo governo lulo-petista como salvação de um plano de desenvolvimento vinculado ao incentivado consumo interno via concessão de crédito para indivíduos, famílias e empresas (estrangeiras como prioridade nacional), sem dinamização das bases produtivas articuladas à  dinâmica da economia nacional foram efusivamente saudados na cerimônia de assinatura do contrato de instalação da fábrica da empresa estrangeira.

Com enfoque mais apurado, a adesão da BMW, tem um conteúdo simbólico importante para a Manchester  catarinense,  encontrar um novo modelo de desenvolvimento para a combalida  indústria metal-mecânica local.  Com toda a sorte de incentivos , doação de terrenos,  acrescidos de  um benefício de reversão de impostos  transformados em crédito em favor da montadora,  qualquer alma benevolente  estaria satisfeita com o  pacote distributivo em favor da empresa alemã. Os benefícios gerados segundo especulações é da ordem de 1.400 diretos, mais alguns empregos indiretos – em torno de 6.000 , sendo  bastante otimista.

Contudo,a história se encarrega de dar força para os vitoriosos, relegando aos derrotados , um olímpico esquecimento diante de  toda  a mobilização de trabalhadores  e classe empresarial para manter  uma empresa nascida em  terras catarinas – a BUSSCAR Ônibus S.A.

Uma empresa tipicamente catarinense, originária de descendentes suecos, iniciando suas operações como simples marcenaria, fábrica de aberturas,posteriormente, carrocerias de caminhões. A ascendente situação iniciada em 1946 progrediu para montagem de uma jardineira (em chassi Chevrolet), transformando-a posteriormente, na importante empresa de produção e montagem de ônibus: meio de transporte para maioria da população brasileira.

Em 1990, a Busscar ganhou reconhecimento no mercado brasileiro e internacional, desenvolvendo tecnologia própria na concepção e fabricação de soluções para este “meio de transporte coletivo” elemento importante paraa crise da mobilidade urbana nas engarrafadas cidades brasileiras e catarinenses. 

Um dado importante, a BUSSCAR empregou em sua época dourada – 5.000 trabalhadores diretos, que produziam  tecnologia própria , um escândalo para nossos governantes domesticados pela lógica  globalizada. As sucessivas tentativas de recuperação judicial, para reescalonamento de uma dívida de R$ 870 milhões, foram  rejeitadas pelos bancos credores (privados e oficiais), resultando  no fechamento daquele símbolo da pujança empreendedora catarinense.

A cerimoniosa ostentação de nosso espetacular cinismo governamental uniu governistas de todas as plumagens para  a foto póstera , demonstrando novamente que  diante da vontade política, toda a máquina estatal dá fluidez aos desejosos interesses privados, para  construir e destruir empreendimentos. A opção para produção automobilística do carro dos sonhos de nossa elite provinciana e colonizada  traduz de forma cabal  qual a opção preferencial  dos gestores em torno da solução dos problemas do transporte nas cidades: ao invés da necessidade coletiva , o privilégio para a mobilidade individual e de luxo.

Em síntese , melhor sofrer no engarrafamento dentro de uma BMW , gerando parcos empregos para os catarinas eufóricos da elite funcional do sistema , do que produzir ônibus  com tecnologia nacional de uma empresa local para massa de trabalhadores espremidos na marca  rejeitada pelo sonho inadiável de nosso operosos governantes.

No ímpeto de pegar atalhos nas cidades engarrafadas, com veículos de marcas globais, tomei uma decisão minimalista inadiável, providenciei o aluguel de  um terreno para criar pangarés crioulos  que poderão ser usados com maestria na próxima eleição. Em breve mandareium plano de investimentos  para os bancos públicos  com intuito de angariar alguns níqueis para montar pastagens na linha de produção de pangarés que serão utilizados pelos barnabés cosmopolitas”.

* Eduardo Guerini é  professor de ciência política da Univali desde 2000. Cursou mestrado em gestão de políticas públicas e sociologia política. Atualmente orienta pesquisas nas áreas da Dinâmica Institucional de Políticas Públicas, Criptoeconomia, Sociologia do Crime, Economia Política da Corrupção e Corrupção Institucional. Atento observador da cena política.

BMW e Caoa são habilitadas ao novo regime automotivo – Agora falta vir a SC assinar compromisso

BMW e Caoa foram habilitadas no Inovar-Auto como investidoras. O novo regime automotivo entrou em vigor em 1º de janeiro deste ano e tem validade até 2017. As habilitações concedidas até agora valem até 31 de março próximo, quando poderão ser prorrogadas automaticamente se a empresa comprovar ter cumprido o cronograma e apresentar os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, inovação e engenharia.

A BMW entrou no programa com o projeto de sua fábrica nacional em Araquari (SC), que receberá investimento de € 200 milhões e deve começar a produzir em 2014. Habilitada ao novo regime automotivo, a empresa usufruirá da cota de importação mensal de 1,2 mil unidades de modelos similares aos que serão feitos na planta catarinense, sem incidência de 30 pontos porcentuais extras de IPI. “Com a habilitação provisória no Inovar-Auto e a construção da fábrica em Santa Catarina daremos sequência à nossa estratégia de liderança no mercado premium nacional”, afirma Torben Karasek, diretor financeiro e atual presidente interino do BMW Group Brasil.

A companhia ficará isenta de pagar o adicional de 30 pontos no IPI de 600 veículos. A empresa, no entanto, terá de pagar a alíquota majorada sobre os outros 600 carros da cota, mas esse valor será devolvido quando a planta nacional começar a operar. O volume é suficiente para sustentar o avanço da marca no mercado nacional importando modelos que provavelmente serão fabricados no Brasil, como o Série 1, X1 e Série 3. Em 2012, a BMW vendeu 8,8 mil unidades no País.

Já a Caoa foi habilitada pelo investimento de R$ 300 milhões que fará em Anápolis (GO) para produzir o ix35. A empresa recebeu cota mensal de 500 veículos que podem ser trazidos do exterior com benefício fiscal até que a fábrica entre em operação. O volume, no entanto, não deve dar conta das vendas totais do utilitário, que no ano passado teve mais de 11 mil unidades emplacadas no País.

Com a BMW e a Caoa, o Inovar-Auto já tem 35 empresas habilitadas. O governo projeta que o novo regime automotivo estimule investimentos da ordem de R$ 5,5 bilhões no País e aumento da produção para mais de 4 milhões de carros por ano.

Do Automotive Business

BMW em SC será financiada pelo BRDE, ou seja, dinheiro público

Posto aqui matéria que foi publicada no Notícias do Dia da capital Florianópolis, e postada no site do economista e supervisor técnico do Dieese/SC, José Alvaro Cardoso, o Sensor Econômico – sensoreconomicobrasil.blogspot.com.br – onde ele afirma ser um absurdo, o que também acredito, afinal, uma empresa deste porte precisa mesmo do nosso dinheiro e mais tantos incentivos para implantar fábrica aqui? Confiram a matéria:

Deputados aprovaram, na quarta-feira, um aumento de capital para o BRDE (Banco Regional de Desenvolvi­mento do Extremo-sul) em R$ 200 milhões. O banco dos três estados do Sul vai abrir linha de financia­mento de até R$ 1 bilhão para fe­char empréstimos a municípios e projetos de interesse do governo do Estado tocados pela iniciativa privada. A capitalização abre os cofres do banco para a montadora alemã BMW adquirir um imóvel para instalar sua fábrica em Ara­quari, no Norte do Estado. A BMW poderá contrair empréstimos de até R$ 240 milhões.

Segundo Murilo Flo­res, coordenador do Pac­to por Santa Catarina, os três estados do Sul estão integralizando capital no banco. O Paraná, por exemplo, vai fazer apor­te de R$ 600 milhões. Tanto os R$ 200 milhões de Santa Catarina como os R$ 600 milhões do Paraná são recursos de financia­mento do BNDES. E a finalidade é a mesa: atender programas de interesse dos governos municipais.

Santa Catarina obteve empréstimo de R$ 5 bilhões do BN­DES. O financiamento foi uma forma de o governo federal compensar as perdas de receita pro­vocadas pela unificação da alíquota do ICMS. A operação de crédito é ex­clusivamente para aten­der ao Programa Celera Santa Catarina, que tem projetos nas áreas de infraestrutu­ra logística, habitaçã ;o, assistência social e saneamento básico.

Murilo Flores disse que a trans­ferência de R$ 200 milhões não re­tira recursos dos projetos contidos na lei 15.855, que criou o programa Acelera Santa Catarina, e ainda abre outro flanco de financiamen­tos. “É uma jogada que resolve muitos problemas. O governo do Estado carece de recursos para convênios. Capitalizando o BRDE, a instituição poderá financiar essas prefeituras em muitos programas de interesse social”, comentou.

Apenas um voto contrário
O projeto de lei complementar 334 teve voto contrário do deputado Sargento Soares (PDT). O parlamentar disse que não tem nada contra a capitalização do BRDE, mas tem ressalvas ao Estado assumir empréstimos e passar à indústria automobilística. “A indústria alemã só vai entrar com sua logomarca. E o Estado entra com o dinheiro”, protestou o único deputado a votar contrário a transferência de dinheiro do Estado para a BMW”.

Fonte: Notícias do Dia

BMW preparava projeto no Brasil há dois anos

“Agora seremos a BMW que produz aos brasileiros”, disse Henning Dornbusch, presidente da montadora no país logo na abertura da apresentação da marca no Salão do Automóvel de São Paulo, no fim desta tarde. A declaração foi dada logo depois que a empresa explicou quais são os planos da companhia com a construção de sua primeira fábrica no país.

Segundo o executivo, o projeto da fábrica já estava em análise na montadora há dois anos. Com as regras do Inovar Auto, anunciadas pelo governo em outubro, a BMW teve de fazer alguns ajustes no plano para levar para aprovação do governo. “Não podemos dar detalhes sobre a fábrica, mas estamos desde já otimistas com a oportunidade de aumentar nossa participação de mercado no Brasil”, afirmou Dornbusch.

A BMW irá desembolsar 200 milhões de euros na unidade que irá produzir inicialmente 30.000 carros da marca por ano. Serão três modelos, Sedan Série 3, Hatch Série 1 e X1 Crossover, que deverão serproduzidos a partir do final de 2014. A unidade fabril será construída em Araquari, nas proximidades de Joinville, Santa Catarina, e deve gerar 1.000 empregos diretos e outros 2.500 indiretos.

De acordo com o presidente da empresa, a aposta no mercado brasileiro se dá por conta do potencial de vendas dos carros de luxo, hoje estimados em apenas 1%. “Na Alemanha esse percentual é de 25%. Ainda temos muito espaço para conquistar por aqui”, disse.

Da Revista Exame On Line