Busscar: Sindicato convoca trabalhadores para reunião no sábado (17/3)

Presidente Evangelista dos Santos pede presença maciça na reunião e já convoca para a assembleia geral de trabalhadores dia 15 de abril

O Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região está convocando todos os trabalhadores da Busscar Ônibus, vinculados ou não, para participar da última grande reunião sobre a crise da empresa e da posição a ser tomada na futura assembleia geral de credores da recuperação judicial. Nas duas primeiras reuniões, nos dias 5 e 7 de março passado, cerca de 500 pessoas compareceram e ajudaram a discutir e decidir novas posições. Uma delas, a proposta de pagamento de 50% do que a empresa deve à vista, e o restante em até 12 parcelas, como manda a lei da recuperação judicial. E que seja criado um conselho de administração com a presença de trabalhadores e do Sindicato, com assento e com poderes para fiscalizar, e participar ativamente de uma nova gestão.

A reunião está marcada para sábado, dia 17 de março, as 9 horas na sede central do Sindicato dos Mecânicos – rua Luiz Niemeyer, 184 – com a presença da diretoria sindical, departamento jurídico, advogados de processos externos aos do Sindicato. Após essa grande reunião, haverá a grande assembleia geral dos trabalhadores para decidir na totalidade os temas da crise da Busscar. Ou seja, como votará o Sindicato na questão, se os trabalhadores irão delegar poderes ao Sindicato para que votem em seu nome na assembleia dos credores, e todas as possíveis posições a ser tomadas no dia fatídico para os direitos dos trabalhadores que não recebem há 23 meses.

Nova lista de credores – Divida de gerentes não aumenta! Estarão recebendo?
Uma nova lista de credores da Busscar foi divulgada hoje (14/3) em apenas um jornal da cidade, o Notícias do Dia, e também no Diário Oficial, colocando a dívida daquela que já foi a segunda maior encarroçadora de ônibus do país no valor de quase R$ 870 milhões, sem contar a dívida fiscal – com impostos, governo, etc . Portanto, a Busscar tem hoje uma dívida total aproximada de R$ 1,6 bilhão! Isso mesmo, uma dívida impagável para quem estivesse na ativa, forte, com dinheiro em caixa, quem dirá para uma empresa que apresenta um Plano de Recuperação Judicial fajuto, fraco, sem qualquer embasamento técnico responsável.

Analisando a nova lista, o Sindicato encontrou mais um dos motivos que colocam a Busscar sempre em suspeição, e sem qualquer credibilidade. Comparando as listas, nota-se que os cargos gerenciais não tiveram qualquer alteração nos valores que tem a receber da empresa. Nem para baixo, nem para cima esses valores alteraram. O que se presume é que portanto estão recebendo normalmente seus salários, bons salários, enquanto milhares estão sem receber há 23 meses, e outros ainda se entregam para a prática ilegal e imoral das diárias.

Para o presidente Evangelista dos Santos, é fundamental que os trabalhadores participem da reunião do próximo sábado, e que mobilizem seus amigos e colegas ligados ou não à empresa para participar também da grande assembleia geral dos trabalhadores no dia 15 de abril, domingo, 9 horas no Centro Esportivo do Sindicato na rua Rui Barbosa, 495 no Costa e Silva.

“Esse plano de recuperação que apresentaram nasceu morto, não existe mais para nós e para vários credores. Os trabalhadores que vieram as duas primeira reuniões ficaram bem informados, e se prontificaram a repassar aos outros colegas a importância de participar. Já impugnamos esse plano, vamos agora ver essa nova lista para verificar novos erros, se existem, e mais, apresentaremos uma nova proposta para que eles não possam dizer que não tentamos, mais uma vez. Esperamos a todos na grande reunião de sábado”, afirma Evangelista.

Do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região

Presidente João Bruggmann encerra mandato: “Saio da presidência, mas continuo na luta”

“Quero deixar registrado o meu agradecimento especial a todos os funcionários, prestadores de serviços, colegas de direção, pelo carinho e a atenção que sempre me dispensaram. Não tenho reclamações, não tenho nada que reparar, apenas agradecer de coração todo o apoio e dedicação. Por isso o Sindicato está sempre forte, atendendo a todos e todas com cordialidade, sem distinção, sempre com bons serviços. Agradeço também a toda a categoria mecânica que participou comigo e a direção de tantas lutas, tantas batalhas, de tantas vitórias e derrotas, mas sempre pelo bem de todos os trabalhadores, sempre lutando por seus direitos. Obrigado por acreditar e me conceder, por três vezes seguidas, a honra de ser seu Presidente. Tudo isso ficará marcado em minha memória para sempre. Entrei com toda humildade do mundo, aprendi muito, e saio com a mesma humildade, de cabeça erguida com o dever cumprido. Obrigado gente”.

Essa é a mensagem que o presidente João Bruggmann, que deixa o cargo nesta terça-feira (6/3/2012), oferece aos inúmeros amigos, admiradores, funcionários, prestadores de serviços, fornecedores, dirigentes sindicais, e toda a categoria mecânica após 13 anos de dedicação integral à luta pelos direitos dos trabalhadores, na manutenção do seu patrimônio em bom estado, com avanços invejáveis e intocáveis que a história já registrou. Enfrentou todas as campanhas salariais de forma firme, direta e dura, e em todas conquistou ganhos reais que valem muito em tempos de inflação baixa. “Fico feliz em ter contribuído com alguma coisa para a construção e fortalecimento do nosso Sindicato”, revela Bruggmann.

Nascido na localidade de Vidal Ramos, hoje município, que à época fazia parte do município de Brusque (SC), há 57 anos, Bruggmann tem orgulho de suas raízes. Filho de pais analfabetos, “mas trabalhadores e honestos, que nos ensinaram a ser gente de bem”, João veio para Joinville em 18 de novembro de 1968 quando tinha 13 anos. “Para viver, manter a família grande da gente, trabalhei de tudo: carpinei quintais, vendi laranjas em frente as empresas, enfim, buscávamos um jeito de ganhar a vida”, conta ele. Seu primeiro emprego com carteira assinada foi na Indústrias Colin em 1970. “Ainda era ali onde hoje é a avenida JK. Meu salário inicial foi de R$ 0,36 a hora. Fiquei cinco anos lá”, registra.

Teve de servir o Exército em 1973, “ano em que mudou o nome de Batalhão de Caçadores para 62 BI” – anota o líder sindical. Com o pouco que ganhava conseguiu pagar terreno no Bom Retiro, na rua Piratuba. Trabalhou ainda na Tupy por cinco anos, Carrocerias Nielson (atual Busscar) por seis anos, pequenas passagens pela Suin Industria Agrícola, Consul e Ciser. Mais dois anos na Kawo, e depois a Cid Produtos Metalúrgicos, onde já está há 18 anos. “Fui muito perseguido por discordar do tratamento dos patrões com a gente. Acho que aí viram que tinha um ladinho para o movimento sindical e me convidaram”, confessa Bruggmann.

Conquistou a presidência do Sindicato em 1999, enfrentando uma chapa de oposição, sem ter experiência em comandar uma entidade tão representativa quanto a dos mecânicos. Eu era diretor suplente, atuava no chão de fábrica, na verdade era o último suplente da nossa diretoria. Saí do torno direto para comandar o Sindicato. Foi duro, mas valeu a pena”, destaca o líder sindical reconhecido por suas lutas, as mais recentes diante das crises da Busscar (2003/2004 e 2008 até agora). Agora que deixa a presidência para assumir a diretoria financeira da entidade – “não vou sair do movimento sindical, continuo na luta” – João Bruggmann revela que vai continuar apoiando forte o novo presidente, Evangelista dos Santos.

“Acredito que ele vai fazer um bom mandato, vai cuidar com carinho da situação atual dos trabalhadores da Busscar, sem deixar que toda a categoria fique desprotegida. Companheiro na secretaria geral desde 2000, Evangelista tem raízes fortes no chão de fábrica, vem de uma das maiores empresas da categoria, a Duque, e saberá conduzir nosso Sindicato”, afirma Bruggmann. Sem pompa, sem solenidades, o líder sindical finaliza hoje o seu mandato, e deixa um recado aos que pensam que vai ficar parado e sumido. “Saio feliz com os resultados que conseguimos, mas já aviso: continuo presente, atuando em favor da nossa categoria mecânica”, finaliza.

Do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região

Crise Busscar: Sindicato dos Mecânicos convoca trabalhadores para reuniões

A partir da próxima segunda-feira, dia 5 de março às 9 horas, o Sindicato dos Mecânicos vai realizar reuniões preparatórias para informar, esclarecer e debater propostas com os trabalhadores da Busscar envolvidos nesse processo doloroso e injusto causado pela empresa, que já vai para 22 meses sem pagar salários, usando todos os artifícios possíveis para adiar o pagamento de suas dívidas, e insistindo com um plano de recuperação judicial que não tem nenhuma viabilidade e já foi denunciado pelo Sindicato.

O Sindicato está convocando a todos para comparecerem nos dias 5, 7 e 17 de março, visando definir uma postura diante da futura votação do Plano apresentado pela empresa. A entidade avisa ainda para que todos levem documentos pessoais para o caso de ser preciso elaborar algum documento especial. Segundo o presidente João Bruggmann, o Sindicato já pediu a impugnação do plano apresentado pela Busscar, mostrando todos os furos e falhas no que se chama de uma bela obra literária, mas fraquíssima em termos financeiros, econômicos e de mercado.

“Nós estamos defendendo de todas as formas os direitos dos trabalhadores desde o início dessa crise. Agora após a impugnação, esperamos que eles modifiquem tudo, já apontamos todos os erros e saídas, caso contrário o final será mesmo a desaprovação do plano que eles criaram sem qualquer base real. Enquanto isso vamos orientar a todos os trabalhadores que tem algo no processo da Busscar, informando o passo a passo, e ao mesmo tempo, debatendo as novas medidas que tomaremos até a assembleia de credores que deve acontecer em abril ou maio”, explica Bruggmann, que já avisa que o local da Assembleia Geral dos Credores que está prevista para acontecer na própria empresa será contestada pelo Sindicato. “Não poderá ser no local onde a opressão manda há anos”, avisa.

Todas essas reuniões estão sendo preparadas pelo departamento jurídico do Sindicato, e serão realizadas antes da Assembleia Geral dos Credores que vai decidir o futuro da empresa, e dos seus salários. As reuniões acontecem na sede central do Sindicato, localizada na rua Luiz Niemeyer, 184 – centro de Joinville (SC).

Anotem as datas e participem ativamente: dia 5 de março (segunda-feira) às 9 horas; dia 7 de março (quarta-feira) às 15 horas e dia 17 de março (sábado) às 9 horas
. Acompanhe tudo no site aqui em nosso site – www.sindmecanicos.org.br, a fonte das notícias verdadeiras aos trabalhadores. A hora de decidir está chegando! Fique ligado com a gente, porque ainda será realizada a grande Assembleia Geral dos Trabalhadores convocada pelo Sindicato, para a tomada de decisão final sobre essas questões. “O trabalhador da Busscar tem um grande compromisso, lutar por seus direitos até o fim”, destaca Bruggmann.

Do site do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região

Busscar dá “aumento”, mas é de jornada de trabalho

O título da matéria é esse mesmo que você leu, mas infelizmente o verbo “aumentar” não está, mais uma vez no caso Busscar, ao lado dos trabalhadores. Essa semana os “chefes” dos poucos seguidores que ainda trabalham em pouquíssimos ônibus na empresa deram um recado direto do aumento, mas não foi salarial, foi de jornada! Sim, isso mesmo. Até agora os seguidores estavam recebendo a diária de R$ 80,00 por oito horas trabalhadas. Mas a novidade do aumento foi de quase uma hora a mais diária no trabalho! Que presente de grego!

O Sindicato dos Mecânicos já denunciou a todos os órgãos federais de fiscalização dessa aberração que são as diárias para esses poucos seguidores, alertando que não estão sendo depositados o FGTS, INSS, e mais, que a empresa está computando isso como adiantamento salarial. Ou seja, quando os seguidores descobrirem, pode ser tarde. Se muitos podem até estar recebendo a mais no momento do que seria o seu salário real mensal, podem depois descobrir que estão devendo para a empresa! Isso mesmo minha gente. Como o Sindicato já se movimentar para fazer valer esse novo salário pago em diárias, e não o que está na folha, ação legítima diante da permanente atividade de pagar diárias, a Busscar resolveu agora dar um ar de “legalidade”, para não ficar devendo ou ter de equiparar salários, isso no caso de realmente conseguir sair desse lodaçal da pré-falência em que se encaminha.

Para o presidente do Sindicato, João Bruggmann, essa atitude mostra a verdade real, ou seja, nada mudou na Busscar. “Infelizmente ainda tem trabalhadores que não enxergam as fraudas cometidas contra eles mesmos. Além das mentiras de retomada forte, que ninguém vê – dos números anunciados, nem oito ônibus saíram das linhas desde novembro – e da sempre “quase” negociação do projeto Guatemala, sempre a espera que o BNDES cubra o furo do dinheiro, agora vieram com essa de “aumento”, mas só na jornada. Outra enganação aos trabalhadores que ainda apóiam essa gestão que quebrou a Busscar”, explica Bruggmann.

A direção sindical, junto com o departamento jurídico e demais advogados de milhares de trabalhadores lesados pela empresa há 23 meses, estão acompanhando todos os movimentos de bastidores que antecedem a realização da Assembleia Geral dos Credores, para evitar jogadas que visem aprovar tudo que negue os direitos dos trabalhadores. A nova lista apresentada será também impugnada pelo Sindicato diante de vários erros contidos, além de algumas mudanças “estranhas” de classe de credores realizada pelo administrador judicial.

“Estamos atentos, preparados e com apoio da grande maioria dos trabalhadores que foram lesados pela Busscar. Esse plano que apresentaram já nasceu morto, e se não mudar radicalmente será negado por todas as classes de credores. E com essa postura de “aumentar” a jornada pagando diárias ilegais, mostra ainda mais a forma de gestão que aí está e que colocou a empresa quase no fundo do poço, e junto, milhares de famílias e trabalhadores”, dispara o Presidente.

Do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região

Crise Busscar: Sindicato rebate matéria e desafia empresa a votar plano já

“É bonito de se ver”. É assim que começa a matéria publicada no jornal Notícias do Dia  na página 16 do dia 21 de fevereiro. O Sindicato dos Mecânicos sugere que a matéria deveria começar assim: “É bonito de se ver. A Busscar começa a pagar os salários atrasados de todos os seus trabalhadores, muitos sem receber um tostão há dois anos. Mudou a sua diretoria, e também a gestão, e tem novos investidores com potencial para dar suporte a retomada da produção. A gestão passou a ser transparente, as contas a  serem pagas em dia, com fornecedores entregando a matéria prima com felicidade por receber os atrasados, e as entregas atuais em dia. Recuperada e saneada desde o seu comando, a Busscar agora sim vive uma nova fase porque passou a trabalhar de acordo com as leis trabalhistas, dando dignidade aos seus trabalhadores, e a se utilizar as mais modernas regras de gestão, tecnologia e planejamento”.

Mas, segundo o presidente João Bruggmann, infelizmente não é assim que a matéria foi escrita, até porque esse quadro de otimismo não existe. “A matéria não condiz com a realidade da empresa. É apenas um artifício para tentar sensibilizar trabalhadores e alguns dos credores que ainda podem ser levados a votar a seu favor na futura Assembleia de Credores que está sendo preparada pela Justiça com o administrador judicial. Como é que pode uma empresa que está com a faca no peito, com um plano de recuperação que não recebeu apoio de ninguém até o momento, dizer que está em franca recuperação?”, contesta Bruggmann.

Mais 80 trabalhadores enganados
Enquanto tenta vender a ideia que está a mil por hora, e que vai contratar pessoas, milhares estão esperando receber seus salários, e até cerca de 80 trabalhadores que tinham sido “emprestados” para a Tecnofibras (TSA), foram mandados para casa porque logo seriam chamados a trabalhar novamente na Busscar. “São oitenta trabalhadores que foram enganados também, estão sem receber nada, nem as diárias, porque acreditaram que voltariam. Estão com dificuldades em pagar aluguéis, comprar alimentos. Talvez não foram chamados porque iriam tirar lugar dos poucos “seguidores” dessa gestão falimentar que afunda a empresa. Mas merecem dignidade, tem direitos garantidos por lei. E eles divulgam que estão contratando? Quem querem enganar com tantas bravatas?”, afirma o presidente João Bruggmann.

Desafio para votar o Plano enrolão já!
O presidente do Sindicato dos Mecânicos vai mais além. Desafia a empresa a votar já o Plano de Recuperação Judicial apresentado, já que a situação econômico-financeira já está a mil por hora. “Desafiamos a Busscar a por em votação já o plano. Afinal, está tudo certo! Os trabalhadores aceitariam receber já seus créditos, conforme a lei da Recuperação, sem problema nenhum. Os mais de mil trabalhadores estariam voltando todos para receber seus salários em dia, e mais, já no valor que é pago hoje como diárias porque isso já e direito adquirido. Enfim, se está tudo perfeito, vamos à votação, e não ficar tentando adiar a data de realização da assembleia de credores por não ter apoio”, dispara Bruggmann.

O Sindicato dos Mecânicos já impugnou o Plano de Recuperação apresentado – uma farsa sem qualquer base econômico-financeira, apenas um monte de intenções frágeis – e prepara as grandes reuniões com os trabalhadores da Busscar, onde serão discutidas as atuais condições, o plano, e a posição que será tomada na assembleia geral de credores. Antes disso, após essas grandes reuniões convocadas pelo Sindicato, a entidade vai realizar uma assembleia geral dos trabalhadores para a tomada de decisão.

“O Sindicato não será conivente com essa farsa em andamento. Queremos a recuperação da Busscar, mas com novos investidores e dinheiro novo, novos gestores e acionistas, que resgatem a credibilidade na empresa. Com um plano factível, verdadeiro, e que contemple os direitos dos trabalhadores. Somos contra a venda dos ativos que estão bloqueados para garantia dos direitos dos trabalhadores. Denunciamos a venda indevida de um dos bens, por ser completamente fora da lei da recuperação judicial. E vamos contestar tudo até o fim porque para nós os direitos dos trabalhadores estão em primeiro lugar”, destaca o presidente Bruggmann.

Reuniões com trabalhadores em março
As reuniões com os trabalhadores da Busscar estão marcadas para a sede central do Sindicato para os seguintes dias e horários: dia 5 de março (segunda-feira) às 9 horas; dia 7 de março (quarta-feira) às 15 horas e dia 17 de março (sábado) às 9 horas. “Após essas grandes reuniões vamos marcar a assembleia geral, por isso é importante que todos compareçam para ter pé da real situação. Nossa orientação é para que continuem a se manter informados pelo Sindicato, e em nosso site ( www.sindmecanicos.org.br)  que está divulgando direto sobre a situação e novos passos a serem tomados.

O Sindicato está atento às manobras da Busscar para, inclusive, tentar adiar a votação do Plano que ela mesmo apresentou. “Acompanhamos todos os movimentos deles, porque falta credibilidade lá dentro, e com todos os envolvidos, e também com a sociedade joinvilense. Eles querem se manter debaixo deste guarda-chuva da Recuperação Judicial o maior tempo possível”, finaliza Bruggmann.

Do Sindicato dos Mecânicos

Busscar: 22 meses sem pagar salários e com a corda no pescoço

Pois é. Agora já são 22 meses que a Busscar deixa de pagar salários aos seus trabalhadores, mais dois décimos terceiros e meio (2011/2010 e parte de 2009), sem contar férias, INSS, FGTS, rescisões contratuais, acordos na Justiça do Trabalho, e tampouco os impostos federais, estaduais e municipais. E é assim que aquela que já foi uma das maiores encarroçadoras de ônibus pensa em sair da crise com um Plano de Recuperação Judicial mirabolante, sem qualquer critério econômico e financeiro que se sustente.

Enquanto isso os diretores ainda tentam confundir os trabalhadores que tem, ou já tiveram algum vínculo com a Busscar, de que é possível sair do lodaçal em que se meteram. Mostram números que jamais existirão, por pura falta de espaço, e falta de dinheiro novo, investidores e administração nova, comprometida com o sucesso. Agora chega a notícia da possível vinda da Marcopolo e Caio Induscar, em uma união estratégica de negócios, para produzir em Joinville (SC). Se vier a acontecer, é a pá de cal no orgulho e empáfia que levaram a Busscar à bancarrota.

Para o presidente João Bruggmann, os trabalhadores devem olhar para a frente, acreditar no Sindicato e se preparar para as reuniões que a entidade está organizando, e votar firmemente pelo não diante desse plano sem pé nem cabeça que só vem adiar o fim de uma bela história que foi construída com o suor dos trabalhadores.

“Se se confirmar a vinda dessas duas grandes encarroçadoras, penso que é o fim. Quem sabe uma fusão das duas com a Busscar poderia ser uma solução. Mas diante de tanta teimosia e orgulho, acredito que não há interesse nem de um lado nem de outro. Entendemos que a vinda das duas encarroçadoras vai ser positivo para a cidade, e para os trabalhadores, caso aconteça”, comentou Bruggmann.

Do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região

Marcopolo e Caio Induscar querem investir em Joinville (SC) – Boa notícia!

Representantes da empresa que está sendo formada através da joint venture entre as fabricantes de carrocerias de ônibus Marcopolo, de Caxias do Sul (RS), e Caio Induscar, de Botucatu (SP), estiveram hoje pela manhã em Joinville.

Em reunião com o prefeito Carlito Merss, o grupo pediu ajuda para encontrar terrenos e galpões na cidade. A nova empresa pretende investir R$ 110 milhões para fabricar carrocerias de ônibus para exportação, além de peças e acessórios para o mercado interno.

Segundo o prefeito, o objetivo da vinda da empresa para Joinville é aproveitar a mão de obra parada com a crise da Busscar.

— Há uma consultoria local prestando serviços para esta joint venture e eles querem encontrar um local para se instalar o quanto antes. A chance de que o terreno escolhido seja em Joinville é muito grande, mas eles também consideram outros municípios da região —, afirma Carlito.

Matéria publicada no site de A Notícia, assinada por Larissa Guerra.

Caso Busscar: Sindicato fará reuniões preparatórias com trabalhadores

A partir de março o Sindicato dos Mecânicos convoca reuniões preparatórias para informar, esclarecer e debater propostas com os trabalhadores da Busscar envolvidos nesse processo doloroso e injusto causado pela empresa, que já vai para 22 meses sem pagar salários, usando todos os artifícios possíveis para adiar o pagamento de suas dívidas, e insistindo com um plano de recuperação judicial que não tem nenhuma viabilidade e já foi denunciado pelo Sindicato.

Segundo o presidente João Bruggmann, o Sindicato já pediu a impugnação do plano apresentado pela Busscar, mostrando todos os furos e falhas no que se chama de uma bela obra literária, mas fraquíssima em termos financeiros, econômicos e de mercado. “Nós estamos defendendo de todas as formas os direitos dos trabalhadores desde o início dessa crise. Agora após a impugnação, esperamos que eles modifiquem tudo, já apontamos todos os erros e saídas, caso contrário o final será mesmo a desaprovação do plano que eles criaram sem qualquer base real. Enquanto isso vamos orientar a todos os trabalhadores que tem algo no processo da Busscar, informando o passo a passo, e ao mesmo tempo, debatendo as novas medidas que tomaremos até a assembleia de credores em abril”, explica Bruggmann.

Todas essas reuniões estão sendo preparadas pelo departamento jurídico do Sindicato, e serão realizadas antes da Assembleia Geral dos Credores que vai decidir o futuro da empresa, e dos seus salários. Já há datas definidas para essas reuniões que acontecerão na sede central do Sindicato, localizada na rua Luiz Niemeyer, 184 – centro de Joinville (SC). Anotem as datas e participem ativamente: dia 5 de março (segunda-feira) às 9 horas; dia 7 de março (quarta-feira) às 15 horas e dia 17 de março (sábado) às 9 horas.

Do Sindicato dos Mecânicos

Caso Busscar: Sindicato pede impugnação do plano e complica vida da empresa

Atento aos procedimentos da Busscar e seus representantes legais com a apresentação do Plano de Recuperação Judicial, e atitudes que aumentaram o descrédito sobre a atual administração familiar da empresa mesmo nesse momento agudo que beira à falência, o Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região decidiu pedir a impugnação do Plano apresentado pela empresa à Justiça Comum, com base em análise criteriosa dos números apresentados, e com base na Lei vigente.

A intenção é como sempre, proteger os direitos dos trabalhadores, e por consequência também de outros credores, haja vista o fraco e inconsistente Plano apresentado à Justiça e que tem sido tentado enfiar goela abaixo dos trabalhadores e credores em geral. São 20 objeções divididas em duas impugnações que em resumo, apresentam o seguinte:

a) Não há menção de saída da família Nielsen da administração da sociedade;

b) Plano de alcançar boas margens (24,7% em 2014) deve estar atrelado à pratica de preços do mercado. Ocorre que o plano desconsidera o fato de que o produto está desatualizado e que o market share perdido já foi ocupado por concorrentes;

c) Plano baseado em operação com a Guatemala, o qual não tem perspectiva imediata de retomada dos embarques, a curto prazo. No plano esta operação representa mais de 70% da produção de 2012;

d) Credores são novamente convidados a bancar a operação com descontos, carências e taxas de juros subsidiadas, que reduzem seu crédito para até 15% do valor de face (aplicando-se o ajuste a valor presente);

e) O plano concede tratamento diferenciado para credores de mesma classe;

f) O plano de pagamento aos credores trabalhistas em prazo superior a 1 ano, em violação ao art. 54 da Lei de Falências;

g) Não há plano para pagamento da dívida tributária, na monta de aproximadamente R$ 477 milhões, sendo que os programas de parcelamento do Governo se estendem a no máximo 60 meses, gerando um comprometimento de receita mensal superior a R$ 5 milhões;

h) A administração da sociedade ainda acredita na obtenção do crédito prêmio de IPI em relação às exportações após 1990, ainda que em descompasso com inúmeras decisões judiciais, inclusive do STF;

i) Com a aprovação do plano, a Administração ficará autorizada a vender ativos (imóveis, Tecnofibras, etc) que hoje são a garantia dos credores;

j) Mantendo o mesmo estilo de gestão do passado, a empresa não alcançará as margens planejadas, e consumirá o capital de giro eventualmente aportado ou obtido com as alienações;

k) A situação ficará pior que está atualmente, pois não mais se terá os ativos para garantia do pagamento dos débitos;

l) Na realidade, serão os mesmos atores, no mesmo cenário, realizando as mesmas ações, bancados pelos credores, que ao final, além de não receberem seus créditos, estarão sem bens passíveis de garantí-los;

Agora é aguardar o posicionamento do juiz Maurício Póvoas e do administrador judicial Rainoldo Uessler nos próximos dias. O Sindicato dos Mecânicos reafirma seu compromisso com os trabalhadores e trabalhadoras que foram e ainda estão sendo lesados pela Busscar, e que vai lutar até que tudo se normalize, os direitos e salários sejam devidamente quitados, e se possível, a empresa volte a produzir e gerar empregos nas mãos de novos investidores e administradores, com um plano realmente viável e verdadeiro.

Do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região

Busscar: Sindicato atira contra plano de recuperação judicial

A novela Busscar ainda terá muitos capítulos a serem folheados e infelizmente vividos por vários trabalhadores. Agora em vias de uma possível recuperação judicial conseguida no apagar das luzes de 2011, a empresa enfrenta a dura oposição do Sindicato dos Mecânicos, que vê na proposta protocolada na Justiça armadilhas aos trabalhadores. Confira a nota divulgada pela entidade:

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Oficinas Mecânicas de Joinville e Região, diante dos recentes fatos divulgados em relação à pretensa recuperação judicial da empresa Busscar, à liberação antecipada de um terreno – antes da assembleia geral de credores que dirá se aceita ou não o referido plano – e algumas ilações da equipe de advogados que agora representa a empresa, informa que se reuniu na manhã desta segunda-feira (20) e decidiu esclarecer sobre alguns temas e ações que vai tomar, como segue:

1 – A reunião com os advogados que representam a empresa na última sexta-feira (20) se revelou infrutífera diante da falta de diálogo e novidades em relação ao que os trabalhadores pretendem, ou seja, mudanças reais no comando, na gestão, no modo de administrar, e de novos investidores, coisas que o Sindicato já cobrava há anos. Diante da negativa de negociação, a diretoria do Sindicato se retirou da mesa por não haver mais o que conversar diante do descaso reinante, mais uma vez.

2 – Diante da proposta constante do Plano de Recuperação Judicial de até 37% dos valores que os trabalhadores tem a receber da Busscar, proposta absurda diante do atraso de 21 meses de salário, mais décimos terceiros, o Sindicato apresentou sim sua proposta: pagamento de todos os direitos dos trabalhadores, com juros e correção monetária como já está na sentença da Justiça do Trabalho. Essa é a proposta do Sindicato diante da manutenção do atual status da empresa, com manutenção de tudo o que a levou a essa fase terminal.

3 – Em nome dos trabalhadores, o Sindicato não pode concordar com uma proposta que retira direitos de quem não recebe um centavo há quase dois anos, e que além de conceder descontos, teria que aguardar mais seis meses de carência para início do pagamento. Resumindo: os trabalhadores teriam que aceitar receber com descontos o que lhes devem em um prazo que pode chegar a cinco anos! Inadmissível.

4 – Do quadro atual dos credores da Busscar, os únicos que não vêem a cor do seu dinheiro há quase dois anos são os trabalhadores. Outros credores e fornecedores já receberam partes em algum momento, alguns até ainda enviam pedidos e matérias primas para manter esse estado falimentar que desrespeita direitos básicos dos trabalhadores. Mais uma razão para a negação deste plano.

5 – Não só o Sindicato e trabalhadores estão contra esse Plano, mas outros credores, fornecedores, que darão a resposta na Assembleia Geral que ainda não tem data marcada. Esse Plano tem de mudar, e muito, mas só mudará quando mudar a administração, a gestão, os processos, e com novos investidores. Da forma que está, nada mudou e nada mudará na Busscar. Haja vista as atuais propostas, e jogo via mídia e imprensa para tumultuar e confundir os trabalhadores e a sociedade. A atual forma e comando são filmes antigos. Aliás, até o laudo da famosa Deloitte se exime de garantir o plano!

6 – Há denuncias vindas da Tecnofibras, que serão apuradas junto com o Sindicato dos Plásticos que é comandado com força e capacidade por seu presidente Reinaldo Schroeder, de que já houve até uma manobra para “engordar” a votação na assembleia com aqueles trabalhadores: parte dos salários teria sido atrasada propositalmente para que essa dívida entrasse no quadro de credores! E mais, que isso teria sido pago por fora recentemente. Se isso for confirmado, de que recuperação judicial estaremos participando? Uma fraude? Juntamente com o Sindicato dos Plásticos, o Sindicato vai investigar e interferir com os meios legais disponíveis.

7 – E ainda sobre a Tecnofibras: além dessa manobra que tem como objetivo manobrar os trabalhadores para que votem a favor, há outro ensaio em vista: a venda da empresa antes mesmo do plano ser analisado pela Assembleia Geral de Credores, assim como já foi conseguida a liberação do terreno! A Justiça não pode permitir que mais um bem que visa garantir direitos dos trabalhadores seja vendido sem que os trabalhadores sejam integralmente pagos.

8 – O Sindicato também alerta as empresa Gidion e Transtusa, que enviaram pedidos para a Busscar, que elas estão apoiando ilegalidades flagrantes da empresa que burla as leis trabalhistas pagando um “mensalinho”, diárias apenas a alguns trabalhadores que ainda estão no chão de fábrica. Não fica bem para grandes empresas como elas apoiarem tamanhas ilegalidades, em um mundo que exige cada vez mais transparência, legalidades, leis de qualidade (ISO).

9 – O Sindicato informa a todos os trabalhadores que são associados, ou que tenham ingressado com ações judiciais via departamento jurídico do Sindicato, que enviará carta a suas residências informando todos os passos já tomados, e os próximos que virão antes da famosa assembleia geral de credores, de forma correta, direta e em defesa dos seus direitos. Quem estiver com os dados incorretos no endereço, deve informar ao sindicato e buscar essas informações na sede central.

10 – O Sindicato informa, finalmente, que está organizando reuniões preparatórias com todos os trabalhadores da Busscar, ligados, desligados, em processo e os que ainda estão atuando na empresa – os trabalhos estão praticamente parados – para realizar em data a ser marcada, a Assembleia Geral dos Trabalhadores da Busscar que ainda terá pauta específica a ser construída. O Sindicato alerta também para que todos os trabalhadores não assinem quaisquer documentos, cartas e outros que a empresa enviar para suas casas, para evitar problemas jurídicos futuros com informações sem o aval do seu Sindicato.

11 – E para encerrar: o Sindicato quer que a empresa inicie o pagamento correto mensal a todos que estão ligados a ela, conforme manda a lei de recuperação judicial. Antes de exigir cortes de direitos, de pagar mensalinhos, a Busscar tem de cumprir a lei, pagar o que deve a todos os trabalhadores, os grandes responsáveis por fazer dela a marca forte que agora está nesta situação.

Então atenção aos trabalhadores e trabalhadores que tenham alguma ligação com a Busscar, fiquem atentos aqui no site e divulguem para seus companheiros sobre as atividades do Sindicato. Está em jogo os direitos e salários que lhes devem há quase dois anos, e é preciso estar informado, e não ser confundido com as informações que a empresa passa por carta, ou mesmo em matérias da imprensa.”