Dilma: país precisa erradicar a pobreza e produzir ciência e tecnologia

Ao comentar o Programa Tecnologia da Informação Maior, lançado no dia 20 de agosto, a presidenta Dilma Rousseff disse hoje (3) que o desafio do país é erradicar a pobreza e, ao mesmo tempo, produzir ciência e tecnologia, agregando valor à produção. “Esse é o caminho para o Brasil chegar à economia do conhecimento e se encaminhar cada vez mais para ser uma grande nação”, ressaltou.

No programa semanal Café com a Presidenta, ela lembrou que a previsão de investimentos chega a R$ 500 milhões voltados para o estímulo ao desenvolvimento e à produção de softwares no país. Segundo Dilma, o Brasil conta com quase 9 mil empresas que desenvolvem softwares, mas o objetivo do governo é ampliar esse número.

“Por isso, vamos investir nas pequenas empresas de tecnologia, que geram muitos empregos – principalmente contando com jovens que têm uma imensa capacidade de criar. Uma das medidas mais importantes desse programa é que nós vamos oferecer cursos para 50 mil trabalhadores do setor de tecnologia da informação.”

A presidenta também destacou medidas lançadas dentro do programa de política industrial Brasil Maior para fortalecer e ampliar a indústria de tecnologia da informação. Uma das ações trata da redução do valor que as empresas de softwares e de tecnologia da informação pagam à Previdência (desoneração da folha de pagamento).

“Ela é importante porque reduz o custo do trabalho e aumenta a competitividade das empresas”, disse. “Nós também reduzimos os impostos para as empresas que queiram produzir semicondutores e tablets no Brasil”, completou.

Dilma comentou ainda os resultados da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), ocorrida na semana passada no Rio de Janeiro. Ao todo, mais de 18 milhões de alunos de 44 mil escolas públicas de todo o país participaram da competição – 500 deles foram premiados.

“A matemática é o primeiro passo para o desenvolvimento científico e para a inovação tecnológica, porque é a base de todas as ciências e é fundamental para o aprendizado das engenharias, da física, da tecnologia da informação, da ciência dos computadores, por exemplo. A matemática ajuda a despertar o interesse dos nossos jovens pela ciência e pelo conhecimento.”

Da Ag. Brasil

Adesivo inspirado nos pés das lagartixas é realidade

Depois de anos de pesquisas, a promessa de um super adesivo inspirado nos pés das lagartixas parece ter finalmente se cumprido. O produto foi batizado de GeckSkin, uma união dos termos gecko(lagartixa) e skin (pele). O protótipo do material é capaz de sustentar mais de 300 quilogramas em um vidro liso, pode ser retirado com um puxão na direção adequada, sem deixar qualquer vestígio, e pode ser reaplicado inúmeras vezes.

Adesivo seco reversível
A alta capacidade, a reversibilidade e o fato de operar inteiramente a seco, transformam o super adesivo em uma opção para a fixação de aparelhos de TV ou monitores de computador nas paredes, afirmam os pesquisadores, de olho em um nicho de mercado.

Mas a verdade é que o adesivo seco e super forte poderá ser utilizado em uma gama virtualmente inumerável de situações.

“Nosso protótipo da Geckskin tem cerca de dez centímetros quadrados e conseguiu manter até 317 quilogramas presos a uma superfície de vidro liso,” disse Alfred Crosby, membro da equipe. A capacidade do adesivo medida no experimento foi de (29.5 N cm-2).

Outra vantagem incomparável do novo adesivo é que ele pode ser retirado com um leve puxão, e ser reaplicado e retirado tantas vezes quantas sejam necessárias, sem deixar nenhum resíduo – exatamente como os pés das lagartixas.

Complexidade de lagartixa
Tentativas anteriores de reproduzir artificialmente a enorme capacidade adesiva dos pés das lagartixas baseavam-se nos pêlos microscópicos, que grudam com base nas forças de van der Waals. Mas ninguém teve sucesso até agora em reproduzir essas estruturas em larga escala.

Crosby e seus colegas afirmam que os pêlos não são necessários para explicar o poder de adesão dos pés das lagartixas. Segundo eles, é necessário levar em conta a complexidade do pé inteiro da lagartixa, o que inclui tendões, ossos e pele, que trabalham em conjunto para gerar a adesão reversível.

“É um conceito que não foi levado em conta em outras pesquisas e estratégias de projeto, um conceito que vai abrir novas avenidas de pesquisa na adesão reversível,” disse Crosby.

Biomimetismo
O protótipo consiste em um adesivo integrado com uma espécie de almofada, simulando a parte mole do pé da lagartixa, tudo sobre um tecido firme, que permite que o adesivo seja forçado sobre a superfície, para maximizar o contato.

Além disso, como no pé do animal, essa pele artificial de lagartixa é tecida em um tendão sintético, “um desenho que desempenha um papel crucial na manutenção da firmeza e da liberdade rotacional,” escrevem os cientistas.

Do site Inovação Tecnológica

Novo método para tratamento de diabetes pode ter sido descoberto

Um novo tratamento para o diabetes pode ter sido encontrado por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, que encontraram um mecanismo molecular responsável por fazer o número de celulas produtoras de insulina diminuir conforme a pessoa vai envelhecendo. Alterando esse funcionamento, os pesquisadores esperam poder solucionar o problema da falta da substância em pessoas que tem diabetes.

Por enquanto os testes só foram realizados em camundongos, mas de acordo com os cientistas o mecanismo descoberto existe tanto nos roedores quanto nos humanos. O professor da universidade, Seung Kim, e autor principal do artigo da pesquisa divulgada, acredita que poderá ser desenvolvido esse novo tratamento. A insulina é responsável por permitir a entrada de glicose (açúcar) nas células para que seja gerada a energia no corpo.

SRDZ

Cientistas identificam molécula que espalha câncer de mama

Cientistas australianos do Instituto de Pesquisa Médica Garvan, em Sydney, conseguiram identificar uma molécula responsável por fazer com que o câncer de mama do tipo basal, um dos mais agressivos, cresça e se espalhe pelo organismo.

A descoberta, que foi divulgada na publicação científica internacional Cancer Research, pode ajudar a desenvolver medicamentos capazes de diminuir o tumor, facilitando o tratamento da doença.

“Ele (o câncer de mama basal) tende a afetar mulheres mais novas, e o resultado para estas pacientes é frequentemente ruim”, disse a patologista e química Sandra O’Toole, uma das responsáveis pelo estudo.

O pesquisador Alex Swarbrick diz que encontrar um medicamento para este tipo de câncer é uma prioridade.
O tumor do tipo basal tem células que se assemelham às células musculares normais da mama. E, segundo Swarbrick, não pode ser tratado com os mesmos medicamentos utilizados em outros casos de câncer de mama.

“O câncer do tipo basal é chamado de `Doença triplo negativa’ porque não produz receptores dos hormônios femininos estrogênio e progesterona nem da proteína HER2, que são atingidos pelas drogas Tamoxifen e Herceptin, usadas com muita eficácia no tratamento de alguns cânceres de mama”, explica.

MOLÉCULA ‘PORCO-ESPINHO’

As células do câncer, segundo o estudo, criam as condições para sua própria sobrevivência comunicando suas necessidades para as células saudáveis que as rodeiam.
A molécula “porco-espinho”, que tem esse nome por causa de sua aparência espinhosa, contribui com essa comunicação, transmitindo sinais bioquímicos entre as células cancerígenas e as saudáveis do organismo.
Ela atua bastante durante o desenvolvimento humano, mas geralmente fica inativa durante a vida adulta. No entanto, pode ser ativada durante alguns tipos de câncer de pele, de cérebro e de pulmão.

Mas os pesquisadores do Instituto Garvan descobriram que, ao bloquear a molécula, os tumores de câncer de mama do tipo basal encolhem e param de espalhar-se pelo corpo.
De acordo com os cientistas, testes feitos em 279 mulheres com este tipo de câncer revelaram que aquelas que tinham moléculas “porco-espinho” ativas apresentaram piores condições.

Outros experimentos feitos com grupos de ratos indicaram que, quando os animais recebiam grandes quantidades da molécula, o câncer era mais agressivo e se espalhava mais.
Segundo Sandra O’Toole, quando a molécula era bloqueada nos ratos, os tumores eram menores e não se espalhavam tanto.
“Mostramos que silenciar estas moléculas afeta o crescimento do câncer de mama e sua metástase”, afirmou.

Por causa da associação da molécula com outros tipos de câncer, já há medicamentos que tentam bloquear sua atividade em fase de testes clínicos.
“Estamos com esperanças de que usando remédios já disponíveis possamos examinar alguns pacientes com câncer de mama e ver se eles estão sendo eficientes”, disse a pesquisadora.

Na Austrália, cerca de 12.500 casos de câncer de mama são identificados a cada ano e 10% deles são do tipo basal.