Mercado prevê inflação de 8,79% este ano

A projeção de analistas do mercado financeiro para a inflação subiu pela nona semana seguida. Desta vez, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 8,46% para 8,79%, este ano. Para 2016, a estimativa segue em 5,50%. As estimativas são do boletim Focus, publicação semanal feita pelo Banco Central (BC) com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores da economia.

O IPCA – produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – é o indicador oficial do governo para aferição das metas inflacionárias. O índice mede a variação do custo de vida das famílias com chefes assalariados e com rendimento mensal compreendido entre um e 40 salários mínimos mensais.

A expectativa de mais inflação veio depois da divulgação do IPCA pelo IBGE, na última semana. O índice em maio ficou acima da expectativa do mercado financeiro, que previa 0,55%. No mês passado, o IPCA ficou em 0,74%. A inflação acumulada em 12 meses chegou a 8,47%, a maior desde dezembro de 2003, quando registrou 9,3%

A inflação este ano deve estourar o teto da meta que é 6,5%. O próprio BC reconhece que não deve entregar a inflação na meta este ano, ao projetar o IPCA em 7,9%.

Para tentar frear a alta dos preços, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC tem elevado a taxa básica de juros, a Selic. No último dia 3, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a Selic pela sexta vez seguida para 13,75% ao ano. Com o reajuste, a Selic retornou ao nível de janeiro de 2009. Para as instituições financeiras, a Selic vai chegar ao final de 2015 em 14% ao ano.

A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.

Embora ajude no controle dos preços, o aumento da taxa Selic prejudica a economia, que atravessa um ano de recessão, com queda na produção e no consumo.

A expectativa das instituições financeiras para a retração da economia, este ano, passou de 1,30% para 1,35%. Essa é a quarta piora seguida na estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Para o próximo ano, a projeção de crescimento passou de 1% para 0,9%. Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve ter uma queda de 3,20%, este ano e crescimento de 1,6%, em 2016.

A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que foi alterada de 7,05% para 7,08%, este ano. Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 6,88% para 6,94%, em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) subiu de 8,35% para 8,39%, este ano.

A projeção para a cotação do dólar segue em R$ 3,20, ao final de 2015, e em R$ 3,30, no fim de 2016.

Inflação: Mercado espera índice de 8,31% em 2015

Analistas e investidores do mercado financeiro voltaram a elevar a previsão de fechamento da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2015. A estimativa de alta, que estava em 8,29%, agora é 8,31%.

O IPCA, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), verifica a variação de preços de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias, com rendimento de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos.

Desde junho de 1999, o IPCA é o índice utilizado pelo Banco Central (BC) para o acompanhamento dos objetivos estabelecidos no sistema de metas de inflação, sendo considerado o índice oficial de inflação do país. O mercado ampliou ainda a previsão de elevação para os preços administrados, como o da energia e da gasolina, de 13,2% para 13,5%.

As informações estão no Boletim Focus, pesquisa semanal junto a instituições financeiras, divulgado hoje (18) pelo BC.Os analistas mantiveram inalterada a expectativa de queda do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país), em -1,2%. A projeção de queda da produção industrial ampliou-se, de -2,5% para -2,8%.

A estimativa para o câmbio, ao fim de 2015, permaneceu em R$ 3,20. A previsão de fechamento da Selic, taxa básica de juros da economia, também permanece igual, em 13,5% ao ano. Atualmente, a Selic, instrumento do BC para controle da inflação, está em 13,25% ao ano.

A estimativa da dívida líquida do setor público ficou em 37,95% do PIB. A projeção do déficit em conta corrente, que mede a qualidade das contas externas, subiu de US$ 80 bilhões para US$ 82,4 bilhões.

O saldo projetado para a balança comercial permanece positivo em US$ 3 bilhões. Os investimentos estrangeiros estimados subiram de US$ 59 bilhões para US$ 61 bilhões.

Com informações da Ag. Brasil

Procon registra aumento de 3,19% na cesta básica joinvilense

O valor da cesta básica no mês de março em Joinville subiu 3,19% em relação aos preços verificados em fevereiro. A cesta é composta de produtos de primeira necessidade nas áreas de alimentos, uso pessoal e limpeza consumidos por uma família durante um mês.

A pesquisa, divulgada pelo Procon nesta terça-feira (5/3) foi realizada em seis estabelecimentos comercias de vários bairros da cidade. Considerando os preços mais baixos encontrados, o Procon chegou ao valor de R$ 204,81 para os 31 itens que integram a cesta. No levantamento de fevereiro, o menor preço foi de R$ 198,47.

A pesquisa apresenta diferenças de preços em todos os itens pesquisados, como as encontradas no creme dental 90g, com variação de 43,17%, no café 500g, com diferença de 39,88%, frango 1kg, com 37,87%, e feijão 1kg, com percentual de 35,25% entre o menor e o maior preço. Na pesquisa, o Procon verifica o preço mais baixo sem levar em consideração a marca do produto.

Segundo o gerente do Procon em Joinville, Jorge Nemer, a pesquisa tem a finalidade de ajudar o consumidor a encontrar o melhor preço e a economizar, podendo adquirir outros produtos. “Entre o maior e o menor preço encontrados nos estabelecimentos pesquisados, há uma diferença de aproximadamente R$ 80,00, valor suficiente para adquirir um eletrodoméstico ou uma peça de vestuário”, explicou.

Esta e outras pesquisas de preço também podem ser encontradas no site do Procon (www.proconjoinville.com.br), na sede situada na rua Anita Garibaldi, nº 79 (antigo Piazza Itália) e na rua Minas Gerais, nº 1.303, junto à Secretaria Regional do Nova Brasília.

Inflação: alimentos, cigarros e educação pressionam elevação do índice

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu de 0,77% para 0,89% na segunda prévia de janeiro. Quatro dos oito grupos pesquisados apresentaram acréscimos, entre eles despesas diversas (que passou de 2,20% para 3,24%) sob o efeito dos cigarros (de 5,09% para 7,22%).

No  grupo alimentação, a taxa atingiu 1,78% ante 1,57%, com a elevação das hortaliças e legumes (que subiu de 5,35% para 11,20%). E, como sempre ocorre nesta época do ano, o grupo educação, leitura  e recreação teve forte avanço, passando de 1,26% para 2,09% em consequência das correções de preços dos cursos formais (que passaram de 1,81% para 4,07%).

Em habitação, o índice aumentou de 0,26% para 0,32%, puxado pela alta no segmento de móveis (de -0,32% para 0,43%). Nos demais grupos, as elevações ocorreram com taxas menores do que na pesquisa anterior – vestuário (de 0,64% para 0,13%), com destaque para a queda na média de preços das roupas ( de 0,59% para -0,32%) e dos transportes (de 0,34% para 0,30%). Entre os motivos, está a tarifa de táxi (5,11% para 0,41%).

Em saúde e cuidados pessoais houve ligeiro decréscimo (de 0,58% para 0,56%), com influência dos serviços de salão de beleza (de 1,33% para 0,99%), e comunicação (de 0,04% para 0,02%), provocada pela estabilidade na cobrança da mensalidade para a TV por assinatura (de 0,09% para 0,00%).

Os cinco itens que mais contribuíram para o aumento da inflação foram: cigarros (de 5,09% para 7,22%); refeições em bares e restaurantes (de 1,10% para 0,80%); tomate (de 8,77% para 16,31%); curso de ensino fundamental (de 2,19% para 5,21%) e curso de ensino superior (de 1,44% para 2,99%).

Da Ag. Brasil