Obras infindáveis do Rio Mathias mobilizam manifestação em Joinville (SC) nesta terça-feira (7)

O prefeito Udo Döhler está finalizando o seu mandato este ano após oito anos, e vai enfrentar talvez a manifestação mais dura e incisiva contra uma ação do seu Governo que deixou o centro de Joinville (SC) minado de buracos de uma obra que nunca acaba, a do rio Mathias. Pior que não acabar é o que ela tem gerado, fechamento de comércios, restaurantes, demissões de trabalhadores, e uma destruição total de uma rua que já foi um marco turístico e gastronômico da maior cidade catarinense, a rua Visconde de Taunay.

Descontentamento a olhos visto na antes festiva avenida gastronômica em Joinville (SC)

Por isso tudo e mais um pouco, empresários e trabalhadores cujas empresas foram severamente afetadas pelas obras do rio Mathias no centro da cidade farão uma manifestação nesta terça-feira (6/7). A imagem de abertura da matéria é do movimento dos empresários e mostra a tensão instalada. A passeata sai da rua Visconde de Taunay às 12h e segue em direção ao centro, passando pela Rua Engenheiro Niemeyer, Av.JK, Praça Nereu Ramos, Rua do Príncipe e terminando na Jerônimo Coelho, uma das mais afetadas. Este é o trecho onde dezenas de lojas e restaurantes faliram em decorrência das obras.

A ação deve chamar a atenção do Ministério Público, do Tribunal de Contas do Estado, que já receberam denúncias formais, e da população para os resultados desastrosos e gravíssimos provocados pelas obras de Macrodrenagem do Rio Mathias. O objetivo principal da manifestação é exigir do Prefeito de Joinville um posicionamento mais efetivo sobre a solução do problema. Os empresários querem que Udo Dohler resolva o problema antes de deixar o governo da cidade.

Obra mal planejada, parada há anos e sem previsão de retorno ou cancelamento
As obras de macrodrenagem do rio Mathias estão paradas há meses, muito antes da pandemia. O Consórcio formado pelas empresas Motta Júnior e Ramos está em guerra com a Prefeitura de Joinville, que sinalizou a intenção de rescindir o contrato com a empreiteira responsável pelas obras. A Motta Júnior e Ramos recolocaram as máquinas nas ruas, porém, não retomaram os trabalhos. A Prefeitura não teria comparecido à reunião com os responsáveis pelo Consórcio naquela ocasião.

Desde então, as obras estão paradas e não existe uma decisão à respeito. O projeto prevê a construção de uma galeria de 2,5 km por debaixo das ruas na área central da cidade, além de um sistema de contenção e escoamento do Rio Mathias, a fim de diminuir as cheias causadas pela alta de maré no Rio Cachoeira.

As obras começaram em 2014, com previsão de término em dois anos. O atraso já supera seis anos e incontáveis prejuízos para o comércio local. Segundo dados da Prefeitura, o valor do investimento previsto na licitação foi de R$ 45.872.405,22, mas devido aos aditivos, os gastos ultrapassam os R$ 53 milhões.

Perigo a vista com tubulações da fiação elétrica que era subterrânea

Segundo denúncia apresentada ao Ministério Público, a obra tem graves problemas desde o início. O projeto executivo apresenta quase 70 falhas pontuais o que geraram diversos aditivos de contrato. Peças fora das especificações técnicas foram adquiridas. Algumas, inclusive, teriam sido instaladas em parte de Jerônimo Coelho, e que não teriam sido aprovadas no teste pressão e que não suportariam o peso do trânsito de veículos. Obras paradas, buracos abertos, máquinas na pista, tapumes espalhados na cidade.

Luto no comércio da Jerônimo Coelho e Via Gastronômica destruída
A Jerônimo Coelho abrange um ponto onde o comércio de rua era efervescente até o início das obras. Uma referência em Joinville. Depois de seguidas falhas na operação das obras, quase todas as lojas da região faliram, deixando centenas de desempregados. Isso provocou um colapso na economia de toda a cidade. O mesmo aconteceu na Visconde de Taunay, conhecida como Via Gastronômica. Dos sete restaurantes do trecho entre o Hotel Tannenhoff e a R. Jacob Eisenhut, apenas um continua com as portas abertas, amargando 70% a menos de faturamento e 80% dos funcionários demitidos.

Imagem da rua Jerônimo Coelho, que nos bastidores dizem que não pode mais receber peso diante da má qualidade das galerias

Serviço:

O quê: Manifestação Obras do Rio Mathias.
Quando: 6 de julho (terça-feira)
Hora: 12h.
Como: Saída Rua Visconde de Taunay (Slice Pizza), rua Engenheiro Niemeyer, Avenida JK, Praça Nereu Ramos, Rua do Príncipe, Rua Jerônimo Coelho.

Desemprego: Taxa atinge 4,9% e é a menor para setembro desde 2002

A taxa de desemprego, medida pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), atingiu 4,9% em setembro deste ano, a menor para o mês desde o início da série histórica iniciada em 2002.

Houve queda de 0,5 ponto percentual em relação à taxa observada em setembro do ano passado (5,4%). A pesquisa foi divulgada hoje (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice também é numericamente inferior ao registrado em agosto deste ano (5%). Apesar disso, o IBGE não  considera a variação estatisticamente significativa. A PME é realizada em seis regiões metropolitanas do país.

O contingente de desempregados ficou em 1,2 milhão de pessoas em setembro deste ano, significando estabilidade em relação a agosto deste ano e queda de 10,9% na comparação com setembro do ano passado.

Já a população ocupada ficou em 23,1 milhões de pessoas, o que significa que, apesar da queda da taxa de desemprego, não houve geração de postos de trabalho tanto na comparação com agosto deste ano quanto em relação a setembro do ano passado.

Do IBGE e EBC

Taxa de desemprego em agosto é a menor desde 2002

A taxa de desemprego em agosto deste ano ficou em 5%, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), anunciada hoje (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A entidade também divulgou hoje as taxas médias completas de julho (4,9%), junho (4,8%) e maio (4,9%), que haviam sido informadas anteriormente sem os dados de todas as regiões metropolitanas, devido à greve dos servidores do instituto, que terminou em agosto.

Normalmente, a PME é feita em seis regiões metropolitanas: Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. No entanto, devido paralisação, os números divulgados em maiojunho e julho não incluíam as taxas de Salvador e Porto Alegre. Sem os dados das seis capitais, o IBGE não pôde divulgar uma média nacional.

A taxa de desocupação de 5% é o menor índice para meses de agosto desde o início da série histórica, em 2002. Em agosto do ano passado, a taxa havia sido de 5,3%. Em agosto deste ano, a população desocupada – 1,2 milhão de pessoas, ficou estável nas comparações com julho deste ano e com agosto do ano passado. Já o contingente de ocupados – 23,1 milhões, cresceu 0,8% em relação a julho e manteve-se estável na comparação com agosto de 2013.

O número de trabalhadores com carteira assinada (11,8 milhões) ficou estável em ambas as comparações.

Entre os grupamentos de atividades, na comparação com julho, apenas o ramo da construção teve aumento da população ocupada (5,1%). Os serviços domésticos tiveram queda (-3,9%) e as demais atividades mantiveram-se estáveis. Já na comparação com agosto do ano passado, os serviços domésticos tiveram queda de 7,2%, enquanto as demais atividades mantiveram-se estáveis.

Da Ag. Brasil

Artigo de José Álvaro Cardoso: “Comportamento recente do emprego no Brasil”

Seguindo a política do Blog de receber contribuições dos amigos, profissionais e interessados em publicar seus textos e afins, segue abaixo mais um artigo do amigo, economista e competente Supervisor Técnico do Dieese/SC, José Álvaro Cardoso, que nos brinda com mais uma análise econômica de primeira. Confiram e compartilhem o artigo – “Comportamento recente do emprego no Brasil” :

O emprego industrial tem puxado a desaceleração da expansão do emprego na economia brasileira, fechando o ano de 2012 (possivelmente, já que os dados disponíveis vão até novembro) com resultados negativos na maior parte dos estados e dos setores produtivos. Com exceção de 2009, ano de reflexos da crise mundial deflagrada em 2007, o resultado de 2012 será o pior da série histórica do emprego industrial calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde 2002.

No acumulado dos onze primeiros meses do ano, com relação a igual período de 2011, o número de ocupados na indústria caiu 1,4%, envolvendo doze dos catorze locais pesquisados pelo IBGE.  A maior queda ocorreu em São Paulo (–2,8%). Outros impactos negativos fortes foram verificados na região Nordeste (–2,6%), no Rio Grande do Sul (–1,7%), em Santa Catarina (–1,2%), no Ceará (–2,6%) e na Bahia (–2,6%). Apenas quatro setores tiveram aumento do número de ocupados: alimentos e bebidas (3,9%), indústrias extrativas (3,9%), máquinas e equipamentos (1,2%) e produtos químicos (1,0%).

Segundo o DIEESE, a taxa de desemprego total manteve-se relativamente estável em 2012. Em 2011, a taxa havia sido de 10,4% da PEA e, em 2012, passou a ser de 10,5%. Em 2012, o rendimento médio real dos ocupados aumentou 2,6% – em termos monetários passou a valer R$ 1.543. A massa de rendimentos real dos ocupados cresceu 4,6% em 2012, resultado do aumento do nível de ocupação e do rendimento médio real.

Para efeito de comparação com os vizinhos latino-americanos, se tomarmos a taxa de desemprego calculada pelo IBGE (que tem metodologia mais próxima aos demais países da região), a média do desemprego do ano passado (5,5%) coloca o Brasil entre os melhores desempenhos da região, apesar do pífio crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), estimado em 1%. Segundo dados da Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), a média do desemprego no continente foi de 6,4% em 2012. Países que sabidamente cresceram mais que o Brasil no ano passado, apresentaram taxas de desemprego superiores às verificadas no Brasil, como México (5,8%), Peru (7%) e Chile (6,4%).

Se compararmos a taxa brasileira com países europeus e EUA, a situação do Brasil é ainda mais favorável. Nos Estados Unidos, o desemprego atingiu 7,8% em dezembro, na Espanha 26,6% (novembro), França (10,5%) e Alemanha (5,4%). Obviamente existem diferenças metodológicas importantes entre os países no cálculo do desemprego. Mas como, mesmo com tais diferenças, o Brasil já apresentou taxas superiores à praticamente todos os países mencionados, vale a comparação.

Em boa parte a desaceleração da expansão do emprego está relacionada com o crescimento muito baixo do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos dois anos (inferior a 2%). Mas, especialmente em 2012, a armadilha de altas taxas de juros e baixa taxa de câmbio (razão pela qual a economia não deslancha) vem sendo desmontada, pelo menos em parte. A tendência neste ano é aumentar a taxa de investimentos, crescendo o PIB e o emprego. Apesar das dificuldades da economia mundial (o que não garante vida fácil para nenhum país) as perspectivas para o Brasil são muito boas, especialmente se apostar na expansão do seu maior ativo, o mercado consumidor interno”.

* José Álvaro Cardoso é economista e supervisor técnico do DIEESE em Santa Catarina.

Desemprego na Espanha atinge 55% dos jovens

Em recessão desde 2011, o desemprego na Espanha alcançou em 2012 seu maior patamar histórico, desde que o governo começou a medir o fenômeno estatisticamente nos anos 1970. Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas (INE), o índice de desemprego subiu para 26% da população economicamente ativa no quarto trimestre de 2012, acima dos 25% registrados no trimestre anterior. O percentual representa 5,97 milhões de desempregados, afetando principalmente pessoas com menos de 30 anos e imigrantes. Esse quadro, mais de o dobro em relação à média da União Europeia (UE), vem provocando um êxodo de jovens espanhóis para outros países.

O desemprego na Espanha afeta 55% dos jovens que buscam trabalho. Segundo o INE, o número de trabalhadores ativos entre 16 e 24 anos diminuiu em 166 mil pessoas no quarto trimestre de 2012. Isso equivale a uma queda de 8,9% desse contingente em apenas três meses. O número total dessa faixa etária de trabalhadores somou 1,68 milhão de pessoas, uma taxa de atividade de 41,03%, frente aos 44,37% do mesmo período em 2011. — Nós ainda não vimos o fundo do poço e o desemprego vai continuar a aumentar durante o primeiro trimestre — previu o estrategista do Citigroup, José Luiz Martinez.

Economia ainda sofrerá mais
A Espanha entrou em sua segunda recessão desde 2009 no fim de 2011, após o estouro da bolha imobiliária deixar milhões de trabalhadores de baixa qualificação desempregados, derrubando a confiança do setor privado e reduzindo os gastos de consumidores e com importações. Em meio a um dos maiores déficits fiscais da zona do euro, o presidente de governo da Espanha, o conservador Mariano Rajoy, adotou políticas de austeridade, aplicando bilhões de euros em cortes de gastos e aumento de impostos. Isso piorou os efeitos sociais da crise econômica e prolongou a recessão. Quando Rajoy assumiu o cargo, no fim de 2011, havia 5,27 milhões de desempregados na Espanha.

O Banco Central da Espanha estimou esta semana que a recessão se aprofundou no quarto trimestre do ano passado, com a economia encolhendo 0,6% em relação ao trimestre anterior, quando houve um recuo de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país). Foi o sexto trimestre consecutivo de queda. A autoridade monetária informou que a atividade econômica recuou 1,7% nos últimos três meses de 2012, na comparação com o mesmo trimestre de 2011, e perdeu 1,3% em todo o ano passado.

As medidas de austeridade visam à redução do déficit público, o que vem afetando a economia a curto prazo. Mas as reformas de Rajoy só começarão a fazer efeito a longo prazo. Isso significa que a economia espanhola ainda vai sofrer mais, antes de se recuperar.

A chanceler alemã, Angela Merkel, defensora das medidas de austeridade, citou o desemprego entre os jovens na Espanha para destacar a importância de que a UE adote medidas para ajudar os países em crise, até que os efeitos das reformas possam a ser sentidos na sociedade: — Os resultados das reformas estruturais levam dois, três ou quatro anos, enquanto nossa tarefa é oferecer medidas transitórias até que as reformas surtam efeito.

Do Sindicato do ABC

Desemprego atinge a menor taxa para novembro desde 2002

A taxa de desemprego em novembro deste ano no país ficou em 4,9%, a menor taxa registrada para novembro na série histórica iniciada em 2002. Também a segunda menor taxa, entre todos os meses, desde 2002, sendo superior apenas à observada em dezembro do ano passado (4,7%).

Os dados foram divulgados hoje (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice é, portanto, inferior aos registrados em outubro deste ano (5,3%) e em novembro de 2011 (5,2%).

Em novembro deste ano, o contingente de trabalhadores desocupados chegou a 1,2 milhão de pessoas, resultado 8% menor do que o de outubro.

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado é o mesmo de outubro: 11,4 milhões. Houve, no entanto, um aumento de 2,5% em relação a novembro do ano passado.

O rendimento médio real habitual foi R$ 1.809,60 e atingiu o valor mais alto da série histórica, iniciada em março de 2002. Houve crescimento de 0,8% em relação a outubro e de 5,3% na comparação com novembro de 2011.

A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) é feita nas regiões metropolitanas do Recife, de Salvador, de Belo Horizonte, do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Porto Alegre.

Assim como o IBGE, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos (Dieese) e a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) divulgam dados mensais sobre o desemprego no país. Segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada ontem (20) pelas duas entidades, a taxa de desocupação caiu de 10,5%, em outubro, para 10%, em novembro.

As informações apresentadas nesses levantamentos costumam ser diferentes, devido aos conceitos e à metodologia usados. Entre as diferenças está o conjunto de regiões pesquisadas. A Pesquisa de Emprego e Desemprego não engloba o número de desempregados na região metropolitana do Rio de Janeiro. Já na pesquisa do IBGE não estão incluídas duas regiões que fazem parte do conjunto da PED: Fortaleza e o Distrito Federal.

Da Ag. Brasil

Crise econômica: Esquerda européia prepara greve geral

Os partidos de esquerda da Alemanha, Grécia, França e Espanha apelaram no dia 9 à forte mobilização para greve geral europeia para dia 14, em protesto contra as políticas de austeridade.

Gabriele Zimmer, dirigente do partido alemão Die Linke e presidente do GUE/NGL, no Parlamento Europeu, Alexis Tsipras, líder da coligação de esquerda grega Syriza, Jean-Luc Mélenchon, dirigente da Frente de Esquerda em França, e Cayo Lara, coordenador da Esquerda Unida espanhola, fizeram-se ouvir  em Lisboa, presencialmente ou não, apelando à mobilização geral dos cidadãos, em comício internacional organizado pelo Bloco de Esquerda.

“No 14 de novembro [quarta-feira], as pessoas em Portugal, na Grécia, na Espanha e na Itália vão expressar de forma clara o que pensam de uma política que viola diariamente a sua dignidade e que coloca uma trava, em especial  ao futuro dos jovens”, afirmou a alemã Gabriele Zimmer.

Alexis Tsipras, que não esteve presente no comício devido ao debate parlamentar do Orçamento da Grécia para 2013, deixou uma mensagem através de um vídeo, em que afirma que, na quarta-feira, “a Europa da resistência e da Democracia, a Europa da alternativa vai encher as ruas por ocasião da primeira greve geral europeia”.

“A voz de Atenas vai juntar-se às vozes de Lisboa, de Madrid, de Roma, de Paris, de Londres e de Berlim. Vamos fazer desta voz a mais poderosa”, prometeu o líder do Syriza.

Já Jean-Luc Mélenchon, que não esteve no encontro por motivo de doença, mas deixou um discurso que foi lido por uma responsável do partido francês Frente de Esquerda, disse que no dia da greve geral europeia, na quarta-feira, “cada país vai sair às ruas”, respondendo aos apelos dos sindicatos, para mostrar que “a Europa dos trabalhadores e dos povos não foi vencida pela Europa dos bancos e dos seus governos”.

Da EBC

Desemprego fica relativamente estável pelo 3º mês, diz Dieese

A taxa de desemprego ficou relativamente estável em junho, pelo terceiro mês consecutivo, nas sete regiões metropolitanas pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos (Dieese) e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). Segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), o total de desempregados passou de 10,6%, em maio deste ano, para 10,7% da população economicamente ativa, no mês passado.

A PED estima que, atualmente, o número de desocupados esteja em 2,405 milhões de brasileiros. De maio para junho, houve acréscimo de 23 mil pessoas desempregadas.

Na comparação com junho do ano passado, o número de desocupados teve leve redução de 0,3%, passando de 2,412 milhões para 2,405 milhões.

A taxa de desemprego total teve redução apenas no Recife (de 11,7%, em maio, para 10,9%, em junho). O índice ficou relativamente estável em Belo Horizonte (de 5% para 4,8%), no Distrito Federal (de 13% para 12,9%), em Fortaleza (de 9,9% para 9,7%) e em Porto Alegre (de 7,3% para 7,2%).

Salvador (de 17,6% para 17,9%) e São Paulo (de 10,9% para 11,2%), por sua vez, tiveram variação positiva, com leve alta no nível de desemprego.

Assim como o Dieese e a Fundação Seade, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga levantamento mensal sobre o desemprego no país. No entanto, as taxas apresentadas nas duas pesquisas costumam ser diferentes, devido aos conceitos e metodologia usados.

Entre as diferenças está o conjunto de regiões pesquisadas. A PED, feita pelo Dieese e pela Fundação Seade, não engloba o levantamento dos desempregados da região metropolitana do Rio de Janeiro. Já na Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do IBGE, não estão incluídas duas regiões que fazem parte do conjunto da PED: Fortaleza e o Distrito Federal.

Correio do Brasil

 

Seguro-desemprego: trabalhador terá que fazer curso de qualificação

Passa a vigorar a partir de hoje (10) nova regra para a concessão de seguro-desemprego a trabalhadores que solicitarem o benefício pela terceira vez em dez anos. Para ter acesso ao seguro, o trabalhador deverá fazer curso de qualificação profissional ou de formação.

Essa nova condição vale em todas as capitais brasileiras e regiões metropolitanas – exceto no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde a regra passa a vigorar a partir da próxima segunda-feira (16). A medidas é prevista peloDecreto 7.721, de 16 de abril passado.

A nova regra de acesso ao seguro-desemprego será progressivamente implantada em outras cidades.  A expectativa do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) é que, até agosto, a qualificação seja uma condição à concessão do benefício em todo o país.

Essa exigência será atendida pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), de 2011, que prevê ações para qualificar e dar assistência a cerca de 8 milhões de trabalhadores nos próximos quatro anos.

Para receber o seguro-desemprego pela terceira vez em dez anos, o trabalhador deverá apresentar a comprovação de matrícula em curso reconhecido pelo MTE ou pelo Ministério da Educação(MEC), com carga mínima de 160 horas,  no ato do recebimento — que é feito na Caixa Econômica Federal.

Os trabalhadores receberão o benefício ao longo da realização dos cursos, que serão gratuitos e oferecidos por serviços nacionais de aprendizagem, como o Serviço Social da Indústria (Sesi), o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senac).

Casa não haja um curso disponível na área de atuação do trabalhador ou na cidade onde reside, a concessão do seguro deixa de ficar condicionada à realização da qualificação. Nesse caso, o trabalhador poderá receber o benefício normalmente,  sem a necessidade de comprovação de matrícula.

Ag. Brasil

Europa tem o maior desemprego em 25 anos

A zona do euro registrou taxa de desemprego recorde no último mês de fevereiro, com 10,8% de desempregados, 0,1 ponto porcentual a mais do que no mês de janeiro, segundo dados do Escritório Estatístico das Comunidades Europeias (Eurostat). Em fevereiro de 2011, o índice era de 9,5% – o que mostra o impacto da crise das dívidas soberanas e dos planos de rigor adotados pelos governos da Europa.

Só nos países que adotam a moeda única, 17,1 milhões estão sem emprego, um total que sobe para 24,5 milhões de homens e mulheres em idade ativa sem trabalho se considerados os 27 países da União Europeia. As cifras são recordes em 25 anos.

O anúncio foi feito ontem, em Bruxelas, e revela o impacto social da crise, que desde 2008 flagela o mercado de trabalho da Europa. No intervalo de um ano, entre os meses de fevereiro de 2011 e de 2012, 1,8 milhão de pessoas- equivalente a toda a população de Paris – foi demitida na União Europeia, onde o porcentual de desocupados é um pouco mais baixo, 10,2%, ante 9,5% um ano antes.

Outra conclusão relevante do estudo é a concentração das novas demissões na chamada zona do euro, formada por 17 países que adotam a moeda única, onde 1,4 milhão perderam suas vagas.

Os casos mais graves de crise de emprego acontecem na Espanha e na Grécia, dois dos países mais atingidos pelas crises do sistema financeiro, de 2008, e das dívidas, de 2009. Quase um em cada quatro espanhol em idade ativa não tem trabalho, ou 23,6%. Entre jovens com menos de 25 anos, 50,5% não têm trabalho, índice que voltou a crescer, se comparado a dezembro de 2011, 50,4% (Leia texto ao lado. A situação de calamidade é semelhante na Grécia, onde 21% dos trabalhadores estão sem trabalho – frente a pouco mais de 5% em 2008. Também entre os jovens gregos a situação é dramática, com um em cada dois sem atividade laboral. No conjunto da União Europeia, esse porcentual é de 22,4%.

Pleno emprego
Por outro lado, países como Áustria, com 4,2% de trabalhadores sem vaga, e Holanda, com 4,9%, vivem o pleno emprego. Situação semelhante é verificada em Luxemburgo, com 5,2% de desempregados, e na Alemanha, maior potência econômica do bloco, com 5,7%. Em oito países as cifras de desemprego melhoraram nos últimos 12 meses;em18, entretanto, pioraram. Para especialistas em mercado de trabalho, essa é a prova que a União Europeia cresce em duas velocidades distintas: ao norte, onde o desempenho é positivo, apesar dos efeitos da crise, e ao sul, onde a recessão ou a depressão econômica são a regra.

Na França, onde o desemprego fica na média europeia, a situação também é crítica para quem buscas e reinserir no mercado. O Estado esteve ontem em uma agência governamental para recolocação profissional, a Polo de Empregos situada no 15º distrito de Paris, e ouviu depoimentos de pessoas há mais de dois anos sem uma proposta de trabalho.

Jovens
Como em todo o continente, a situação é mais grave entre jovens franceses, dentre os quais 21,7% não encontra trabalho.” O pior é a falta de perspectiva.

Como tempo, até o Polo Emprego vai abandonando seu caso”, afirmou o contador Alain C., de 24 anos, há 17 meses à procura de um posto. “A gente se sente só”, afirmou.

Do Estadão e Sindicato do ABC