No Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, lembrado nesta quarta-feira (21), a CUT estará participando de diversas atividades por todo o Brasil, seja a partir do CONADE (Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência), no qual a Central possui assento, saindo por prefeituras que têm a sensibilidade de pautar e debater a questão dos direitos das pessoas com deficiência através dos seus Conselhos Municipais.
Para o secretário de Políticas Sociais da CUT, Expedito Solaney, o dia 21 deve ser lembrado como uma data de luta e reflexão. “É um momento em que nós da CUT estaremos pautando duas agendas importantes. Primeiro é a questão do trabalho com o debate da Lei de Cotas e o seu efetivo cumprimento. O segundo ponto é a Educação, mais especificamente o Plano Nacional de Educação, onde está inserido a questão da educação inclusiva. Dados do Pnad ou catalogados historicamente mostram que as pessoas com deficiência que tem acesso a educação conseguem entrar no mercado de trabalho com inclusão e qualidade, pondo fim definitivamente à segregação.”
O dirigente da CUT participará nesta quarta (21) de atividade organizada pela prefeitura de São Bernardo do Campo e o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência que tem hoje em sua presidência Flávio Henrique, coordenador nacional do Coletivo de Trabalhadores/as com Deficiência da CUT.
Esta será a terceira edição do evento iniciado em 2009 a partir da adesão à Campanha “Acessibilidade: Siga essa Ideia”, desenvolvida pelo CONADE.
Segundo dados do IBGE de 2000, existem no Brasil cerca de 24,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência ou incapacidade, o que representa 14,5% da população brasileira. É por isso, reforça Flávio Henrique, a importância de espaços como os Conselhos que ampliam e aprofundam o debate, articulam e organizam a luta pela superação da exclusão de todo o segmento.
“Muitas pessoas não conhecem, por exemplo, a importância e a própria existência dos Conselhos. Temos que agir de forma conjunta com as outras entidades no sentido orientar a população e fortalecer esses espaços de controle social, para garantir que de fato, as políticas voltadas às pessoas com deficiência sejam respeitadas e cumpridas. Hoje, em São Bernardo, nosso Conselho é consultivo, mas nossa luta é para torná-lo deliberativo.”
Flávio destaca o papel de protagonismo e de vanguarda da CUT, que trouxe a temática ao centro do debate, orientando seus sindicatos filiados a incluir esta questão na sua pauta de luta. Neste sentido, ele enfatiza a importância da Campanha Nacional em Defesa dos Direitos das/as Trabalhadores/as com Deficiência e a cartilha ‘Direito é bom: nós gostamos e lutamos por ele!’, lançadas pela Secretaria no ano passado.
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