A assessoria do vice-presidente da República, Michel Temer, divulgou nota pública, neste domingo, para repudiar as análises das atitudes do político que, segundo o texto, podem “levar à ideia de conspiração”.
Na última semana, Temer disse a empresários em São Paulo que “nenhum governo resiste três anos e meio com a popularidade baixa”, como a da presidenta Dilma Rousseff.
Na nota deste domingo, a assessoria do vice-presidente ressaltou que ele não é um “frasista” e que “sabe até onde pode ir”.
“Em mais de 30 anos de vida pública, o vice-presidente da República, Michel Temer, sempre expôs suas posições políticas de forma aberta e franca. Como acadêmico, seus raciocínios têm premissa e conclusão. Não é frasista. Não se move pelos subterrâneos, pelas sombras, pela escuridão.”
O texto prossegue afirmando que Temer age nos limites de seu cargo e dentro da lei. A nota procura rechaçar as “intrigas” e reitera que ele quer colaborar com a presidenta Dilma para a superação da atual crise enfrentada pelo país.
“[Ele] trabalha e trabalhará junto à presidente Dilma Rousseff para que o Brasil chegue a 2018 melhor do que está hoje. Todos seus atos e pronunciamentos são nessa direção. Defende que todos devem se unir para superar a crise. Advoga que a divisão e a intriga são hoje grandes adversárias do Brasil e agravam a crise política e econômica que enfrentamos.”
Por fim, a nota da assessoria do vice-presidente diz que “a hora é de união” e que o compromisso dele é com “a mais absoluta estabilidade das instituições nacionais”.
Entrevista ao The Wall Street Journal
O vice-presidente da República, Michel Temer, disse ter certeza de que a presidente Dilma Rousseff cumprirá seu mandato até o fim, em 2018, e que sua popularidade deve subir até meados do ano que vem, em entrevista ao jornal norte-americano The Wall Street Journal na última sexta-feira.
As declarações do vice-presidente à publicação norte-americana foram feitas um dia depois de afirmar que seria difícil Dilma concluir o mandato caso sua popularidade permaneça nos atuais níveis.
“Você pode escrever isso: eu tenho certeza absoluta que isso irá acontecer, que será útil para o País, que não haverá nenhum tipo de perturbação institucional”, disse o vice-presidente ao WSJ por telefone. Dilma continuará a governar “até o final, até 2018”, completou.
Com informações do Correio do Brasil e Ag. de Notícias