Impeachment – Chapa da oposição é eleita para comissão

Com 39 integrantes, a chapa 2 – Unindo o Brasil, formada em sua maioria por deputados da oposição e dissidentes da base aliada, venceu hoje (8) a votação para compor a comissão especial que vai analisar o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

A chapa recebeu 272 votos, enquanto a chapa 1, formada por deputados indicados pelos líderes da base governista, obteve 199 votos. A votação foi secreta.

A comissão deverá ter 65 membros titulares e 65 suplentes. As vagas remanescentes, que não foram ocupadas pela chapa vencedora, serão preenchidas em nova votação, que deverá ocorrer amanhã (9). Falta escolher 26 deputados titulares e 42 suplentes.

O bloco encabeçado pelo PMDB tem ainda quatro vagas de titulares e 14 de suplentes para serem ocupadas. O bloco liderado pelo PT terá que preencher ainda 15 vagas de titulares e 17 de suplentes.

O bloco da oposição, liderado pelo PSDB, que organizou a chapa vencedora junto com outros partidos da oposição e insatisfeitos com a composição da chapa 1, terá de preencher uma vaga de titular e cinco de suplentes.

Veja os nomes da chapa 2:

PSDB
Carlos Sampaio (SP)
Valdir Rossoni (PR)
Bruno Covas (SP)
Nilson Leitão (MT)
Paulo Abi-Ackel (MG)

DEM
Mendonça Filho (PE)
Rodrigo Maia (RJ)

PMDB
Osmar Terra (RS)
Lúcio Vieira Lima (BA)
Lelo Coimbra (ES)
Mauro Mariani (SC)
Flaviano Melo (AC)
Carlos Marun (MS)
Manoel Jr (PB)
Osmar Serraglio (PR)

PSD
Sóstenes Cavalcante (RJ)
Evandro Roman (PR)
João Rodrigues (SC)
Delegado Éder Mauro (PA)

PP
Odelmo Leão (MG)
Jair Bolsonaro (RJ)
Luiz Carlos Heinze (RS)
Jerônimo Goergen (RS)

PSC
Eduardo Bolsonaro (SP)
Marco Feliciano (SP)

PSB
Fernando Coelho Filho (PE)
Bebeto (BA)
Danilo Forte (CE)
Tadeu Alencar (PE)

SD
Fernando Francischini (PR)
Paulinho da Força (SP)

PMB
Major Olímpio (SP)

PPS
Alex Manente (SP)

PTB
Sério Moraes (RS)
Benito Gama (BA)
Ronaldo Nogueira (RS)

PHS
Kaio Maniçoba (PE)

PEN
André Fufuca (MA)

Com informações das agências de notícias e Ag. Brasil

 

Juristas lançam manifesto contra o impeachment

O Manifesto dos Juristas contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff foi lançado, nesta segunda-feira, após uma reunião de vários juristas com a presidenta em Brasília.

Os integrantes do manifesto participaram do movimento estudantil de Direito nas décadas de 1990-2000 e fundaram a Federação Nacional dos Estudantes de Direito (Fened), juntamente com professores universitários, magistrados, membros do Ministério Público e bacharéis em Direito.

O manifesto é encabeçado por Celso Antônio Bandeira de Mello, professor emérito de Direito Administrativo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, que prontamente aceitou assinar o manifesto em defesa da Democracia e do resultado das eleições de 2014. Outros juristas ainda vão assinar o documento durante o mês de dezembro.

O manifesto contra o impeachment já conta conta com assinaturas de importantes juristas das mais variadas regiões do país, como Weida Zancaner (professora de Direito Administrativo da PUC/SP), os advogados trabalhistas Edésio Passos e Wilson Ramos Filho (Xixo), o professor Carlos Frederico Marés de Souza Filho, os advogados defensores dos direitos humanos Jacques Távora Alfonsin e Aton Fon Filho, e Paulo Abrão, presidente da Comissão de Anistia e ex-secretário nacional de Justiça.

O documento foi elaborado na sexta-feira e até este domingo já contava com centenas de importantes assinaturas. Um dos realizadores do manifesto, o advogado e professor de Direito Administrativo, Tarso Cabral Violin, autor do Blog do Tarso, disse que “o manifesto dos juristas, que nasce com mais de 100 assinaturas, demonstra que setores importantes da sociedade, como dos juristas, professores de Direito, advogados, magistrados, com atuações essenciais dentro dos poderes constituídos, da administração pública e dos movimentos sociais, não aceitarão um Impeachment ou uma Cassação de um chefe do Poder Executivo que não cometeu nenhum crime de responsabilidade”.

Com informações do Correio do Brasil

Impeachment – Governo quer votação do processo antes do Natal para não prejudicar a economia

O governo pretende apresentar com rapidez a defesa da presidenta Dilma Rousseff, de modo que o pedido de impeachment seja votado em plenário antes do Natal.

A intenção é não usar o prazo de dez sessões após a eleição da comissão especial que analisará o pedido. A comissão será eleita ou referendada ainda hoje (7) pelo plenário da Câmara, em reunião adiada das 14h para as 18h.

De acordo com o deputado Henrique Fontana (PT-RS), um dos principais articuladores do governo nessa questão, dar celeridade ao processo pode evitar que a crise política contamine ainda mais os problemas econômicos do país. Segundo ele, é uma preocupação que certamente será levada em conta por boa parte da oposição.

“Não consigo acreditar que a oposição queira realmente paralisar o país por mais três meses [apesar do discurso adotado por algumas de suas lideranças, no sentido de postergar a apreciação do pedido de impeachment]”, afirmou Fontana na manhã de hoje (7).

“Até porque, há cerca de 15 dias saímos juntos, situação e oposição, do plenário, quando Eduardo Cunha cancelou a reunião do Conselho de Ética.”

Fontana voltou a criticar Cunha. “Ele não tem condições de presidir a Casa, mas tem a caneta na mão para criar uma cortina de fumaça e defender seus próprios interesses. Essa cortina de fumaça parece estar atrapalhando os olhos do DEM e do PSDB, uma vez que está claro que as acusações contra a Dilma não têm nenhuma consistência. O que não pode é a oposição parar o país por três ou quatro meses, a fim de fazer palanque para uma luta política”, acrescentou o deputado petista.

“Caso contrário, a oposição estará demonstrando não se importar com o fato de o pedido ser assinado por um dos políticos mais corruptos do Brasil. Após as denúncias do Supremo Tribunal Federal, todas peças se encaixaram: contas, extratos de cartões de crédito. É por isso que tenho dito: Cunha sequer pode ser chamado de presidente.”

A Câmara começa hoje os trabalhos para formar a comissão especial destinada a analisar o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, aceito semana passada por Eduardo Cunha.

O prazo para que os partidos políticos indiquem seus representantes foi alterado para as 18h. A comissão será formada por 65 deputados titulares e igual número de suplentes.

Antes da homologação da comissão, o presidente da Câmara vai se reunir com os líderes partidários para tratar do funcionamento do colegiado. Embora os partidos tenham começado a discutir na semana passada a indicação dos parlamentares para a comissão, muitos ainda não fecharam todos os nomes.

Com informações das Agências de Notícias

Impeachment – Comissão Especial será instalada na segunda-feira (7) na Câmara

Líderes partidários e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) fecharam hoje (3) um acordo para que todas as legendas representadas na Casa indiquem, até as 14h da próxima segunda-feira (7), os nomes de deputados que integrarão a comissão especial que vai analisar o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

A intenção é instalar o colegiado em uma sessão extraordinária marcada para as 18h. A comissão especial deve se reunir imediatamente depois para escolher, em votação secreta, o presidente e o relator do caso.

Segundo o líder do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), que foi o primeiro a deixar a reunião na sala de Cunha, os líderes da oposição devem estar entre os nomes indicados “já que estiveram à frente na defesa do processo de impeachment”.

Ao todo o a comissão terá 65 membros. O PSDB terá seis cadeiras no colegiado e o bloco que compõe, junto com PSB, PPS e PV, totalizará 12 vagas. O bloco comandado pelo PT, que é integrado ainda pelo PSD, PR, PROS e PCdoB, terá 19 vagas, das quais oito são do partido do governo.

O PMDB terá oito representantes. O bloco formado pela legenda e pelo PP, PTB, DEM, PRB, SDD, PSC, PHS, PTN, PMN, PRP, PSDC, PEM, PRTB tem 25 integrantes.

Com o início dos trabalhos da comissão, a presidenta será notificada e terá o prazo de dez sessões do plenário para apresentar a sua defesa. A comissão especial terá, a partir dessa defesa, cinco sessões do plenário para votar o parecer.

Caso o colegiado decida pelo prosseguimento das investigações, o parecer precisará passar pelo crivo do plenário. Para ser aprovado, são necessários dois terços dos votos da Casa (342).

A partir deste momento, Dilma teria que ser afastada do comando do país por até 180 dias. Neste período, o Senado julgaria a presidenta.

Acusação de Cunha
Sampaio também comentou a acusação feita pelo presidente da Câmara, na manhã de hoje (3). Cunha disse que a presidenta Dilma “mentiu à sociedade” ao afirmar, em pronunciamento em rede nacional que seu governo não participa de “barganhas” com o Congresso.

O presidente da Câmara disse que, na manhã dessa quarta-feira, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, intermediou uma negociação entre Dilma e o deputado André Moura (PSC-SE), relator da reforma tributária na Câmara.

“Ontem, o deputado [André Moura] esteve com a presidenta da República, que quis vincular o apoio dos deputados do PT [para votarem a favor do arquivamento do processo contra Cunha no Conselho de Ética] à aprovação da CPMF”, afirmou Cunha em entrevista à imprensa.

Sampaio disse que é “natural” que interlocutores conversem, mas afirmou que “é da natureza do governo Dilma a barganha e uma barganha nefasta para o país”.

André Moura ainda não foi encontrado para confirmar as informações divulgadas por Cunha. No final da manhã de hoje, o deputado Wadih Damous (PT-RJ) garantiu que o partido do governo “jamais entraria em um jogo de barganha”. Damous afirmou que a situação seria “inadimissível”.

O parlamentar apresentou nesta quinta-feira um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a anulação do ato do presidente da Câmara que aceitou o pedido de abertura do processo de impeachment.

Com informações da Ag. Câmara e Ag. Brasil

Ciro Gomes liga a metralhadora, e diz que Dilma deve mudar os rumos da economia

Crítico contumaz do que chama de escalada do golpismo, o ex-ministro Ciro Gomes disse ontem (3) no programa Espaço Público, da TV Brasil, que a presidenta Dilma Rousseff está conciliando com os opositores que pedem o seu afastamento do cargo e que o governo deveria alterar os rumos da política econômica para recuperar o apoio popular.

“Neste momento, a Dilma está fazendo o oposto, estamos numa escalada golpista que é a mesma rigorosamente, os mesmos atores, partícipes, a presidenta está conciliando com aqueles que nos fazem a perseguição e isso torna esta crise mais explosiva que aquela”, disse o ex-governador do Ceará ao comparar a situação de crise vivida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2005 e a situação atual.

Na ocasião, Lula também enfrentava forte oposição na Câmara dos Deputados, em razão do mensalão, que acabou elegendo o ex-deputado Severino Cavalcanti como presidente da Casa. Ciro comparou a eleição de Severino com a do atual presidente, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a quem acusa de intimidar o governo com a possibilidade de abertura do processo de afastamento.

“A Dilma teve sorte de o Ministério Público (MP) da Suíça ter mostrado que o picareta-mor da República é formador de quadrilha”, disse. “A história brasileira tem sido muito farsante. Só para relembrar: Severino foi cassado naquela ocasião por receber um cheque de R$ 10 mil mensais de um dono de lanchonete”.

Segundo Ciro, o governo deveria trabalhar pela saída de Cunha. Ele disse que o deputado ainda mantém apoio na Câmara por ter “distribuído” parte desses recursos, atribuídos a ele, no financiamento de campanha de outros parlamentares.  Ciro lembrou que, de acordo com o Ministério Público suíço, “R$ 411 milhões circularam nas contas e ele [Eduardo Cunha] mentiu dizendo que não tinha conta”.

Na entrevista, o ex-governador do Ceará condenou duramente a tentativa da oposição, liderada pelo PSDB, de abrir um processo de impeachment de Dilma. Para ele, a oposição não aceitou o resultado das eleições e quer “pegar um atalho” para chegar ao poder. “Boa parte do calor dessa crise deve-se a uma geração inteira de tucanos, para quem se a Dilma ficar no governo significa Lula mais oito anos a partir de 2018”.

Além de criticar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Ciro, que já foi do PSDB e ex-ministro da Fazenda de Itamar Franco, se disse decepcionado com o presidente da legenda, senador Aécio Neves (MG), a quem acusou de ter “desapreço às regras e ao calendário [eleitoral]”. Como pode um neto do Tancredo Neves escalar o golpe?”.

Filiado ao PDT desde setembro, o ex-ministro lembrou episódios da história recente do país e que Tancredo acompanhou, como o suicídio do ex-presidente Getúlio Vargas, em 1954, e o golpe contra o então presidente João Goulart, em 1964.

“O Tancredo estava na reunião que antecedeu o suicídio de Getúlio e foi contra o golpe militar, ele foi primeiro-ministro de Goulart, e o Aécio joga isso tudo na lata do lixo. Está ressentido porque o [Geraldo] Alckmin vem aí para tomar o lugar dele [na disputa presidencial]”.

Ciro creditou boa parte da baixa popularidade do governo à atual política econômica e disse que isso não pode ser usado como argumento para pedir a saída de Dilma. “Baixa popularidade não é razão para impeachment”, afirmou o político.

Ele defendeu a redução na taxa Selic e afirmou que os juros altos só beneficiam os bancos. “O Brasil inteiro se ferrando, o povo indo pro brejo e os bancos ganhando 40% a mais do que ganharam no ano passado”.

Questionado por um dos entrevistadores, Ciro aconselhou Dilma a demonstrar com gestos práticos à população que ela não foi enganada”, entre eles a mudança na política econômica. “Ela [Dilma] é séria, não cometeu nenhum crime e tem o direito de mudar [a política econômica], pois está administrando mal a economia

Ciro acusou o vice-presidente Michel Temer de conspirar contra o governo. “Temer está puxando o alambrado, basta comparar a postura dele com a do vice de Lula, José Alencar”, disse.

O ex-ministro da Integração Nacional de Lula fez críticas à atuação do ex-presidente, que, segundo ele, deveria adotar uma postura mais reservada diante do cenário político. “Ele está sendo uma figura ruim para o país ao se manifestar todo o tempo. Falo isso respeitosamente. Se ele não se recolher, vai perder a majestade”.

Ciro apontou como sintomático dessa exposição o episódio em que o filho mais novo de Lula, Luís Cláudio Lula da Silva, foi intimado para depor na Polícia Federal, em procedimento considerado fora do usual por ter acontecido após as 23h. “Esse delegado foi arbitrário. Como você faz isso com um filho de um ex-presidente, assim se mais nem menos?”.

De acordo com Ciro, tanto Lula quanto FHC deveriam adotar uma postura de reserva diante do cenário político. “Um ex-presidente da República deve ficar calado de maneira que, quando ele abrir a boca, o país todo ouça e se comova”.

Com informações da Ag. Brasil e EBC

Dilma parte para o ataque contra defensores do impeachment

Ao discursar na abertura do 12º Congresso da CUT na noite dessa terça-feira (13), no Palácio das Convenções do Anhembi, zona Norte de São Paulo, a presidenta Dilma Rousseff criticou os que querem o seu impeachment.

Numa plateia em que estavam presentes, o ex-presidente Lula, o ex-presidente do Uruguai José Mujica e o presidente do PT, Rui Falcão, Dilma defendeu o seu mandato.

“Quem tem força moral, reputação ilibada e biografia limpa suficientes para atacar a minha honra?”, indagou. “Lutarei para defender o mandato que me foi concedido pelo voto popular, pela democracia e por nosso projeto de desenvolvimento”, disse.

“O golpe, que todos os inconformados querem cometer, é, mais uma vez também, como sempre foi neste país, um golpe contra o povo. Mas podem ter certeza: não vão conseguir. Não irão conseguir”, acrescentou.

Para a presidenta, os pedidos de impeachment não têm qualquer materialidade. “Querem criar uma onda que leve, de qualquer jeito, ao encurtamento do meu mandato sem fato jurídico, sem qualquer materialidade”, afirmou. De acordo com ela, “o que antes era inconformismo, agora transformou se no claro desejo de retrocesso político”.

A presidenta disse ainda que o discurso golpista não é apenas contra ela, mas contra o que representa. “Eu tenho consciência de que esse processo não é só contra mim, é contra um projeto que superou a miséria”.

Segundo Dilma, o seu projeto de governo e o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva complementou a renda dos mais necessitados, garantiu acesso à casa própria por meio de subsídios do Estado brasileiro e priorizou a geração de empregos.

Ao defender o seu governo, Dilma criticou também o que chamou de busca pelo “terceiro turno”. “Vivemos uma crise política séria, séria, no nosso país. E que, neste exato momento se expressa na tentativa dos opositores ao nosso governo de fazer o terceiro turno. Essa tentativa de fazer um terceiro turno no Brasil, ela começou no dia seguinte às eleições. Quando nós ganhamos as eleições, no dia seguinte começou essa tentativa”. disse.

“Espalham o ódio e a intolerância, e isso é muito grave porque o Brasil tem uma tradição. O Brasil tem uma tradição de conviver de forma pacífica com a diferença. Nós somos um país formado por etnias diferentes. Somos tolerantes em relação às pessoas, ao que elas acreditam, às religiões que adotam. Nós somos eminentemente um povo que tem um grande componente, que é o fato de sermos formados das mais diversas etnias. Então, quando você instila ódio, quando você instila intolerância, você está indo contra valores fundamentais, que formam o nosso país”, acrescentou.

Dilma falou também sobre a reprovação das contas de 2014 pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e disse que continuará questionando a decisão do TCU.

“Nós, por exemplo, continuaremos questionando os termos da análise das contas realizadas pelo TCU. Tenho certeza de que, com calma e usando amplo direito de defesa, com completa transparência, teremos uma decisão equilibrada do Congresso Nacional. O que chamam de ‘pedaladas fiscais’ são atos administrativos que foram usados por todos os governos antes do meu. Eu quero deixar claro que nós não tivemos, nesses atos, nenhum interesse a não ser realizar nossas políticas sociais e nossas políticas de investimentos”, afirmou.

A presidenta disse ainda que o governo vem fazendo um grande esforço para manter as conquistas, “para não haver retrocesso”. “Dizem que  nós não estamos fazendo nada. Não é verdade. Mesmo neste ano, em que cortamos despesas e enfrentamos dificuldades, é importante aqui falar alguns números que mostram que nós continuamos, sistematicamente, perseguindo aquilo que é o nosso compromisso básico”.

“Estamos criando 1 milhão e 300 mil vagas no Pronatec, para trabalhadores, trabalhadoras e jovens estudantes. Nós mantivemos a política de valorização do salário mínimo até 2019. Criamos a política de proteção ao emprego, para diminuir o impacto da crise sobre os trabalhadores – a partir, aliás, de uma proposta que nos foi apresentada pela CUT. Entregamos já 280 mil moradias. Até o final do ano, neste ano de 2015, entregaremos 360 mil moradias”.

Lula
O ex-presidente Lula, também presente no evento, afirmou que é preciso mais do que contestar para ajudar o país a sair da situação em que se encontra. Ao elogiar  o discurso da presidenta, Lula disse: “hoje nós deixamos de ter apenas uma presidenta para ter uma líder política neste país”.

Segundo ele, a oposição não quer permitir que Dilma trabalhe e governe. Lembrou que a presidenta tem mais de três anos, segundo ele, muito tempo para cumprir o que prometeu durante a campanha eleitoral. “Ela sabe dos compromissos que tem”, disse.

Com informações da Ag. Brasil, CUT e Ag. Notícias

TSE reabre ação eleitoral contra campanha de Dilma e Temer

A maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu ontem (6) reabrir ação de investigação eleitoral em que o PSDB pleiteia a cassação dos mandatos da presidenta Dilma Rousseff e do vice-presidente Michel Temer.

Os ministros não entraram no mérito da questão para analisar se houve irregularidades na campanha. A corte analisou apenas o prosseguimento da ação.

Com a abertura do processo, a Justiça Eleitoral procederá à investigação das questões levantadas pelo partido e, após a análise das alegações da acusação e da defesa, o caso será julgado no mérito pelo plenário da corte.

O placar da votação ficou em 5 votos a 2 pela reabertura da ação. Em fevereiro, a ministra Maria Thereza de Assis Moura arquivou o processo, por entender que não havia provas suficientes para o prosseguimento da ação.

No entanto, o TSE voltou a julgar o caso, devido a um recurso protocolado pela Coligação Muda Brasil, do candidato derrotado à Presidência da República Aécio Neves, do PSDB. A legenda alegou que há irregularidades fiscais na campanha relacionadas a doações de empresas investigadas na Operação Lava Jato.

O julgamento foi interrompido no dia 25 de agosto, após pedido de vista da ministra Luciana Lossio, e foi retomado hoje com o voto da ministra e do presidente da corte, Dias Toffoli, que acompanhou a maioria.

Em seu voto, a ministra rejeitou a reabertura da ação, por entender que o partido não apresentou provas concretas sobre as suspeitas levantadas contra a campanha presidencial. Além disso, Luciana defendeu a estabilidade do resultado das eleições.

“É preciso garantir a viabilidade do exercício do cargo, evitando que administração do país seja perturbada por uma infinidade de demandas que não guardam relação com o exercício do mandato”, disse.

Antes da retomada do julgamento, os ministros Gilmar Mendes, João Otávio de Noronha, Luiz Fux e Henrique Neves haviam votado a favor do prosseguimento da ação.

No processo, o PT sustenta que todas as doações que o partido recebeu foram feitas estritamente dentro dos parâmetros legais e posteriormente declaradas à Justiça Eleitoral.

As contas eleitorais da presidenta foram aprovadas pelo plenário do TSE em dezembro do ano passado por unanimidade.

Com informações da Ag. Brasil

Reforma Ministerial: Dilma empossa novos ministros nesta segunda-feira (5/10)

A presidenta Dilma Rousseff dá posse hoje (5) aos novos ministros, em cerimônia à tarde no Palácio do Planalto.

Os nomes foram anunciados sexta-feira (2) pela presidenta, juntamente com medidas administrativas para diminuir os gastos do governo, como a redução de 30 secretarias nacionais em todos os ministérios, a criação de um limite de gastos com telefonia, passagens aéreas e diárias, o corte de 10% na remuneração dos ministros e a revisão de todos os contratos de aluguel e de prestação de serviços.

Os dez ministros que assumem nesta segunda-feira são: Ricardo Berzoini (PT), na Secretaria de Governo; Miguel Rossetto (PT), no Ministério do Trabalho e Previdência Social; Nilma Lino Gomes, no Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos; Marcelo Castro (PMDB), no Ministério da Saúde; Aloizio Mercadante (PT), no Ministério da Educação; Jaques Wagner (PT), na Casa Civil; Aldo Rebelo (PCdoB), no Ministério da Defesa; Celso Pansera (PMDB), no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; Helder Barbalho (PMDB), no Ministério dos Portos e André Figueiredo (PDT), no Ministério das Comunicações.

Ao anunciar as medidas, a presidenta disse que com essas iniciativas, que terão que ser reforçadas permanentemente, o objetivo é contribuir para que o Brasil saia mais rapidamente da crise, crescendo, gerando emprego e renda.

“Essa reforma vai nos ajudar a efetivar as medidas já tomadas para o reequilíbrio fiscal e aquelas que estão em andamento”, acrescentou.

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Dilma veta financiamento empresarial a campanhas eleitorais

A presidenta Dilma sancionou com vetos a lei da minirreforma eleitoral. A nova legislação foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União, na noite desta terça-feira (29).

Entre os vetos, está o inciso que permite a doação de empresas para campanhas eleitorais de candidatos, repassadas por meio de partidos políticos ou comitês financeiros das coligações. Também foi vetado o dispositivo que determinava a impressão dos votos dos eleitores pela urna eletrônica.

Dilma Rousseff decidiu vetar o financiamento empresarial de campanhas devido à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) do último dia 17 de setembro.

Nas justificativas dos vetos, a presidenta alega que ouviu o Ministério da Justiça e a Advocacia-Geral da União (AGU), segundo os quais esse tipo de contribuições financeiras confrontariam a “a igualdade política e os princípios republicano e democrático”.

De acordo com mensagem presidencial encaminhada ao Congresso, com as razões do veto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estimou em R$ 1,8 bilhão os custos com o registro impresso dos votos dos eleitores.

Por conta desses “altos custos” da implementação da medida, o dois artigos sobre o tema foram vetados pela presidenta.

O projeto de lei 5735/2013 foi aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado no início do mês. Com a decisão de Dilma, os parlamentares devem se reunir em sessão solene do Congresso Nacional para analisar os vetos, podendo derrubá-los ou não.

Eduardo Cunha critica vetos
O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e líderes partidários criticaram os vetos aos dispositivos da minirreforma eleitoral que permite o financiamento empresarial aos partidos políticos e restabelece o voto impresso.

Segundo o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), será atendido o pedido dos líderes, de sancionar hoje a nova Lei Eleitoral.

De acordo com Eduardo Cunha, a posição da maioria dos líderes “é não votar nenhum veto se não puder incluir os da Lei Eleitoral”.

Cunha disse que o governo não deveria vetar o dispositivo permitindo o financiamento empresarial aos partidos políticos com base na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou inconstitucional a doação de empresas às campanhas. “Na minha opinião, nesse momento o Poder Executivo está errando em vetar.”

“O que não dá é vetar uma coisa que sequer publicada, que ainda não tem trânsito em julgado. Se houvesse o trânsito em julgado da decisão do Supremo, o Poder Executivo poderia estar correto no veto”, afirmou o presidente da Câmara.

Segundo ele, há muitas circunstâncias que precisam ser vistas no acórdão do STF. “Não conheço o acórdão que ainda não foi publicado. Nele, ainda caberá embargo de declaração. É difícil fazer uma suposição sobre a decisão do STF”, acrescentou.

Líder do DEM, o deputado Mendonça Filho (PE) defendeu que a votação dos vetos da reforma eleitoral ocorra na sessão do Congresso Nacional, prevista para hoje (30), às 11 horas, destinada à votação de seis vetos pendentes.

Para Mendonça Filho, se os vetos da reforma eleitoral não estiverem incluídos na pauta a oposição poderá obstruir a votação dos demais vetos. O líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), também insiste na apreciação dos vetos da reforma eleitoral na sessão de amanhã.

Renan recusa inclusão de veto a financiamento de campanha na pauta do Congresso
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) disse ontem (29) que vai manter a sessão do Congresso Nacional marcada para concluir hoje (30) a apreciação dos vetos presidenciais.

Renan disse que incluir o veto ao financiamento de campanhas eleitorais por empresas, que deve ser publicado nesta quarta-feira, seria inútil e o país espera primeiro uma resposta sobre vetos que já estão na pauta.

“A apreciação desse veto na sessão de amanhã, quando o país espera que nós concluamos a apreciação dos outros vetos que foram destacados, seria um gesto inútil do Congresso Nacional, sem nenhuma eficácia”, disse Renan durante entrevista a jornalistas no Salão Azul do Senado.

“Não podemos prejudicar o interesse nacional, que pressiona legitimamente no sentido de concluirmos a apreciação dos outros vetos”, afirmou Renan.

Assim, o presidente do Senado contraria o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que queria incluir o veto na pauta da sessão, na intenção de derrubá-lo e permitir o financiamento empresarial de campanha nas eleições de 2016.

“Há um pedido reiterado do presidente [da Câmara] de que esse veto seja apreciado amanhã, o que é impossível, porque há uma prioridade que é a conclusão da apreciação dos outros vetos, que estão pressionado o Brasil e precisam ser resolvidos”, afirmou Calheiros.

Um dos principais defensores do financiamento empresarial de campanha, Cunha chegou a “ameaçar” derrubar a sessão, considerada prioridade pelo governo por incluir o polêmico reajuste a servidores do Judiciário e também a extensão da política de reajuste do salário mínimo a todos os aposentados.

A estratégia anunciada seria a convocação de uma sessão extraordinária da Câmara para o mesmo horário da sessão de votação dos vetos, o que impossibilitaria a sessão do Congresso, uma vez que a Câmara tem preferência.

“Se, por algum motivo, não houver a liberação do Plenário [da Câmara, onde a sessão é realizada], nós vamos manter a convocação para o momento em que for possível” retrucou Calheiros, que disse ter disposição de realizar à noite a sessão, marcada para o final da manhã.

Segundo Calheiros, incluir o veto na pauta seria desrespeitar o Regimento do Congresso que estabelece um prazo de 30 dias, a contar do seu recebimento pelo presidente do Senado:

“Nós não sabemos ainda quais os vetos que foram apostos pela presidente da República, o que torna impossível apreciá-los amanhã, porque seria um movimento inútil.  Do ponto de vista do entendimento do TSE [Tribunal Superior Eleitoral] seria uma espécie de confrontação, o que na prática não seria recomendado”.

A presidenta Dilma deixou o veto assinado antes de viajar para os Estados Unidos, onde participou da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). A decisão coincide com a do Supremo Tribunal Federal (STF) que julgou, no dia 17, o financiamento empresarial inconstitucional.

Com informações da Ag. Brasil

Perde apoio à esquerda pode ser fatal para Dilma, avalia o senador Roberto Requião

A guinada à direita no governo da presidenta Dilma Rousseff, eleita com os votos da esquerda e de parcela considerável do eleitorado de centro, ao reforçar a presença do ministro Joaquim Levy poderá lhe custar muito caro. A observação é do advogado, jornalista, urbanista e senador da República Roberto Requião (PMDB-PR). Ex-governador do Estado do Paraná, em entrevista exclusiva ao Correio do Brasil, Requião foi categórico:

– Perder apoio à esquerda pode ser fatal.

Leia, adiante, a íntegra da entrevista:

– Como o Sr. avalia a atuação do governo Dilma Rousseff no campo econômico, com a presença do economista Joaquim Levy no Ministério da Fazenda?

– A presença de Joaquim Levy na Fazenda é um acinte, uma excrescência, uma anomalia face aos compromissos da presidenta no segundo turno das eleições de 2014. Nada a ver com os 54 milhões e meio de votos que ela teve.

Requião apoia a Operação Lava Jato, mas criticou o juiz Moro pela prisão de José Dirceu
Requião critica o plano de ajustes na economia anunciado por Joaquim Levy, ministro da Fazenda

Ela foi reeleita para aprofundar um programa econômico, social e politico à esquerda, o justo oposto ao programa neoliberal de Aécio Neves. E eis que ela adota exatamente o programa do adversário derrotado. Derrotado, diga-se, por causa de seu programa de ajustes e arrochos. Enfim, o bovino tossiu.

– Quais os resultados práticos para o país o Sr. espera de um estrategista econômico que reza pela cartilha conservadora da Escola de Chicago, em um governo que deveria trilhar por rumos mais à esquerda?

– Tudo aquilo que vimos, que estamos vendo, acontecer na Europa e em todos os países que rezam pela bíblia mofada, apodrecida, ultrapassada de Milton Friedman. Deu errado uma vez, duas vezes, três vezes com FHC. Vai dar errado sempre. Dizia-se, meses atrás, que os programas sociais seriam preservados. Hoje, selecionam quais programas sociais cortar. Era inevitável que seriam cortados. Há uma incompatibilidade absoluta, in limine litis (na questão inicial), entre os ajustes neoliberais e a manutenção de programas sociais. Desde de o principio das coisas, desde o Big bang todos sabemos disso. Querem enganar a quem? Dizem que trair e coçar e só começar. Começou, e agora não haverá limites para os golpes levyanos contra os interesses nacionais e populares.

– A rejeição de setores do PT e de segmentos majoritariamente socialistas do eleitorado às demandas do ministro Levy seria um fator a mais de desequilíbrio político para o governo?

– Sim. Perder apoio à esquerda pode ser fatal. Desacreditado à direita, abandonado à esquerda, o que resta ao governo? Restaria demitir Levy e adotar uma política econômica-social nacionalista, popular e radicalmente democrática. Radicalizar a democracia elevando os interesses das classes desapegadas do grande capital nacional e multinacional à política de Estado. Antes de tudo, o emprego, o salário, a moradia, a segurança alimentar, a educação e a saúde públicas universalizadas, garantidas como princípios e direito. Fim das concessões e privatizações disfarçadas ou não disfarçadas . Reerguer a Petrobrás e garantir o monopólio estatal absoluto sobre o petróleo. Fulminar a prevalência do rentismo sobre a produção. Estancar o processo de desindustrialização do país e início imediato de um programa de inventivo à indústria brasileira. Digo programa e não iniciativas episódicas, soluçantes, de desoneração e coisa e tal.

– O Sr. acredita na possibilidade de um golpe de Estado no Brasil?

Cui prodest? A quem beneficia um golpe de Estado hoje? A banca, o capital vadio, os especuladores nacionais e multinacionais não estão sendo satisfatoriamente contemplados? Apoiam o golpe e oimpeachment, parece-me, apenas os ressentidos, os que não se conformam com a derrota eleitoral. A direita irracional, os fascistas de sempre. Talvez seja possível afirmar que hoje o risco de golpe não está presente.

– O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, na sua opinião, resiste à pressão para que deixe o cargo, uma vez que o STF aceite a denúncia contra ele?

– Acredito que isso depende do balanço de forças. Se ele for abandonado pelos atuais apoiadores, caso ele se isole, é possível que não se sustente no cargo, mesmo que apenas denunciado e não julgado. Vamos ver que rumo toma a procissão…

‘Que comunicação?’

Como o Sr. interpreta a recente onda de demissões nas empresas que integram a mídia conservadora no país (Organizações Globo, Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo etc)?

– A crise da velha mídia não é de hoje. Há tempo que ela vem minguando, encolhendo. Agora, com a crise econômica nacional e mundial, os calos ficam ainda mais apertados. No entanto, que não haja ilusões, que não se comemore antes do tempo: a influência nefasta, deletéria da velha mídia continua forte. E essa influência precisa ser combatida. O remédio imediato que temos à mão é o meu projeto de Direito de Resposta, aprovado por unanimidade no Senado e que dorme na Câmara, embora sob regime de votação urgente. Garantir já o direito ao contraditório, obrigando a mídia abrir espaços para restabelecer a verdade dos fatos, é um passo gigantesco para quebrar o monopólio da informação.

– As mesmas empresas que demitiram centenas de jornalistas, até agora, são as mesmas que receberam, ao longo das últimas décadas, bilhões de reais em verbas públicas…

Requião também critica o modelo de comunicação exercido no âmbito do governo federal
Requião também critica o modelo de comunicação exercido no âmbito do governo federal

– Isso não é de hoje. A chantagem que a grande mídia exerce sobre o poder público é algo entranhado à vida nacional. É a troca do verbo pela verba. Imaginava que os governos do PT pudessem mudar isso, fortalecendo os meios públicos de comunicação. Quando cobrei isso, ainda no primeiro ano do governo Lula, determinado ministro, poderosíssimo, disse-me: ‘Governador (eu era governador do Paraná, então), já temos a nossa televisão, é a Globo’. Pois é…..

– De que forma o Sr. analisa a estratégia de Comunicação do governo Dilma?

– Que comunicação? Há uma comunicação? Existe alguma estratégia (ou tática) de comunicação no Governo Federal? Comunicar o quê? O arrocho Levy? Os anunciados cortes em programas sociais? Aliás, queria deixar aqui uma pergunta (a Dilma): é verdade que a presidenta, até hoje, não deu nenhuma entrevista exclusiva aos veículos da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC)?

– O Sr. vê alguma solução prática para a democratização da mídia, no Brasil?

– A aprovação do Direito de Resposta, quebrando a versão única da mídia conservadora seria uma passo gigantesco.

– Por último, e já agradecendo pela entrevista: o Sr. é contra ou a favor a descriminalização das drogas?

– A liberação não diminuiu o consumo, onde adotada. E como a descriminalização é sobretudo da maconha, também não diminuiu o tráfico. Portanto. Tata-se de uma panaceia e não tem sentido.

Entrevista de Gilberto de Souza é jornalista, editor-chefe do diário Correio do Brasil.