Conselhos Populares: “Derrota não nos abate”, afirma ministro Gilberto Carvalho

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse hoje (29) que a derrubada, ontem (28), pela Câmara dos Deputados, do decreto presidencial que criou a Política Nacional de Participação Social demonstrou a vontade de se impor uma derrota política à presidenta Dilma Rousseff. Segundo Carvalho, o governo não desistirá de tornar constitucional e estável o processo de participação social.

“Na prática esse decreto mexia tão pouco com as estruturas. É uma vitória de Pirro, uma vitória que não significa nada a não ser a vontade conservadora de impor uma derrota política à presidenta. Mas é uma derrota que não nos abate”, disse se referindo à expressão vitória de Pirro usada para expressar uma vitória com ares de derrota.

“Nunca falamos em inventar conselhos, falamos simplesmente em organizar e aprofundar a participação social. Eles não entenderam isso, mas não desistiremos dessa luta para tornar estável o processo de que a participação social seja um método de governo no nosso país”, acrescentou.

Para Carvalho, ao não aceitar o decreto, os parlamentares agiram contra o desejo de participação do povo brasileiro. “A meu juízo, nada mais anacrônico, mais contra os ventos da história, nada mais do que uma tentativa triste de se colocar contra uma vontade irreversível do povo brasileiro que é a vontade da participação. O povo brasileiro não aceita mais uma postura de mero espectador”, acrescentou ao discursar na abertura da 42ª Reunião Nacional do Conselho das Cidades.

Na avaliação do ministro, a derrota de ontem mostra que a presidenta Dilma Rousseff tem razão ao considerar que a reforma política só ocorrerá com uma forte mobilização social e popular.

Ao ser perguntado por jornalistas sobre o apoio de integrantes do PMDB, partido da base aliada, na derrubada do decreto, o ministro respondeu que havia setores do partido que tinham tomado a decisão de derrotar a proposta do governo e que não se deve confundir essa atitude com o conjunto do partido. “Prefiro considerar esse um episódio isolado que não afeta nossa aliança com o PMDB”.

A rejeição do decreto pelos deputados se deu com a aprovação do Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 1.491/14, apresentado pela oposição, anulando o decreto presidencial. O PDC tem agora que ser apreciado pelo Senado Federal. O decreto presidencial foi publicado em maio deste ano e, desde então, os partidos de oposição tentam anular o decreto com o argumento, entre outros, de que ele invade as prerrogativas do Legislativo.

O ministro também comentou o resultado das eleições presidenciais e disse que a reeleição da presidenta Dilma Rousseff aumentou a responsabilidade do governo em apressar os processos, superar limites e corrigir erros.

Para Carvalho, o Brasil não ficou dividido após a eleição. “O fato de um ter votado na Dilma e o outro no Aécio, não nos separa. Nos separa os que tentaram plantar o ódio, mesmo a esses temos que lançar o apelo de que esse não é o caminho”, disse.

Da EBC

Analistas apostam que modelo econômico continua, e pedem melhoria na área social

As projeções econômicas pessimistas feitas pelo mercado podem limitar o espaço que a presidenta Dilma Rousseff terá, pelo menos no início do segundo mandato, para priorizar promessas de governo, afirmam especialistas ouvidos pela Agência Brasil. Com isso, áreas sociais, como saúde e educação, que tiveram destaque na campanha de Dilma à reeleição,  podem ter de esperar alguns meses para serem alavancadas.

Mesmo com a margem apertada, o economista Bruno De Conti, professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e integrante do Centro de Estudo de Conjuntura e Política Econômica da instituição, defende um empenho maior para melhoria da saúde e da educação. Segundo ele, a falta de investimentos nas duas áreas afeta qualquer efeito positivo da melhoria da renda e da redução das desigualdades conquistadas nos últimos anos.

“A grande conquista [dos governos do PT], na minha opinião, foi justamente o aumento da renda das camadas mais pobres, mas algumas dessas famílias. quando têm a renda aumentada, vão contratar seguro de saúde privado ou, se possível, colocar filhos em uma escola privada. Isso é bom, mas não resolve o problema, porque a renda disponível, a renda que fica na mão dessas famílias continua a mesma, porque elas gastam com serviços que têm de ser públicos. Essas áreas têm de avançar muito”, afirmou o economista.

Para De Conti, a presidenta Dilma Rousseff vai manter, nos próximos quatro anos, o atual modelo econômico com ajustes. “O modelo se mostrou bem-sucedido, a despeito das críticas. O  crescimento com inclusão social e distribuição de renda foi a principal marca dos governos Lula e Dilma. Este é o eixo principal que deve ser mantido, e acredito que será.”

Segundo ele, para a receita funcionar, a equipe econômica precisará se empenhar para melhorar os resultados do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) a partir da recuperação dos investimentos. “No ano passado, o crescimento já não foi tão alto e este ano será baixo. No governo Lula, os investimentos cresceram mais do que o consumo. Nos últimos tempos, ficaram abaixo do que esperávamos, mas a expectativa é que voltem a partir de 2015”, disse o economista.

O economista lembrou as manifestações de julho do ano passado, os impactos da crise internacional e a incerteza diante do processo eleitoral deste ano, destacando que o empresariado estava “muito reticente”. Agora, com a definição da eleição presidencial e, nos próximos dias e meses, com a escolha da equipe econômica, “vão se dissipar um pouco essas nuvens”, afirmou.

O cientista político Michel Zaidan Filho, da Universidade Federal de Pernambuco, aposta em um cenário difícil para o próximo ano e diz que isso comprometerá muitas prioridades do governo, e fará com que Dilma tenha de  escolher o que irá caracterizar o início de seu segundo mandato.

“Tem que considerar limitações da margem de manobra da presidenta. O ano que vem será de muita dificuldade. Há problemas de dívida pública, que é paga em função de taxa de juros, que é maior que a Selic, e essa situação obriga o governo a fazer uma grande economia de gastos. Isso limita políticas sociais, mas não deve comprometer a política de transferência de renda, que, se ela [Dilma] não ampliar, vai, pelo menos, manter”, afirmou Zaidan.

Para ele, o governo vai concentrar esforços em busca de uma reforma tributária e do controle da inflação. E as mudanças na condução da economica, segundo ele, devem ser refletidas com o anúncio na nova equipe que conduzirá a área. “Deve haver conversa grande com a Avenida Paulista [importante centro financeiro de São Paulo]. Acredito que Dilma vai procurar os agentes econômicos e não deve definir o novo ministro da Fazenda sem essa conversa.”

De acordo com o cientista político, os agentes financeiros reclamaram muito, durante a campanha, do baixo investimento. “É choro de gente com barriga cheia, que foi muito beneficiada com a crise, mas [eles] são muito influentes”, afirmou Zaidan, ao citar a oscilação especulativa que marcou os movimentos da Bolsa de Valores de São Paulo e as oscilações do câmbio nos últimos meses.

Da Ag. Brasil

Dilma conquista uma vitória maiúscula, a maior da história política do país

Ela aguentou e venceu a tortura nos anos de chumbo que o Brasil ainda tenta esquecer. Assumiu cargos importantes na gestão pública na área de energia, e venceu todos os obstáculos.

Com sua participação política, ajudou Lula a vencer em 2002 e foi sua ministra de Minas e Energia, depois da Casa Civil. A “Coração Valente” teve mais uma pedra no caminho: o câncer. Encarou, e também venceu.

Escolhida por Lula para ser sua candidata à Presidente em 2010, ela venceu o conservador tucano José Serra, ex-ministro, ex-prefeito e governador de SP.

Diante de ataques sistemáticos da oposição, gente que viveu por longos anos das benesses do período da ditadura militar e que hoje se abrigam em partidos tidos como defensores da democracia, e também da grande mídia que desde sempre defende candidatos do capital financeiro internacional, Dilma Rousseff acaba de protagonizar a maior vitória eleitoral e política da história contemporânea brasileira. Não há, na história recente do Brasil, alguém que tenha derrotado tantos de uma só vez.

Ela derrotou no primeiro turno a candidata Marina Silva, ex-PT, ex-PV, ex-Sustentabilidade, e possivelmente ex-PSB. Derrotou também os candidatos ultraconservadores Pastor Everaldo, Levi Fidelix, Eymael.

Derrotou Eduardo Jorge do PV. Derrotou Luciana Genro, ex-PT e da extrema esquerda do Psol. Derrotou também o tucano Aécio Neves, que superou Marina na corrida para estar no segundo turno.

Dilma, apesar dos resultados excepcionais do seu governo e do antecessor, Lula, não conseguiu ganhar em primeiro turno porque a grande mídia apoiou o discurso oposicionista de corrupção na Petrobras. A última tacada foi a “reportagem” da revista Veja, que inclusive antecipou sua circulação, tudo para tentar derrotar a candidatura petista.

A Presidenta entrou no segundo turno em desvantagem política e numérica nas pesquisas. Exceto Luciana Genro, todos os demais candidatos, Marina Silva, Pastor Everaldo, Eduardo Jorge, Levi Fidelix, Eymael abraçaram a candidatura tucana de Aécio Neves.

As pesquisas a colocaram em segundo lugar, a poucos pontos de Aécio, mas atrás na corrida pelo Planalto. Dilma não esmoreceu diante do franco golpe midiático que passou a sofrer com as criminosas publicações de boatos e vazamentos de possíveis depoimentos de delatores no caso Petrobras.

Além desses nomes todos, Dilma venceu toda a tucanada reunida, as aves mais emplumadas do PSDB que são FHC, Geraldo Alckmin e José Serra que, eleitos, caíram de cabeça na campanha de Aécio.

Dilma enfrentou todos esses entraves, e a maior bagagem política e de retórica de Aécio Neves. Muito técnica, com estilo eminentemente gerencial, ela se superou também neste quesito, buscando ao máximo melhorar. E indiscutivelmente venceu a todos, como nunca antes em outras eleições do país após a democratização.

O ódio e a raiva disseminados durante esta campanha eleitoral, a intolerância que chegou ao limite da decência, tendo até resvalado para atos de vandalismo, devem encerrar agora, porque a vitória de Dilma é inconteste. Cabe agora à oposição ter a grandeza de se reinventar, e de se colocar como a população a colocou: como fiscalizadora do governo federal.

A todos os brasileiros e brasileiras, cabe o compromisso de cobrar de Dilma as propostas e promessas da campanha eleitoral, fiscalizando e acompanhando a ação do Governo. E desejar a ela, a primeira mulher a ser eleita, e agora reeleita, Presidenta da República, muito sucesso.

Porque da ação positiva e competente do seu novo governo dependerá também o sucesso do Brasil. Que ela possa encampar definitivamente a transformação do país, para valer, com a reforma política que acabe com a orgia política atual, institua eleições gerais de seis em seis anos, fim das coligações, financiamento público, voto distrital.

Que ela regulamente imediatamente o capitulo das comunicações no país, acabando com a farra de poucas famílias com concessões de TV e rádio país afora, democratizando o segmento para que todos possam saber mais sobre suas culturas e noticias, e não só o que os poderosos querem, e também que amplie exponencialmente a entrada de jovens nas universidades, faculdades, cursos técnicos, investindo muito na educação em todos os níveis, e também na cultura.

Assim, teremos um dia um país em paz, sem violência, e sem as ainda persistentes desigualdades sociais que há séculos perduram. Parabéns Dilma Rousseff, coração valente, a maior vencedora da história política do Brasil. E viva a nossa democracia e a liberdade!

Datafolha: Dilma tem 46% e Aécio, 43% das intenções de voto

Pesquisa Datafolha divulgada ontem (20) mostra a candidata do PT, Dilma Rousseff, com 46% das intenções de votos. Aécio Neves, do PSDB, tem 43%. Dada a margem de erro de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, os dois seguem empatados tecnicamente. Esta é, no entanto, a primeira vez, no segundo turno, que Dilma aparece numericamente à frente de Aécio no levantamento.

Na pesquisa anterior, Dilma tinha 43% e Aécio, 45%. Votos brancos e nulos somam 5%. Não souberam ou não responderam, 6%. Considerados os votos válidos, excluindo-se os votos brancos, nulos e indecisos, mesmo procedimento utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial, Dilma tem 52% e Aécio, 48%.

Quanto à avaliação do governo de Dilma, 42% julgaram a administração boa ou ótima, 37% consideraram regular e 20% ruim ou péssimo. O Datafolha ouviu 4.389 eleitores nesta segunda-feira, em 257 municípios. O nível de confiança é 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-01140/2014.

No primeiro turno, Dilma Rousseff obteve 41,59% dos votos válidos e Aécio Neves, recebeu 33,55%. A votação será no dia 26 deste mês.

Da EBC

Dilma e Aécio continuam empatados tecnicamente, segundo o Vox Populi

Pesquisa feita pelo instituto de consultoria Vox Populi, a pedido do grupo Record, mostra empate técnico entre o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, e a candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT). Segundo o levantamento, Dilma é a preferida de 45% dos eleitores consultados e Aécio, de 44%.

Os entrevistados que responderam que votarão em branco e os que anularão os votos correspondem, respectivamente, a 5% do total. É o mesmo percentual dos que disseram estar indecisos.

Descontados os brancos, nulos e indecisos, o percentual de votos em Dilma sobe para 51% e em Aécio, para 49%. Como a margem de erro é 2 pontos, os resultados significam, na prática, empate técnico. Dilma Rousseff se sai melhor entre os eleitores da Região Nordeste. Aécio lidera no Sul e no Sudeste e os dois empatam nas regiões Norte e Centro-Oeste.

Dois mil eleitores de 147 cidades de todas as regiões do país foram ouvidos no sábado (11) e no domingo (12). O empate técnico já havia sido apontado em pesquisas divulgadas peloDatafolha e pelo Ibope, na sexta-feira (9).

Da EBC

Pesquisas eleitorais do segundo turno mostram empate técnico entre Aécio e Dilma

Na primeira pesquisa do segundo turno das eleições presidenciais feita pelo Ibope, o candidato do PSDB, Aécio Neves, apareceu na frente da candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff. Aécio tem 46% das intenções de voto e Dilma, 44%. Considerando a margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, os dois candidatos estão em empate técnico.

Datafolha: Aécio tem 46% e Dilma 44% das intenções de voto no segundo turno

Votos brancos, nulos ou indecisos somam 6%. Já os eleitores que responderam que ainda não sabem em quem votar são 4%. Se considerados apenas os votos válidos, a disputa fica ainda mais apertada. Nesse caso, Aécio tem 51% das intenções de voto e Dilma, 49%.

O Ibope ouviu  3.010 pessoas entre os dias 7 e 8 de outubro para fazer a pesquisa, encomendada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-01071/014.

No primeiro turno, Dilma Rousseff obteve 41,59% dos votos válidos e Aécio Neves, 33,55%. Enquanto a candidata do PT ganhou em 15 estados, o candidato do PSDB foi vencedor em dez.

Da Ag. Brasil

Opinião – Impressões de Brasília 2

Educação de Bombinhas (SC) com novidades: Alexandre Santos, do INEP, assume secretaria da Educação dia 6 de março
Educação de Bombinhas (SC) com novidades: Alexandre Santos, do INEP, (camisa azul ao centro) assume secretaria da Educação

Minhas impressões políticas da viagem que fiz à Brasília continuam aqui, agora com novidades na área da educação catarinense. Confiram:

Venderam mas não conseguem entregar
As articulações brasilianas são tantas que dariam um livro a cada mês. No caso de Santa Catarina, onde a alas do PMDB disputam projetos distintos, uma pela candidatura própria, outra por continuar com Raimundo Colombo (PSD), a agitação é grande. De um lado, contam aliados de Mauro Mariani que lidera corrente pela candidatura própria, LHS e Ideli Salvatti, senador e ministra petista, venderam à Dilma que estava tudo certo para um frentão imbatível: PSD na cabeça de chapa, PMDB de vice, PT ao senado, e tudo certo. Mas não conseguiram entregar a encomenda à Presidenta.

Sem entrega do pedido
Acontece que Ideli perdeu o comando do partido em SC para seu desafeto político, o ex-deputado Claudio Vignatti, e LHS não conseguiu segurar o PMDB de Mariani, que fortaleceu e muito a tese de reconquista do governo em chapa peemedebista. E para piorar, a tese de uma chapa entre Mariani e Vignatti ganha corpo e seria uma montanha no sapato de Colombo (PSD), que teria o PSDB, PP e PSB para tentar renovar o seu mandato. Até março quanto o PMDB deverá realizar prévias ou uma pré-convenção, os nervos estarão à flor da pele em Brasília e Florianópolis.

Muda – muda
Nas movimentações feitas pela presidenta Dilma visando às eleições, muita gente já colocou as barbas de molho. Mais que uma mudança pontual de troca do titular pelo segundo nome na hierarquia, já se vê no horizonte que muita coisa vai mudar em eventual novo governo Dilma. É voz corrente que o ministério Dilma é infinitamente inferior em qualidade técnica e força política do que o time do seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva. Os atrasos em obras do PAC, a falta de uma boa relação politica com o Congresso e partidos políticos tem irritado demasiadamente a comandante do Planalto. E quem paga a conta são os que tentam falar com miss Dilma. Dureza.

Catarinense deixa o INEP e assume a Educação em Bombinhas
Um catarinense que conquistou Brasília unicamente por seus méritos como pesquisador e intelectual, e que há quase três anos comandava a avaliação da educação básica do Brasil no INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, o joinvilense Alexandre André dos Santos, está com mala e cuia prontas para retornar a Santa Catarina, e não é para férias não. Ele foi convidado, aceitou e assume no próximo dia 6 de março a Secretaria da Educação de Bombinhas, município do litoral comandado pela prefeita Ana Paula da Silva.

Currículo invejável
Alexandre é um jovem de 39 anos, servidor público federal concursado no INEP em Brasília. Em seu currículo acumula a responsabilidade da implementação e coordenação do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, Prova e Provinha Brasil, avaliação de alfabetização e coordenador do Programa Internacional de Avaliação de Alunos – Pisa, isso sem contar, a experiência em gestão pública que acumula no Ministério desde o ano de 2004. É graduado e mestre em geografia e doutorando em Planejamento e Integração Econômica e Territorial pela Universidade de Leon na Espanha. Sob sua coordenação, o ENEM sofreu muito menos criticas. Dilma perde um grande quadro, Santa Catarina ganha muito.

Santos quer pólo de inovação na educação
Entusiasta da educação, e ainda mais apaixonado pelo tema no trabalho que fez durante todos esse tempo país afora, conhecendo índices, gestões, e com ligações fortes com organismos de apoio à educação, Alexandre Santos diz o que pretende fazer em Bombinhas. “Meu objetivo é construir uma proposta participativa educacional que possibilite referencial nacional e inovador”, destaca o futuro secretário. Também explicou que os problemas estão nos municípios e são resolvíveis na base, salientou que construir esse projeto do Brasil inovador passa por cada servidor da educação. “Nós queremos garantir o direito da educação de qualidade para todos os estudantes do ensino municipal”, finalizou ele ao portal da Prefeitura de Bombinhas. Boa sorte a ele.

Por Salvador Neto

Opinião – Impressões de Brasília

Aliança PT/PMDB está por um fio
Aliança PT/PMDB está por um fio

Brasília é o centro do poder em nosso país, assim como Florianópolis o é em Santa Catarina, Porto Alegre no Rio Grande do Sul, e assim por diante. Estive por lá esta semana a trabalho, garimpando notícias e novidades que agora compartilho com os leitores do Palavra Livre. Neste ano em que teremos eleições, é importante ficar bem informado sobre tudo que rola nos bastidores do poder, distante dos olhos da maioria da população. Confira as impressões de Brasília parte 1:

Aeroportos, obras, transtornos
É uma constatação. As obras nos principais aeroportos do Brasil estão para lá de atrasadas. Em Congonhas, no JK da capital federal, tudo em um ritmo acelerado, mas convenhamos muito atrasado. Falando em atrasos, os voos começaram a atrasar novamente, desde o destino e conexões por consequência. Imaginem o que vai acontecer na Copa do Mundo. Oremos.

Dilma e PMDB
Está por um fio a aliança nacional que se formou a partir do primeiro governo Lula entre o PT e PMDB. Nada transparece para a opinião pública nacional, mas é fato que a intransigência de Dilma em questões menores que desagradam líderes do PMDB afasta o partido da base, lenta, mas profundamente. Para quem vai à reeleição, ficar sem o maior partido do país seria um verdadeiro terremoto.

Dilma x PMDB 2
As maiores reclamações nem são sobre ministérios A ou B, mas do péssimo atendimento político e pessoal aos pleitos de deputados federais, inclusive de Santa Catarina. Arrogância, chá de banco em antessalas, ausência de retornos a pleitos de parlamentares, mesmo os menores, tem ampliado o fosso. Há assessores de ministérios que sequer atendem deputados, mandam esperar por horas. Resultado: forte inclinação para desembarque do governo, liberação do PMDB para negociar alianças por estados, e até o antes inimaginável, aliança com os tucanos.

Volta Lula cresce
Diante de tantos desencontros entre petistas, peemedebistas e outros partidos da base do governo, e sem acenos da Presidenta para a reaglutinaçao de uma base heterogênea ao extremo, já se sente nas conversas o apelo pela volta de Lula. O ex-presidente voltando à ativa e à disputa presidencial, dizem deputados, faria tudo voltar a seu curso normal. Os parlamentares amam Lula, e já chegam a detestar Dilma. Coisas da política tupiniquim. Com Lula, sonhos de Eduardo Campos e Aécio Neves de chegar a um segundo turno ficariam muito distantes. É o sentimento no cerrado hoje.

Por Salvador Neto

Opinião: Na arena política 2014

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Além da Copa do Mundo, observar a política é decidir consciente

Enquanto se aproxima o grande circo, a realização da Copa do Mundo no Brasil, evento privado que suga bilhões de dinheiro público que faz muita falta para o nosso povo, os lances do jogo político começam a ser exibidos na grande mídia. A começar por superdimensionar a morte do cinegrafista da Band e criminalizar jovens manifestantes que cometeram o erro de soltar o rojão, passando pelos “graves” conflitos na Venezuela, que tentam nos vender como uma revolta gigantesca contra um governo de doidos. Isso tudo é fumaça para os olhos. A verdade é que está em jogo o poder.

Ministro sem independência?
Vamos aos fatos. Em nível federal, a arena política mostra o recrudescimento antecipado da luta eleitoral. Após o julgamento açodado, midiático e eivado de manobras sem provas, e a condenação de petistas, pepistas, petebistas e outros, e da prisão dos líderes petistas ao final de 2013, eis que ressurge o eminente ministro do STF, Gilmar Mendes, que deveria ser o mais silencioso dos julgadores por serem eles os últimos a julgar as demandas da sociedade, acusando os militantes do partido do governo, PT, de ao buscarem contribuições para pagar as multas dos apenados, ludibriar a Justiça. Como assim?

O que se quer mais?
Os julgados foram condenados. Estão presos. Deviam a multa. A multa foi e outras pelo que se vê, serão pagas. O que mais falta ser feito? Não queriam condenar, prender e fazer pagar? Isso não está ocorrendo? O que se quer mais? Torturar até a morte? Impedir qualquer ação destas pessoas, e de uma militância ativa de um partido? Gilmar Mendes, o homem que preside um Instituto que recebe dinheiro público de Tribunais para criar eventos jurídicos; homem que concede habeas corpus a Daniel Dantas como se dá bala para criança; um juiz da alta corte que acusa grampos sem provas, e fica impune? Não passa de jogo duro, e midiático, para criar um clima antigovernista.

Mensalão Tucano no tribunal
Agora veio a decisão do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, indiciando o tucano Eduardo Azeredo, deputado, aliás, ex-deputado federal pelo PSDB/MG já que renunciou na noite de ontem (quarta, 19), por desvios de dinheiro público, improbidade, no conhecido mensalão mineiro, a origem de todos os mensalões do Brasil recente. E agora? Na mesma panela mensaleira temos PT, PMDB, PTB, PP, PSDB, DEM, etc. Preparem-se amigos, porque esta eleição promete momentos fervilhantes! Teremos Dilma (PT) buscando a reeleição, Aécio Neves (PSDB) tentando ser o salvador do país, Eduardo Campos (PSB) que ainda não sabe bem em que barco por os pés, e outros menos cotados de partidos nanicos.

Observar é preciso
Na verdade, nesta arena federal, o que nos cabe como cidadãos, é observar sempre os movimentos reais, midiáticos, e conversar mais sobre o cenário. Diferente dos partidos que buscam o poder, nós cidadãos temos o dever de buscar a melhor decisão. A decisão do voto que faça a nossa vida ficar melhor, com mais oportunidades a nós e nossos filhos e netos. O voto que nos dará a estabilidade que precisamos para construir nossas vidas. Porque ao entrar na arena dos políticos, nosso erro pode ser fatal aos nossos desejos. Na eleição à Presidência do país, é fundamental um olhar muito apurado da realidade, do passado, e do cotidiano.

Em Santa Catarina
Já em Santa Catarina, nossa terra, encontramos a geléia geral iniciada por Luiz Henrique da Silveira, ex-governador e hoje senador, tentando se manter consistente rumo a mais quatro anos de comando do governo. De um lado, Raimundo Colombo circulando pelos municípios a distribuir verbas do Pacto por Santa Catarina, amarrando apoios de prefeitos e deputados que podem estar se bandeando para a candidatura própria do PMDB/SC, ainda o maior partido catarinense. Colombo faz um governo sofrível, lento, com quase nada de obras para a maior cidade que é Joinville.

No PMDB, Mauro Mariani, deputado federal mais votado em 2010, e Edson Piriquito, prefeito de Balneário Camboriú, colocam os pezinhos vermelhos de fora bradando pela candidatura própria do partido. As bases parecem querer, mas os comandantes… Via colunistas da grande mídia, o grupo de Eduardo Moreira, atual vice-governador, e de LHS, mandam recadinhos intimidadores. Os comandantes do Manda Brasa negociam nos bastidores para um lado, do PSD, e no discurso falam em unidade partidária, decisão dos companheiros, etc. Que coisa!

Se houver prévias, pode ate ser que o PMDB decida lançar candidatura própria. Mas para lançar terá que ter mais que a militância, terá que ter os recursos… Será que dará certo? Já o PT renovado no comando com o ex-deputado federal Claudio Vignatti, mobiliza seus militantes para ter o candidato próprio e nominata fechada para assembleia e câmara federal. Nunca antes o partido esteve tão fragilizado, com o mensalão a manchar a estrela, e com Dilma acenando mais a Colombo do que aos companheiros. Uma união PT/PMDB seria o desenho ideal para ambos, mas será que os poderosos querem isso? Hummmm….

Tucanos à vontade
No PSDB, Paulo Bauer ensaia o voo que embala sua recondução logo mais a frente ao mesmo Senado. Com nada a perder, pois tem mais quatro anos de mandato pela frente, Bauer vai moldando seu caminho no horizonte de ajudar Aécio Neves com palanque por aqui. Com apoio da cúpula nacional tucana, seguirá para a arena firme. Mas, dependendo das circunstancias, pode se aliar ao PSD e PP caso o PMDB siga sozinho ou com o PT. Portanto, até noiva cobiçada poderá ser. Dependerá das nuvens que virão até junho. Já o PP de Esperidião Amin e Ângela, João Pizzolatti e Joares Ponticelli, sonham em voltar ao governo. Ou com Colombo (PSD) e PMDB junto, o que seria o nascimento de uma nova alquimia catarinense jamais vista, ou com PSD e PP, voltando ao antigo Arenão da ditadura. Alguém duvida?

E nós? Bom, nós temos de observar de perto os interesses verdadeiros por trás dos discursos vagos e pela grandeza do Estado. Acompanhar de perto as formas antiéticas de negociar deixando companheiros de partido à margem em favor de projetos com outro partido, e que escondem os interesses pessoais guardados a muitas chaves. A observar, para não errar o voto, a coerência, retidão, defesa partidária, projetos claros de poder e governo, e o histórico dos candidatos. E isso vale também para a escolha de deputados estaduais, federais, senador. Vamos tentar acertar?

Por Salvador Neto

Refis da Crise: Dilma sanciona lei que reabre prazos

A presidente Dilma Rousseff sancionou, nesta quarta-feira (9/10), a lei que reabre o prazo do chamado Refis da Crise. A nova regra está prevista no artigo 17 da Lei 12.865, publicada nesta quinta (10/10) no Diário Oficial da União.

Pela lei, fica reaberto até 31 de dezembro deste ano o prazo para o chamado Refis da Crise. O programa de parcelamento de impostos atrasados foi instituído em 2009 para socorrer empresas e pessoas físicas em dificuldade financeira, após o início da crise que ainda traz consequências para a economia mundial.

Entre outras coisas, a lei estabelece que, enquanto não consolidada a dívida, o contribuinte deve calcular e recolher mensalmente parcela equivalente ao maior valor entre o montante dos débitos objeto do parcelamento, dividido pelo número de prestações pretendidas.

A lei também estabelece que, por ocasião da consolidação, será exigida a regularidade de todas as prestações devidas desde o mês de adesão até o mês anterior ao da conclusão da consolidação dos débitos parcelados pelo disposto no artigo. Com informações da Agência Brasil.

Clique aqui para ler a Lei 12.865.

Do Conjur