Posto aqui matéria que foi publicada no Notícias do Dia da capital Florianópolis, e postada no site do economista e supervisor técnico do Dieese/SC, José Alvaro Cardoso, o Sensor Econômico – sensoreconomicobrasil.blogspot.com.br – onde ele afirma ser um absurdo, o que também acredito, afinal, uma empresa deste porte precisa mesmo do nosso dinheiro e mais tantos incentivos para implantar fábrica aqui? Confiram a matéria:
“Deputados aprovaram, na quarta-feira, um aumento de capital para o BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo-sul) em R$ 200 milhões. O banco dos três estados do Sul vai abrir linha de financiamento de até R$ 1 bilhão para fechar empréstimos a municípios e projetos de interesse do governo do Estado tocados pela iniciativa privada. A capitalização abre os cofres do banco para a montadora alemã BMW adquirir um imóvel para instalar sua fábrica em Araquari, no Norte do Estado. A BMW poderá contrair empréstimos de até R$ 240 milhões.
Segundo Murilo Flores, coordenador do Pacto por Santa Catarina, os três estados do Sul estão integralizando capital no banco. O Paraná, por exemplo, vai fazer aporte de R$ 600 milhões. Tanto os R$ 200 milhões de Santa Catarina como os R$ 600 milhões do Paraná são recursos de financiamento do BNDES. E a finalidade é a mesa: atender programas de interesse dos governos municipais.
Santa Catarina obteve empréstimo de R$ 5 bilhões do BNDES. O financiamento foi uma forma de o governo federal compensar as perdas de receita provocadas pela unificação da alíquota do ICMS. A operação de crédito é exclusivamente para atender ao Programa Celera Santa Catarina, que tem projetos nas áreas de infraestrutura logística, habitaçã ;o, assistência social e saneamento básico.
Murilo Flores disse que a transferência de R$ 200 milhões não retira recursos dos projetos contidos na lei 15.855, que criou o programa Acelera Santa Catarina, e ainda abre outro flanco de financiamentos. “É uma jogada que resolve muitos problemas. O governo do Estado carece de recursos para convênios. Capitalizando o BRDE, a instituição poderá financiar essas prefeituras em muitos programas de interesse social”, comentou.
Apenas um voto contrário
O projeto de lei complementar 334 teve voto contrário do deputado Sargento Soares (PDT). O parlamentar disse que não tem nada contra a capitalização do BRDE, mas tem ressalvas ao Estado assumir empréstimos e passar à indústria automobilística. “A indústria alemã só vai entrar com sua logomarca. E o Estado entra com o dinheiro”, protestou o único deputado a votar contrário a transferência de dinheiro do Estado para a BMW”.
Fonte: Notícias do Dia