Opinião – Uma acareação perdida

De todas as mais de cinco horas de acareação entre os ex-secretários de Estado da Casa Civil e Saúde, Douglas Borba e Helton Zeferino, e a servidora exonerada do cargo em comissão da Saúde, Márcia Pauli, o que sobrou foi quase zero. Talvez por ser a primeira acareação da história do parlamento catarinense, os deputados não souberam arrancar as evidências e quebras as contradições do trio que estava na proa do comando ao combate do Covid-19 em Santa Catarina. Por enquanto, muito foguetório e pouco resultado é o que se vê na CPI dos Respiradores. Os R$ 33 milhões precisam retornar aos cofres públicos, e responsáveis punidos na forma da lei.

Em política já se sabe que algumas CPIs servem apenas para dar visibilidade aos seus proponentes e membros ativos. O relator, deputado Ivan Naatz (PL), fica visivelmente irritado ao não encontrar o fio da meada que leve ao autor do pagamento antecipado, e que isto leve à responsabilidade do Governador Carlos Moisés (PSL). Até agora não obteve êxito nem em cumprir o objetivo da CPI – encontrar os culpados da compra fraudada – e tampouco encontrar o fato determinado para pedir responsabilização do Governador. O presidente da CPI, deputado Sargento Lima, tem buscado um equilíbrio na condução dos trabalhos, o que é bom, mas é somente isso. Egos inflados nota-se claramente.

O fato é que a investigação levada a cabo pelo Gaeco já deu resultados mais práticos. Prisão preventiva de Douglas Borba, Leandro Barros e mais três pessoas ligadas a tal Veigamed, conversas de celular, rastreamento do dinheiro – isso sim pode levar a descobrir e resgatar o dinheiro dos catarinenses – são ações efetivas que podem elucidar este vergonhoso caso de queima de recursos públicos de forma amadora em meio a uma pandemia que avança em SC. O cuidado que a CPI da Alesc tem de ter é não se perder em meio a debates desnecessários, devaneios, perguntas desconexas, egos inflados, que pode esvaziar uma importante investigação parlamentar.

Na acareação, esperada para descobrir o principal fato – quem pagou, mandou, efetivou? – foi claro que os deputados não sabiam o que perguntar e como conduzir as perguntas até confrontar cada uma das testemunhas e chegar à verdade, ou próxima dela. João Amin (PP) e Kennedy Nunes (PSD) foram os mais efetivos, causando até um incômodo no relator. Espera-se da Comissão Parlamentar de Inquérito que reorganize seu roteiro de trabalho para avançar ao objetivo. Caso contrário o descrédito virá, e não é isso que a sociedade catarinense deseja.

Para além da descoberta das devidas responsabilizações pelo grave erro que resultou em R$ 33 milhões por respiradores que não apareceram, é preciso que a CPI indique mudanças legais a serem feitas nos controles do Estado, notadamente nos usos dos sistemas, tramitações da documentação. O excesso de burocracia e etapas ajudam a deixar tudo mais obscuro e não dão mais controle, equívocos de uma forma antiquada de controle fiscal e financeiro dos recursos públicos.

Caso dos Respiradores – Operação Oxigênio prende cinco envolvidos, entre eles o ex-secretário Douglas Borba

A força-tarefa composta pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e pela Polícia Civil (PC) deflagrou na manhã deste sábado (6/6) a segunda fase da Operação O2 (Oxigênio). Foram presos preventivamente pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), pelo Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) e pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) quatro envolvidos na compra emergencial de 200 ventiladores pulmonares para combater a covid-19 ao custo de R$ 33 milhões, pagos de forma antecipada, que não chegaram ao estado. Dois mandados de prisão estão pendentes de cumprimento.

Durante a operação também foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão em cinco municípios de três estados da Federação, envolvendo aproximadamente 50 policiais de Santa Catarina, do Rio de Janeiro e de São Paulo. Entre os  alvos da O2 estão um ex-agente público e cinco empresários. Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram requeridos pela força-tarefa e deferidos pelo Juízo da Vara do Crime Organizado da Capital. Integrantes da força-tarefa concederam entrevista coletiva à imprensa por videoconferência no final da manhã deste sábado.

Segundo a apuração, cada integrante do grupo preso nesta manhã exercia uma função determinada. Entre eles está o responsável pela negociação, que pressionava os agentes públicos para a liberação antecipada do dinheiro, prometendo a entrega dos respiradores e dizendo que os equipamentos estariam prontos para embarque, mesmo sabendo que não havia respirador para entrega. 

As prisões preventivas foram requeridas para evitar novas destruições e ocultação de provas e para assegurar que o dinheiro utilizado na compra dos respiradores seja efetivamente rastreado e que não sejam realizadas novas manobras de lavagem de capitais.

Além disso, as medidas têm como fundamento a garantia da ordem pública, pois os crimes teriam sido praticados não só em detrimento do erário ou da lisura dos procedimentos licitatórios, mas têm como efeito danoso primordial afronta a direitos fundamental e social previstos na Constituição da República: os direitos à vida e à saúde da população catarinense.

Até agora só foi possível encontrar e bloquear cerca de R$ 12 milhões, ou seja, um pouco mais de um terço dos R$ 33 milhões supostamente desviados. 

O rastro do dinheiro pago pelo Estado continua sendo perseguido. Os investigadores já descobriram que, dos R$ 33 milhões que saíram dos cofres públicos estaduais, R$ 22 milhões foram diluídos em várias transferências para contas diversas ainda no mês de abril. Os R$ 11 milhões bloqueados em uma conta judicial foram utilizados, por exemplo, para uma suposta compra de kits de teste rápido de detecção da covid-19 e não na aquisição dos respiradores.

Após colherem 41 depoimentos e interrogatórios e analisar parte do conjunto de material apreendido na primeira fase da Operação O2, os integrantes da força-tarefa demonstraram que há indicativos veementes de fraude no processo de aquisição dos 200 respiradores perpetrada por um sofisticado esquema criminoso envolvendo agentes públicos e empresários que se organizaram para tirar proveito de um período de grandes dificuldades, incertezas e risco de morte de considerável parcela da população em decorrência do novo coronavírus.

De acordo com a apuração, uma série de crimes teria sido cometida desde o dia 22 de março de 2020, quando a compra dos 200 respiradores para o Estado começou a ser arquitetada. Peculato, organização criminosa, criação de empresa de fachada e lavagem de dinheiro estão entre os ilícitos investigados até agora.

Laudos periciais de celulares apreendidos mostram, por exemplo, que houve edição de mensagens trocadas por WhatsApp por um dos envolvidos como forma de ocultar provas. 

Os 50 ventiladores pulmonares trazidos para o estado são de um modelo substancialmente mais barato que o comprado. Aliado à alta margem de lucro decorrente do superfaturamento superior a 80% dos respiradores, os quais nem sequer foram entregues, os equipamentos que aqui chegaram são absolutamente inadequados ao fim para o qual foram adquiridos – o tratamento em UTI da covid-19 – e ainda, se utilizados, poderiam ocasionar contaminação do ambiente, de pacientes e de profissionais.

“Trata-se, possivelmente, do crime mais perverso cometido na história recente catarinense, no qual os representados, agiram dissimuladamente para auferir ganho milionário aproveitando-se da situação de calamidade pública vivenciada pela contaminação humana pelo novo coronavírus, em detrimento da vida da população”, narraram os integrantes da força-tarefa.

Primeira fase da operação

A compra emergencial ilícita de 200 ventiladores pulmonares para combater a covid-19 ao custo de R$ 33 milhões, pagos de forma antecipada, sem as mínimas cautelas quanto à verificação da idoneidade e da capacidade da empresa vendedora, começou a ser investigada após a veiculação de uma reportagem da agência de notícias The Intercept Brasil.

Inicialmente foram instaurados procedimentos investigatórios na Procuradoria-Geral de Justiça e na 26ª Promotoria de Justiça da Capital. Em seguida, uma força-tarefa composta pelo Ministério Público de Santa Catarina, pela Polícia Civil e pelo Tribunal de Contas do Estado foi formalizada por meio de uma portaria para atuação em conjunto. 

Após um dos investigados perder o foro por prerrogativa de função, o caso deixou de tramitar perante o Tribunal de Justiça e foi para a Vara do Crime Organizado, mas a força-tarefa se manteve. Atuam no caso 12 Promotores de Justiça, três Delegados da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e cinco Auditores do Tribunal de Contas do Estado (TCE). No MPSC, os núcleos regionais do GAECO e do GEAC atuam em conjunto no combate ao crime organizado e à corrupção. 

A primeira ação da força-tarefa ocorreu no dia 9 de maio, ocasião em que foi deflagrada a primeira fase da Operação O2. Foram cumpridos 36 mandados de busca e apreensão. Ao todo foram apreendidos 19 celulares, 17 computadores e mais 33 mídias eletrônicas diversas – HD, pendrivetablet. Desde então já foram colhidos 41 depoimentos e interrogatórios, o que totaliza 40 horas e 41 minutos só de áudio.

A força-tarefa continua a analisar o material apreendido na primeira fase da operação e agora vai se debruçar também sobre o que foi apreendido na manhã deste sábado. Os detalhes da investigação seguem em sigilo enquanto for necessário para não atrapalhar os próximos passos da apuração. A segunda etapa da operação conta com o apoio operacional do Ministério da Justiça.

A política baixa no Parlamento Catarinense

No mínimo infeliz a publicação e divulgação de uma postagem do deputado estadual Jessé Lopes (PSL) em seu twitter nesta segunda-feira (25), quando afirma que uma secretária da Casa Civil do Governo de SC teria aparecido grávida e que o ex-secretário da pasta, Douglas Borba, teria assumido a paternidade. Ainda na postagem, Jessé afirma que a secretária, após Borba ser demitido, teria dito que o filho seria do governador Carlos Moisés (PSL) e que um exame de DNA seria feito. Após a imediata repercussão negativa do ato, publicou outra postagem dizendo que somente repassou o que dizia a nota de um colunista da Capital, mas na nota em questão nada dizia sobre o que o deputado divulgara.

Isso não é a política que os catarinenses querem ver, e precisam ter. Certamente atacar adversários políticos pela via da honra, em casos pessoais sejam eles quais forem – e este em especial atinge a secretária, um ex-Secretário e o Governador, sem contar familiares – não é o caminho correto, tampouco ético. A Assembleia Legislativa de Santa Catarina poderia tomar uma medida exemplar para o país ao punir condutas como estas, que podem ser mais uma das fake news tão utilizadas por bolsonaristas para atacar adversários.

Não é honroso para o Parlamento catarinense ter entre seus quadros deputados que, em meio a pandemia do coronavírus, preocupam-se em atacar a honra de quem não gostam. Santa Catarina precisa de trabalho duro dos seus parlamentares para combater o Covid-19, com projetos, ações, fiscalização. O deputado do PSL do B, PSL do Bolsonaro, apagou a postagem depois da péssima repercussão até entre os seus seguidores, mas publicou uma nota de esclarecimento que nada esclarece, diz ter feito uma analogia equivocada em relação a responsabilidade dos envolvidos com o caso dos respiradores.

Tenta retratar-se, mas não consegue, até porque não nomina a quem buscou atacar, como o fez na primeira publicação. Insinua que foi mal interpretado. Mostra que não tem apreço pela imagem das pessoas, da responsabilidade que seu cargo exige. O cargo que ocupa não é um brinquedo, o nome das pessoas não pode ser utilizado de forma deturpada, sob pena de constranger famílias, manchar carreiras, e até destruir reputação e vidas. Lastimável que SC tenha um deputado que age desta forma. Espera-se que a Alesc aja não somente com notas para a imprensa, mas também com o rigor que o caso merece.

O Governador Carlos Moisés enviou nota, assim como o presidente da Assembleia Legislativa de SC, Julio Garcia. Seguem as notas:

Nota do Governo do Estado
“É lamentável que em meio a uma pandemia que coloca vidas em risco, algumas pessoas se aproveitem da situação para divulgar mentiras. Uma destas faz referência ao Governador Carlos Moisés e sua família. Em relação a esta mentira estão sendo estudadas as medidas legais cabíveis – cíveis e criminais – contras os responsáveis pela divulgação. Elas serão anunciadas tão logo definidas. Santa Catarina e os catarinenses merecem respeito.

Carlos Moisés da Silva
Governado do Estado de Santa Catarina”

Nota da Presidência da Assembleia Legislativa
“Aos parlamentares cabe debater ideias e projetos para superar desafios e encontrar caminhos para o desenvolvimento econômico e social do nosso Estado, com vistas a uma melhor qualidade de vida para todos.
A Presidência da Assembleia Legislativa não compartilha com iniciativas que, de alguma forma, venham a ferir a honra das pessoas, bem como não compactua com pré-julgamentos em quaisquer circunstâncias.

Florianópolis, 25 de maio de 2020.

Política não pode atrapalhar combate ao Covid-19

Santa Catarina começa a dar sinais que vai, assim como Brasília, passar a priorizar a disputa política em detrimento da união de esforços contra o inimigo comum, o Covid-19, o famoso coronavírus. É o que se depreende das mais novas manifestações de deputados estaduais contra as ações do Governo de Carlos Moisés (PSL). Agora a bola da vez e que pode incendiar o parquinho em hora imprópria é o investimento em um Hospital de Campanha a ser instalado em Itajaí (SC).

Segundo as denúncias, o valor estaria super dimensionado em relação ao que o Governo Federal propõe em outros estados como Goiás. Há muitas diferenças entre os modelos, e isso deve ser sim acompanhado e fiscalizado. É papel dos deputados. Nos bastidores, o que se comenta é que há na verdade um alvo a ser abatido, o homem forte do governo Moisés, o secretário da Casa Civil, Douglas Borba (PSL). Essa fogueira estava com fogo baixo, mas sopros de fogo amigo fizeram as chamas se elevarem neste momento em que as cifras milionárias começam a aparecer. Afinal, há muito o que se fazer para que Santa Catarina possa ter leitos, equipamentos, profissionais, UTIs, para atender ao que vem aí, muita gente infectada, e pior, acamada a necessitar de cuidados especiais.

Isso custa muito dinheiro não só em SC, mas no país, e no mundo. Os preços aumentaram, e a escassez de equipamentos, máscaras e insumos atrapalham o acompanhamento de preços, se super dimensionados, ou não. O fato é que é possível se fiscalizar e cobrar atitudes, desde que com bom senso e evitando deixar a população em último lugar, e a fogueira das vaidades em primeiro lugar visando objetivos políticos. Agora é hora de união contra o vírus. As disputas pelo poder podem esperar, e a cobrança por erros ou atos nada republicanos, acontecerão em momento próprio.

No Fio da Palavra #3

Sexta-feira, sei lá qual dia do isolamento social ao qual me submeti, e esqueci…. Estamos fazendo a nossa parte em favor da saúde de todos, porque se todos juntos nos cuidarmos, todos sairemos desta armadilha do Coronavírus ainda mais fortes. Segue mais um Fio da Palavra:

Todos por Udo
O deputado estadual em exercício pelo PT e ex-prefeito de Joinville, Carlito Merss, tem uma análise interessante sobre a eleição a Prefeito da cidade. “Dos 15, nove são da ala Udo, cinco são BolsoMoros, e tem o Assis”, afirma reforçando o nome colocado por seu partido até aqui.

Adiamento das eleições
Com a crise do Coronavírus tomando todas as atenções da política e da gestão pública, o adiamento das eleições municipais ainda pode acontecer. Aí todos, vereadores e prefeitos, ganhariam pelo menos mais dois anos. Teríamos eleições gerais, de Presidente a Vereador, em 2022.

“Cidade não aguenta”
O presidente do Podemos de Joinville, Cleonir Branco, ainda não acredita que o adiamento eleitoral aconteça. Mais que isso, torce que não ocorra. “Joinville não merece, e não aguenta mais dois anos desse desgoverno. Joinville tem ansiedade por mudar”. Branco é um dos antigos emedebistas que saíram do partido por conta do Prefeito Udo.

Ivandro e vice do DEM
O Podemos joinvilense está firme com o nome do empresário do ramo da construção civil, Ivandro de Souza, para capitanear a candidatura à Prefeitura. O DEM deve indicar o nome do vice de uma lista de três nomes que vai apresentar em breve.

Nomes
Adalto Moreira, presidente do DEM joinvilense está confiante que conseguirá eleger pelo menos três vereadores em outubro. Teria a sua nominata já consolidada com sobras. Entre os nomes, o ex-deputado Patricio Destro.

CoronaCorreria
Não há crise pandêmica que pare os políticos. Até dia 4 de abril filiações, troca-trocas partidários, desistências e aparecimentos de candidatos acontecerão. As articulações andam a milhares de bytes online.

Krelling passa rodo
O deputado Fernando Krelling, nome do MDB e de Udo Döhler à Prefeitura de Joinville, passa o rodo em filiações tirando gente de outros partidos. Busca o seu exército mais forte com nomes de pequenos partidos que não conseguirão formar nominatas. Lista vem do PSDB e vai até o Solidariedade….

Coelho vai
Rodrigo Coelho, deputado federal, tem focado ações em projetos de lei no âmbito de combater o Coronavírus, mas mantém firme a disposição da disputa em Joinville. Sim, pelo PSB. Assim, deve se consolidar como o principal opositor ao candidato do Prefeito.

Sem licitação não…
Está dando o que falar a dispensa de licitação do Governo do Estado para publicidade emergencial devido ao Coronavírus. O deputado estadual João Amin (PP) entrou com ação popular para suspender e cobrar os autores da dispensa, Douglas Borba e seu adjunto na Casa Civil. São R$ 2,5 milhões… Hummmm.

O primeiro ministro percorre o Estado

O secretário da Casa Civil do governo do Estado, Douglas Borba, é o primeiro ministro do governador Carlos Moisés. Ex-vereador de Biguaçu, município da Grande Florianópolis, é o mais poderoso secretário e quem administra as pautas bomba, a relação com o Parlamento, e agora também está viajando o Estado para “integrar” o Governo e suas estruturas administrativas. Douglas Borba cumpre sua missão focado nas eleições de 2022. Não há dúvidas.

Sob o seu comando estão estruturas como a Casa Militar, Articulação Nacional e a Comunicação. Não é pouco. Ele foi um dos poucos que acreditou e esteve ao lado de Carlos Moisés naquela eleição improvável que os colocou no comando da administração estadual em 2018. Lucas Esmeraldino, candidato a senador na mesma chapa e quase eleito, está sumido em sua secretaria. Borba não, está super ativo, mas sem promover muita marola.

De olho em 2022, o chefe da Casa Civil, Douglas Borba, deu início nesta quarta-feira, 4, a uma série de visitas aos 21 Núcleos de Gestão de Convênios (NGCs) do Governo de Santa Catarina que estão espalhados pelo estado. O roteiro começou pelo maior deles, o de Rio do Sul, que atende 28 cidades da Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí (Amavi). Na ocasião, a Casa Civil também realizou o primeiro encontro de integração regional entre os gestores locais da Administração Pública Estadual.

“Com essas visitas queremos estreitar ainda mais os laços com os núcleos, que são o braço do Governo do Estado nos municípios. É por meio deles que chega grande parte das demandas locais e que são firmados convênios que atendem diretamente o cidadão”, reforçou Borba.

Borba conheceu a estrutura do NGC de Rio do Sul, conversou com os servidores e garantiu o pagamento de 54 emendas de 19 parlamentares para Alto Vale. O repasse tem valor total de R$ 10,9 milhões e vai beneficiar pelo menos 22 cidades. “Além disso, reforçamos investimentos já anunciados pelo governador Carlos Moises, como o Centro de Inovação, a continuidade do Projeto Recuperar para melhoria da malha viária e o aporte financeiro da política hospitalar às unidades de Saúde da região”, afirmou.

O núcleo, que integra a Casa Civil por meio da Central de Atendimento aos Municípios (CAM), foi criado após a extinção das Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs). O coordenador da CAM, Gabriel Arthur Loeff, que acompanha o roteiro, explica que o núcleo é o principal elo entre os municípios e as secretarias setoriais do Governo, dando agilidade nos processos e na execução de contratos. “Tivemos um resultado muito positivo do ano passado até agora, com 156 convênios celebrados por meio do núcleo de Rio de Sul. Isso significa dinheiro direto na conta do município para atender o cidadão”, esclareceu Loeff.

No fim da tarde, o chefe da Casa Civil ainda participou do encontro de integração com gestores estaduais para uma apresentação do balanço anual e das perspectivas do Governo. A iniciativa busca o alinhamento das ações nos diferentes setores do Executivo.

“Foi um momento de aprendizado mútuo, de trazer os servidores ainda mais para perto da gente e, sobretudo, para promover a integração de todas as áreas do Governo. Afinal, somos um só Governo”, explicou Borba. O primeiro ministro sai a campo, vamos ver o resultado disso em breve.