Os derrotados

Findaram as eleições municipais em todo o país. Agora é hora da análise dos resultados, e este Blog jamais se furtaria a isso. Aviso de antemão que é uma análise isenta, com base nos fatos. Começamos com os derrotados. São eles Kennedy Nunes (óbvio), Carlito Merss, Marco Tebaldi, Darci de Matos, PT, PP.

Carlito Merss, Marco Tebaldi e seus respectivos partidos saem derrotados duas vezes. Já tinha publicado isso em meu perfil no Facebook no domingo, e repito aqui. O atual Prefeito por estar com a máquina administrativa em suas mãos, e além de ter faltado pulso, gestão e articulação política, com uma grande aliança partidária com mais de 100 candidatos a vereador, e ter perdido a grande chance do PT de continuar o seu projeto de mudança político-administrativa. E na equivocada, incoerente e mal-sucedida decisão de apoio ao seu algoz por quatro anos, Kennedy Nunes. Carlito conseguiu assim perder duas vezes em apenas um pleito, e mais uma vez não conseguiu seu intento, vencer LHS.

Marco Tebaldi porque já foi Prefeito e reeleito.  Conseguiu a eleição para a Câmara dos Deputados em 2010, mas logo assumiu a Secretaria da Educação no governo Raimundo Colombo. Ficou um ano, com greves, problemas políticos, e saiu meio que expulso pelo PSD do Governador. Resolveu, junto com o PSDB, encarar a disputa. Saiu forte, mas chegou combalido pelo ataque dos adversários petistas e pessedistas, e depois peemedebistas. Acabou em quarto lugar. E para completar, se aliou ao seu desafeto político Carlito, à Kennedy, ao PT (!!), buscando também atingir ao PMDB e LHS. Não deu certo, e sai arranhado deste pleito, e derrotado duas vezes, também.

Darci de Matos apostou tudo em por os pés em duas canoas. Um pé com Kennedy, pois são correligionários no PSD, e outro com seu amigo Tebaldi. As duas canoas afundaram, e Darci agora deve voltar a flertar com o PMDB, que não deve ceder aos galanteios do deputado estadual. Darci articulou também essa aliança esquisita entre PSD, PSDB, PT, DEM, colocando todo o peso para também tentar derrotar Udo Döhler, derrubando assim ao senador LHS e seu PMDB. Mais um derrotado por duas vezes, perdendo força política.

Kennedy Nunes perdeu a sua terceira eleição para a Prefeitura, quando teve a sua grande chance de conquistar um sonho acalentado desde a juventude. Comunicador nato, experiente na política – está nela desde os seus 18 anos – em segundo mandato de deputado estadual, sucumbiu ao já ganhou. Subestimou a força do PMDB e de LHS em fazer de Udo Döhler o Prefeito. Foi desconstruído ao longo do segundo turno, quando as comparações, diferenças e ataques se limitam a dois postulantes.

Suas declarações anteriores sobre água, alianças, tarifa de ônibus, onde dizia uma coisa, foram colocadas lado a lado com suas falas de hoje. Fatal. Sua estratégia de criar um mote, “dá prá fazer”, virou um viral na internet, em redes sociais que superexpôs sua já conhecida forma demagógica de propor as coisas, e os adversários não o pouparam. O que era para ser um impulsionador, virou quase uma piada nas redes, e nas rodas nos bairros. Por fim, o PMDB grudou nele a ideia de que o governo Carlito continuaria com o apoio que lhe deu, bem como Tebaldi mandaria no governo, até porque declararam apoio formal. As pesquisas também ludibriaram o staff do candidato, que não percebeu o avanço de Udo nos bairros.

Já PT e PP, aliados de primeira hora no governo que se findará em 31 de dezembro, perderam a grande chance de crescer e ampliar a aliança para voos maiores em 2014. O PT sofre um duro golpe com essas duas derrotas – já fiz análise sobre isso em post anterior, clique aqui – expondo problemas no comando da sigla, o que deverá ficar mais agudo a partir de agora. A mudança de forças partidárias no comando será imprescindível, com renovação do diretório para valer, incluindo-se aí os vereadores eleitos, e novas lideranças que emergiram com boa votação das urnas.

O PP, que teve em suas mãos uma das mais poderosas secretarias do governo Carlito, a Infraestrutura, também perde espaços preciosos com a dupla derrota. Jovens nomes que poderiam despontar para a vereança, assembleia e outros, perderam muito. O único vereador eleito, Sabel, também apostou tudo, mas este ainda tem o mandato para conversar.

Essas eleições foram um marco histórico para Joinville, assim como foram as de 2008, quando Carlito Merss chegou ao poder após muitas tentativas. Cabe às lideranças reavaliarem posturas, atitudes, e se alinharem a um novo eleitorado, mais politizado, atento e plugado na internet. De observadores apenas, os eleitores agora disputam, debatem e batalham pela rede mundial de computadores, um novo espaço que é livre, sem amarras com os meios tradicionais. Os eleitores agora são cada vez mais senhores do seu voto. E decidem ainda mais conscientes os seus votos.

PT Joinville: do auge ao abismo em quatro anos

Nunca antes na história deste país se fez algo parecido. Lutar durante três décadas para chegar ao poder, e em apenas quatro anos, desabar abismo abaixo. Sim, falo do PT joinvilense, único, da gema, que conseguiu a proeza de conquistar a Prefeitura após várias tentativas, e em apenas um mandato, rasgar a sua estrela relegando milhares de militantes à desgraça (fala deles, não minha, ok?) do apoio fechado e anunciado à Kennedy Nunes, ex-PMDB, ex-PFL, ex-PP, e agora por enquanto do PSD.

Carlito Merss preparou-se durante anos para o momento de assumir o comando da maior cidade catarinense. Ocupou espaços preciosos na Câmara de Vereadores, Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputados, atuou com desenvoltura no governo Lula. Ao chegar ao governo em 2009 levou consigo a esperança de tempos diferentes na velha, conservadora e dependente Joinville. Mas aí começa a derrocada. Erros sobre erros de gestão, da comunicação (essa então, mereceria capítulo à parte!), de habilidade política.

Seu grupo de apoio, conhecido como o núcleo “duro”, hoje sabe-se que não tao duro assim ao ponto de capitular para o algoz do governo petista, passou a exigir currículos de companheiros. A enxergar um espião em cada cargo aliado. A calcular números de dívidas que jamais se confirmaram. A virar as costas para amigos, simpatizantes, companheiros de partido. Até conseguirem perder aliados como o PMDB em primeiro lugar, PR mais à frente com a divisão entre grupos, e finalmente com o PDT.

A incompetência na gestão política, e a péssima comunicação institucional do governo, e a falta da mesma comunicação para proteger a sua estrela maior, Carlito Merss, selaram a receita infalível para a derrocada final, que veio com o pedido, aceito, da cassação da candidatura petista por erro crasso de gestão do orçamento em ano eleitoral. A partir daí começam a procurar os culpados. Estariam eles na mídia? Ou talvez nos outros partidos? Ou mesmo no povo, que não compreende nada? Não conseguem enxergar o óbvio.

Se há culpados dessa derrocada histórica para o PT (olhem que Lula e Dilma estão aí para mostrar como se faz…), são os mesmos que rodeiam o atual Prefeito, que agora lastimavelmente se mostra mais uma vez fraco diante do tal “núcleo duro”, agora envolto com fisiologismos de toda ordem, sob o manto de “continuidade” do governo, etc, e tal. Ora bolas gente, o povo negou essa continuidade! O povo negou ficha suja para o comando da Prefeitura! O povo quer algo diferente, mesmo que agora a escolha em segundo turno seja muito dura. Difícil. Imprevisível.

Ao povo joinvilense agora, o que se pede é atenção, muita atenção. Não há nada novo no segundo turno, é verdade, o não é? Kennedy Nunes é o novo velho na política. Vive dela há mais de 20 anos! Udo é o velho novo que busca um lugar na história da cidade onde nasceu. Um político carreirista, carismático, adepto à demagogia, com base no eleitorado suscetível à religiosidade. Outro, empresário com fama de durão, gestor, sem carisma, com um eleitorado forjado à imagem e semelhança do PMDB e seu comandante máximo LHS, e em sua primeira eleição. Vejam o quanto é difícil a decisão no dia 28 de outubro. Mas vote, vote pelo melhor.

E ao PT, o que sobra? Na modesta opinião deste jornalista que atua e cobre política há 20 anos, é preciso renovar radicalmente a condução do partido. Para retirar a estrela do abismo, amassada, rasgada e espicaçada pelo tombo, é preciso mais que lideranças do arco A, ou B. Será preciso um momento com caras novas, com vontade de reconstruir e fazer partido, como no início desse partido popular. Para isso, talvez seja preciso mais uma derrota. Os militantes dos bairros irão dizer se querem salvar sua estrela para defender Dilma em 2014, ou atirá-la nos braços dos mesmos, sob a tutela de outros.

Ah, e antes que me atirem pedras por todos os lados e redes sociais: ouçam com carinho o que as urnas disseram. Elas são extremamente sábias.

PSol é o primeiro partido a confirmar candidatura a Prefeito com Leonel Camasão

O PSOL vai confirmar neste sábado (23) a pré-candidatura do jornalista Leonel Camasão à Prefeitura Municipal de Joinville.  Após realizar debates internos, o partido optou por não realizar alianças com outros partidos, indicando o nome do produtor cultural Gabriel Chati para a vice. A chapa será oficializada na convenção partidária, marcada para este sábado, 23 de junho, às 14 horas, no plenarinho da Câmara de Vereadores. No evento, o partido também vai debater e aprovar as principais propostas do Plano de Governo e divulgará a nominata de candidatos a vereadores.

Com a convenção deste sábado, o PSOL sai na frente e será o primeiro partido de Joinville a confirmar candidatura própria. “A política não precisa ser um balcão de negócios onde os partidos compram e vendem tempos de TV a troco de cargos, mandatos e interesses pessoais. O PSOL vai de cara própria, mostrar seus projetos e suas ideias para a cidade e para a população de Joinville, com ética e honestidade”, afirma Camasão.

Com esse cenário, o objetivo do PSOL é realizar alianças com setores não organizados em partidos. “Queremos uma aliança com a sociedade civil. A escolha do companheiro Gabriel para vice reforça nossa disposição em realizar alianças de conteúdo, com os produtores culturais, associações, sindicatos, ONGs e todos e todas que estão insatisfeitos com a velha maneira de se fazer política”, afirma.

Chati considera fundamental que cidadãos engajados na luta por melhorias na vida da coletividade participem de eleições, pois para ele, o campo da política é estratégico para as transformações necessárias à sociedade. “É nesse perfil que entendo me encaixar. Acredito que muitas ações simples podem ser feitas pela municipalidade que, se tiverem um espírito público de fato, interferirão positivamente na vida das pessoas”, afirma o produtor cultural. Os partidos têm até o dia 30 de junho para escolherem os candidatos e as coligações.

Com informações da assessoria do PSol.

Maluf, ao lado de Lula, anuncia apoio a Haddad em SP, quem diria hein…

Presidente do PP em São Paulo, o deputado federal Paulo Maluf anunciou, oficialmente nesta segunda-feira, o apoio da legenda de direita à candidatura de Fernando Haddad (PT) para prefeito de São Paulo. O anúncio foi feito na mansão do ex-prefeito paulistano, na Zona Sul da capital, ao lado do ex-presidente Lula. A aliança permitirá a Haddad mais 1m 35s de tempo na propaganda eleitoral de rádio e TV.

– O PP decidiu apoiar o próximo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, porque acreditamos que os problemas de São Paulo não serão resolvidos apenas pela administração municipal, e, sim, em conjunto com o governo federal – disse Maluf, sorrindo, aos jornalistas.

Haddad, por sua vez, disse que a cidade de São Paulo deve ficar acima de possíveis divergências ideológicas entre as duas siglas ao justificar a aliança com o arquirrival da esquerda no país, suspeito de colaborar com a ditadura para o desaparecimento de presos políticos e acusado de desvio de recursos públicos em paraísos fiscais na Inglaterra e no Caribe.

– Não há contradição. Desde janeiro dissemos que vamos buscar apoio dos partidos que estão na base do governo Dilma. O PP integra essa base desde 2004. Logo, nada mais natural que tenhamos buscado o apoio deles também em são Paulo – esquivou-se Haddad.

Antes de anunciar o apoio ao PT, Mafuf negociava com o PSDB do ex-governador e hoje candidato a prefeito da capital paulistana, José Serra.

– Hoje não existe direita e esquerda, onde está a esquerda hoje? Na Rússia, na China que não respeita os direitos humanos? Em Cuba que deportou seus boxeadores? – respondeu o ex-prefeito ao ser questionado sobre as diferenças ideológicas entre ele e o PT. Nessa declaração, Maluf cometeu outra de suas gafes, porque não foi Cuba que deportou os boxeadores, mas o próprio governo do então presidente Lula, em 2007. Em seu discurso, Maluf fez questão de elogiar as antigas adversárias políticas: a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) e a senadora Marta Suplicy (PT-SP).

– Tenho muito respeito pela ex-prefeita Erundina. Cada um no seu tempo, fez coisas boas. Eu sucedi Luiza Erundina. Ela foi uma boa prefeita, correta, decente, tanto que vocês viram que na sucessão não houve nenhum tipo de perseguição. Também a prefeita Marta foi muito boa, fez os CEUs. Mas não temos que olhar pelo retrovisor e sim pelo para-brisa. Quem olha para frente não olha para trás – afirmou o ex-prefeito.

Mas este, nem sempre, foi o discurso de Maluf. Em 2000, com Marta à frente das pesquisas, a campanha do ex-prefeito espalhou outdoors pela cidade com frases que atacavam a petista. As peças diziam “Mamãe, vote em quem nunca usou drogas” e “Mamãe, vote em quem é contra o aborto”, em referências a bandeiras de Marta. Em entrevistas, Maluf também subiu o tom contra a adversária, a quem instou a revelar o que chamou de “vida devassa”. Outro episódio que ficou famoso nessa campanha foi Marta, irritada com ataques do rival no programada da Rede Bandeirantes, cravar a célebre frase:

– Cala a boca, Maluf!

Sobre Haddad, Maluf disse que é o candidato “que tem as melhores condições para resolver os problemas da cidade porque ele tem parceria com o governo federal”. O PP, partido do ex-prefeito, compõe a base aliada no âmbito federal desde o primeiro mandato de Lula. Mas Maluf negou que o apoio a Haddad tenha relação com a secretaria do Ministério das Cidades, que teria sido entregue a um aliado seu.

“Que fique claro”

Em sua página na internet, nesta segunda-feira, o militante petista e ex-ministro-chefe da Casa Civil no governo Lula José Dirceu saiu em defesa da aliança entre o PT e o PP. Segundo Dirceu, “o PP já faz parte da base de partidos do governo federal. Como fez da base aliada do governo do ex-presidente Lula, sem que mudássemos nosso programa de governo ou o rumo do Brasil. Se vamos recusar o apoio do PP por causa do deputado Paulo Maluf (PP-SP), que esse motivo fique claro. O motivo não pode ser a negação de nossa politica de alianças e de governo de coalizão. Aí seria negar nossas vitórias conquistadas graças a alianças em 2002, 2006 e 2010, bem como nossos três governos de coalizão, os dois do presidente Lula e o terceiro agora, da presidenta Dilma Rousseff”.

“Já a discussão sobre os rumos da campanha – sobre o novo – vai mal. Deflagrá-la em torno disso e em público, significa dar armas ao adversário. Melhor é fazê-lo na coordenação e na direção politica da aliança e da campanha. Estes são o foro, as instâncias apropriadas, ideais para discutir e ver como resolver uma questão dessas. Até porque tudo indica que decidiram a marca da campanha sem discussão no PT ou com os aliados. Por isso, agora começam as críticas, que procedem, mas que podem ser equacionadas mesmo com o atual slogan ou marca – o novo. Sem contar que tem de se manter atentos ao fato de que políticas para a terceira ou melhor idade e o novo não necessariamente estão ligados ao conceito de jovem”, conclui Dirceu.

Do Correio do Brasil

Eleições 2012: Pesquisas, pesquisas… a melhor pesquisa é a sua

Tenho recebido diversas pesquisas eleitorais. Algumas quantitativas, outras qualitativas. Dizem os especialistas que cada pesquisa é o “retrato do momento”. Mas que retratos são esses, quais equipamentos que fotografam esses momentos, de quais pontos de vista são focados esses retratos? E cá para nós, pesquisas com quatro pontos percentuais de erro para cima ou para baixo, é no mínimo, bisonha. Até porque se o candidato A tiver 25 pontos, e o B 16 pontos, com erro dessa magnitude o A e o B estão empatados, tecnicamente falando, porque o A vem para 20, e o B vai para 20! Portanto, pesquisas são pesquisas, e tão somente tem o poder de observação por parte de quem organiza a campanha de cada candidato. Agora, elas podem ser utilizadas, manipuladas a bel prazer de quem quiser. Depende o ponto de vista, a forma que se quer dar “ao retrato do momento”.

Dessas últimas pesquisas, não vejo nada para se analisar tão profundamente. Mais forte que isso é conversar com as pessoas nas ruas. Com várias delas. De alta e baixa renda. Do povão ou do saguão dos salões de high society. Do cuidador das ruas ao professor, do intelectual ao operário das fábricas. E por aí muitos políticos poderiam acertar as suas estratégias eleitorais, já que as estratégias de governo ou de sua atuação parlamentar podem não ter dado muito certo. Dos atuais pré-candidatos a prefeito de Joinville, a maior cidade catarinense, poucos acertam estratégias. Alguns acertam nas ações de marketing e atividades partidárias. Outros não acertam nem uma, nem outra.

O deputado federal Marco Tebaldi (PSDB) tem a seu favor o fato de ter sido despejado da secretaria de Estado da Educação, o que lhe colocou como vítima aos olhos dos joinvilenses. Tem também a seu favor uma equipe que trabalha duro, corre atrás pelos bairros, e consegue fazer bem o seu marketing. Em que pese a tv com os programas eleitorais gratuitos terem sido uma alavanca e tanto, Tebaldi também foi o último Prefeito, o que ainda oferece a ele uma boa lembrança de imagem. Com a eleição na rua, os adversários vão lembrar de algumas “ações” de seu governo que nem sempre trouxeram simpatia ao deputado federal. Mas é certo que pode sim estar na ponta no atual “retrato”.

O prefeito Carlito Merss (PT), já comentei aqui, conseguiu a proeza de estar a frente da máquina municipal e não saber o que fazer com ela. Nem tanto pela figura de Carlito, homem público experiente no parlamento e diretamente ligado ao governo federal, estrela que chegou a ser até como relator do Orçamento da União. Mas muito pela equipe inexperiente, que foi incompetente na ação de governo, e também na ação política. Na comunicação, nem se fala. Até hoje não se tem claro qual a marca desse governo petista, o primeiro em Joinville. Isso aliado a um governo que tem em várias secretarias gestores fracos tanto administrativa quanto politicamente, colocam Merss realmente com uma rejeição preocupante, que como já disse, dá para se auferir conversando nas ruas. Carlito é simpático, mas grande parte dos seus mais próximos são de uma antipatia que se espraiou pelo governo. O resultado é esse. Quem sabe ainda dá para recuperar com muita propaganda. Mas não será fácil.

Já outro partidão, o PMDB, está como um cargueiro abarrotado, antigo, com motor claudicante e hélices que não conseguem fazer alçar voo. Udo Döhler até tem boa vontade, anda animado com as andanças, mas definitivamente não consegue ter a empatia necessária com o povão, que é quem decide eleição. Marcado como empresário que sempre dominou a cena em favor de quem tem mais na ACIJ, Udo é aposta do senador LHS, grande coronel da política do norte catarinense. E isso não é desprezível diante do cartel vitorioso que Luiz Henrique ostenta, mesmo tendo perdido a eleição municipal em 2008 com Mauro Mariani. Mariani, aliás, que grande parte dos joinvilenses simpatizaram e muito, e que não entenderam seu afastamento para a entrada de Udo Döhler na disputa. O PMDB teria mais chances com o atual deputado federal do que com Udo. A máquina eleitoral peemedebista já não é mais a mesma de outrora, até porque renovação não houve nas lideranças, algo fundamental para o fortalecimento de um partido. Udo Döhler já superou os 70, LHS também… mas a colocação dele deve mesmo estar entre quarto e quinto lugar hoje. Nada bom.

Kennedy Nunes, do PSD, tenta ser sempre o novo na eleição. Mas já é velho na política, e também na demagogia. Demagogia essa que atrapalha muito os seus planos de se tornar Prefeito. Conservador, o eleitorado joinvilense não gosta de apostar em muito falatório e pouca ação. Aliás, Nunes é deputado estadual governista, assim como Darci de Matos seu correligionário, e Nilson Gonçalves do PSDB, todos que até agora não disseram a que vieram para a cidade. Muita retórica e pouca ação. Kennedy tem a seu favor a comunicação, no qual é mestre. Mas vai lhe faltar tempo de tv, apoios partidários porque ninguém confia muito em quem já deixou para trás o atual Prefeito Carlito Merss logo no início de seu governo em 2009, após ter sido o maior defensor do petista e ser o único, e primeiro, a subir no palanque da vitória. E a estrutura passa também por recursos financeiros, e o exército nas ruas. Kennedy, a continuar assim, vai novamente assustar para morrer na praia logo mais a frente. Mas  a corrida, ou a natação, é longa, e quem sabe as coisas mudam.

Os demais pré-candidatos não tem muita projeção nesse momento. Dr. Xuxo (PR), Leonel Camasão (PSOL), Rodrigo Coelho (PDT), Rogério Novaes (PV), Sandro Silva (PPS), Valmiro Freitag (PTN), estão mais para composições para vices, ou para compor alianças e entregar seus tempos de tv do que propriamente para disputar eleição. Apenas Camasão, pela postura do seu partido, vai realmente disputar mesmo que de forma desigual financeiramente. Os demais serão ou coadjuvantes de luxo, ou figuras que um dia tentaram ser candidatos. Sandro Silva por exemplo agora é deputado estadual sem ter vencido eleição. Como suplente assumiu por alguma ingerência política visando composição agora. Mas é lembradíssimo como o primeiro vereador negro a ser eleito, e o primeiro também a renunciar ao mandato deixando cinco mil eleitores órfãos.

Por isso minha gente, pesquisas são somente pesquisas. Não há novidades na eleição de Joinville, porque os atores são já muito conhecidos. Cabe aos eleitores perceberem além de pesquisas, programas eleitorais e visitas de cabos eleitorais pedindo voto, o que cada um representou e representa para a cidade. A quem são ligados, a quem defendem, quais interesses defendem? Capital ou trabalho? Empresário ou trabalhador? Minorias ou maiorias? Grandes empresários ou operários e empreendedores? O que pensam eles pelo futuro da cidade? Será muito bom também lembrar do que foi anunciado que foi feito, e que na verdade anda caindo na cabeça de estudantes, ou quebrando carros em buracos pelas ruas. Mais que pesquisas, é melhor pesquisas seus candidatos, suas histórias e suas ligações – perigosas, ou nem tanto.

Roberto Jefferson, que “abriu” o mensalão, estará em São Francisco do Sul nesta sexta-feira (11/5)

O presidente nacional do PTB, ex-deputado Roberto Jefferson, estará em São Francisco do Sul nesta sexta-feira (11/5) prestigiando o seu pré-candidato à Prefeitura, Beto Camargo. O PTB francisquense aproveita a presença de Jefferson na Babitonga para oferecer à comunidade uma palestra aberta ao público com o tema “Desenvolvimento nas cidades portuárias”.

O evento será realizado no auditório do Sindicato dos Estivadores localizado na rua Rafael Pardinho, 142 – próximo à administração do Porto às 14 horas. Segundo o presidente Getúlio do Porto, o convite para a palestra é extensivo a todas as lideranças políticas e partidárias, lideranças comunitárias e empresariais, imprensa e público em geral. “Roberto Jefferson vai nos dar novas perspectivas para cuidar de uma cidade como a nossa, com nossas características”, destaca.

Roberto Jefferson chega a São Francisco do Sul por volta das 13 horas e vai direto para o Hotel Zibamba, no Centro Histórico, onde vai estar a disposição da imprensa local e da região norte, e onde também terá conversas políticas com Beto Camargo e o diretório municipal. Depois ele segue direto ao evento.

O pré-candidato do PTB à Prefeitura, Beto Camargo, está entusiasmado com a vinda de Jefferson. “A vinda dele mostra que a eleição em São Francisco do Sul é prioridade para o PTB nacional. Isso motiva a todos nós, aos pré-candidatos, e também aos aliados já confirmados e os que ainda virão. Vamos recebê-lo e contar com toda a sua experiência nessa luta. E, claro, ele vai deixar para toda a cidade o seu conhecimento em relação a desenvolvimento em uma cidade portuária como a nossa”, comenta Camargo.

PSOL vai representar contra Tebaldi por propaganda eleitoral antecipada

O Diretório Municipal do PSOL vai entrar com uma representação contra o deputado federal Marco Tebaldi (PSDB) por ações de propaganda eleitoral antecipada. A ação será protocolada nesta sexta-feira, 20 de abril, no juizado da 76ª Zona Eleitoral, no Fórum de Joinville, às 15 horas. A ação não atinge apenas o pré-candidato do PSDB a prefeitura de Joinville. Entre os representados, estão também o diretório municipal do PSDB e o Conselho das Associações de Moradores do Município de Joinville (Comam).

Nas 16 páginas do documento, o PSOL pretende comprovar ações que considera irregulares e que caracterizam a campanha eleitoral fora de época. A representação traz fotos de outdoors, adesivos em veículos, reproduções de propaganda em redes sociais e em meios impressos. Segundo o presidente do PSOL, Leonel Camasão, os três representados promoveram publicidade irregular do pré-candidato Marco Tebaldi. “A igualdade de condições entre os candidatos é um dos preceitos mais valiosos da Lei Eleitoral. Fazer campanha antecipada atenta contra esta igualdade”, opina.

Decisão ocorreu após anúncio
Boa parte das ações que caracterizam a campanha irregular ocorreram antes do anúncio oficial feito por Tebaldi de qùe é o pré-candidato do PSDB à prefeitura de Joinville. “Seria inviável fazer a representação antes do anúncio, já que ele poderia alegar não ser pré-candidato. Como ele oficializou a pré-candidatura, acreditamos que estas ações se tornam válidas, e que precisa haver uma punição”, afirma Camasão. Políticos que promovem propaganda eleitoral antecipada podem levar multas entre R$ 5 mil e R$ 25 mil.

Da Ass. Imprensa do PSOL

Marco Aurélio Braga vira assessor de Udo Döhler

O PMDB de Joinville está realmente buscando o máximo para fazer do empresário Udo Döhler um candidato mais “popular”. Entre as atividades, reuniões nos bairros para, dizem, planejar a cidade, ajudar no plano de governo. De todas as decisões que vi até agora, a melhor delas sem dúvida é a escolha da assessoria de imprensa, com o competente jornalista e amigo, Marco Aurélio Braga, o Marcão.

Com excelente trânsito na imprensa em todos os setores, trabalhador, talentoso e competente, Marcão deve ajudar e muito na tentativa de fazer a pesada candidatura alçar voo rumo a índices melhores em futuras pesquisas. Se a cúpula deixar, outros mais puxa-sacos também não colocarem pedras em seu caminho, Marco Aurélio Braga vai dar a Udo bons espaços na imprensa em geral, e também em outros meios de comunicação fundamentais para o embate eleitoral.

Parabéns Marcão, você é um grande amigo, excelente profissional, e vai agora conhecer o lado de dentro de uma grande campanha a Prefeito. Sucesso nessa nova empreitada em sua vida profissional.