Rei morto, Rei posto – PSL/SC já tem novo secretário geral; Julgamento de deputados dissidentes do PSL na segunda-feira (18)

Em meio à crise de saúde pública e política que o Governo Carlos Moisés (PSL) enfrenta em Santa Catarina, acuado pelo avanço da pandemia do Covid-19 por um lado, CPI e investigações da operação dos respiradores que já tem CPI em andamento na Assembleia Legislativa visando o seu impeachment, o seu partido, PSL, se movimenta para não ser arrastado nesta tempestade que parece não ter fim. Com a queda do rei, ou ex-primeiro ministro do Governo, Douglas Borba, a Secretaria Geral do partido também ficou vaga. Mas não por muito tempo. Em política não existe espaço vazio.

Recém chegado ao partido, como noticiamos em primeira mão aqui (link), o ex-deputado estadual e ex-secretário de Estado da Saúde, o joinvilense Dalmo Claro de Oliveira, acaba de assumir o cargo de Secretário Geral do PSL de SC a convite do presidente, deputado federal Fábio Schiochet e o Governador Carlos Moisés. Nada como um médico para tratar o paciente que requer cuidados especiais. A informação vem de fontes do PSL de SC.

O jogo de xadrez político no estado, portanto, não para. Dalmo assim se torna figura forte no PSL e no jogo sucessório à Prefeitura de Joinville, já que é o nome do partido e do Governador para a disputa na maior cidade catarinense. Para os pesselistas, um pouco de oxigênio em meio a um cenário conturbado e pandêmico, para que não cheguem a UTI e necessitem de respiradores. O ex-secretário da Casa Civil, Douglas Borba, está afastado das atividades partidárias, e não há até o momento nenhuma informação de processo interno. Todos aguardam o andamento das investigações sobre o caso dos respiradores.

Julgamento deputados dissidentes
Na próxima segunda-feira (18/5) a Executiva do PSL/SC vai julgar os deputados estaduais Ana Caroline Campagnolo, Sargento Lima, Jessé Lopes e Felipe Estevão processo que vem desde o ano passado. Eles são acusados de infidelidade partidária, entre outras acusações. A votação deve levar à suspensão dos deputados do PSL. Expulsão ainda não está na pauta do partido, segundo informa a fonte.

Atualmente o Sargento Lima é o líder do partido na Assembleia e preside a CPI dos Respiradores. Com a decisão, não poderá exercer as funções em nome do PSL na Casa. Aliás, caso sejam suspensos, não poderão exercer cargos e funções em nome do partido. Como se vê, não está nada fácil para o Governador a vida real na política. O bombeiro militar terá que usar mais que habilidades de combate à incêndios nesta batalha.

Dalmo Claro é a nova aposta do PSL para a Prefeitura de Joinville (SC)

Reviravolta entre os pré-candidatos a Prefeitura de Joinville, maior cidade de SC. Dalmo Claro, ex-deputado estadual e ex-secretário de Estado da Saúde se filiou ao PSL, partido do governador Carlos Moisés, no limite definido pelo TSE e será a aposta do PSL e Governo do Estado nas eleições deste ano. O Palavra Livre apurou que o médico assinou ficha no PSL no dia 3 de abril, desgostoso com o quadro de inchaço de candidatos no PSDB, partido ao qual estaria filiado para ser candidato tucano.

A fila no PSDB de Joinville estava meio vazia. O ex-senador Paulo Bauer estava motivando o partido para a disputa, colocando o nome a disposição. Dalmo foi convidado e teria aceitado e até assinado ficha. Na mesma época, o também médico Valdir Steglich deveria ter se filiado, mas declinou. Em seguida o veterano vereador Odir Nunes anunciou que disputaria a indicação no ninho tucano. E mais recentemente o vereador Rodrigo Fachini aterrissou no partido vindo do MDB, e já se posicionando como pré-candidato a Prefeito. Meio quieto, o candidato derrotado ao Governo em 2018, ex-deputado estadual e ex-presidente da Assembleia, Gelson Merisio, também estava mirando a vaga. Tudo isso parece ter motivado Dalmo Claro a sequer ingressar no PSDB.

Hoje mesmo outra novidade, a saída de Rodrigo Bornholdt, ex-vice Prefeito de Joinville, advogado, que há poucas semanas agitou os bastidores da política local ao anunciar a desfiliação do PDT, onde era militante histórico, para entrar no mesmo PSL aonde Dalmo Claro chega agora. Com uma posição no mínimo estranha, Bornholdt enviou nota a imprensa informando da sua saída do partido ao qual mal tinha chegado. Coisas da política que o povo não entende. Difícil entender mesmo.

As fontes ligadas ao PSL da Ilha dizem que Dalmo Claro chega como grande aposta do partido para a disputa, e até que ele assume o comando partidário, com carta branca para organizar a nominata e articular as alianças. O presidente do PSL estadual, deputado federal Fabio Schiochet, deu o aval para os próximos passos. Parece que há um vírus que chegou a política e também vem bagunçando os cenários. O MDB, que já contava com o apoio do PSL ao seu candidato em Joinville e outras cidades, já sentiu o golpe e tem se colocado cada vez mais opositor ao governo de Carlos Moisés. Fernando Krelling, deputado pelo MDB, já fez até movimentos e vídeos que pressionam o governador para a abertura de academias em meio a pandemia do coronavírus.

Dalmo Claro no PSL pode promover um rearranjo nas alianças e articulações que já estavam quase fechadas em Joinville. A crise na saúde com a pandemia do Covid-19 (coronavírus) que será duradoura pode ajudar o médico na corrida eleitoral. A aposta do PSL na experiência de Dalmo na área da saúde pode ser a estratégia sonhada. Vamos acompanhar os próximos passos. Como já dizia o falecido político joinvilense do mítico bairro Itaum da zona sul, João Pessoa Machado: “em política só não vi boi voar”.