A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) referente ao mês de abril, realizada nacionalmente pelo IBGE, registrou crescimento de 0,8% no volume de vendas do varejo e de 0,6% na receita nominal das empresas, em relação ao mês de março. Para Santa Catarina, o cenário apresentou-se melhor do que a média do país: na comparação mensal, as vendas cresceram 1,7% e a receita, 0,9%. Estes dados levam em consideração os ajustes sazonais.
A Fecomércio considera que, com este crescimento, a desaceleração das vendas do varejo parece ter sido revertida. O principal motivo para isto é o aumento da renda dos brasileiros: segundo o IBGE, ela cresceu 6,2% entre abril deste ano e abril de 2011. Também contribui para tal reversão a inflação controlada (4,99% em maio) e o novo relaxamento do crédito, com menores taxas de juros e maiores prazos de pagamento.
Os indicadores também tiveram crescimento na comparação com abril do ano passado. No âmbito nacional, as vendas aumentaram em 6% e a receita em 7,5%. Em Santa Catarina, os números foram de 7,2% para as vendas e 7,3% para a receita nominal.
Pela análise da Fecomércio, a tendência é a de que as vendas continuem acelerando, já que os três motivos apontados para o bom resultado de abril tendem a se intensificar nos próximos meses. Com isso, o consumo das famílias em 2012 novamente vai aparecer como o motor do PIB brasileiro, fazendo com que a estagnação deste início de ano seja também revertida, ainda que não o suficiente para recuperar o vigor de outros tempos.
Atividades
Segundo o IBGE, nesse quarto mês do ano, oito das dez atividades pesquisadas obtiveram variações positivas para o volume de vendas, com ajuste sazonal na comparação com março de 2012. Os resultados foram: combustíveis e lubrificantes (2,5%); material de construção (1,8%); móveis e eletrodomésticos (1,5%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,3%); tecidos, vestuário e calçados (1,1%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,9%); veículos e motos, partes e peças (0,2%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,1%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,8%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-2,9%).
Da Fecomércio