Professores defendem maior formação para educação de qualidade, indica pesquisa

Palavra-Livre-formacao-continuada-qualidade-educacaoEstudantes que não aprendem o adequado em matemática ou em português é o que se percebe ano após ano, quando são divulgados os resultados de avaliações como a Prova Brasil. Mas o que pensam os professores de escolas públicas?

Uma pesquisa inédita da Fundação Lemann em parceria com a Instituto Paulo Montenegro e o Ibope Inteligência mostra que os professores consideram positivas as avaliações externas e defendem a formação para melhorar o trabalho em sala de aula. Muitos dizem que não são consultados na hora de implementar programas ou políticas nas escolas.

O levantamento mostra que 80% dos professores acreditam que ter formação específica para orientar o trabalho a partir das avaliações externas inluencia positivamente a educação em escolas públicas.

Para 66% dos professores, saber o que é esperado que os alunos aprendam a cada ano facilita o trabalho do professor. Disponibilizar materiais didáticos digitais de qualidade é visto como algo positivo por 92% dos professores – mesmo percentual que acha positiva a capacitação profissional para a aplicação dessas tecnologias em sala de aula.

“Professor é uma profissão que foi escolhida, geralmente se faz licenciatura sabendo que se quer ser professor”, diz o coordenador de Projetos da Fundação Lemann, Ernesto Faria.

“Um ponto é garantir condições de trabalho para que o professor não perca essa expectativa. Se o professor não vê retorno, pode se desmotivar, pode deixar de ter essa gana de fazer o aluno aprender”, acrescenta.

A pesquisa Conselho de Classe – A Visão dos Professores sobre a Educação no Brasil foi feita com profissionais do ensino fundamental de escolas públicas. Foram feitas mil entrevistas, em 50 municípios das cinco regiões brasileiras, entre os dias 19 de junho e 14 de outubro de 2014. A margem de erro é 3 pontos percentuais, e o nível de confiança, 95%.

Quando o assunto é ser consultado para a implementação de programas e políticas na escola onde trabalha, cerca de um terço (34%) diz não ter tido a possibilidade de opinar, 20% disseram ter a possibilidade de opinar apenas após a implementação; 45% atestam terem sido consultados antes e 1% não sabe ou não respondeu.

Dentro da própria escola, 56% dizem que sempre têm a opinião levada em consideração por diretores, coordenadores e pedagogos, 41% são ouvidos algumas vezes e 3% nunca. Em relação à Secretaria de Educação à qual a escola está vinculada, as porcentagens passam para 13% sempre; 61% algumas vezes e 23% nunca. Pelo Ministério da Educação (MEC), 4% dizem ser sempre levados em consideração, 55%, algumas vezes e 40% nunca. O 1% restante em cada categoria não soube ou não respondeu.

A pesquisa também avaliou o que os professores pensam sobre a base nacional comumcurricular, prevista no Plano Nacional de Educação (PNE). Pela lei, sancionada no ano passado, a base deve estabelecer os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos estudantes.

O levantamento mostrou que ainda há muitas dúvidas em relação ao que seria essa base e de que forma ela poderia ajudar no ensino. Os dados levantados mostram que 52% dos professores concordam totalmente que os currículos devem ter uma base comum; 55% concordam totalmente ou em parte que a diversidade regional do país seria desconsiderada com uma base comum e 25% discorda totalmente ou em parte que uma base comum possa diminuir as desigualdades educacionais.

De acordo com o coordenador, o diálogo com os professores está aquém do que deveria, sobretudo dentro das escolas e, esse diálogo, é fundamental para a definição de uma base comum. “A informação vem [para os professores] de forma assimétrica. Se tem uma comunicação mais clara, consegue-se levar o argumento e a resistência pode deixar de existir, pode ser que a base comum faça mais sentido para a escola. Essa base vai ter que buscar o essencial.”

Para 83% dos professores, os representantes da categoria devem participar da construção da base, enquanto para 40%, eles devem liderar as discussões. Logo em seguida, aparecem os representantes do MEC, 81% acreditam que eles devem participar e 29%, liderar e os representantes das secretarias estaduais de educação (73%, participar e 6%, liderar) e das secretarias municipais (69% e 5% respectivamente).

A pesquisa mostra ainda que os fatores que têm mais impacto no cotidiano escolar estão ligados à falta de apoio para lidar com alunos que precisam de algum tipo de atenção especial – 50% dos professores. Entre esses fatores estão a falta de acompanhamento psicológico (21%), a defasagem de aprendizado (12%), a aprovação de alunos que não estão preparados para o próximo ciclo (10%) e a falta de condições adequadas para inclusão de alunos com deficiência (7%).

Entre os professores do 1º ao 5º ano é maior a porcentagem dos que apontam a falta de acompanhamento psicológico para alunos como principal problema (27%). Entre os professores do 6º ao 9º ano, a indisciplina dos alunos é destacada em maior proporção (18%).

Com informações da Ag. Brasil

Cursos de qualificação gratuitos oferecidos pelo IFSC

O Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) está com inscrições abertas para 18 cursos de qualificação/ formação inicial e continuada (FIC) em diversas áreas de atuação.

Ao todo, estão sendo ofertadas 514 vagas em 11 cidades. Na região norte, são 20 vagas em Canoinhas para o cursp de Matemática comercial e financeira básica.

As inscrições podem ser feitas até o dia 13 de março no site www.ingresso.ifsc.edu.br. As outras cidades com vagas disponíveis são Araranguá, Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Garopaba, Içara, Lages, Rio Rufino, São Carlos e Xanxerê.

Os cursos de qualificação possuem curta duração (de 3 a 5 meses) e são voltados para pessoas que querem um aperfeiçoamento profissional. Os pré-requisitos necessários e o número de vagas variam de acordo com o curso.

Todas as informações estão nos editais disponíveis no site www.ingresso.ifsc.edu.br.

A seleção será feita por meio de sorteio ou por análise socioeconômica de acordo com cada curso. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no site www.ingresso.ifsc.edu.br.

Em caso de dúvidas, o candidato pode entrar em contato com o Departamento de Ingresso do IFSC pelo telefone 0800 722 0250. A ligação é gratuita.

Mestrado em Computação Aplicada na Udesc

Até o dia 6 de fevereiro de 2013 é possível se inscrever para uma das doze vagas do Mestrado Acadêmico em Computação Aplicada, oferecido pelo Departamento de Ciência da Computação da Udesc Joinville.

O curso, aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) é realizado de forma gratuita e direcionado a pessoas formadas nas áreas de Ciências Exatas e da Terra ou Engenharias, interessadas em desenvolver estudos avançados em Processamento Gráfico, Engenharia de Software e Sistemas Computacionais.

O Processo Seletivo inclui análise de documentação, currículo, anteprojeto e entrevista. O resultado será divulgado no dia 28 de fevereiro e as aulas iniciam em 11 de março de 2013.

Mais informações sobre corpo docente, disciplinas, horários e estrutura do curso no site www.joinville.udesc.br.

Contra as drogas: Proerd Joinville forma 7 mil estudantes

A 5ª Região da Polícia Militar, de Joinville, realiza, nesta quinta-feira, 22, a formatura dos alunos do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd). A partir das 19h, no Centreventos Cau Hansen, cerca de sete mil estudantes receberão certificados de conclusão do curso.

Durante este ano, crianças dos 5º anos do ensino fundamental das redes pública e particular da cidade, juntamente com oficiais da Polícia Militar (PM), participaram de palestras e desenvolveram trabalhos sobre prevenção às drogas lícitas e ilícitas, bem como cuidados com corpo e a mente.

O Proerd é um programa da PM, que tem caráter preventivo ao uso e ao tráfico de drogas. Por meio de atividades descontraídas e lúdicas, pretende conscientizar aos alunos sobre a importância de dizerem “não” às drogas.

Número de negros e pardos com ensino superior completo é 43% maior

Em dez anos, a proporção de pessoas negras com 25 anos ou mais que têm ensino superior completo passou de 2,3% para 5,3% em 2009. A informação foi divulgada na sexta, 29, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Entre a população parda, a fatia dos que concluíram a graduação cresceu de 2,3% do total em 1999 para 4,7% no ano passado. No caso da população branca, os percentuais foram 9,8% há dez anos e 15% em 2009.

O critério utilizado para a definição da cor das pessoas é a autodeclaração de quem responde a pesquisa. Apesar desse avanço, a diferença entre a escolaridade de brancos e negros é grande.

Em média, as pessoas brancas com 15 anos ou mais tinham 8,4 anos de estudo em 2009. Para os negros e os pardos, a média foi de 6,7 anos no ano passado. “Em 2009, esses patamares são superiores aos de 1998 para todos os grupos, mas o nível atingido tanto pela população de cor preta quanto pela de cor parda, com relação aos anos de estudo, é inferior ao alcançado pelos brancos em 1999, quando era, em média, 7 anos de estudo”, informa o IBGE.

O levantamento também aponta que persiste a disparidade entre a renda dos brancos e a dos pretos. Para esses e para os pardos, os rendimentos são, pelo menos, 20% inferiores que os dos brancos.

Com informações da Folha

Fundamas sem professores? Lei que impede concurso público?

Fiquei estarrecido hoje ao ler na página 3 do jornal Notícias do Dia de Joinville (SC) a matéria sobre a Fundamas, entidade da Prefeitura para formação de mão de obra, que vai suspender cinco cursos noturnos porque faltam recursos (?) e uma legislação impede concursos públicos (?), e assim ficamos. As perguntas que ficam sem respostas são: se faltam recursos, o que a atual gestão fez para buscá-los? E qual lei é essa que impede a contratação?

Primeiro, entendo que qualquer gestor, esteja ele na área pública ou privada, deve se nortear por planejamento, execução do mesmo, avaliação, e assim sucessivamente. O que fez a gestão da Fundamas para antever essa falta de recursos? Não houve planejamento, não se constatou que a partir de tal mês ou ano faltariam recursos para tocar os cursos? Que fez a equipe para superar isso? Nada?

Outra pergunta que a reportagem não responde é a tal da lei que impede a contratação de professores por concurso público. Existe isso? Desde quando, qual a lei? Tudo bem que o governo anterior seguia a linha neoliberal tal qual o governo de FHC que criou lei impedindo a expansão das universidades públicas federais e das escolas técnicas federais, mas o atual governo é do PT! Gostaria de saber que lei é essa. Sinto no ar que faltou é trabalho na Fundamas, mesmo que fosse a revogação dessa lei.

A Fundamas faz uma formação importante para os dias de hoje, que é a educação para o trabalho via empreendorismo. Cursos como modista, informática básica, pintura em porcelana, marcenaria, servem para que a pessoa rapidamente tenha acesso ao trabalho e renda. Aliás, até essa busca por novos cursos sintonizados com as necessidades atuais da população – estamos na era da tecnologia – a Fundamas poderia fazer, reformulando alguns cursos, oferecendo outros. Que tal? Mas ainda espero conseguir as respostas para as questões do post. Alguém poderia responder?