Coluna Palavra Livre – Folha Metropolitana – Julho/2

Adriano Silva fora do NOVO?
A coluna recebeu informações de que o prefeito de Joinville, Adriano Silva (Novo), prepara saída para outro partido, que deve ser o PL do senador Jorginho Mello e do presidente da Câmara de Vereadores, Maurício Peixer. Pode até não ser agora, mas vai mudar. Peixer tem ligações históricas com o Laboratório Catarinense, com o pai do Prefeito, e deve tentar, mais uma vez, vaga na Assembleia Legislativa.

Prefeito de Joinville é o único eleito pelo Novo no país, e está cada vez mais próximo do bolsonarismo

Joinville cobra
Em baixa diante da falta de protagonismo estadual, perdendo espaços e força, Joinville finalmente foi cobrar, de forma unida, ações do Governo Carlos Moisés para a cidade. Política é também pressão, e a presença de todos os parlamentares cobrando do Secretário da Saúde, André Ribeiro, a insulina, vacinas, e também na Assembleia Legislativa para pedir apoio ao seu presidente Mauro de Nadal, para os pleitos da cidade, pode surtir efeito. Já não era sem tempo. Pelo menos a Câmara se mexeu.

Falta sinergia
Os joinvilenses, saudosos de prefeitos atuantes e fortes politicamente como Pedro Ivo, Luiz Henrique da Silveira, Freitag, Tebaldi, que sabiam articular junto a deputados, sofrem hoje até com falta de insulina. Nota-se também que há um abismo entre os vereadores e os deputados estaduais da cidade. A falta de sinergia e união é evidente. Trabalham cada um no seu quadrado, e o todo, Joinville, perde.

Covid-19
Interessante a iniciativa do vereador joinvilense, Cassiano Ucker (Cidadania), com o seu projeto de lei que pretende garantir à família o direito de identificar corpos de vítimas de pandemia, epidemia ou surtos. Hoje, quando uma pessoa morre vítima de Covid-19, os familiares não podem fazer a identificação do corpo, por conta do risco de contágio pela doença. O projeto obriga as funerárias a disponibilizar local seguro de identificação do corpo, para não gerar dúvida de que corpo que está sendo sepultado é do familiar.

No fundão do poço
Depois a classe política reclama da imagem que tem com o povão. Não tem como reclamar de nada, é só ver a vergonhosa armação para aprovar um salto triplo no Fundão Eleitoral, de quase R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões, o que vai transformar as campanhas de 2022 como as mais caras da história. A imagem da classe política foi ao fundão do poço com essa aprovação. Mostram que não dão a mínima para a tragédia dos brasileiros com a Covid-19, desemprego, fome e falta de vacinas.

No fundão do poço 2
Dos 16 deputados catarinenses, apenas quatro votaram contra essa manobra do aumento do Fundão Eleitoral: Carmen Zanotto, Gilson Marques, Pedro Uczai e Rodrigo Coelho. Os deputados da região norte que votaram a favor da LDO com o Fundão foram Fabio Schiochet, Darci de Matos e Coronel Armando, enquanto Carlos Chiodini esteve ausente. Dos senadores, só Dario Berger foi contrário, enquanto Esperidião Amin e Jorginho Mello não estavam presentes. Até os filhos do presidente Bolsonaro votaram a favor dessa vergonha, e agora jogam vídeos em redes sociais para limpar a barra. Não vai dar não.